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Agenda da felicidade

Sorriso
É o cartão de visita das pessoas saudáveis.
Distribua-o gentilmente.

O Diálogo
É a ponte que liga as duas margens, do eu ao tu.
Transmite-o bastante.

Amor
É a melhor música na partitura da vida.
Sem ele, você será um(a) eterno(a) desafinado(a).

A Bondade
É a flor mais atraente do jardim de um coração bem cultivado.
Plante estas flores.

A Alegria
É o perfume gratificante, fruto do dever cumprido.
Esbanje-o, o mundo precisa dele.

A Paz na Consciência
É o melhor travesseiro para o sono da tranqüilidade.
Viva em paz consigo mesmo.

A Fé
É a bússola certa para os navios errantes, incertos, buscando as praias da eternidade.
Utilize-a sempre.

A Esperança
É o vento bom enpurrando as velas do nosso barco.
Chame-o para dentro do seu cotidiano.

Toga não limpa mancha

por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa

Tenho pelo Supremo Tribunal Federal o respeito que me foi incutido desde jovem. Ali chegavam os homens mais capacitados de sua área.

Juízes eram pessoas com grande preparo intelectual, com longa carreira atrás de si, de vida e caráter ilibados que, indicados ao STF, nele ascendiam por mérito. Sua presença despertava, nos cidadãos, consideração natural.

Lembro perfeitamente quando o Golpe de 1º de abril cassou três juízes do STF: Evandro Lins e Silva, Hermes Lima e Vitor Nunes Leal. Não brincaram com a sorte, os oficiais-generais – cassaram a nata daquela instituição. Foi um tranco.

Por essa época eu era cliente fiel da Livraria Leonardo da Vinci, na av. Rio Branco, e muitas vezes vi Dr. Evandro caminhando entre o tribunal e a livraria, sozinho ou com um amigo, em passadas tão largas quanto os gestos que fazia com as mãos.

Não sei explicar porque simpatizava tanto com ele: nunca trocamos palavra, mas guardo sua figura na memória e ao fechar os olhos e relembrar tento ver se havia algum segurança caminhando atrás dele. Não, não havia.

Isso foi no Rio de Janeiro dos anos 50 e não na suntuosa Capital Federal de nossos dias, a Persépolis com palácios que curiosamente saíram da mente de um comunista, o para mim genial e imperdoável Niemeyer.

A grandiosidade dos prédios que projetou, naquela vastidão do Planalto Central, mexeu com a noção de grandeza dos brasileiros. Dos vira-latas de Nelson Rodrigues passamos a nos achar os titãs da América Latina.

Hoje, esse limite já foi ultrapassado; ricos, poderosos, damos lições de Economia, de Ciências Políticas e já ameaçamos com Nova Ordem Mundial.

Nossas autoridades, os Três Poderes, moram nas nuvens e não nos veem. Não se constrangem em zanzar de um lado a outro em jatinhos; não ficam sem graça ao receber auxílio moradia; não evitam se mostrar poderosos. São tão preciosos que não sabem nem o que é andar de táxi!

Isso é chocante? Não. Em se tratando dos membros dos outros Dois Poderes, confesso, preconceituosa, não creio. Ali não precisa de diploma. O grau de instrução é irrelevante.

Mas no STF? Quantos anos queimando as pestanas para ter 2822 funcionários que atendam uma instituição onde imperam 11 pessoas? 435 seguranças? 239 recepcionistas?

Não sei de quais mordomias gozam o STJ ou o CNJ. Vai ver empatam com o STF.

Não vou julgar a desavença entre os dois ministros. Os juízes são eles. Mas posso dar um palpite? Penso que ela está é certa!

Eliana Calmon não se referiu a toda uma corporação, é só ler com calma o que ela disse. Ou Cézar Peluso quer que eu acredite que a toga do juiz é um poderoso tira-manchas? 


Combate a corrupção

Em 8 anos o governo federal expulsou mais de 3.000 funcionários públicos por " receber vantagens". Durante este mesmo período quantas empresas foram punidas por "conceder vantagens"?...

Poderiam  [por exemplo] citar uma empreiteira punida por corromper?...

Punir corrupto e não punir o corruptor é praticar a máxima: Prá cadeia só vai ladrão de galinha.

E quem é o maior responsável pelo este estado de coisas?...

Na minha opinião é o judiciário [o mais corrupto dos poderes] , porque a lei é igual para todos. O que muda é como os juízes a aplicam.

Para os pobres a força da lei. Para os ricos e poderosos a força da grana.

Corja!!!   

Pela 2ª vez a Justiça de São Paulo impede que o governo tucano do Estado prossiga com seu plano nefasto de privatização da Saúde

Image[...] Com a oficialização da "dupla porta" de entrada em hospitais da rede pública, uma para o paciente do sistema público e outra para os pagantes de convênios e planos de saúde privados.

Desde o meio desse ano o governo Geraldo Alckmin (PSDB) tenta implantar o decreto que destina (na prática, reserva) 25% dos leitos de hospitais da rede pública a convênios e planos particulares. Até já definiram por onde iniciariam essa privatização, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octávio Frias de Oliveira (ICESP) e o Hospital dos Transplantes.

A Promotoria Pública de São Paulo recorreu à justiça contra a medida e no começo deste mês, o juiz Marcos de Lima Porte, da 5ª Vara da Fazenda Pública já havia negado pedido do governo, afirmando que o decreto de Alckmin é uma "afronta ao Estado de Direito e ao interesse da coletividade".

Governador recorre e TJ-SP perde na Justiça


O governador recorreu contra essa decisão, mas agora o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-SP) negou-lhe o recurso. Dessa forma, obriga Alckmin a esperar o julgamento final da ação civil pública movida pela Promotoria contra a destinação dos leitos aos convênios.

Na negativa, inclusive, o desembargador José Luiz Germano, da 2ª Câmara de Direito do TJ-SP é muito claro: "Estado ou as organizações sociais por ele credenciadas, não têm porque fazer o atendimento público da saúde com características particulares".

 

Alckmin tem se defendido afirmando que seu decreto visa apenas levar convênios e planos de saúde privado a pagarem pelo atendimento na rede pública para a qual encaminham a maioria de seus pacientes. Os tucanos têm como um de seus princípios fundamentais a política de privatização, mas envergonham-se sempre de assumi-la.

 

Convênios e planos não pagam de jeito nenhum

Sabem, também, que a desculpa de Alckmin e de seu decreto é esfarrapada, porque os convênios não pagam. Há 13 anos, desde 1998 quando a obrigatoriedade desse pagamento foi instituída, eles manobram e protelam a tramitação na Justiça do processo que os obriga a pagar pelo atendimento de seus pacientes na rede pública.

Em sua sentença o desembargador Germano derruba a desculpa de Alckmin destacando que já há duas leis que permitem a cobrança dos planos pelo serviço feito de forma pública - uma do governo federal e outra do próprio governo de São Paulo. "A saúde é um dever do Estado, que pode ser exercida por particulares. (Mas) Esse serviço público é universal, o que significa que o Estado não pode distinguir entre pessoas com plano de saúde e pessoas sem plano de saúde", afirma o magistrado.

A decisão do TJ-SP foi considerada "histórica" pelo promotor de Justiça e Direitos Humanos Arthur Pinto Filho. "É a primeira vez que um tribunal brasileiro dá uma decisão tão forte, que deixa claro o absurdo que é o decreto do governo de São Paulo. Foi uma vitória da sociedade brasileira", disse.
por Zé Dirceu 


Mulheres...Ah, mulheres!

As mulheres não se arrumam para os homens. Se arrumam para outras.
Mais que tudo na vida as mulheres desejam serem invejadas... pelas outras. 

PAC 2: As perspectivas

No 8º Fórum de Economia da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, uma das apresentações foi de Muniz Barretto de Carvalho, Secretário do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), sobre o chamado PAC 2 – para o período 2011-2014.


 

O PAC 1 não foi nenhum elixir milagroso. Consistiu em dois pontos centrais. O primeiro, o de coordenação de investimentos públicos e privados, com acompanhamento permanente. O segundo, o de impedir que as verbas de investimentos fossem contingenciadas – uma constante da política econômica brasileira até o primeiro governo Lula.

***

Até 2006, a FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo) da economia era inferior a 17% sobre o PIB. Nos anos seguintes pulou para 17,4%, 19,1%, 16,9%, 18,4% e 19,5% em 2011, ainda insuficiente mas mostrando avanços.

No caso de infraestrutura, de 2007 a 2011 os investimentos cresceram a uma taxa superior a 13% ao ano.

***

O trabalho esclarece algumas controvérsias a respeito do balanço do PAC 1.

Até 2010 houve a conclusão de 82,5% dos projetos – ficaram para os anos seguintes as grandes obras, como as usinas do Madeira, refinarias do Nordeste, COMPERJ, Transnordestina e o Eixo Norte do São Francisco. Em relação aos desembolsos, dos R$ 619 bilhões previstos, 94,1% foram realizados até 2010.

***

O PAC 1 consistiu em uma lista de obras consideradas prioritárias. No caso do PAC 2 tenta-se uma visão integrada de cinco eixos em torno de programas-mãe.

Por exemplo, no Programa Cidade Melhor entram a Comunidade Cidadã (equipamentos sociais e urbanos), Minha Casa Minha Vida (habitação, urbanização e financiamento), Água e Luz Para Todos, Transportes e Energia. Define-se o local e apresenta-se o conjunto de programas.

O valor total dos investimentos previstos é da ordem de R$ 955 bilhões, dos quais R$ 708 bilhões de obras concluídas até 2014 e o restante após 2014.

No 1o semestre de 2011 houve R$ 86,4 bilhões em investimentos. A subdivisão define bem a composição dos investimentos: R$ 24,4 bi foram de estatais, R$ 13,4 bi do setor privado, R$ 1,2 bi de financiamento ao setor público, R$ 35 bi de financiamento habitacional, R$ 9 bi de OGU Fiscal (Orçamento Geral da União), R$ 3 bi de Minha Casa Minha Vida e R$ 0,4 bi de contrapartidas de estados e municípios.

***

EM relação ao PAC 1, os investimentos em infraestrutura passarão de R$ 247 bi para R$ 380 bi, com crescimento de 54%; e os na indústria de R$ 387 bi para R$ 614 bi, aumento de 59%

Definiram-se também aprimoramentos gerenciais, como a ampliação da parceria com o setor privado, aumento da produtividade com maior capacidade gerencial e operacional, aprimoramento dos modelos setoriais, qualificação de mão de obras e melhoria do processo construtivo das obras e sustentabilidade ambiental.

***

O aumento maior será em ferrovias, que pulará de R$ 20 bi (investimento ridiculamente pequeno) para R$ 60 bi. Em portos o salto será de 260%, mais ainda assim saindo de irrisórios R$ 5 bi para pequenos R$ 18 bi.

O pesado dos investimentos será em petróleo e gás, com R$ 378 bi e na energia elétrica, com R$ 139 bi.

Blog: www.luisnassif.com.br

E-mail: luisnassif@advivo.com.br


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Aperto monetário non sense

por Alon Feurwerker

Está certíssimo o Banco Central quando recusa ouvir os conselhos para manter os juros lá em cima num quadro internacional de desaceleração, e que segundo a autoridade monetária deve caminhar para deflação.

E parabéns à presidente Dilma Rousseff por dar sustentação política ao BC nessa caminhada, contra as pressões por um aperto monetário nonsense, em cenário de grande ameaça ao crescimento econômico.

O Banco Central está fazendo agora o que deveria ter feito na passagem de 2008 para 2009.

Aproveitar a onda descendente e reduzir os juros. Para abrir espaço ao investimento e ao consumo privados. E para permitir que o governo faça política fiscal de maneira mais saudável. Gastando menos com juros.

Não tem lá grande efeito prático falar do passado, mas é bom que o BC ajude a colocar ponto final naquela polêmica de três anos atrás. E este colunista fica em situação confortável, por ter defendido então o que o BC faz agora.

Sem, entretanto, tirar o mérito de quem exigia uma coisa três anos atrás e exige outra hoje, radicalmente oposta. Pois ninguém é dono da verdade. E a flexibilidade para mudar -para melhor- é qualidade, não defeito.

Ainda que o quadro hoje seja muitíssimo menos propício do que era depois da quebra de 2008, quando a demanda caiu a zero e os governos reagiram com uma inundação de liquidez.

Ao que o então BC reagiu, por sua vez, advertindo sobre a ameaça de inflação importada por causa da momentânea desvalorização do real.

Mas agir é sempre preferível a resmungar, e o governo brasileiro desta vez está agindo.

O governo Dilma faz uma aposta corajosa.

Se lá na frente a inflação resistir, os de sempre vão colocar a culpa nos motivos de sempre. Vão exigir juros e mais juros.

Vão convenientemente esquecer da inflação dos preços administrados.

Vão esquecer, por exemplo, da indexação absurda nos contratos das concessionárias de serviços públicos, uma herança da privatização que até hoje ninguém teve peito para corrigir.

O PT está há uma década no poder, já ganhou três eleições falando mal da privatização. Mas mexer no vespeiro que é bom, nada.

Já que o governo Dilma parece tentado a romper com a herança maldita da submissão incondicional aos beneficiados pela ciranda financeira, não custa reacender a esperança de que possa ir além.

De que tome coragem para atacar as injustas e injustificadas relações de desigualdade entre os bancos e seus clientes. Injustiça que se traduz numa palavrinha inglesa: “spread”.

A diferença entre o que o banco paga de juros a quem poupa e o que cobra de quem lhe pede dinheiro emprestado.

Uma diferença que o Brasil calcula multiplicando por dez. O banco chega a cobrar pelo empréstimo dez vezes o que paga ao poupador. Se não for mais.

Isso sem contar as gordas tarifas.

Daí que nossos governantes possam passear pelo mundo cantarolando a saúde do sistema bancário brasileiro, quando na verdade somos todos vítimas de uma doença: a falta de crédito barato e de longo prazo para o cidadão comum.

O brasileiro que não tem amigos no governo e não tem acesso às diversas modalidades de juro subsidiado, especialmente no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Essa massa de gente paga duplamente o pato. Paga no spread abusivo cobrado pelos bancos. E paga nos impostos que o governo repassa ao BNDES para rodar a máquina.

Wrap com frango indiano

Ingredientes

  • Óleo à gosto
  • 300 gramas de peito de frango cortado em cubos 
  • Sal à gosto
    • 1 Colher(es) de chá curry
    • 1 Unidade(s) cortada em cubos pequenos
    • 1/2 Xícara(s) maionese 
    • 1 Colher(es) de chá cebolinha verde picada
    • 8 Unidade(s) discos de pão wrap
    • A gosto palitos de madeira

    Modo de preparo

    1. Em uma panela média, aqueça o óleo e refogue o frango até dourar. Tempere com o sal e o curry. Junte a maçã, a água e cozinhe, em fogo médio, por 5 minutos ou até secar todo o líquido.
    2. Acrescente a maionese , a cebolinha e misture até ficar homogêneo. Retire do fogo e reserve.
    3. Preaqueça o forno em temperatura média (180ºC)
    4. Corte os discos de pão ao meio, formando uma meia lua, e coloque-os em uma assadeira retangular grande (40 x 28 cm). Leve ao forno por 5 minutos. Retire e reserve.
    5. Distribua o recheio entre as metades dos discos de pão e enrole como panqueca. Prenda com palitos para que o recheio não saia. Passe para uma travessa e sirva em seguida.
    6. DICAS: Antes do preparo, procure sempre aquecer o pão wrap no forno ou em uma frigideira sem óleo. Dessa forma, ele ficará mais crocante. Você encontra o pão para wrap em supermercados e padarias. Se não encontrar o pão apropriado, utilize o pão sírio separado ao meio.
    7. Você pode preparar o wrap com o pão inteiro e servir como refeição, acompanhado de salada de folhas.
    8. Prepare os miniwraps para servir em festas e reuniões informais. Prepare com diferentes recheios, utilizando maionese , frios variados, saladas e legumes cortados em tiras finas.

Artigo semanal de Delúbio Soares

Lula, Honoris Causa em Brasil

 

 Do agreste pernambucano, castigado tanto pela estiagem sazonal quanto pela miséria secular, ao púpito parisiense do Sciences Po, o brasileiro Luiz Inácio percorreu bem mais que meio século. Um caminhão pau-de-arara levou Dona Lindú e seus rebentos do sofrimento da terra calcinada de Caetés para a promessa da cidade grande. A história, por seus desígnios e caprichos, levou ainda mais longe o seu filho.

 Mesmo que, com cândida desfaçatez, uma repórter brasileira queira saber do diretor Richard Descoings, a razão pela qual "o Instituto de Ciências Políticas de Paris homenageia Lula e não Fernando Henrique Cardoso" (pasmem!), a história já se encarregou de responder o inacreditável disparate. Ainda que parte da imprensa ressentida e dos críticos aziagos de sempre finjam não saber que o "Honoris Causa" é uma honraria humanista, um reconhecimento absoluto por méritos pessoais e não mais um título acadêmico, a história – irônica que só – reservou ao torneiro mecânico, o "sapo barbudo" alvo de tantos deboches, a gloriosa tarefa de soerguer o país que havia ido à bancarrota (e por três vezes consecutivas) pelas mãos de um ilustrado "príncipe dos sociólogos". Ah, o destino!

 Lula dispensou ao longo de sua vida qualquer intermediação antipática entre ele e o povo. Não precisou, como o dolorido e vaidoso sociólogo que o antecedeu, péssimo presidente e administrador falido, do auxílio luxuoso da imprensa e da adoção como filho postiço da elite que o rejeitara nos tempos em que militava na esquerda. Como no Mephisto, mercadejou a alma, rasgou sua história e não deixou dúvidas quanto ao novo credo: "esqueçam o que escrevi". Lula, que jamais escreveu nada, que domina os rudimentos da língua, que tem apenas três diplomas, um do curso técnico de torneiro mecânico e dois de presidente eleito pelos brasileiros, não tem livros publicados, nem tratados, nem teses defendidas, nem tolas vaidades acadêmicas. Porém, Lula fala a dificílima língua de nosso povo. Lula não leu livros, mas leu um país e seu povo e os conhece de cor e salteado. Lula domina a misteriosa ciência de compreender o Brasil profundo, de entender como ninguém as entranhas de um país sofrido, mas extraordinário. Lula se comunica com os brasileiros como nunca ninguém antes, jamais, em tempo algum, se comunicou. Ele e o povo, o povo e ele, sem intermediários.

 Lula dispensa púpitos e palanques. Seu palanque é sua história. Todos os diplomas de seus despeitados adversários não valem um único capítulo de sua vida repleta de sofrimentos e de vitórias, de reveses e de alegrias. Quando chegou ao Palácio do Planalto, Lula levava consigo não só as esperanças de todo um país, de seu povo e dos que o elegeram. Lula estava amadurecido para o poder, conhecia o Brasil como nenhum outro homem público, trazia nas retinas e nas solas do sapato a geografia de nossa miséria e de nossa riqueza, de nossos sofrimentos e possibilidades, sabia o que fazer, como fazer e quando fazer. E fez.

 O Brasil não foi o mesmo depois de sua vitoriosa passagem pela presidência da República: mais de 40 milhões de irmãs e irmãos nossos deixaram a pobreza e ingressaram na classe média. Recuperamos o prestígio internacional, pagamos nossas dívidas, voltamos a ser respeitados e queridos pelo mundo. Nossa economia se desenvolveu como nunca, atingindo índices que impressionaram as demais Nações. As universidades se abriram para os filhos do povo, para os negros, para os indígenas, na autêntica revolução do Pro-Uni. O Bolsa Família matou a fome e fez nascer a cidadania para milhões de brasileiros que, por conta de estranha perversão de nossa elite, simplesmente não comiam. Vou repetir: antes de Lula, milhões de brasileiros não comiam e os governos achavam isso muito natural.

 Mas esse mesmo Lula sem diplomas e sem letras, esse homem que chegou à chefia da Nação e presenteou seus detratores com o impensável verbete "menas", de um dicionário todo seu, é o mesmo presidente da República que mais construiu universidades em toda nossa história. Foram 14 em seu governo, 11 no de JK, 6 no de Fernando Henrique Cardoso, 2 no de João Goulart e 1 no de Ernesto Geisel. Eram 148 campus universitários antes de Lula. Hoje, são 274. No governo de Lula o Brasil passou a ter 354 escolas profissionais criadas ou federalizadas por presidentes: 

Lula 214 x 140 todos os outros presidentes. Getúlio Vargas, 15; Fernando Henrique Cardoso, 11; João Goulart, 8; Ernesto Geisel, 1. O orçamento para educação ao final do governo do "príncipe dos sociólogos" era de R$ 20 bilhões. Lula, atacado de forma impiedosa por escribas sabujos como sendo "o apedeuta", entregou a faixa presidencial à Dilma Rousseff com um orçamento na educação que passava dos R$ 70 bilhões. Tais números não mentem e nem permitem manipulações, sofismas ou jogos de palavras, são eloquentes e definitivos: Lula foi o presidente da Educação.

 Sou companheiro de Luiz Inácio Lula da Silva há mais de três décadas, desde a fundação do PT. Quem, como eu, o conhece não se surpreendeu com o brilhante governo que realizou. É que ele pertence a uma estirpe rara de homens, de grandes homens. São aqueles que não se prendem ao pequeno, não se perdem no acessório, não odeiam e não cultivam o ódio, não olham para trás, acreditam nas bandeiras que empunham, amam os ideais que acalentam.

 Lula já pertence à história. Com seus poucos erros e imensos acertos, ele está acima dos julgamentos levianos e parciais. Com a felicidade de estar entronizado no coração de nosso povo. Com a grandeza de não odiar os que o odeiam. Com a imensa glória de ter transformado radicalmente as estruturas de seu país e mudado a vida de seu povo para muito melhor.

 Menino amontoado no caminhão pau-de-arara que fugia da seca do sertão nordestino, operário mutilado na linha-de-montagem, líder sindical preso pela ditadura militar numa cela do DOPS, candidato insistente à presidência de seu país ou presidente que realizou um governo de excepcional sucesso,  Luiz Inácio Lula da Silva já era doutor em Brasil. Pelo mundo afora, de Borla e Capelo, aplaudido de pé, o Estadista Lula agora é Honoris Causa nas grandes Academias.

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