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País afora, tucanos e PV abraçam fichas sujas

Em que pese a pose de vestais que gostam de ostentar os tucanos e verdes está se misturando numa boa aos fichas sujas para a disputa do 2º turno daqui a 15 dias.Depois, querem manter esta imagem de probos - o PSDB, sempre;  o PV depois que sustentou a candidatura presidencial da senadora Marina Silva (PV-AC).

Agora o bicho tucano-verde pega em Rondônia. Assim como em Brasilia os tucanos estão abraçados com os fichas sujas (como eles gostam de taxar os outros), casal Joaquim e Weslian Roriz, em Rondônia, agora, através de seu senador Expedito Júnior (PSDB-RO), ficha suja cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e com seus votos anulados, declararam apoio ao candidato do PPS a governador neste 2º 
turno, João Cahula.

Nunca é demais lembrar, Weslian tornou-se candidata a governadora depois que o marido Joaquim, ficha suja, renunciou com medo de ser barrado pela Justiça Eleitoral. Weslian disputa o 2º turno em Brasília com o nosso candidato, Agenlo Queiroz (PT) e está mais de 20 pontos atrás dele nas pesquisas.

Cahula é o candidato do ex-governador Ivo Cassol (no PP depois de ter passado por vários partidos) e também é apoiado - acreditem se quiser - pelo PV. Com este apoio, o PV de Rondônia, partido da senadora Marina Silva e dos verdes nacionais está abraçadinho com a turma dos ruralistas e desmatadores.  Leia mais...


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Da Dilma para Marina Silva

Prezada Marina,
Quero, por seu intermédio, fazer chegar à direção do Partido Verde meus comentários sobre a Agenda por um Brasil Justo e Sustentável, que foi entregue à coordenação de minha campanha.
Antes de tudo, saúdo a iniciativa de condicionar o posicionamento de seu partido a uma discussão de caráter programático. Ela é necessária e oportuna, sobretudo quando se verifica uma lamentável tentativa de mudar o foco do debate eleitoral para questões que, tendo sua relevância como temas de sociedade, não estão, no entanto, no centro da reflexão que o país necessita realizar para definir seu futuro.
Reiterando meus cumprimentos pelo expressivo resultado que sua candidatura obteve no primeiro turno das eleições, quero dar às observações que seguem um sentido que transcende em muito uma dimensão estritamente eleitoral. Nosso diálogo tem um significado futuro. Envolve as condições de governabilidade do país.
As observações que seguem refletem nossa primeira percepção da Agenda. Elas deverão ser objeto de novos aprofundamentos.
Transparência e ética
O Governo atual tem-se empenhado em garantir a mais absoluta liberdade de imprensa no país, posição com a qual me encontro pessoal e partidariamente comprometida.
Por outro lado, as avançadas medidas de transparência de informações sobre a execução orçamentária e de contratos deverão ser aprofundadas com rapidez nos próximos anos.
Reforma Eleitoral
Tenho dito que este tema é fundamental para o amadurecimento da democracia no país. Sendo questão a ser tratada no âmbito do Congresso Nacional, considero que a Presidência da República não deve estar alheia ao tema. Penso que, sobre a maior parte das questões, estamos de acordo e que a forma definitiva que deve assumir a reforma política tem de ser resultado de amplo acordo envolvendo o bloco de sustentação do Governo, partidos que nele não estejam incluídos e, igualmente, as oposições.
Educação para a sociedade do conhecimento
Manifestamos nosso acordo com todos os pontos deste item.
Segurança Pública
Em sintonia com o sentimento da sociedade brasileira, temos dado especial atenção aos temas da segurança. Temos insistido - na contramão de outras propostas - que a segurança pública não se esgota nas ações repressivas, mas deve ser complementada por políticas públicas em regiões onde o Estado esteve e ainda está ausente. No plano puramente repressivo, defendemos o fortalecimento de ações de inteligência e o emprego de modernas tecnologias. O Governo Lula instituiu, no âmbito do Pronasci, a Bolsa PROTEJO, que beneficia jovens em processo de formação. Concordamos em que uma melhor remuneração dos policiais é fundamental para garantir a dedicação exclusiva a suas funções. Um primeiro passo foi dado a partir de 2008, com a instituição da Bolsa Formação, que beneficiou desde sua criação mais de 350 mil policiais. A necessidade indiscutível de um piso nacional de remuneração para policiais tem de ser objeto de um pacto entre a União, os Estados e os Municípios. Essas e outras questões deverão ser objeto de uma PEC a ser enviada no menor prazo possível, consultados os entes federativos. Meu programa prevê a revisão do modelo atual de segurança pública e a institucionalização de um Sistema Único de Segurança Pública.
Mudanças climáticas, energia e infraestrutura
Expressando nossa concordância com a maior parte dos pontos contidos neste item, considero que há questões que devem ser objeto de aprofundamento e/ou negociação.
É o caso da criação de uma Agência Reguladora para a Política Nacional de Mudanças Climáticas. Mas temos acordo quanto à necessidade de um arcabouço institucional capaz de coordenar, implementar e monitorar iniciativas nesse setor.
A supressão do IPI sobre a fabricação de veículos elétricos e híbridos deve ser compatibilizada com nossa produção de etanol e nossa capacidade de geração elétrica. Pode-se propor política tributária diferenciada para veículos e outros bens que emitam menos GEE.
A proposta de moratória sobre a criação de novas centrais nucleares exige aprofundamento à luz das necessidades estratégicas de expansão de nossa matriz energética.
Seguridade Social: saúde, assistência social e previdência
Há concordância com todos os itens, com ressalva quanto à redução, no curto prazo, da população de referência para o PSF, pois implicaria aumentar as necessidades de profissionais além de uma capacidade imediata de resposta do sistema.
Proteção dos biomas brasileiros
Nosso Programa dá ênfase à proteção dos biomas nacionais. Por essa razão, estamos de acordo com a meta de incluir 10% dos biomas brasileiros em unidades de conservação A proposta de desmatamento de vegetação nativa primária e secundária em estado avançado de regeneração merece precisão.
Estamos de acordo sobre a prioridade de proteção da Amazônia, Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica, dentro de uma estratégia ambientalmente sustentável de ocupação e uso do solo e inclusão social.
Da mesma forma, é nossa prioridade a ação consistente na recuperação de áreas degradadas, a exemplo do Programa Palma de Óleo, na Amazônia.
Consideramos excelente a proposta de um Plano Nacional para a Agricultura Sustentável.
Sobre o Código Florestal, expresso meu acordo com o veto a propostas que reduzam áreas de reserva legal e preservação permanente, embora seja necessário inovar em relação à legislação em vigor. Somos totalmente favoráveis ao veto à anistia para desmatadores.
Gasto público de custeio e Reforma Tributária
Estamos de acordo com todos os itens.
Consideramos necessário afastar-nos de um conceito conservador de custeio que traz embutida a noção de Estado mínimo. A eficiência do Estado está ligada à qualificação dos servidores públicos. Daremos prioridade ao provimento de cargos com funcionários concursados.
Política Externa
Há acordo total com o expresso no documento.
Enfatizamos a necessidade de garantir presença soberana do Brasil no mundo, de fortalecer os laços de solidariedade com os países do Sul, em especial os da América Latina, com os quais compartilhamos história e valores comuns e estamos ligados pela necessidade de defesa de um patrimônio ambiental comum. Defendemos, igualmente, a necessidade de lutar pela reforma e democratização dos organismos multilaterais.
Fortalecimento da diversidade socioambiental e cultural
Pretendo dar continuidade e profundidade às políticas que foram seguidas neste campo pelo Governo do Presidente Lula.

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Marina, Churchil e o demotucano

A noite abafada prometia um domingo quente na fronteira oriental da Polônia. Mas o próprio inferno escancarou-se às 3h15 da madrugada de 22 de junho de 1941, quando nove exércitos, 225 divisões, 10 mil tanques, 4 mil caças e bombardeiros, 750 mil cavalos e 4,5 milhões de homens — a maior operação militar da história — começaram a invasão nazista da União Soviética sob uma barragem de artilharia que clareou a escuridão com fogo e pólvora.

Horas antes, no sábado, alarmado pelas informações da inteligência britânica sobre a concentração de tropas alemãs na fronteira, o primeiro-ministro Winston Churchill comentou em Londres com seu secretário particular: “Se Hitler invadisse o inferno, eu faria ao menos uma referência favorável ao demônio no Parlamento”.
O comunista Stálin era o maior inimigo ideológico do líder conservador da Inglaterra. Mas Churchill sabia que, acima de suas fundas diferenças políticas, estava o diabólico inimigo do III Reich. Naquele grave momento, não cabia equidistância ou neutralidade.
A historiadora e pedagoga ambientalista Maria Osmarina Silva Vaz de Lima, 52 anos, discorda de Churchill e ficaria neutro entre o comunista e o nazista. Sob o codinome político de Marina Silva do PV, ela arrebatou mais de 19 milhões surpreendentes votos, 19% da votação válida no país, e provocou o impasse do segundo turno nas eleições brasileira, disputadas entre a esquerda de Dilma Rousseff (PT) e a direita de José Serra (PSDB).
Faltaram menos de quatro pontos percentuais, cinco vezes menos do que a votação de Marina, para que a eleição presidencial brasileira fosse liquidada ainda no primeiro turno. Agora, a líder do PV, que pode definir de vez a eleição com a autoridade de sua palavra, insinua: “Para manter a coerência, só me resta a opção pelo voto nulo”. Os principais conselheiros de Marina explicam que, após 90 dias de campanha condenando um lado e outro, seria ‘hipocrisia’ fazer uma opção por qualquer facção.
Se Churchill tivesse a mesma e ingênua visão do processo político e histórico, lavaria as mãos na esperança de que Stálin e Hitler se destruíssem mutuamente. Mas o estadista inglês que Marina deveria conhecer e reconhecer tinha a clara noção de que havia dramáticas nuances entre um e outro sistema ideológico. O nazi-fascismo, por todas as razões, era o perigo maior que justificava até elogios ao satanás.
José Serra e sua trupe tucademo, que preenche o vazio do não candidato-FHC com a sua cômica ausência de idéias, curiosamente reduzem o eleitorado brasileiro ao conflito do bem contra o mal, do azul contra o vermelho, das forças cristãs contra as hordas do demônio. “Candidata Dilma, a senhora é comunista e não acredita em Deus. A senhora é favorável ao aborto?” Espalhou nas igrejas e redes sociais José Serra, o candidato-esposo de FHC, com a inocência e a candura do santo que revela aos fiéis os graves pecados dos adversários.
Neste ideário balofo que mistura populismo, indigência vernacular, reacionarismo, ignorância, atraso e fundamentismo religioso, o folclórico ‘Casal 20’ do clã tucademo tenta retornar seu mando eleitoral no Brasil. 
Dizendo-se coerente, num quadro desses, Marina do PV insinua que votará nulo, como se fosse possível ficar neutro ou equidistante diante de um regressista projeto político que deixaria o próprio Lúcifer com cara de vítima.
Diante do risco iminente de uma nova invasão das hordas tucademos, pelas fronteiras da farsa eleitoral, do fanatismo da fé e do clientelismo político, a candidata do PV alega imparcialidade. No primeiro turno, esta inaceitável ‘contradição em termos’ da política foi desfraldada, no sul do país, pelo candidato a governador José Fogaça.
Abertas as urnas, contou-se a mais fragorosa derrota da história do vigoroso PMDB do Rio Grande do Sul, que conquistou apenas um de cada quatro eleitores gaúchos (24%). Diante da “imparcialidade ativa” de Fogaça, o petista Tarso Genro liquidou a fatura ainda no primeiro turno, com 54% dos votos, um fato inédito no Estado que se orgulha das posições claras que sempre adotou na história, na politica, até no futebol. Na pátria do clássico Gre-Nal, ninguém é imparcial.
A eleição, como sabe agora Fogaça e saberá Marina, é o momento da decisão, da escolha, da opção clara e objetiva entre uma proposta e outra — para ganhar ou até para perder. Um líder político que prega o voto nulo ou a imparcialidade é a própria negação da política e de sua principal função: a definição de caminhos que evitam o atraso ou permitem o avanço.
Se o exemplo do conservador Churchill não serve a progressista Marina Silva, pode servir a lição do comunista Luiz Carlos Prestes.
Preso e torturado pela polícia de Filinto Muller no Estado Novo getulista, no final da década de 1930, o líder histórico do Partido Comunista viu sua mulher grávida de sete meses, a alemã e judia Olga Benário, ser entregue à Gestapo de Hitler. Ela morreu na câmara de gás do campo de concentração de Bernburg, na Alemanha, em fevereiro de 1942 — oito meses após a invasão da União Soviética, cinco anos após o nascimento na prisão de Anita Leocádia.
Apesar disso tudo, em novembro de 1947, quando o nazismo já estava derrotado e o Brasil redemocratizado, Prestes dividiu o palanque com seu ex-algoz Getúlio Vargas num comício no vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo.
Prestes certamente tinha então razões bem mais sérias, feridas bem mais fundas, do que Maria teria hoje para se declarar nula, imparcial e equidistante.
A Marina Silva do PV tem a chance, agora, de crescer e se mostrar merecedora dos votos que recebeu.
Ou, como ensinou Churchill, chegou a hora de fazer uma referência favorável ao demônio. Ou, dito de outra forma, contra ele.
 "Brigulino é o autor desta paródia, inspirada num texto de Luiz Cláudio Cunha ('Toninho, Churchill e o demônio'), publicado no Blog do Noblat". 
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O círculo da direita se fecha: teocracia, censura nas redações, ideologia do medo

A grande marcha conservadora

O eleitor médio aceitará ser torturado pelo discurso de fanáticos religiosos a serviço de Serra?
Com a generosa ajuda da velha mídia brasileira, e uma mãozinha da candidatura de Marina Silva, Serra conseguiu pautar a reta final do primeiro turno e o inicio do segundo turno com uma temática religiosa.
É um atraso gigantesco para o Brasil.

Parte dos apoiadores de Dilma acha que a campanha do PT deve fugir desse debate, recolher apoios de evangélicos e católicos, e rapidamente mudar de assunto.
Penso um pouco diferente.
É evidente que essa temática religiosa não é o que interessa para o Brasil. Mas se Serra escolheu o obscurantismo, é preciso mostrar isso à população. A esquerda, tantas e tantas vezes, foge dos enfrentamentos. Acho que desse enfrentamento não deveria fugir.
Por que ninguém do PT é capaz de dar uma resposta a Serra, deixando a  Ciro Gomes a tarefa de pendurar o guiso no gato? Ciro disse -de forma muito apropriada - que o discurso de Serra é o caminho para um regime teocrático. Vejam:

(Ciro Gomes) “Por que o PSDB, que nasceu para ajudar a modernidade do País, resolveu agora advogar o Estado teocrático? O Serra tem de dizer que, na República que ele advoga, primeiro falam os aiatolás, e aí os políticos resolvem o que os aiatolás querem que seja feito.”

O Brasil, agora digo eu, precisa que se faça esse debate.

O Brasil precisa, também, comparar os resultados econômicos e sociais de FHC e Lula. Mas precisa de politização, precisa que se enfrente o pensamento conservador.
Essa é uma hora boa para desmascarar a intolerância religiosa.

Aliás, é preciso tomar cuidado ao associar “evangélicos”, apenas, a esse discurso intolerante. Não. Os ataques mais coordenados e mais perigosos partem da Igreja Católica.
É preciso – com muito cuidado e respeito pelos milhares de católicos e evangélicos que praticam a religião apenas para confortar suas almas, e para difundir o amor ao próximo – lembrar que já houve um tempo em que a religião mandava na política. 

No Brasil Colonial, tivemos a Inquisição católica a prender, torturar e executar. A intolerância religiosa já matou muito – no mundo inteiro. Aprendemos isso na escola, ou deveríamos aprender (quem não se lembra da “Noite de São Bartolomeu” ,na França, pode ler algo aqui).

Já que Serra quer travar esse debate, devemos pendurar o guiso no gato, e perguntar se o que ele quer é um Estado teocrático. É isso?

Do lado de Serra, certamente ficará muita gente. Mas tenho certeza que do outro lado ficará o que há de civilizado nesse nosso país.

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Marina ataca e ironiza José Serra e PV

Em reunião fechada com aliados, a candidata derrotada do PV à Presidência, Marina Silva, atacou ontem a gula de dirigentes do partido por cargos e afirmou que não vai "se apequenar´´ nas negociações do segundo turno.

Ela se mostrou irritada com a intenção do núcleo da campanha de José Serra (PSDB) de oferecer quatro ministérios em troca do apoio do PV.

Em tom de ironia, Marina criticou o fisiologismo de parte da cúpula verde, sugerindo que a oferta seria alta demais para alguns dirigentes de seu partido. "Quatro ministérios pro PV... Caramba! Do jeito que tem gente aí, basta pensar num conselho de estatal, já estaria muito bom. Certo? disse ela. 

A senadora reclamou do assédio a aliados e prometeu não curvar à "velha política", referindo-se à oferta de espaço no futuro governo. "Quem estiver oferecendo cargo não entendeu nada do que as urnas disseram. As pessoas que votaram na gente têm uma coisa de postura, de valores que foi identificada. Isso deve ser mantido como referencial", disse.

Ela afirmou que os 19,5 milhões de votos no primeiro turno aumentaram sua responsabilidade e insistiu que ela e seus apoiadores não podem "se apequenar". Continua>>>

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Marina sem pintura

Lembre-se da Marina das antigas e...



Neste segundo turno, vamos de DILMA 13 - para evitar a volta das forças retrógadas FHC/SERRA!



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Marina Silva tem de mostrar a cara

E agora Marina?...


Nas primeiras eleições presidenciais pós-ditadura, em 1989, quando perdeu para Lula o direito de disputar o segundo turno contra Collor, Brizola, apesar do enfrentamento direto que teve com o petista na primeira fase do processo, não hesitou sobre que lado tomar. Foi quando cunhou a frase de que seria fascinante fazer a elite engolir o “sapo barbudo” e apoiou Lula, transferindo alguns dos milhões de votos que teve no primeiro turno.

Em um momento crucial para o país, que elegia seu primeiro presidente após 25 anos de ditadura, não havia meio termo. Ou se estava ao lado da candidatura das forças populares, naquele segundo turno, representadas por Lula, ou se estava com as elites e o “filhote da ditadura”, como Brizola, em mais uma de suas históricas tiradas, classificou Fernando Collor. Em toda a sua trajetória política, Brizola jamais teve dúvidas ideológicas. Principalmente, no momento das grandes decisões para a vida do país.

Agora, o Brasil volta a viver uma situação de encruzilhada. O segundo turno das eleições presidenciais terá o caráter plebiscitário que Lula quis apresentar desde o início. O que estará em jogo são dois projetos antagônicos. Um, representado por Dilma Rousseff, baseado no fortalecimento do Estado e na sua capacidade de promover o crescimento com redução das desigualdades. O outro, personificado por José Serra, pró-mercado, privatista, que entende o Estado apenas como gerente e não vê sentido em programas sociais de grande alcance, como o Bolsa Família.

Novamente, não há meio termo ou terceira via. Ou é um ou é outro. É nesta hora que se pergunta se Marina Silva, responsável por levar a eleição ao segundo turno, terá a grandeza de Brizola, se irá se aproximar da direita, ou, pior ainda, se amiudará politicamente e tomará a posição conveniente e covarde da neutralidade.

Marina também está numa encruzilhada. Sua votação acima do esperado e não captada em sua verdadeira dimensão por nenhum instituto de pesquisa a alçou a um novo patamar político. E nesta nova condição, ela precisa tomar partido na completa acepção do termo.

A partir de sua decisão tomaremos conhecimento de quem é a Marina que sai dessas eleições. Se a seringueira forjada pela luta de Chico Mendes, a ex-militante histórica do PT e ex-ministra do governo Lula, que sempre participou das lutas populares ao lado das forças da esquerda, ou uma evangélica conservadora, apoiada num confuso discurso ambientalista, com mais aceitação no empresariado do que na população.

Marina, não há dúvidas, foi a maior beneficiária da sucessão de “escândalos” midiáticos e da exploração eleitoral nas últimas semanas de campanha da fé das pessoas, através da disseminação em púlpitos e pela internet de temores envolvendo aborto e união de homossexuais, onda que aproveitou sem maiores questionamentos.

Com o segundo turno, tem a oportunidade de mostrar que é bem mais do que isso e se posicionar no espectro político que sempre defendeu, comprometido com um Brasil socialmente mais justo. A neutralidade nesse momento é uma não tomada de posição e será entendida como preocupação exclusiva com um projeto político pessoal, em detrimento do que é melhor para o povo brasileiro.
por Mair Pena Neto, do site Direto da Redação

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CNBB instrumentalizado


Bispos e Padres de São Paulo, se instrumentalizaram da CNBB para usar e abusar da boa fé dos fiéis com uma maldita carta/nota contra a campanha da candidata Dilma, que acabou sendo espalhada para o país, inclusive foi distribuida no sábado, véspera das eleições, aqui em Aracaju. Esta carta/Nota da Regional Sul 1 – CNBB, acabou prejudicando a candidatura de Dilma, inflando os votos de Marina e beneficiando o candidato Serra com o segundo turno. Cabe a CNBB explicações ao povo brasileiro, que na sua grande maioria é católica. Não vale a omissão neste momento. A verdade tem que ser exposta, o nome de Deus não pode ser usado em vão. Leia matéria em Carta Maior:http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17026

Claudinete Sergipe
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E ainda acreditam nas pesquisas

por Carlos Chagas
Desmoralização, mesmo, aconteceu com os institutos de pesquisa. Erraram no atacado e no varejo. Até na boca de urna concluíram pela vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno. Ignoraram a potencialidade de Marina Silva. E surripiaram centenas de milhares de votos de José Serra.

No plano estadual, jogaram todas as fichas na vitória de Agnelo Queirós no primeiro turno, em Brasília, apostaram na eleição apoteótica de Geraldo Alckmin, em São Paulo, e de Marconi Perilo, em Goiás, bem como  na passagem de Fernando Collor para o segundo turno, nas Alagoas. Minimizaram as chances de Beto Richa, no Paraná, e não perceberam a vantagem olímpica de Renato Casagrande no Espírito Santo.


Pior performance tiveram, os institutos de pesquisa, nas eleições para o Congresso. Deram Paulo Paim como derrotado para o Senado, no Rio Grande do Sul. Jamais admitiram a queda de Tasso Jereissati, no Ceará. Muito menos a vitória de Aloísio Nuns Ferreira, em São Paulo, onde previram Marta Suplicy em primeiro lugar.


Na Câmara, ignoraram o crescimento das bancadas do PT e desprezaram a votação de Anthony Garotinho, pelo Rio de Janeiro. Supuseram a eleição do Tiririca, por São Paulo, mas jamais pelos avassaladores um milhão e trezentos mil votos.


Apesar de falhas  tão  flagrantes,  ainda mais maquiadas pelas abomináveis margens de erro de até três pontos para mais ou para mais menos, os institutos saíram-se com a  clássica desculpa de que estavam certos o tempo inteiro, “o povo é que mudou nas horas finais”. Vão continuar abusando da credibilidade popular. Hoje mesmo, ou amanhã, começarão  a divulgar novos números.


Diante da realização do segundo turno nas eleições presidenciais, só falta mesmo anunciarem como resultado a possibilidade de ganhar Dilma ou de ganhar Serra, com margens de erro de no mínimo cinco pontos...  


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Lula entra nas negociações por apoio de Marina a Dilma




LARYSSA BORGES
Direto de Brasília
Principal puxador de votos para a campanha da petista Dilma Rousseff à presidência da República, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrará nas negociações em busca do apoio da senadora verde Marina Silva, detentora de mais de 19% dos votos válidos no primeiro turno das eleições e responsável por barrar a vitória da ex-ministra da Casa Civil no último domingo (3).
Dilma, Presidente Lula e Marina
"A coordenação de campanha, o presidente, todo mundo vai conversar. Vamos fazer conversas com a Marina, tanto os ministros que foram colegas dela e os governadores que foram colegas dela", disse o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
De acordo com interlocutores do presidente, é possível que Lula procure Marina Silva pessoalmente ou telefone para a senadora, que ocupou o Ministério do Meio Ambiente em sua gestão.
"A coordenação da campanha está pensando a estratégia de conversa com a Marina. A Marina foi ministra do nosso governo, tem vários governadores e senadores eleitos que foram companheiros de ministério da Marina, outros foram companheiros de Senado da Marina, parceiros, senadores reeleitos. O próprio presidente do partido, o nosso coordenador da campanha, o Dutra, foi colega de Senado da Marina. Então nós vamos conversar, sim, com a companheira Marina, não só com ela, mas também com o conjunto de partidos que apoiaram, com as associações e organizações que a apoiaram", explicou Padilha.
"Entendemos que o eleitorado que foi às urnas no domingo votar em Marina tem muito mais identidade com a nossa história. Vamos mostrar que foi bom, por tudo que vivemos nesses últimos 40 dias de muitos ataques, sofremos. Na verdade devemos fazer uma autocrítica. Alimentamos um debate que terminou por produzir um sentimento na sociedade de que era bom ter um segundo turno para todo mundo aprender, poder fazer um debate muito mais tranquilo no segundo turno", disse o governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos.
O presidente Lula, cujo temperamento de ataque ao tucano José Serra foi condenado por aliados, deverá, além de ser um dos principais interlocutores junto a Marina, retomar um clima mais ameno na segunda etapa do processo eleitoral, nos moldes do "Lulinha Paz e Amor" em 2002.
"O Brasil vai ver no segundo turno um presidente Lula muito paz, amor e vitória", disse o governador pernambucano. Ele afirmou que, em eventos da campanha, "a participação do presidente no segundo turno se dará na mesma proporção que se deu no primeiro turno".
Entre aliados, não há a preocupação de que os tucanos tenham escalado o presidente Fernando Henrique Cardoso como interlocutor junto a Marina Silva. "Toda vez que o FHC entra na campanha a gente comemora", resumiu um interlocutor de Lula.
Lição

Apesar de a candidata Dilma Rousseff ter negado um clima de "já ganhou" durante a reta final do primeiro turno, o governador Eduardo Campos admitiu que a realização de um segundo turno representa "uma lição" para a campanha de Dilma.

"Uma lição no Brasil para que a gente pudesse ter mais debate no segundo turno, esclarecesse mais. (A campanha foi alvo de) muitos ataques (...), fomos vítimas de uma campanha que lembra o século 19, uma campanha fascista de calúnias. Isso fez com que parte do eleitorado que estava nos apoiando desse um passo atrás para dizer 'eu tenho oportunidade de ter mais 30 dias de debate, por que não vou ter?' Pediram debate", disse.
Campos destacou ainda que a nova rodada de disputa rumo ao Palácio do Planalto será "uma oportunidade de desfazer muitas das versões de uma campanha fascista que tomou conta do Brasil nos últimos dez dias, com mentiras, com agressões colocadas em relação a nossa candidata".

Ciro: Serra controla o PV



CLAUDIO LEAL
Direto de Brasília
Um dos protagonistas da pré-campanha presidencial, o deputado federal Ciro Gomes (PSB) participou, na tarde desta segunda-feira (4), do encontro de Dilma Rousseff (PT) com governadores e senadores eleitos em 3 de outubro. Sem palavras dúbias, ele afirma que "Serra tem controle sobre o PV" e a tendência é Marina não apoiar, formalmente, a campanha de Dilma. "Pela sua origem, ele não deve. Digo isso porque já negociei com o PV. Serra controla a burocracia. Eles quiseram me impor (Alfredo) Sirkis para vice. E eu disse: você não tem competência pra ser vice-presidente".
Para Ciro, Dilma precisa "entender esses 20% (de Marina) e falar para eles". "Entender as pessoas, as exigências éticas, a postura ideológica", explica. "Dilma foi a 47% dos votos. Isso é voto pra caramba! E com todo desequilíbrio da imprensa". Ciro esclarece que fala "como cabo eleitoral de Dilma no Ceará".
Adversário do ex-governador de São Paulo, ele critica o discurso "ético" de José Serra. "Na mesa de bar onde eu estiver, Serra jamais será guardião da ética", ataca. Ciro considera a imprensa equivocada ao acusar o PT de "autoritarismo". "Foi um erro. Eu mesmo tenho grandes problemas com a imprensa".

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Voto de desconfiança

Os números são aproximados. O Brasil tem 136 milhões de eleitores. Saíram de casa no domingo para votar em Dilma Rousseff quase 48 milhões. É 35% do eleitorado, pouco acima de um terço. José Serra chegou ao patamar de 33 milhões, 24%. Marina alcançou quase 20 milhões, perto de 15%.

Houve algumas quebras em relação ao que previam os institutos de pesquisa. Mesmo na boca da urna aconteceram problemas. Mas a dificuldade maior é antes do dia da eleição, e os números, especialmente de Dilma, mostram com nitidez. Uma coisa é o universo dos eleitores. Outra coisa é o universo dos eleitores que vão votar em algum candidato.

Esta coluna porém não será sobre pesquisas. Que os institutos se expliquem. Pesquisa boa mesmo, como gostam de dizer os políticos que estão nelas em desvantagem, é a da urna. E o que as urnas disseram no domingo, de mais significativo?

Que apenas 35% dos eleitores acharam importante dar apoio agora à candidata de um presidente da República aprovado por quase oito em cada dez brasileiros. Mais de seis em cada dez, dos mesmos que respondem às pesquisas de aprovação do governo e do presidente, preferiram um voto de desconfiança.

“De desconfiança” porque tampouco dá para simplesmente somar os votos de Serra e Marina e concluir que exista aí uma maioria em oposição à escolhida de Luiz Inácio Lula da Silva. Como gosta de dizer a candidata verde, a presença expressiva dela despolarizou a disputa no primeiro turno, matizou o plebiscito idealizado por Lula.

E como Marina conseguiu isso? As teses mais confortáveis, para o governo, procuram divulgar que a verde foi apenas beneficiária do voto de um certo “atraso” religioso-comportamental. A explicação não combina com o perfil do eleitorado dela, mais concentrado em áreas bem desenvolvidas.

Uma candidatura que ganha no Distrito Federal, pega quase um terço dos votos válidos no Rio de Janeiro e fica acima da sua média nacional em São Paulo e Minas Gerais não pode ser lida como alavancada pelos grotões.

O primeiro turno mostrou, ao contrário, que Marina conseguiu tomar posição para surfar na próxima onda, se se observar que a política brasileira se renova por ondas de partidos, pois internamente nas legendas não é possível, pela falta de democracia.

Ou seja, o eleitor disse no domingo que se as coisas estão boas sempre será possível trabalhar para melhorá-las. José Serra defendeu-se bem entre os trabalhadores de salário mínimo e os aposentados, ao propor reajustes agressivos no mínimo e nas aposentadorias, além de um 13o. para o Bolsa Família.

Já Dilma ficou presa ao figurino “o governo Lula foi melhor que o de Fernando Henrique Cardoso”. Qual terá sido a dificuldade de Dilma para liquidar a fatura dois dias atrás? Se é verdade que o PT de Lula faz uma boa administração federal, também é verdade que o PSDB de FHC faz boas gestões nos estados. Em ambos os casos, aqui o “boa” é sinônimo de “avaliada como boa”.

O PSDB, disputando sua eleição mais difícil, elegeu em primeiro turno governadores nos dois maiores eleitorados, São Paulo e Minas Gerais. Será o quinto governo tucano seguido em terras paulistas e o terceiro nas mineiras. Ninguém consegue esses números só na base da saliva.

E no Paraná o ex-prefeito tucano da capital derrotou de uma só vez o presidente da República, o governador e o ex-governador.

Esta eleição de 2010 não é para os profetas do apocalipse, nem para os anunciadores da “mexicanização”, ou da “ameaça neoliberal”. Parece ser mais uma escolha banal em tempos de estabilidade e prosperidade, quando o eleitor já considera ter garantido coisas boas para si e quer saber o que pode ganhar mais.

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