Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

Joaquim Levy: a volta de quem não foi e o joguinho de quem quer ficar

POR  · 

radar

 

O Ministro Joaquim Levy pratica um joguinho muito perigoso – e certamente deprimente sobre o juízo que se possa fazer dele – ao mandar trabalhar a  mídia para  dizer que "ameaça sair" do Governo, como fez hoje com a Veja, sob o argumento que Lula o critica e que há "falta de empenho do governo em aprovar a CPMF".

 

Vera Magalhães, sucessora de Lauro Jardim no "Radar" diz que sabe até o conteúdo da valise de Levy, ao afirmar que ele entrou no gabinete presidencial com uma carta de demissão. Aliás, Vera sabe até o tom da carta que seria, segundo ela, "neutro e cordial".

 

Mas, para completar aquela cena de "me segura que eu vou ter um troço", já adianta que não se descartava  "a possibilidade de, após conversar com Dilma, o ministro permanecer no posto por mais algum tempo."

 

Ou seja, vou dizer que vou, mas aceito ficar.

 

Uma hora e dez minutos depois, nova nota da "assessora de imprensa" informal de Levy, no Radar.

 

A carta, se é que existiu em algum lugar fora do site da Veja, nem foi mostrada a Dilma.

 

"Joaquim Levy  não entregou a Dilma Rousseff a carta de demissão que redigiu entre a noite de quinta e a manhã desta sexta-feira e discutiu com aliados"

 

Descobre-se também que a tal reunião dramática nem era um encontro, a sós, da Presidenta da República com o Ministro da Fazenda. Era um encontro da Junta Orçamentária do Governo, que reúne os Ministros da Fazenda, Casa Civil e assessores de ambos.

 

Não se imagina que Levy, claro, fosse apresentar um pedido de demissão em meio a uma "assembleia".

 

Assim, a história toda fica com jeito de "magoei", algo incompatível com a estatura de alguém que comanda uma área que exige, além da responsabilidade, um comportamento afirmativo, jamais dúbio.

 

A verdade é que quem mais trabalha contra a permanência de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda é o próprio Joaquim Levy.

 

O mergulho recessivo que deveria durar um semestre, foi estendido "sine die". A inflação não cedeu, a arrecadação segue caindo por cota do declínio da atividade econômica e esta afunda porque se cortam desesperadamente gastos e investimento públicos sem qualquer sinal do que e quando será reanimado.

 

E não é por falta de apoio de Dilma, que entregou em suas mãos os seus compromissos de campanha e o comando – evidentemente não exclusivo, mas hegemônico – da política econômica. Aceitou, inclusive, a imagem negativa para que Levy posasse de "salvador da pátria".

 

O doutor Joaquim pode ser boa pessoa, tem um currículo sólido, mas, francamente, não entregou o peixe que dizia ser capaz de pescar.

 

As "mãos de tesoura", em lugar de podar para brotar, estão matando a planta. A única mensagem que transmite é a da crise duradoura.

 

A conjuntura internacional é difícil? É. Mas Lula enfrentou pior em 2009, com o crash mundial, por outra via, a da expansão do consumo.

 

Ah, mas a situação das contas internas é diferente… É, mas ainda assim é infinitamente melhor do que aquela que Lula recebeu de Fernando Henrique, com o país quebrado.

 

Joaquim Levy não pode dizer que o Governo "não se empenha" na aprovação da CPMF, como se isso fosse uma brincadeira de escolares.

 

O Governo tem dificuldades em conseguir votos até para não ser degolado pelo impeachment, que dirá conseguir votos para aprovar um aumento de impostos que, ainda que seja justo, quase sempre é impopular. Inclusive porque não tem, sequer, a sensibilidade de propor um limite razoável de imunidade, garantindo que os mais pobres não o paguem diretamente, embora vão pagá-lo indiretamente, com a incorporação do tributo nos preços.

 

Levy tem tido as condições possíveis para desempenhar sua função. O protesto, natural, dos Ministros que vêm sofrendo cortes enormes nos orçamentos de suas áreas, têm sido, praticamente, nenhum. Facilidade no Congresso o Governo não tem, nem para aprovar cortes antipáticos e nem mesmo, até, para decretar dia santo.

 

Ao seu baixo desempenho econômico, com certeza, o Doutor Joaquim poderia evitar somar  que revela com as notinhas que seus aliados plantam.

 

Lula ou qualquer um tem o direito de criticar sua política e cada vez mais gente a critica. É parte do exercício da política e ônus da função pública.

 

Cabe ao Dr. Joaquim mostrar, na prática, que Lula não tem razão.

 

E o que acontece, cada vez mais, é o contrário.

Cunha ataca Janot e reafirma inocência

Ou Cunha é inocente mesmo ou louco.

Atacar quem lhe acusa é normal.

Agora reafirma inocência mesmo depois de tantas provas documentais (até assinatura tem).

Confira a nota na íntegra:

Nota à imprensa:
Tendo em vista a estratégia ardilosa adotada pelo procurador-geral da Republica de vazar maciçamente supostos trechos de investigação e movimentações financeiras, atribuídas ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, com o único objetivo de desestabilizar sua gestão e atingir sua imagem de homem público;
Considerando ainda que há uma omissão proposital sobre outros personagens da investigação em curso;
Considerando que a espetacularização adotada pelo procurador-geral da República coloca em xeque a respeitabilidade de um processo que deveria ser sério – de combate à corrupção –, denigre as instituições e seus líderes e evidencia a perseguição política contra o presidente da Câmara dos Deputados;
Considerando ainda o objetivo maldoso de desviar o interesse geral dos reais responsáveis pelos malfeitos e tornar o Presidente da Câmara o foco principal de todo o noticiário a respeito da operação sobre os desvios na Petrobrás, destacamos:
1) O presidente da Câmara nunca recebeu qualquer vantagem de qualquer natureza, de quem quer que seja, referente à Petrobras ou a qualquer outra empresa, órgão publico ou instituição do gênero. Ele refuta com veemência a declaração de que compartilhou qualquer vantagem, com quem quer que seja, e tampouco se utilizou de benefícios para cobrir gasto de qualquer natureza, incluindo pessoal.
2) Os seus advogados terão agora, finalmente, a oportunidade de conhecer os supostos dados e documentos alardeados pela mídia ao longo das duas últimas semanas, em uma tentativa de constranger e desgastar politicamente o presidente da Câmara. Trata-se de uma clara perseguição movida pelo procurador-geral da República. É muito estranha essa aceleração de procedimentos às vésperas da divulgação de decisões sobre pedidos de abertura de processo de impeachment, procurando desqualificar eventuais decisões, seja de aceitação ou de rejeição, do presidente da Câmara.
3) Os seus advogados, tão logo tenham acesso aos documentos e ao inquérito, darão resposta precisa aos fatos existentes.
4) Durante esse período, foram divulgados dados que deveriam, em tese, ser protegidos por sigilo, sem permitir ao presidente da Câmara o direito de ampla defesa e ao contraditório, garantido pela nossa Constituição. Essa divulgação foi feita, estranhamente, de forma ostensiva e fatiada em dias diferentes e para veículos de imprensa variados. O fato de esses vazamentos, costumeiramente, ocorrerem às vésperas de finais de semanas ou feriados é outro indicativo de seus objetivos persecutórios.
5) A propositura de inquérito sem preservação de sigilo, em oposição a outros que contenham dados que a lei protege o sigilo, evidencia a diferenciação do tratamento dispensado ao presidente da Câmara. Provavelmente, essa forma busca dar um verniz de legalidade aos vazamentos ocorridos, preservando-os de possíveis consequências. Por exemplo: os inquéritos propostos contra os ministros Aloizio Mercadante e Edinho Silva foram, a pedido do PGR, com sigilo. Por que a diferença?
6) O presidente da Câmara reitera o que disse, de forma espontânea, à CPI da Petrobrás, e está seguro de que o curso do inquérito o provará.
7) Por várias vezes, desde o início desse processo, o presidente da Câmara tem alertado para a atuação política do PGR, que o escolheu para investigar, depois o escolheu para denunciar e, agora, o escolhe como alvo de vazamentos absurdos e ilegais, que impõem o constrangimento de ser incluído em tudo que se refere à apuração de responsabilidades nesse processo de corrupção na Petrobras, que tanto envergonha o Brasil e está muito distante dele. Parece que a única atribuição que resta ao PGR é acusar o presidente da Câmara.
8) Em relação ao aditamento da denúncia já existente, o presidente e seus advogados ainda não tiveram acesso ao conteúdo, que será contestado nos autos, dentro do novo prazo legal. É de se estranhar, novamente, que passados 60 dias da primeira denuncia, ela precisasse ser aditada, reiterando que aquela denuncia foi mais uma escolha do PGR.
9) O presidente volta a formular as perguntas que não querem calar: onde estão as demais denúncias? Cadê os dados dos demais investigados? Como estão os demais inquéritos? Por que o PGR tem essa obstinação pelo presidente da Câmara, agora, covardemente, extensiva a sua família? Alguma vez na história do Ministério Público um procurador-geral respondeu a ofício de partido político da forma como foi respondido com relação ao presidente da Câmara, em tempo recorde para ser usado em uma representação ao Conselho de Ética? A quem interessa essa atuação parcial do PGR? Onde está a responsabilização dos verdadeiros culpados pela corrupção da Petrobras? A sociedade brasileira gostaria de conhecer essas respostas.
10) A Constituição assegura o amplo direito de defesa e a presunção da inocência, e o presidente pede que esse seu direito, como o de todo cidadão, seja respeitado. Não se pode cobrar explicação sobre supostos fatos aos quais não lhe foi dado o acesso para uma digna contestação, já que a ele, até o momento, só restava acompanhar o noticiário para conhecer as acusações.
11) O presidente da Câmara reitera sua confiança no Supremo Tribunal Federal, que certamente fará justiça ao apreciar os fatos imparcialmente e anulando essa perseguição ao presidente da Câmara.




Assessoria de Imprensa
Presidência da Câmara dos Deputados

As denúncia contra a Petrobras no governo FHC e agora

Hoje as denúncias são apuradas. Durante o governo de FHC (Psdb) quem denunciava era processado, como aconteceu com o jornalista Paulo Francis.

SEGUNDO JANOT, NA DÉCADA DE 90 CUNHA JÁ TINHA R$ 60 MILHÕES NO EXTERIOR
Na denúncia que apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador Rodrigo Janot revelou que Eduardo Cunha já guardava R$ 60,8 milhões em contas no exterior desde a década de 90, além de uma frota de oito carros de luxo, tudo não declarado à Receita Federal.
E cada dia uma nova informação põe por terra a versão fantasiosa de que este esquema é coisa nova. O que mudou foi que, em 1996, em vez de investigar a denúncia, o governo FHC engavetou. E o jornalista Paulo Francis foi processado por todos os diretores da Petrobrás, que lhe cobraram mais de R$ 100 milhões de indenização. Agora, no governo Dilma, a verdade começa a aparecer.



Procurador-Geral da República que enfurnou denúncias contra Cunha hoje é seu advogado


:
Por Helena Sthephanowitz, para a Rede Brasil Atual
Desde 2006, a Divisão de Repressão a Crimes Financeiros da Polícia Federal encontrou operações cambiais com indícios de irregularidades atribuídas ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e diversos outros políticos. Mas parece que a necessária investigação para esclarecer os fatos ficou engavetada e acabou atropelada por investigações de autoridades suíças.
Naquele ano de 2006 foi dada entrada no Supremo Tribunal Federal (STF) a Petição Avulsa de nº 193.787 tratando dessa investigação, possivelmente por haver muitos políticos com foro privilegiado. Estranhamente não consta do sistema de consultas do STF na internet o andamento dessa petição, mas sua existência é comprovada por um despacho do ex-ministro Joaquim Barbosa no Diário Oficial.

Mensagem da Vovó Briguilina

Tem pessoas que envelhecem como o limão
Além de azedas, ficam amargas
Impossíveis de degustar.

Outras 
Envelhecem como o vinho
E sua companhia se torna cada dia mais agradavel.

Um saboroso
Brinde a Vida!

Política ou politicagem?

O filho do Lula, a nora do Lula, o amigo do Lula e por que não o vizinho e o papagaio do Lula?
Na impossibilidade de achar algum negócio escuso que incrimine o ex-presidente Lula, de alguns dias para cá, o assunto são os parentes, familiares, supostos amigos que estariam sendo presenteados “do nada” por corruptos que resolveram participar da promoção “delate o Lula e ganhe desconto na prisão”.

Faltam...

Política - uma breve análise da conjuntura

"O paradoxo no qual a oposição encontra-se enredada torna-se cada dia mais flagrante. Não dispondo de capacidade decisória, nem de votos suficientes para sustentar um pedido de impeachment, o bloco formado por PSDB, DEM, PPS e SD alinhou-se a Eduardo Cunha, referendando integralmente sua estratégia. Embora apresente e justifique suas iniciativas como ações orientadas pelo combate à corrupção e em defesa da moralidade pública, a oposição mostra-se despreocupada com a possibilidade de colocar no poder um grupo que assume explicitamente o propósito de deter o avanço das investigações e restaurar o financiamento privado das campanhas eleitorais. Cegueira ideológica ou simplesmente má-fé?"

PSDB acredita que falsificaram assinatura de Cunha


Foram divulgados, hoje sexta-feira, os documentos que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou para abrir suas contas secretas na Suíça, por onde transitaram pelo menos 23 milhões de reais não declarados nos últimos anos; entre eles, o passaporte de Cunha e sua própria assinatura; com provas tão cabais, o PSDB, que vinha articulando um golpe paraguaio em aliança com Cunha, não terá alternativa a não ser defender sua cassação; será que o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que ontem registrou em cartório um novo pedido de impeachment e pretendia levá-lo a Cunha na próxima semana, ainda dará o "benefício da dúvida" ao presidente da Câmara, e acredita que assinatura e documentos apresentados são falsificações?

Mauro Santayana - o Brasil e a República de Salem

O Ministro Teori Zavascki retirou da Operação Lava-Jato a investigação de questões relativas à Eletronuclear. 
O fez porque o caso envolve o senador Edson Lobão, que tem foro privilegiado.
Mas poderia tê-lo feito também devido a outros motivos. A Eletronuclear não possui instalações no Paraná, nem vínculos com a  Petrobras, e não se sustenta a tese, que quer dar a entender o Juiz Sérgio Moro, de que tudo, das investigações sobre o Ministério do Planejamento, relacionadas com a Ministra Gleise Hoffman, à Eletronuclear, Petrobras, hidrelétricas em construção na Amazônia, projetos da área de defesa, da indústria naval, e qualquer coisa que envolva a participação das maiores empresas do país em projetos e programas estratégicos para o desenvolvimento nacional, "é a mesma coisa" e culpa de uma "mesma organização criminosa", estabelecida, há alguns anos, com o deliberado intuito de tomar de assalto o país.

Twitter da manhã

Gente, por favor, me deem o direito de acreditar em alguma coisa que sai na grande imprensa. Nem que seja o horóscopo, @JornalismoWando

***

Tem revista que mente até na data - tá na banca sábado, com data de segunda-feira -, @joaosergio 

Recebido por e-mail



Jean Wyllys - Cunha, o impeachment e a hipocrisia de Aécio Neves




Em uma tentativa de justificar a negativa do PSDB a acompanhar o pedido de investigação contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, o presidente da sigla e candidato presidencial derrotado nas últimas eleições, Aécio Neves, deu mais uma prova de sua hipocrisia, comparando a atitude dos tucanos com relação a Cunha com a negativa do PSOL a apoiar o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Como se fosse a mesma coisa, ele disse que, assim como o PSDB não assinou a representação do PSOL contra Cunha, o PSOL não assinou os pedidos de impedimento da presidenta.
Alguém deveria explicar ao ex-candidato que Cunha está formalmente denunciado pela Procuradoria General da República, com provas robustas, pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão ilegal de divisas. Também foi acusado por delatores da operação lava-jato de ter recebido uma propina de 5 milhões de reais e a justiça suíça informou à justiça brasileira que tem contas secretas nesse país com movimentações de dezenas de milhões, irrigadas por transferências de lobistas ligados a empresas com contratos suspeitos da Petrobrás. Alguém deveria avisar ao senhor Aécio que Cunha mentiu em depoimento dado numa CPI, afirmando que não possuía contas no exterior. Alguém deveria lembrar a Neves que não é a primeira vez que Cunha se envolve em escândalos de corrupção: é assim desde o primeiro cargo que ocupou no Estado, durante o governo Collor, como colaborador de PC Farias.
E alguém deveria explicar ao senhor Aécio que a presidenta Dilma, independentemente da minha opinião sobre seu governo, que acho muito ruim, ou sobre seu programa econômico, que é exatamente o do PSDB (Aécio deveria estar feliz!), não foi acusada de crime algum. Não existe acusação e muito menos provas de que a presidenta tenha participado de qualquer ato de corrupção ou tenha se enriquecido de forma ilícita. E não há, até agora, na opinião do PSOL, motivos constitucionais para o impeachment.
Tem gente que não entende o que significa o impedimento de um/a presidente/a da República. Não é algo que se justifique apenas porque eu não gosto do governo. É um remédio gravíssimo, de última instância, que se aplica em situações de extrema excepcionalidade, quando se dão as situações previstas na constituição e na lei. Não é o caso até o momento.
Se eu não gosto do governo (e eu não gosto!), faço oposição republicana no parlamento e nas ruas: questiono, voto contra os ajustes fiscais (que os tucanos votam a favor), repudio as alianças com o fundamentalismo e o conservadorismo (que os tucanos também praticam), tento mudar as regras que permitem o financiamento empresarial de campanha e dão lugar a esquemas como o Petrolão (regras que os tucanos usam e apoiaram na contrarreforma política), denuncio as políticas repressivas contra trabalhadores, indígenas, pobres (as mesmas dos tucanos). E milito para construir uma alternativa política capaz de derrotar tudo isso que me faz ser oposição à esquerda do governo Dilma (tudo isso em que esse governo parece tucano). Contra os ajustes, os retrocessos, a política anti trabalhista e o conservadorismo, o PSDB não é oposição ao governo Dilma!



O que os tucanos querem é, apenas, derrubar a Dilma para aplicarem eles mesmos essa política que o PSOL critica. Mas uma oposição republicana e democrática não tenta derrubar um governo sem motivos constitucionais, só para ocupar seu lugar. E muito menos faz isso aliado a um deputado acusado de corrupção e lavagem de dinheiro e com contas milionárias secretas na Suíça. Essa é a diferença entre o tipo de oposição que faz o PSDB e o tipo de oposição que faz o PSOL.
Deputado Jean Wyllys
Vice-líder do PSOL na Câmara

Aécio amanhã

por André Dahmer

Briguilinkis

Paulo Nogueira - Eduardo Cunha virou o símbolo da corrupção

Tanta campanha da mídia para ardilosamente associar o PT à corrupção, e eis que irrompe espetacularmente Cunha no cenário e estraga tudo.


Para a plutocracia, é uma má notícia. O ideal era deixar Cunha com as mãos livres para favorecê-la.

No Congresso, ele liderou, a seu estilo, ações em prol dos plutocratas. Comandou ataques a direitos trabalhistas, cerceou o debate em torno da regulação da mídia e fez o diabo para a manutenção do financiamento privado das campanhas.

É nisso, neste financiamento, que ele e os donos do dinheiro se conectam. Ele recebe dinheiro para servi-los, e é recompensado com uma espécie de licença para roubar.

O azar, para ambas as partes, é que a polícia da Suíça entrou em cena.

E então, depois de quase uma década de tentativas da plutocracia de carimbar no PT a pecha de grande fator de corrupção no país, repetindo uma estratégia feita antes contra GV e Jango, explode o caso Eduardo Cunha.

E toda a armação desmorona.

A corrupção tem um ícone: Eduardo Cunha.

Se ele não for exemplarmente punido em praça pública, o país levará uma bofetada moral de proporções épicas.

E essa punição tem que vir rápido.

Me pergunto o que Janot está esperando para enquadrar devidamente Eduardo Cunha: que a polícia e a Justiça suíça façam mais este serviço?

Ah, Eduardo Cunha tem foro privilegiado, aliás um absurdo que apenas reforça o caráter antiigualitário do Brasil.

Diante desse obstáculo, evoco Guy Fawkes, o célebre rebelde britânico que tentou derrubar o Rei Jaime no começo do século 17 com bombas destinadas a explodir o Parlamento.

Descoberta a trama, o rei interrogou Fawkes. E lhe perguntou o motivo de tanta agressividade.

"Situações extraordinárias requerem medidas extraordinárias", respondeu o rebelde, logo executado depois de torturas excruciantes durante as quais famosamente não falou nada que comprometesse seus companheiros de trama.

Com Eduardo Cunha, estamos diante de uma situação extraordinária.

Ele não pode ficar desembaraçado para fazer o que bem entende porque ele, já sabemos todos, representa o mal, a corrupção, a trapaça.

Todo um país à mercê de alguém como ele?

De novo: situações extraordinárias demandam ações extraordinárias.

Prender Eduardo Cunha vai ser o mais duro golpe na corrupção jamais dado no país.

E que fique claro.

Enquanto não for tão simples prender figuras como Cunha como foi simples prender Dirceu e Genoíno, não haverá razões para respeitar a Justiça brasileira.

Charge do dia

Flagrante