O Eixão das Águas, a maior obra em infraestrutura hídrica do Ceará, beneficiou 4,2 milhões de habitantes no estado e evitou o colapso no abastecimento de Fortaleza, além de garantir segurança hídrica da região metropolitana da capital pelos próximos 30 anos. Construído com recursos do governo federal e contrapartida do governo do Ceará, o empreendimento é um canal para transposição das águas do Açude Castanhão até a região metropolitana de Fortaleza e ao Complexo Portuário e Industrial do Pecém.
Concluído em dezembro de 2013, o Eixão das Águas é constituído por 256 quilômetros de canais, estações de bombeamento, adutoras e túneis. Além de beneficiar comunidades ao longo do trajeto, o sistema atende o complexo portuário de Pecém e o projeto de irrigação Tabuleiro de Russas, com 4 mil hecatares.
Com investimento total de quase R$ 1,5 bilhão, o canal, em funcionamento desde março de 2014, beneficia os municípios de Alto Santo, Jaguaribara, Morada Nova, Ibicuitinga, Russas, Limoeiro do Norte, Ocara, Cascavel, Chorozinho, Pacajus, Horizonte, Itaitinga, Pacatuba, Maranguape, Maracanaú, Caucaia, Fortaleza e São Gonçalo do Amarante.
Iniciada em 2004, a obra foi dividida em cinco trechos, todos concluídos. O trecho I, com 53,2 quilômetros, vai do Açude Castanhão ao Açude Curral Velho. O Trecho II (46,2 quilômetros) vai desse ponto à Serra do Félix.
O terceiro trecho, de 66 quilômetros, faz a ligação da Serra do Félix com o Açude de Pacajus. O quarto, com 33,8 quilômetros, segue desse ponto até o Açude Gavião e o último trecho, com 57 quilômetros, faz a ligação com Pecém.
Segurança hídrica no Ceará
Entre as obras de segurança hídrica que beneficiam o Ceará está o Projeto de Integração do Rio São Francisco. Com conclusão prevista para 2015, o empreendimento atenderá a 12 milhões de pessoas em 390 municípios de quatro estados do semiárido nordestino.
Outro empreendimento, o Cinturão das Águas, orçado em R$ 1,1 bilhão, trata-se de um sistema adutor com cerca de 1.300 quilômetros de extensão, que vai beneficiar a 95% da população do estado – cerca de 8 milhões de pessoas.
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Castanhão
As comportas do açude serão fechadas, após pouco mais de 10 dias liberando 100 metros cúbicos de água por segundo. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (30), em reunião de vários órgãos na Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
"Temos um prognóstico menos otimista em relação ao inverno no Ceará", explica o coordenador do Núcleo Técnico Operacional da Cogerh, Célio Augusto Tavares.
A liberação é feita para reduzir os níveis de armazenamento do reservatório nos meses de chuva, a fim de permitir que o açude tenha mais capacidade para acumular água em caso de possíveis cheias e controle as enchentes na região do Jaguaribe.
"Esse prognóstico menos otimista nos fez decidir por outro nível de operação no reservatório", completa o coordenador, referindo-se ao fechamento das comportas.
Duas comportas estavam abertas desde o último dia 18. O Castanhão, localizado em Alto Santo, é o maior reservatório do Ceará, com capacidade para acumular 6,7 bilhões de metros cúbicos. Dados da Cogerh indicam que, na manhã desta quinta-feira (31), a barragem acumula 70,5% de seu volume máximo.
De acordo com Célio Augusto, as comportas serão fechadas, mas ainda será feita uma liberação de água - em menor escala. A vazão será liberada por meio das válvulas dispersoras, em um volume de 50 metros cúbicos por segundo. As válvulas tiram água de uma parte mais profunda do açude, menos oxigenada e não tão limpa como a água mais alta da altura das comportas.
Célio aponta que, nesta quinta, a decisão deve ser publicada e, possivelmente sexta-feira (1), a medida será cumprida.
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