Em nenhum outro pedaço do mapa brasileiro a influência de Lula na eleição é mais evidente do que em Pernambuco.
No Estado natal do presidente, a oposição come o pão que o Tinhoso amassou. Ali, os rivais de Lula flertam, por assim dizer, com a extinção.
Candidato ao quarto mandato de senador, Marco Maciel (DEM) fora à disputa com o semblante de favorito.
Em comício, Lula o desancou. Chamou-o de “senador do Império”. Disse que, como vice de FHC, não enviara a Pernambuco um mísero centavo.
Maciel exibiu uma lista de obras que traziam suas digitais. Da tribuna do Senado, reagiu a Lula com a moderação que lhe é própria.
Pois bem. O morubixaba da tribo ‘demo’, que já caía nas pesquisas, foi ao desfiladeiro. Chega à reta final com cara de vencido. Ultrapassou-o Armando Monteiro (PTB).
À frente dos dois, o ex-ministro Humberto Costa (PT), recém-abolvido no escândalo dos Vampiros, deve beliscar a primeira vaga de senador.
Raul Jungmann (PPS), que entrara na briga pelo Senado numa vaga que seria do PSDB, escorrega nas sondagens eleitorais para a casa de um dígito.
Candidato à reeleição, o governador Eduardo Campos (PSB), hoje um dos políticos mais chegados a Lula, surfa acima dos 70%.
Campos deve se impor sobre Jarbas Vasconcelos (PMDB) no primeiro turno, com uma das maiores votações proporcionais do país.
Em conversa com o repórter, um dos líderes do bloco pernambucano anti-Lula fez piada da própria desgraça:
“Aqui em Pernambuco, do jeito que a coisa caminha, a oposição terá de recorrer ao Ibama contra a ameaça de extermínio”.
Em meio ao cenário de terra arrasada, Jarbas dispõe de um lenitivo. Seu mandato de senador vai até 2014. Eleita, Dilma Rousseff terá de aturá-lo em Brasília.
por Josias de Souza
L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !
Nenhum comentário:
Postar um comentário