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Como fazer uma mini-cisterna

Um sistema simples para você reaproveitar e usar de maneira inteligente a água da chuva

por Rodrigo Cambiaghi
Deixa que eu faço

Independente de qual seja sua opinião sobre a crise hídrica, todos nós temos de concordar que com ela veio pelo menos uma coisa boa: entrou em pauta um assunto e uma movimentação que precisava acontecer, sobre o uso consciente e inteligente da água. 
Teoricamente, qualquer casa, condomínio ou apartamento pode fazer uma cisterna para captar a água da chuva e reutilizá-la. Algumas cisternas mais robustas tem até sistema que trata a água captada da chuva para que ela possa ser usada para beber.
Hoje vamos aprender a fazer uma cisterna simples e emergencial, uma cisterna caseira com a qual você pode aproveitar a água para lavar dependências da casa, regar as plantas e dar descarga.
Quem nos ajudou a executar a empreitada foi Leonardo Tannous. Ele é engenheiro ambiental e especialista em projetos de sustentabilidade relacionados ao uso inteligente da água, faz consultoria e dá cursos e oficinas.
Link Youtube | Mini-documentário muito bom sobre o manejo da água
Recomendamos muito que você conheça o trabalho dele. O Leonardo já fez coisas incríveis como construir uma cisterna de grande porte para uma escola pública que estava fechada por conta da falta d’água, despoluir um pequeno lago construindo uma ilha flutuante projetos de aquaponia, onde ele integra aquário e plantação num ecosistema só.

Construindo uma Cisterna

Restrição hídrica


 

Por Ronaldo Souza

Nasci e vivi a minha infância no sertão baiano, na minha querida Juazeiro.

Desde cedo vi e vivi tudo.

Bem de perto.

Secas e enchentes que destruíam.

Vi a dureza da vida e vi as pessoas enfrentando com fé e resignação.

Mas sempre com muita luta.

Invejei-as tempos depois, já como homem.

Isso é tucanice em estado puro

A lista de consumidores "Premium" da Sabesp

 
Jornal GGN - Condomínios de luxo, Metrô, SPTrans, hotéis, bancos, igrejas, shoppings, e outros clientes de água selecionados da Sabesp recebem prêmios pelo alto consumo. São 500 nomes que têm contrato diferenciado com a Companhia de Abastecimento de água e que segue a lógica do mercado: quanto mais consumo, mais lucro. E na maior crise hídrica que atinge São Paulo em 84 anos, a relação empresarial permanece.
 
A jornalista María Martín, de El País, encontrou essa lista, com data de dezembro de 2014, de um levantamento enviado pela Sabesp à CPI que investiga os contratos da companhia com a prefeitura. Informações como o consumo de 20.000 m³ pelo shopping Eldorado - proporcional ao de mais de 1.200 famílias de quatro membros juntas, e a fábrica de celulose Viscofan, no Morumbi, que gasta três vezes mais que isso, foram identificadas. A divulgação ao GGN foi sugerida pelo colaborador Henrique O.
 
Desses clientes "premium", alguns principais são o setor industrial, que tem 40% do consumo total de água do Estado de São Paulo. Ainda assim, representam a minoria dos 294 clientes que assinaram contratos a partir de junho de 2010.
 
Todos eles pagam menos do que o valor de tabela aplicado, por usar mais água nas atividades comerciais e industriais. O oposto do que está sendo cobrado dos moradores da região metropolitana de São Paulo: ganha bônus aquele que economizar, ganha multa aquele que ultrapassar a média de consumo de água.

Papo de homem

Apertem os cintos e economizem água

Bom dia! Aqui quem fala é Luciano Ribeiro 



Essa semana tivemos o aniversário do colosso paulistano. Nossa cidade pode não estar em sua melhor fase, mas merece nossos parabéns. Jader, nosso único editor legitimamente paulistano, colocou no PapodeHomem a sua já tradicional crônica em homenagem a São Paulo.

Para todos nós, que não nascemos, mas vivemos nesta terra, certamente, essa foi uma semana da qual nos lembraremos por muito tempo. Finalmente as autoridades estão admitindo a crise hídrica e medidas começam a ser efetivamente tomadas. Como era de se esperar, alguns ânimos já estão mais exaltados e as pessoas começam a debater o que vai acontecer em relação aos nossos recursos daqui pra frente.

Na casa, já estamos nos preparando para lidar com os tempos de escassez de água e vamos montar uma cisterna para fazer limpezas e outras tarefas que demandem o recurso. Prometemos preparar um tutorial maneiro pra quem quiser fazer igual.

Nossa lista de links do Vale Seu Tempo está cheio de boas referências para quem quiser entender um pouco melhor a crise e também para quem estiver a fim de espairecer.

Boa semana a todos!



Ações da Sabesp atingiram volume morto

Cantareira - Depois de  permitir que os recursos da companhia escoassem pelo ralo, o Conselho da Sabesp admitiu que as ações da empresa atingiram, pela primeira vez, o Volume Morto. "Estamos estudando o bombeamento via BNDES", explicou Geraldo Alckmin, enquanto trocava duas ações majoritárias por uma média requentada numa padaria.

O Conselho da empresa estuda ainda a aquisição de uma bacia hidrogáfica no deserto do Atacama. "O investimento inicial para perfurarmos o local em busca de contratos aditivados foi orçado em R$ 44 bilhões, mas estamos negociando. A ideia é fechar em torno de 86 bilhões", explicou Patrício Antunes, diretor de Ílicitos.
Geraldo Alckmin espera que outro recorde importante seja alcançado esta semana. "Além da marca histórica do Volume Morto, nossas ações estão prestes a atingir um nível mais baixo do que esta edição do Big Brother", comemorou.
Paródia do The i-piauí Herald



Briguilina do dia

Logo, logo vão roubar carro em São Paulo apenas para roubar a água do radiador
Everaldo Alencar



Alarme, por Oded Grajew

- Vem da competência ímpar do Psdb governar -

A cidade de São Paulo está diante de uma catástrofe social, econômica e ambiental sem precedentes. O nível do sistema Cantareira está em cerca de 6% e segue baixando por volta de 0,1% ao dia. O que significa que, em aproximadamente 60 dias, o sistema pode secar COMPLETAMENTE!

O presidente da Sabesp declarou que o sistema pode ZERAR em março ou, na melhor das hipóteses, em junho deste ano. E NÃO HÁ UM PLANO B em curto prazo. Isto significa que seis milhões de pessoas ficarão praticamente SEM UMA GOTA DE ÁGUA ou com enorme escassez. Não é que haverá apenas racionamento ou restrição. Poderá haver ZERO de água, NEM UMA GOTA.

Você já se deu conta do que isto significa em termos sociais, econômicos (milhares de estabelecimentos inviabilizados e enorme desemprego) e ambientais? Você já se deu conta de que no primeiro momento a catástrofe atingirá os mais vulneráveis (pobres, crianças e idosos) e depois todos nós?

O que nos espanta é a passividade da sociedade e das autoridades diante da iminência desta monumental catástrofe. Todas as medidas tomadas pelas autoridades e o comportamento da sociedade são absolutamente insuficientes para enfrentar este verdadeiro cataclismo.

Parece que estamos todos anestesiados e impotentes para agir, para reagir, para pressionar, para alertar, para se mobilizar em torno de propostas e, principalmente, em ações e planos de emergência de curto prazo e políticas e comportamentos que levem a uma drástica transformação da nossa relação com o meio ambiente e os recursos hídricos.

Há uma unanimidade de que esta é uma crise de LONGUÍSSIMA DURAÇÃO por termos deixado, permitido, que se chegasse a esta dramática situação. Agora, o que mais parece é que estamos acomodados e tranquilos num Titanic sem nos dar conta do iceberg que está se aproximando.

Nosso intuito, nosso apelo, nosso objetivo com este alarme é conclamar as autoridades, os formadores de opinião, as lideranças e os cidadãos a se conscientizarem urgentemente da gravíssima situação que vive a cidade, da dimensão da catástrofe que se aproxima a passos largos.

Precisamos parar de nos enganar. É fundamental que haja uma grande mobilização de todos para que se tomem ações e medidas à altura da dramática situação que vivemos. Deixar de lado rivalidades e interesses políticos, eleitorais, desavenças ideológicas. Não faltam conhecimentos, não faltam ideias, não faltam propostas (o Conselho da Cidade de São Paulo aprovou um grande conjunto delas). Mas faltam mobilização e liderança para enfrentar este imenso desafio.

Todos precisamos assumir nossa responsabilidade à altura do nosso poder, de nossa competência e de nossa consciência. O tempo está se esgotando a cada dia.

Rede Nossa São Paulo



“Se algum dia vocês forem surpreendidos pela injustiça ou pela ingratidão, não deixem de crer na vida, de engrandecê-la pela decência, de construí-la pelo trabalho.” (Edson Queiroz)

O Psdb e suas grandes obras


  • 1º o racionamento de energia durante o desgoverno Fhc
  • 2º o racionamento dágua durante o desgoverno Alckmin

"Estamos fechando as torneiras porque em Março, no mais tarda em Junho, São Paulo fica sem água", admitiu o presidente da Sabesp, ao SPTV na Globo.

Nada como um copo dágua atrás do outro.

Esse é a perspectiva de um serviço essencial no estado onde os tucanos estão no poder a vinte anos.

O legado recomenda uma recidiva da receita para todo Brasil...Leia mais>>>





“Se algum dia vocês forem surpreendidos pela injustiça ou pela ingratidão, não deixem de crer na vida, de engrandecê-la pela decência, de construí-la pelo trabalho.” (Edson Queiroz)

Brioches e coca-cola

Maria Antonieta:
Se não tem pão, comam brioches

Geraldo Alckmin:
Se não tem água, bebam coca-cola

Seria natural se ele dissesse um absurdo como esse. Mas, uma frase fútil desta não combina com o tucanato. Por isso o bicudo governador de São Paulo, saiu-se com essa:

  • "Não tem racionamento no sentido de 'fecha o sistema e abre amanhã'. Isso não tem e nem deve ter. Agora, restrição hídrica, claro que tem".


Só gostando de sacaneado para ter reeleito o sujeito no primeiro turno. Aff...



Luis Nassif - Sai Dilma Pena, a presidente da Sabesp que ousou ser responsável

- O que assumir é um irresponsável - 

Jornal GGN - Dilma Pena pediu demissão da presidência da Sabesp para o próximo ano. A confirmação de sua saída, no ápice da crise de gestão da Sabesp com a falta de água, ocorreu em carta enviada a funcionários da empresa.
Na sua gestão, herdando os atrasos nas obras dos seus antecessores, comportou-se de maneira responsável, como uma verdadeira funcionária pública, recomendando campanhas mais agressivas para alertar os consumidores e ações mais agressivas de economia de água.
Queimou-se devido à sua responsabilidade de gestora, contranstando com a irresponsabilidade do governo Alckmin, de agravar uma tragédia já anunciada..
Da Folha de S. Paulo
Em carta, Dilma Pena admite que não comandará mais a empresa em 2015
Executiva está no cargo desde 2011 e ficou desgastada durante crise de abastecimento de água no Estado de SP
Por Leandro Machado 
Em carta a funcionários da Sabesp, a presidente da companhia, Dilma Pena, admitiu que não ocupará mais o cargo a partir do próximo ano.
A executiva se desgastou na condução da empresa durante a crise hídrica por que passa o Estado de São Paulo.
Sob a gestão de Dilma Pena, que está no cargo desde 2011, reservatórios de água que abastecem a Grande São Paulo bateram recordes negativos de armazenamento.

"Saio de férias até dia 02/01 e volto para fazer a transição para o sucessor que o Conselho de Administração nominar", escreveu ela, em carta destinada a diretores.
A saída de Dilma já era dada como certa na cúpula do governo Geraldo Alckmin (PSDB), mas nunca foi admitida oficialmente.
Sua situação ficou insustentável após vazamentos de gravações dela. Na primeira, ela afirmou, em reunião com executivos da companhia, que uma "orientação superior" impediu a Sabesp de alertar a população sobre a necessidade de economizar água.
Em outro áudio, Dilma classificou de "teatrinho" a CPI na Câmara Municipal que tratava do contrato da Sabesp com a prefeitura. No episódio, ela conversava com o vereador Andrea Matarazzo (PSDB), momentos antes de ser ouvida na sessão. A fala irritou vereadores. Dilma e Matarazzo se retrataram depois.
MUITA CHUVA
Na carta de despedida, Dilma Pena demonstra cansaço após meses de crise na empresa: "Só hoje tenho condições de lhes escrever agradecendo, porque minha mente estava exigindo tempo, minha alma precisava calma, e meu coração paz."
Ela chama funcionários da empresa de "lutadores". "Estamos chegando ao final do ano não como vencedores, mas como lutadores. Ganhamos várias batalhas, mas não a guerra, ainda."
E finaliza: "Para todos vocês e suas famílias um FELIZ NATAL [...], e 2015 melhor que 2014, com muita chuva e trabalho profícuo."



Geraldo Alckmin anuncia multa para quem consumir mais água

- Essa multa é ilegal. Enquanto o governador não decretar estado de calamidade pública - 

São Paulo – O governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou hoje (18) multas pelo aumento do consumo de água nas cidades atendidas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) a partir de janeiro. Segundo o governador, a chamada "tarifa de contingência" será de 20% para quem consumir até 20% a mais (em relação à média de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014) e de 50% para quem ampliar o consumo além desse patamar. Segundo Alckmin, a medida já foi aprovada pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia (Arsesp)
As medidas – divulgada em meio ao risco iminente de colapso no sistema de abastecimento de água em cidades da região metropolitana da capital – terão impacto nas contas a serem cobradas em fevereiro de 2015.
Pessoas que precisem de mais água, por razões como aumento da família, ou do número de clientes de um estabelecimento comercial, poderão, por meio de formulário, pedir a retirada da multa à Sabesp.
Alckmin disse também que vai prorrogar o bônus até o fim de 2015 para quem economizar água. As atuais faixas de desconto serão mantidas.
O tucano anunciou a distribuição gratuita de "kits" de economia – quatro válvulas de redução de vazão para serem instaladas em torneiras. Os clientes receberão o equipamento pelos agentes da companhia que fazem a leitura de consumo e entrega de contas.
Por fim, o governador disse que o governo vai doar caixas d'água de 500 litros para moradores dos 31 municípios atendidos pela Sabesp na Região Metropolitana de São Paulo com renda familiar de até três salários mínimos e que morem em áreas de vulnerabilidade social.
"Nosso objetivo não é arrecadatório ou punitivo, queremos que todos colaborem", afirmou o governador, em coletiva de imprensa. Segundo o governador, a meta é reduzir
A meta do governo com essas medidas é reduzir 2,5 m³/s do consumo de água da Grande São Paulo. Antes da crise atual, a cidade consumia 73,2m³/s; hoje, consome 59m³/s, segundo reportagem da Folha de S.Paulo.



SP: a locomotiva do Brasil atrapalha o País

Contribuição do desgoverno Alckmin - racionamento dágua -, atrapalha o governo federal e "contribui" para o pibinho de 2014. 
Crise hídrica põe locomotiva em marcha a ré

A presidenta Dilma Rousseff receberá o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin nesta segunda (11), no Palácio do Planalto. Em pauta, a crise hídrica no Estado. Embora seja um imenso problema para os tucanos em sua principal base eleitoral, a crise hídrica pouco interessa ao Governo Federal. Além da gravidade que os problemas de abastecimento acarretam à vida diária das pessoas, a crise hídrica é um ingrediente importante que afeta o fraco desempenho da economia.

Estelionato eleitoral tucano e midiático

O levanta-e-corta entre o MP e Sabesp


O levanta-e-corta entre MP e SABESP na crise da água

O cenário que conjecturamos há alguns meses começa a se delinear. No dia seguinte à reeleição de Alckmin, os Ministérios Públicos Estadual e Federal protocolaram uma Ação Civil Pública solicitando a redução da vazão de saída do Cantareira. Dois dias depois da reeleição de Alckmin, a SABESP, “em atendimento ao MP”, diz que irá realizar a mencionada redução, ainda em prazo a ser definido. Hoje, três dias depois da reeleição de Alckmin, a presidenta da SABESP, Dilma Pena, admite na CPI realizada na Câmara Municipal que falta água, sim, em São Paulo – e vale dizer que ela postergou por duas vezes o depoimento, fazendo-o apenas agora, após o sucesso de Alckmin logo no 1º turno. Não é preciso ser mais claro para explicar a mecânica do estelionato eleitoral promovido pela gestão Alckmin, apoiada pela imprensa e pelas instituições que deveriam fiscalizar o governo.

O compadrio entre MP e SABESP não começou nessa semana, como sabemos. Em Agosto, o parquet chegou a requerer explicações do Governo de São Paulo sobre a gestão da crise hídrica, demandando respostas em 15 dias. Alckmin não respondeu, e não houve repercussões, críticas ou comentários por parte do órgão fiscalizador. Acabou sendo um jogo de cena. O silêncio permaneceu até agora, curiosamente. A SABESP, a partir dessa manifestação mais recente, ainda poderá ser arvorar do argumento de que está apenas cumprindo uma decisão judicial – mais uma mostra de sua inimputabilidade e, em sentido prático, de sua falta de gestão e de capacidade de conduzir o problema da falta de água de uma outra maneira.

Conforme comentei ontem, é provável que as ações mais impopulares só sejam tomadas após o 2º turno, considerando-se o eventual impacto que elas teriam na candidatura de Aécio Neves – algo admitido pelo próprio Alckmin. O problema é que, em um regime de obras de improviso, há maior suscetibilidade a falhas. A SABESP, então, terá de “segurar as pontas” ao máximo até, pelo menos, o final do mês. Para piorar o quadro, “São Pedro” não está sendo generoso, e Outubro, o primeiro mês da tão mencionada estação chuvosa, está com as piores vazões de entrada da história do Cantareira: 3,9 m³/s. Mesmo com todas as reduções de vazão de saída que já ocorreram, as represas estão perdendo, ao dia, 1,7 bilhão de litros de água – 500 milhões a mais do que a “pessimista” previsão de Mauro Arce, Secretário de Recursos Hídricos. Vale dizer, na verdade, que os próprios relatórios da SABESP, historicamente, consideram como chuvoso, efetivamente, apenas o período Dezembro-Março (é apenas aí, em geral, quando os reservatórios têm as suas perdas do resto do ano compensadas).

É curioso notar o verdadeiro curto-circuito de declarações contraditórias e desencontradas por parte dos próprios representantes do governo, bem como o completo desapego da imprensa em, apenas, dar uma estudada nos números que são apresentados. Como pode, a essa altura do campeonato, um superintendente da SABESP nos dizer que ainda há muito da primeira cota do volume morto a ser extraído e que é bastante improvável que a segunda cota venha a ser utilizada? Como pode a SABESP dizer em nota que há, ainda, 60 bilhões de litros de volume morto a serem retirados se o valor correto é 33? Como podem ainda fazer declarações sobre a chuva como se as precipitações previstas para o final deste mês pudessem vir a recuperar o nível dos reservatórios ao ponto de não mais precisarmos da segunda cota?

Alguns colegas do blog, com razão, aventaram a possibilidade de que a crise da água venha a ser utilizada por Aécio Neves contra o governo federal, naquilo que constituiria uma espetacular inversão de papéis e responsabilidades. Com a conivência (e o apoio) da mídia, isso é, realmente, uma possibilidade. Com efeito, o próprio MP deu um jeito, na Ação Civil Pública, de também responsabilizar a ANA pelo colapso do Sistema, e a SABESP deu a inacreditável declaração de que apenas segue as determinações dessa Agência Reguladora quanto às vazões de saída – quem acompanha minimamente o caso sabe que o Comitê Anticrise, formado por esses dois órgãos mais o DAEE, foi desconstituído após a SABESP se recusar a cumprir o acordo que já havia feito com a entidade federal a respeito das reduções de vazão. A tentativa de reescrever a história apenas 20 dias após esse acontecido nos mostra bem a sensação de controle da opinião pública que possui o Governo de São Paulo.

No entanto, é preciso ponderar o seguinte: ainda que, de forma sui generis, Alckmin venha a tentar expor a sua inimputabilidade por meio da transferência de culpa ao governo federal por uma crise que está totalmente em seu domínio, esse procedimento não poderá ser feito com relação a outras represas que estão sob a égide, inteiramente, da SABESP, como é o caso do Alto Tietê. Hoje, ele está com 11%, e nos próximos dias o volume morto das represas Biritiba-Mirim e Jundiaí, forçosamente, terão de ser extraídos. Na verdade, como cada reservatório está com cerca de 10 cm de cota de água, as bombas já estão sendo utilizadas – eu coloquei fotos ao final do post de ontem que comprovam isso (embora a grande mídia, é claro, não noticie).

Além disso, outras represas também estão secando, e poderão, muito em breve, se tornar um grande problema para o governo recém-reeleito. O Rio Claro, pequeno tanque, está perdendo quase 1% ao dia, e hoje está com 57%; o Alto Cotia, com 34% (mostrei em outro texto que ele já entrou em racionamento, em outra oportunidade, quando chegou a 28%); o Guarapiranga, com 49%. Em parte, a aceleração da redução de seus níveis ocorre por estarem ajudando o Cantareira. Como é improvável que este se recupere, esse auxílio continuará a ocorrer, sobrecarregando esses outros sistemas.

Na eventualidade de o colapso também ocorrer nos outros sistemas, é perfeitamente possível que a gestão tucana, incapaz de formular um discurso que contenha um mínimo civilizado de autocrítica, venha a querer incluir todas no eventual pacote de “transmissão de responsabilidades” para o governo federal. Não seria, também, nenhum conspiracionismo pensar que a grande imprensa, longe de informar, se limitará a reproduzir esses discursos. O que mais lamento, contudo, é que há quem tenha ficado efetivamente feliz com o estelionato eleitoral, apenas porque significou mais uma vitória do PSDB no Estado. E há, também, quem não tenha juízo de assumir suas obrigações constitucionais, os seus encargos legais. O estadismo, esse compromisso com as decisões que se toma e com as virtudes da ação política, deveria não depender de ideologia. Pelo visto, estava enganado.



do Internauta


São Paulo- Agora, três dias após a reeleição do tucano Geraldo Alckmin, é informado que vai começar o racionamento d'água.

Então, você que votou no Geraldo, passe no diretório do Psdb mais próximo e retire seu brinde:

Uma canequinha azul e amarela e uma bacia azul super-faturada, pra você tomar banho de canequinha...Seu bem informado



Garantida a reeleição, Alckmin começa distribuir água como ração

Hoje, quando tem apenas 5,6% do nível total da capacidade de armazenamento do Cantareira, a Sabesp decide efetivamente dar o primeiro passo para enfrentar a crise hídrica que assola São Paulo.

É bom lembrar que essa decisão foi tomada após garantida a reeleição do tucano Geraldo Águaemim e a divulgação de uma Ação Civil Pública.

Mesmo com a notícia de que vai restringir a retirada de água do sistema Cantareira, é bom frisar que um destaque na matéria da Folha é uma fala do superintendente de Produção de Água da Sabesp, Marco Antonio Lopez de Barros, à rádio CBN, dizendo que "quanto maior a redução, maior a possibilidade de recuperação do sistema com as chuvas que se avizinham". Isso mais parece uma tentativa de tapar o copo com a peneira. A Agência Nacional de Águas já considerou o plano da Sabesp muito fraco diante da enormidade do problema e, para ajudar, a redução ainda é considerada uma hipótese e que "ela não seria de imediato", segundo nota da própria empresa. Leia mais>>>



Isso aconteceu no São Paulo dos bicudos

Todo dia, durante anos, quando Salim chegava em casa, sua doméstica Jacira servia o jantar e ia tomar banho. Até que um dia, Salim estava jantando e ficou ouvindo o barulho da água, pensando na Jacira tomando banho. Estava sozinho em casa, mulher e filhos viajando. Mastigava a comida e pensava na Jacira tomando banho... Mastigava a comida e pensava na Jacira tomando banho...

Mastigava a comida e pensava na Jacira tomando banho... Até que se levantou da mesa e foi até o banheiro. Bateu na porta:




- Jacira, você está tomando banho?

- Estou sim seu Salim.

- Jacira, abre a porta pra Salim.

- Mas seu Salim, estou nua!

- Jacira, abre a porta pra Salim.

- Jacira, abre a porta pra Salim.

- Jacira, abre a porta pra Salim.

- Jacira, abre a porta pra Salim.

Jacira não resiste e acaba abrindo a porta Salim entra no banheiro, vê a Jacira nua e pergunta:

- Jacira, quer foder com Salim?

- Mas seu Salim..., eu não sei se... !!!

- Jacira, quer foder com Salim?

- Sim, quero sim seu Salim, pode vir que sou toda sua...

Então Salim põe a mão no registro e diz:

- Não vai foder Salim não!!! Chega de gastar água.

Pensou besteira né! KKKKKKKKKKKKKKK

O negócio é parar de pensar besteira e economizar água!

CAMPANHA PARA ECONOMIZAR ÁGUA


Enquanto isso em São Paulo

São Paulo - 20 anos de competência tucana deu nisso




A briga que São Paulo trava com o Rio de Janeiro por água terá de ser mediada pelo STF. A causa subirá à Suprema Corte graças a uma decisão tomada pelo juiz Gilson David Campos, da 2ª Vara Federal no município de Campos dos Goytacazes (RJ). Deu-se numa ação movida pela Procuradoria da República contra o plano do governo de São Paulo de transpor águas do rio Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira.
O magistrado entendeu que o projeto do governo tucano de Geraldo Alckmin pode afetar o abastecimento de água às populações de municípios do Rio e de Minas Gerais. De resto, há o risco de prejudicar o provimento de energia elétrica à região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro. Por tudo isso, ficou caracterizado um conflito entre Estados. E apenas o Supremo tem competência para julgar encrencas federativas.
Autor da ação, o procurador da República Eduardo Santos de Oliveira informou que o Ministério Público Federal não recorrerá contra a decisão. Ele protocolou a ação em maio. Alega que, desde então, o problema só aumentou. Afirma que novas e recentes decisões tomadas pelo governo Alckmin põem em risco a produção de energia elétrica no Rio. E não resolvem a crise hídrica de São Paulo.
“No inicio da ação, acreditávamos que o conflito federativo era apenas iminente”, disse o procurador Eduardo Oliveira. Hoje, segundo ele, há um claro conflito “envolvendo os sistemas de abastecimento de água e produção de energia hidrelétrica de três importantes Estados da Federação e mais de 40 milhões de brasileiros.” Por isso, o procurador concordou com o despacho do juiz. E o caso vai ao Supremo.
por Josias de Souza



Humor: The i-piauí Herald

Sem água, paulistas tomam banho de loja
Sem alternativas, paulistas tomam banho de loja
Alckmin estocou camisas bem passadas em seu guarda-roupa
Higienópolis - Setores da oposição se mobilizaram para fazer o cidadão paulistano entender, finalmente, o que está acontecendo na Cantareira. Paulo Skaf começou a distribuir panfletos com as frases:
  • "Sem água, você não poderá lavar seu carro"
  • "Em breve, você não poderá trocar água do radiador de seu carro" 
  • "Imagine uma cidade sem água para o limpador de para-brisas de seu carro". 
Alexandre Padilha, em sua campanha de TV, vai explicar que os combustíveis dos carros levam uma quantidade significativa de água.

Transtornadas com a notícia, centenas de socialites invadiram a rua Oscar Freire para tomar um banho de loja. "Aqui não tem essa mesquinharia de rodízio", desabafou Adriana Alcântara Veiga de Menezes e Braga. "Meu cartão de crédito não tem volume morto", completou a amiga Maria Luiza Pereira Coelho da Costa Coutinho de Moraes.
No meio do caos, assessores de Geraldo Alckmin apareceram para estancar a sangria. "Temos um parecer do cientista Miguel Nicolelis que atesta, sem margem de erro, que os iPhones não precisam de água para funcionar", repetiu incansavelmente Andrea Matarazzo, com um megafone, na Avenida Paulista. 



Isso é coisa do Psdb

Municípios do Estado de São Paulo - governado a 20 anos pelos tucanos - vem buscar no Nordeste solução para não secar o Cantareira

Um plano para escalonar o uso da água, baseado no sistema utilizado no Ceará, foi apresentado visando a evitar que 3 milhões de pessoas em cidades como Campinas, Jundiaí e Piracicaba venham a ficar de torneiras secas. Ele propõe dividir o uso da água por horários e setores para suportar o período de seca que está apenas começando. Estariam envolvidos todos os municípios ligados ao Sistema Cantareira.
A proposta partiu do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) e foi debatida dois dias seguidos nas cidades de Paulínia (SP) e Americana (SP) com as empresas consorciadas e os municípios envolvidos. A intenção é ter um plano de contingência para enfrentar a estiagem entre julho e setembro.
Rene Moreira - Estadão