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Frase do dia

"O Palácio do Planalto não é um local onde se pode chegar pelos esgotos", Humberto Costa (PT-PE).

Senador Humberto Costa usa dados do SUS para desmentir tucanos




O primeiro ministro da Saúde do governo Lula, senador Humberto Costa (PT-PE), conhece como poucos a herança deixada após oito anos da gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Nesta terça-feira (07), ele resgatou números da gestão tucana para desmentir parlamentares do PSDB sobre os investimentos dos governos do PT em saúde.

Na gestão de Humberto, a Constituição Federal de 1988 foi pela primeira vez foi cumprida no que determina a Emenda Constitucional 29. Foi seguindo estritamente a lei que o governo federal ampliou os investimentos na área em todas as frentes, ao mesmo tempo em que corrigiu aberrações inexplicáveis, como a de considerar compra de vacina para cavalo como gasto de saúde pública.

Humberto  lembrou que foi a partir de 2003, com a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que os programas de saúde pública nasceram, cresceram e se multiplicaram, apesar dos ataques da oposição comandada pelos tucanos.

Veja, abaixo, os principais pontos apontados pelo líder:

Melhoria do SUS –   Nos governos do PT foram criados programas revolucionários , como o Samu, o Brasil Sorridente, as UPAs, as UBSs, o Farmácia Popular e, mais recentemente, o Mais Médicos.

“Venho defender um dos grandes legados dos governos do PT ao nosso País, que, vez por outra, é atacado por um conjunto de falácias mal articuladas produzidas por gente de má-fé: a saúde.

Marta Suplicy fora do tom

Marta Suplicy é uma política de grandes qualidades. Entre elas, a coerência e a elegância. Porém, na última terça (27), em artigo nesta Folha intitulado "O diretor sumiu", a senadora deixou de lado o exercício dessas apreciadas virtudes.

No texto, a ex-deputada federal, ex-prefeita de São Paulo, duas vezes ministra e atual senadora pelo PT teceu críticas inapropriadas tanto ao partido como ao governo da presidenta Dilma, do qual foi integrante até poucos meses atrás.

Falou como se ignorasse uma das mais duradouras crises internacionais, em que a França contabiliza o maior número de desempregados da sua história. Ignorou que a Suíça está à beira da recessão, que a Rússia vive uma situação de pré-calote e que até a China está desacelerando. A crise não é brasileira nem foi gestada por ausência de confiança e de credibilidade.

Tampouco foi por falta de transparência na condução da economia. Em momento algum a presidenta pintou uma "situação rósea". Todos os dados referentes à situação do país eram públicos e foram debatidos na campanha eleitoral.

Do mesmo modo, Dilma Rousseff sempre assumiu que os ajustes necessários para controlar a inflação e promover o equilíbrio fiscal eram essenciais à manutenção do desenvolvimento inclusivo, compromisso permanente do PT.

Diferentemente do que diz Marta Suplicy, estamos longe de um "descalabro". No seu primeiro mandato, a presidenta ofereceu estímulo à economia com desonerações superiores a R$ 104 bilhões. As tarifas estabilizaram e a inflação média de sua gestão fechou no menor patamar desde o início do Real.

A dívida pública foi controlada, os investimentos externos cresceram, programas sociais relevantes, como Mais Médicos, Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) e Minha Casa, Minha Vida, alavancaram, recursos para a educação aumentaram em 93% e o desemprego chegou ao menor índice da história do país.

Com o cenário externo prejudicado, entretanto, o governo teve que agir para manter o país nos eixos. As medidas conjunturais foram adotadas às claras. E a equipe econômica, apoiada pela presidenta, tem se esmerado em explicar à população a pertinência delas.

É desarrazoado condenar o governo por ajustes que mantenham a estabilidade, combatam a inflação e assegurem o que de mais precioso conquistamos nesses 12 anos: emprego, crescimento de renda e de inclusão, além de largos avanços sociais pelos quais o Brasil é um país globalmente reconhecido.

Marta reúne todos os requisitos para críticas que julgar pertinentes fazer ao PT e ao governo. Mas há foros apropriados para fazê-las. E ela não os utilizou nem em um caso nem em outro. Aliás, como ministra da Cultura, esteve até três meses atrás na gestão à qual atribui, agora, "situação de descalabro".

A população, a despeito de alguns derrotistas, segue ao lado do Brasil que cresce com os brasileiros. E, mesmo sabendo do gosto amargo de algumas dessas medidas passageiras, está consciente da sua necessidade.

Quem não se lembra, em 2003, o primeiro ano sob Lula, quando também adotamos ajustes duros contra conjuntura adversa? A partir dali, conseguimos promover o maior processo de redução de miséria e de desigualdade social do planeta. O momento atual exige esforços em favor dos mesmos compromissos.

No comando dessa peça, a presidenta Dilma Rousseff atua como a dedicada diretora que conhece o público, o enredo e os atores. O que não cabe a qualquer ator, entre os quais incluo Marta, é sair do script a ponto de prejudicar os colegas de palco e colocar em risco o resultado do espetáculo. Convido, então, a criadora do Vale-Cultura a retomar o seu papel na bela história que estamos construindo no Brasil.

by Humberto Costa - Líder do PT no Senado



Líder do PT desafia delator e oposição

Nas entrelinhas da nota do senador Humberto Costa (PT-PE) fica implícito o desafio para que os líderes da oposição façam o mesmo, abram seus sigilos.

Leia a Nota de esclarecimento:

Em relação à publicação do jornal O Estado de São Paulo deste domingo que relata supostas acusações do sr. Paulo Roberto Costa dirigidas a mim em delação premiada, afirmo que:

1. Todas as doações de campanha que recebi na minha candidatura ao Senado em 2010 foram feitas de forma legal, transparente, devidamente declaradas e registradas em minha prestação de contas à justiça eleitoral e inteiramente aprovadas, estando disponíveis a quem queira acessá-las;

2. Assim, nego veementemente ter pedido a quem quer que seja que solicitasse qualquer doação de campanha ao sr. Paulo Roberto;

3. Tal denúncia padece de consistência quando afirma que a suposta doação à campanha teria sido determinada pelo Partido Progressista (PP) por não haver qualquer razão que justificasse o apoio financeiro de outro partido à minha campanha;

4. Mais inverossímil ainda é a versão de que se o sr. Paulo Roberto não tivesse autorizado tal doação, correria o risco de ser demitido, como se eu, à época sem mandato e tão somente candidato a uma vaga ao Senado, tivesse poder de causar a demissão de um diretor da Petrobras;

5. Causa espécie o fato de que ao afirmar a existência de tal doação, o sr. Paulo Roberto não apresente qualquer prova, não sabendo dizer a origem do dinheiro, quem fez a doação, de que maneira e quem teria recebido;

6. Conheci o sr. Paulo Roberto em 2004 e minha relação com ele se deu no campo institucional, no processo de implantação da refinaria de petróleo em Pernambuco, do qual participei assim como vários políticos, empresários e representantes de outros segmentos da sociedade pernambucana o fizeram;

7. Conheço e sou amigo de infância do sr. Mário Beltrão, presidente da Associação das Empresas do Estado de Pernambuco (ASSINPRA), que também foi partícipe da mesma luta pela refinaria. Porém, em nenhum momento eu o pedi e ele muito menos exerceu o papel de solicitar recursos ao Sr. Paulo Roberto para a campanha ao Senado de 2010;

8. Tenho uma vida pública pautada pela honradez e seriedade, não respondendo a qualquer ação criminal, civil ou administrativa por atos realizados ao longo de minha vida pública;

9. Sou defensor da apuração de todas as denúncias que envolvam a Petrobras ou qualquer outro órgão do Governo. Porém, entendo que isso deve ser feito com o cuidado de não macular a honra e a dignidade de pessoas idôneas. O fato de o sr. Paulo Roberto estar incluído em um processo de delação premiada não dá a todas as suas denúncias o condão de expressar a realidade dos fatos;

10. Aguardo com absoluta tranquilidade o pronunciamento da Procuradoria-Geral da República sobre o teor de tais afirmações, ocasião em que serão inteiramente desqualificadas. Quando então, tomarei as medidas cabíveis;

11. Informo ainda que me coloco inteiramente à disposição de todos os órgãos de investigação afetos a esse caso para quaisquer esclarecimentos e, antecipadamente, disponibilizo a abertura dos meus sigilos bancário, fiscal e telefônico.

Recife, 22 de novembro de 2014,

Humberto Costa
Senador da República


Ricardo Kotscho: no Recife campanha pega no breu


Barcos no rio Capiberibe com placas mostrando fotos de Lula, Dilma e Humberto Costa, o candidato do PT; por toda parte cartazes e cavaletes da propaganda de Geraldo Júlio, do PSB, candidato do governador Eduardo Campos; bandeiras de vários partidos tremulando no cais do porto em frente a Brasília Teimosa, que agora tem um shopping no lugar das antigas palafitas;páginas e páginas sobre a disputa eleitoral nos dois principais jornais da cidade.
Ao contrário de São Paulo, de onde vim na sexta-feira, aqui a campanha pegou no breu. Na primeira vez nos últimos muitos anos em que a polarização não se dá entre esquerda e direita, a Frente Popular do Recife que governa a cidade há quase 12 anos rachou e agora PT e PSB se enfrentam na chamada "guerra dos padrinhos".
Com os aliados federais Lula e Dilma de um lado e Eduardo Campos do outro, Humberto e Geraldo lideram a última pesquisa do Jornal do Comércio/Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, divulgada esta semana, com a diferença entre os dois mostrando sensível queda.
O senador Humberto Costa tinha 35,5% em julho e caiu para 31,1% agora; Geraldo Julio, ex-secretário estadual que disputa sua primeira eleição, saiu de 6,8% e chegou a 22,2%. O ex-governador Mendonça Filho, que aparecia em segundo, caiu de 20,7% para 15,1% e Daniel Coelho, do PSDB, não sai da faixa dos 5%.
Carros de som e cabos eleitorais tomaram a cidade. Aguarda-se para o começo de setembro a vinda de Lula, mais uma vez o principal trunfo do PT, depois de uma sangrenta disputa interna que deixou sequelas no partido e o prefeito João da Costa fora da campanha de Humberto.
Sem grandes comícios até agora, os candidatos se limitam a fazer longas caminhadas por feiras, bairros e morros, uma tradição recifense. O governador Eduardo Campos até agora ainda não apareceu na campanha de rua de Geraldo Júlio para não ofuscar o candidato que aindanão é conhecido por metade do eleitorado, mas é presença constante no programa de televisão.
Pela longa conversa que tive com Campos no almoço de sexta-feira e as entrevistas que fiz com os dois principais candidatos, é inevitável que daqui para a frente a inesperada disputa entre PT e PSB no Recife abale a aliança nacional dos dois partidos, uma situação que se repete em Fortaleza e Belo Horizonte. A reportagem completa sobre o que está em jogo nesta disputa será publicada na edição de setembro da revista Brasileiros.

Em Pernambuco, ‘onda Lula’ ganha ares de ‘tsunami’

Em nenhum outro pedaço do mapa brasileiro a influência de Lula na eleição é mais evidente do que em Pernambuco.

No Estado natal do presidente, a oposição come o pão que o Tinhoso amassou. Ali, os rivais de Lula flertam, por assim dizer, com a extinção.

Candidato ao quarto mandato de senador, Marco Maciel (DEM) fora à disputa com o semblante de favorito.

Em comício, Lula o desancou. Chamou-o de “senador do Império”. Disse que, como vice de FHC, não enviara a Pernambuco um mísero centavo.

Maciel exibiu uma lista de obras que traziam suas digitais. Da tribuna do Senado, reagiu a Lula com a moderação que lhe é própria.

Pois bem. O morubixaba da tribo ‘demo’, que já caía nas pesquisas, foi ao desfiladeiro. Chega à reta final com cara de vencido. Ultrapassou-o Armando Monteiro (PTB).

À frente dos dois, o ex-ministro Humberto Costa (PT), recém-abolvido no escândalo dos Vampiros, deve beliscar a primeira vaga de senador.

Raul Jungmann (PPS), que entrara na briga pelo Senado numa vaga que seria do PSDB, escorrega nas sondagens eleitorais para a casa de um dígito.

Candidato à reeleição, o governador Eduardo Campos (PSB), hoje um dos políticos mais chegados a Lula, surfa acima dos 70%.

Campos deve se impor sobre Jarbas Vasconcelos (PMDB) no primeiro turno, com uma das maiores votações proporcionais do país.

Em conversa com o repórter, um dos líderes do bloco pernambucano anti-Lula fez piada da própria desgraça:

“Aqui em Pernambuco, do jeito que a coisa caminha, a oposição terá de recorrer ao Ibama contra a ameaça de extermínio”.

Em meio ao cenário de terra arrasada, Jarbas dispõe de um lenitivo. Seu mandato de senador vai até 2014. Eleita, Dilma Rousseff terá de aturá-lo em Brasília.


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DataFolha nas eleições para governador e senador

O governador pernambucano Eduardo Campos, candidato à reeleição, abriu ainda mais vantagem sobre o senador dissidente do PMDB, Jarbas Vasconcelos. Pesquisa Datafolha divulgada ontem aponta 72% das intenções de voto para Campos (PSB) contra apenas 15% para Jarbas. No Rio Grande do Sul, o candidato petista Tarso Genro, abriu mais dois pontos de vantagem sobre o segundo colocado, José Fogaça.
RIO DE JANEIRO
Governo
Sérgio Cabral (PMDB) 60%
Fernando Gabeira (PV) 17%
Senado
Marcelo Crivella (PRB) e Lindberg Farias (PT) aparecem tecnicamente empatados na corrida pelas duas vagas do Senado, com vantagem de aproximadamente 15 pontos sobre o terceiro colocado, César Maia (DEM).
 SÃO PAULO
Governo
Geraldo Alckmin (PSDB) 51%
Aloízio Mercadante (PT) 23%
Senado
A disputa é liderada por Marta Suplicy (PT) e Netinho de Paula (PCdoB). Cada um tem 36%. O terceiro colocado, Aloysio Nunes Ferreira, tem 23%.
MINAS GERAIS
Governo
Antonio Anastasia (PSDB) 42%
Hélio Costa (PMDB) 37%
Senado
Aécio Neves (PSDB) e Itamar Franco (PPS) lideram a corrida. Aécio tem 67% e Itamar 43%. O terceiro colocado é Fernando Pimentel, do PT, com 32%.
RIO GRANDE DO SUL
Governo
Tarso Genro (PT) 46%
José Fogaça (PMDB) 23%
Senado
Quem lidera a pesquisa é Ana Amélia Lemos (PP), com 49%, seguida pelo petista Paulo Paim (45%). O ex-governador Germano Rigotto (PMDB) está na terceira posição – distante 11 pontos de Ana Amélia e 7 pontos de Paim.
Ontem o PSol gaúcho abriu mão de uma de suas candidaturas ao Senado para fortalecer a de Paim – atitude sem precedentes na história das relações entre o partido e o PT no estado.
 DISTRITO FEDERAL
Governo
Agnelo Queiroz (PT) 41%
Joaquim Roriz (PSC) 34%
Senado
Os preferidos são Cristovam Buarque (PDT) e Rodrigo Rollemberg (PSB).
PERNAMBUCO
Governo
Eduardo Campos (PSB) 72%
Jarbas Vasconcelos (PMDB) 15%
Campos cresceu 5 pontos e Jarbas perdeu 5, em relação à pesquisa anterior.
Senado
A disputa pelas duas vagas do Senado é liderada pelo petista Humberto Costa, com 37% das intenções de voto. Em segundo lugar está Armando Monteiro (PTB) com 30%.

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Sobre o pano de fundo de uma disputa presidencial com cara de definida, o Datafolha captou movimentos dignos de nota na briga pelo Senado.


Os pesquisadores do instituto voltaram ao meio-fio em oito praças. As principais novidades foram recolhidas nas ruas do Rio e de Minas.

No Rio, Lindberg Farias (PT), em alta, abriu onze pontos de vantagem sobre Cesar Maia (DEM), um dos políticos que Lula quer “extirpar” da política.

Lindberg, agora com 38%, disputa com Maia, 27%, a segunda vaga de senador. À frente de ambos, por ora, Marcelo Crivella (PRB), estacionado em 40%.

Em Minas, Fernando Pimentel (PT), em curva ascendente, aproximou-se um pouco mais de Itamar Franco (PPS).

No início de agosto, Itamar estava 27 pontos à frente de Pimentel. De pesquisa em pesquisa, o petista foi mastigando a diferença.


Reduziu-a a oito pontos. Agora, Pimentel tem 32%, contra 40%de Itamar. Em jogo, também em Minas, a segunda vaga de senador.

A primeira, indica o Datafolha, parece reservada a Aécio Neves, que cavalga uma confortável liderança de 71%.

Em São Paulo, Netinho de Paula (PCdoB), parece ter batido no teto. Escorregou dois pontos. Tem agora 34%, um ponto a menos que os 35% de Marta Suplicy (PT).

Atrás deles, brigando pelo espólio de Orestes Quércia (PMDB), que se retirou da disputa, vem Romeu ‘22%’ Tuma (PTB) e Aloysio ‘17E%’ Nunes (PSDB).

Em Pernambuco, outra disputa encarniçada pela segunda cadeira de senador.

Estão tenicamente empatados Marco Maciel (DEM), 34%, outro senador que Lula gostaria de riscar do mapa, e Armando Monteiro (PTB), 32%.

Na liderança, o ex-ministro da Saúde Humberto Costa (PT) cresceu três pontos. Foi a 47%.


No Rio Grande do Sul, a jornalista Ana Amélia, noviça em urnas, perdeu dois pontos em relação à pesquisa anterior. Mas segue na liderança, com 47%.

Continua enxergando pelo retrovisor dois políticos experimentados: Germano Rogotto (PMDB) e Paulo Paim (PT), agora numericamente empatados em 41%.

Na Bahia, um bololô. Três candidatos se engalfinham pelas duas vagas: Cesar ‘29%’ Borges (PR), Lídice ‘28%’ da Mata (PSB) e Walter ‘27%’ Pinheiro (PT).

No Paraná, Gleise Hoffman (PT) escalou três pontos. Igualou-se ao ex-governador Roberto Requião (PMDB). Ambos somaram 44%.

No Distrito Federal, consolidam-se na dianteira Cristovam Buarque (PDT), com 49%, e Rodrigo Rollemberg (PSB), com 39%.

Ameaçada pela Lei da Ficha Limpa, Maria de Lourdes Abadia (PSDB), que chegara a preocupar Rollemberg, dispõe agora de exíguos 17%.

por Josias de Souza 

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Por uma vitória arrasadora



Pernambuco é um estado conhecido por suas eleições disputadas, com discussões acaloradas e votações apertadas. Isso ocorre porque progressistas e conservadores têm eleitores fiéis. Tudo indica, porém, que 2010 marcará uma diferença histórica. O índice de intenções de voto na candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, supera os 50% no estado. E a cada nova pesquisa, o governador Eduardo Campos (PSB) aumenta a distância do seu principal adversário, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e caminha para uma vitória confortável no primeiro turno.
A disputa que deve esquentar mesmo é pelas duas vagas ao Senado. Sem oponente à vista, Campos agora trabalha para eleger os candidatos de sua coligação e varrer a oposição do cenário. A ordem na coligação Frente Popular (liderada pelo PSB, PT e PTB) é turbinar a campanha do ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria, Armando Monteiro Neto. No momento, o petista Humberto Costa, ex-ministro da Saúde, lidera as pesquisas para o Senado – tem 42%. Em segundo aparece Marco Maciel, do DEM, que tenta mais uma reeleição e é citado por cerca de 40% do eleitorado. Monteiro Neto aparece com 29%. 
Discretíssimo vice-presidente de Fernando Henrique Cardoso e senador a dois mandatos, Maciel possui a mística de nunca ter sido derrotado desde que foi eleito líder da União Metropolitana de Estudantes (UME), em 1963. Respeitado por aliados e adversários, o senador é uma referência nacional.
Monteiro Neto é líder industrial de uma família com açúcar e política na veia. Disputa uma faixa do eleitorado parecida com a de Maciel, embora, a exemplo do pai, Armando Monteiro Filho, sempre tenha sido identificado com os setores empresariais mais arejados e progressistas. Como estratégia na busca por votos, não perde um evento com Campos e Costa e passou a assumir uma postura mais à esquerda. Algo parecido com o candidato a governador de São Paulo Paulo Skaf (PSB), licenciado da presidência da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.
Também como em todo o Nordeste, uma das principais estratégias do empresário é colar a sua imagem à de Lula, amigo antigo da família (o presidente escreveu o prefácio da biografia de Monteiro Filho, que completa 85 anos em 2010). Parte da sua força política vem dessa relação. A outra parte está com Campos, que não poupa esforços em favor da eleição dos dois senadores. O governo tem dois objetivos: eleger dois governistas ao Senado em uma eventual administração Dilma Rousseff e dar à petista a maior votação proporcional do País.
Se conseguir, o jovem Campos se tornará um político de influência e projeção nacional, com chances de alçar voos mais ousados em um futuro relativamente curto.

No caso de vitória do tucano Serra, o peso político de Campos será estratégico – oposicionista de um partido sem o ônus direto da derrota. Vale a pena lembrar que o governador de Pernambuco possui uma relação fraternal com o presidente do PSDB, o senador Sérgio Guerra, aliado estratégico no governo do seu avô Miguel Arraes.
Essa relação tem, aliás, trazido dores de cabeça a Guerra. Ou melhor, a Serra. Uma das principais vozes da campanha tucana à Presidência, o presidente do PSDB tem passado pelo constrangimento de ver prefeitos do partido aderirem à candidatura de Campos (14 dos 17 alcaides da legenda em Pernambuco). O abandono ao peemedebista Jarbas Vasconcelos, que foi ao sacrifício para garantir um palanque aos tucanos no estado, gera conflitos e troca de acusações. Em recentes entrevistas à mídia local, Guerra tem dado sinais de afastamento cada vez maior de Vasconcelos. Chegou a definir como “históricas” e “estratégicas” as relações e uma eventual aproximação com a turma de Campos.
O distanciamento do PSDB é o novo fato político negativo da coligação Pernambuco Pode Mais (PMDB, PSDB, PPS e PMN). A sucessão de reveses é caso para cientista político se debruçar, tirar fotos e montar cartilha sobre tropeços de campanha. Começou com Vasconcelos a reclamar nas páginas de O Globo da indefinição de Serra sobre sua candidatura. Não surtiu efeito. Nem o senador peemedebista assumia, à -época,- sua intenção de disputar o governo.

Marco Maciel, um dos políticos mais reservados do Brasil, também deixava escapar sua apreensão com a demorada decisão de Vasconcelos. Ao se declarar candidato, o peemedebista, a exemplo de Serra, não apresentou seu companheiro de chapa a vice-governador. Demorou a escolher Miriam Lacerda, do DEM, e teve dificuldades para indicar um segundo nome ao Senado.
Guerra revelou terem sido necessárias muitas conversas com o deputado Raul Jungmann, do PPS, que aparece com 12% nas pesquisas. “Ele é um cara pobre, de classe média”, explicou o presidente do PSDB a respeito de Jungmann. O deputado declarou patrimônio total de 17 mil reais ao Tribunal Eleitoral.
A Frente Popular, de Campos, surfa em seus próprios méritos e no vácuo da oposição. Mesmo adversidades naturais ocasionadas pelas disputas internas são esquecidas ou minimizadas, em consequência dos bons resultados nas pesquisas eleitorais. O ex-prefeito petista do Recife João Paulo Lima e Silva, por exemplo, parece ter superado as mágoas do embate interno contra Costa, para quem perdeu a indicação ao Senado. Cunha, no momento, dedica-se à função de coordenador da campanha de Dilma Rousseff no estado – com o apoio de Costa.
O secretário de Estado, Fernando Bezerra Coelho, principal articulador na atração de estaleiros e grandes empreendimentos para o Porto de Suape, na região metropolitana do Recife, também trabalhou para ser candidato ao Senado. Perdeu a indicação para Monteiro Neto, mas não aparece como mau jogador. “Vamos mostrar com quantos votos se fazem dois senadores”, bradou na inauguração de um comitê em Petrolina, ao lado do próprio Monteiro Neto e de Costa.
Apoiado em uma coligação que se desintegra a cada dia e alvo principal dos seus adversários, Maciel segue no seu estilo: polido, cordial, de falas pensadas e gestos contidos. Há 47 anos tem dado certo. Mas em uma eleição tão polarizada a cordialidade de Maciel será suficiente para mantê-lo no Senado?

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Eduardo Campos conclama militância a apoiar Dilma

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) conclamou a militância a ir para a rua e fazer "a maior vitória no Brasil para Dilma Rousseff " em discurso, hoje na inauguração do comitê central da campanha majoritária, no bairro do Rosarinho, no Recife. A festa, iniciada no final da manhã, foi considerada o pontapé inicial da campanha governista no Estado e reuniu cinco mil pessoas, de acordo com os organizadores.
"É fundamental que cada um saiba que é preciso me representar onde estiver, representar a nossa história, defender o nosso governo, defender o presidente Lula, defender Dilma", disse ele à militância e candidatos majoritários e proporcionais. "Na fila do ônibus, na fila do banco, na zona rural, onde estiver".


"Estou doido que chegue o dia 3 (de outubro), quero ouvir o povo do Brasil dizer Lula, nós aprovamos o seu governo, confiamos em você, vamos entregar o Brasil a uma grande mulher, experiente, combativa, séria, que vai mudar o Brasil para melhor", afirmou, ao pedir a vitória completa, o que inclui a sua reeleição e a eleição do ex-ministro Humberto Costa (PT) e do deputado federal Armando Monteiro Neto (PTB) ao Senado.

À frente de um governo que conta com forte aprovação popular e o apoio do governo federal, Eduardo terá como principal adversário o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), que o antecedeu no governo, cumprindo dois mandatos. "Não vamos subir em salto alto", discursou ele, diante da expectativa de sua vitória já no primeiro turno, pedindo empenho e disposição na campanha.
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Em Pernambuco, Dilma e Eduardo Campos lideram pesquisa



ED RUAS
Direto de Recife
A pesquisa de intenção de votos divulgada pelo Instituto Maurício de Nassau, nesta quarta-feira (14), mostra uma ampla vantagem em Pernambuco para a candidata à Presidência, Dilma Rousseff (PT). A petista obteve, na pesquisa estimulada, 52% das intenções de votos, contra 23% de José Serra (PSDB) e 4% para Marina Silva (PV). A soma dos demais candidatos é de 1% apenas. 9% disseram votar em branco ou nulo, 10% não sabe ou não respondeu.
Na pesquisa espontânea, onde não são apresentadas opções de candidatos para os entrevistados, Dilma Rousseff obteve 49% das intenções de votos. Serra é citado por 19% dos eleitores e Marina por 3%. Lula ainda é "votado" por 7% dos pesquisados. Brancos e nulos, 5% e 15% não sabem ou não responderam.
Na corrida pelo governo de Pernambuco, o instituto aponta, mais uma vez, a liderança do governador e candidato à reeleição, Eduardo Campos (PSB), com 47,8%. O segundo colocado e principal adversário de Campos, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) apresenta 25,9% de preferência dos eleitores. Os demais candidatos somados têm 1,5% das intenções de votos. 9,8% dos eleitores votariam em branco ou nulo, e 15% não sabe ou não respondeu.
Na pesquisa espontânea, Eduardo Campos também aparece na frente, com 42% das intenções de votos. Jarbas Vasconcelos é citado por 31% e os demais candidatos, somados, alcançam 3%. Brancos e Nulos são 7% e 28% não respondeu ou não sabe em quem vai votar.
Para o Senado, quando a questão faz referência à primeira vaga, o candidato Humberto Costa (PT) é citado por 21% dos entrevistados, seguido do candidato à reeleição, Marco Maciel (DEM), com 20%. Armando Monteiro Neto (PTB) é lembrado por 12% do eleitorado e Raul Jungmann apresenta 3% das intenções de votos. Os demais candidatos, somados, têm 2% apenas. 13% votariam em branco ou nulo e 29% não sabem ou não responderam.
Quando a questão remete-se à segunda vaga para o Senado, Humberto Costa aparece mais uma vez como o preferido, com 16%. Marco Maciel registra 13% das intenções de voto, Armando Monteiro Neto é citado por 12% e Raul Jungmann soma apenas 4%. Brancos e Nulos são 18% e 33% não sabem ou não responderam.
A pesquisa do Instituto Maurício de Nassau foi registrada junto à Justiça Eleitoral sob os números: 29753/2010 no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) e 18540/2010 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foram realizadas 2,5 mil entrevistas entre 7 e 8 de julho. Os dados têm um nível estimado de 95% de confiança e a margem de erro é de 2,5 pontos percentuais.

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