Energia pode subir até 50%
Benett |
A CVM americana, a Securities and Exchange Commission, que regula a Bolsa americana (ao contrário da CVM daqui, que não regula nada… muito menos o Banco Opportunity), a SEC “deslistou” a Eletrobras das empresas que podem ser negociadas na Bolsa.Foi barrada na Bolsa de NY: do not cross!Porque a Eletrobras não conseguiu enviar os balanços auditados de 2014 e 2015.O PiG teve orgasmos e, como o Francischini, correu, correu para acusar a Dilma de incompetência.Lamentavelmente, a culpa não é da Dilma.É do Moro!Esse que aplicou a pena mais alta ao Dirceu, porque o Dirceu não delatou e o desmoralizou na oitiva.A culpa é do Moro, que ainda não fechou a Petrobrax.Mas, está fechando a Odebrecht, a Camargo, a Andrade e todas as empresas brasileiras de engenharia pesada, para que o Cerra, em acordos bilaterais (quá, quá, quá!) entregue tudo à Bechtel, à Haliburton…Como diz o sábio Saturnino: melhor entregar logo tudo, como fez a Costa Rica.Por que o Moro quebrou a Eletrobras?Porque, segundo o Estadão, em comatoso estado, “desde junho de 2010, o escritório independente Hogan Lovells investiga possíveis irregularidades em sociedades e obras tocadas pela Eletrobras, por conta de denúncias da Polícia Federal. Como o escritório se depara a cada momento com algo suspeito, pede novas informações , o que demanda novas analises”.A PF “investiga”, o Moro vaza e a Eletrobras quebra!Elementar!O Golpe começou e acabou em Washington!
Para que os amigos conservadores não reclamem que é “esquerdismo” e má-vontade para com o “sensacional” presidente Maurício Macri, sobre quem sonham que Aécio Neves seja uma espécie yo soy usted, mañana, reproduzo a matéria interna do jornal “macríssimo” Clarín sobre o aumento das tarifas de energia na Argentina.
A interna, porque na capa do jornal a vergonha foi tanta que deram uma chamadinha minúscula, dez vezes menor do que se o governo peronista as tivesse aumentado dez menos. Aliás, se fosse no Brasil, a manchete nem ia caber na página.
“Para consumidores médios, variando de 300 a 1.000 kilowatts bimestrais, o aumento da fatura de eletricidade é de cerca de 700%. Isto é o que revela a nova tabela de tarifas, publicado hoje no Diário Oficial, que aumentam tanto os valores dos encargos fixos como os preços por kWh. Por exemplo, para aqueles que consomem entre 301-650 kw vai de 16,20 para 60,14 pesos, os encargos têm um aumento de 271% . Já o kWh consumido passa de 0,043 pesos para 0,459 pesos , alta de 967%.
Para um consumo de 600 kWh, a fatura total, incluindo impostos, vai de 55 pesos para 436 pesos, um aumento de 693%.”
E olha que a gente aqui sabe o que foi um aumento de 60% nas contas de energia, hein?
Mas isso não é tudo. Todos sabem que nos próximos dias vira outro tarifaço deste calibre para o gás.
E o gás ,é, simplesmente, metade da composição da matriz energética argentina, mais abundante que o petróleo e só os veículos movidos a este combustível – sem contar o uso doméstico e industrial – representam 15% da frota de automóveis, proporcionalmente cinco vezes mais que a brasileira.
Mas a mídia argentina, agora radiante frente á possibilidade de revogação da Ley de Medios, dá esta notícia assim, num cantinho, sem importância.
Quase um “podemos sacar si le parezca”: podemos tirar, se achar melhor.
“No início de 2013, a conta de luz ficará até 16,2% mais barata para as residências e até 28% para as indústrias, dependendo do nível de tensão. Será a maior redução nas tarifas de energia elétrica já registrada no Brasil (…) [A redução] trará menos gastos para as famílias e mais competitividade para nossas indústrias, que poderão oferecer produtos mais baratos para toda a população”, explicou Dilma, na coluna Conversa com a Presidenta, em novembro de 2012.