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Joaquim Barbosa - um péssimo exemplo

Caro DCM:

Eu sou o Dinheiro Público, mas pode me chamar de DP.

Mando esta mensagem não com a esperança de que alguma coisa mude efetivamente, mas como um desabafo.

Por que sou tão maltratado? Por que me usam sem a menor cerimônia, como se eu estivesse à disposição de todos os privilegiados brasileiros?

Não nasci para financiar o salmão do Renan, o caviar da Roseana e coisas do gênero.

Não nasci para proporcionar transplante de cabelo ou para pagar uma reforma de 90 000 reais nos banheiros do apartamento funcional do presidente do STF.

Não nasci para pagar uma fortuna por comerciais numa Globo cada vez mais cara e cada vez com menos audiência, e nem para comprar revistas Veja que não vão ser lidas pela criançada nas escolas.

Alguns ingênuos dizem que tudo isto é "trocado".

Caro DCM: isto é uma falácia.

Uma cultura nacional em que eu, o DP, sou tão mal utilizado não pode funcionar.

Uma sociedade justa e equânime tem no respeito por mim um de seus principais fundamentos.

Gosto do Brasil, e detesto ser exportado em grandes quantidades para paraísos fiscais. Vocês publicaram aqui uma denúncia do Wikileaks – admiro-o, aliás – segundo a qual a governadora Roseana Sarney tem uma fortuna nas Caimãs.

Prova de quanto sou desprezado, ninguém na mídia investigou. Ninguém sequer repercutiu.

Agora mesmo, DCM, eu vou ser utilizado por Joaquim Barbosa. Em férias na Europa. O pretexto são palestras que ele fará, uma em Londres e outra em Paris.

Duvido que sejam palestras gratuitas, além do mais. Duvido que os responsáveis pelo convite não tenham oferecido acomodação e cachê.

Mas mesmo assim lá sou eu solicitado: 14 mil reais.

Ninguém me defende? Ao me defender, ninguém defende os brasileiros, sobretudo os desvalidos para os quais eu deveria ser primordialmente usado?

Na Inglaterra ou na França, um presidente do STF que me utilizasse assim cairia imediatamente em desgraça. A opinião pública não tolera.

Nos últimos anos, desenvolvi uma admiração plena por Mujica. Sobretudo pela simplicidade de sua vida – que é base do respeito por mim, DP, em qualquer país, em qualquer cidade, em qualquer lugar.

Como o papa, outro gigante inspirador, Mujica voa de classe econômica, por exemplo.

Retrucarão os ingênuos: é apenas simbólico.

Eu responderei, DCM: tudo se faz com simbologia. O resto é consequência.

Aceite um abraço esquálido, mas sincero.

DP.

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Sou militante do PT


Sou militante do PT e mostro a cara! Nas ruas, nas conversas com os colegas de trabalho, nos debates aqui nas Redes Sociais. Respeito ao contraditório, manter o nível da discussão e cara limpa, sem medo de apresentar nossos argumentos. Quem está ao lado do povo mostra a cara! Sem medo de ser feliz! ‪#‎PTnasRedes‬ ‪#‎PTnasRuas‬ ‪#‎CurtaAnaJulia‬ Via Raul Nascimento (https://www.facebook.com/raulnascimento13) Obrigada, meu companheiro!!

Verdade

É bem assim

O dia D dos calçados em dose tripla

Os descontos chegam até 70%
Dia D Calçados em Dose Tripla é uma liquidação temática de calçados que acontecerá de 17 a 19 de janeiro. Os quatro shoppings participantes (North Shoppings, Jóquei, Fortaleza, Maracanaú e Via Sul Shopping) terão mais de 160 lojas com descontos de até 70%.
“A promoção vai acontecer no final de semana anterior à volta as aulas. Então, apostamos que os sapatos colegiais serão os mais procurados”, fala Carvalho, gerente da Casa Pio do North Shopping Fortaleza.
As lojas âncoras também estarão participando. “Teremos 4.000 pares de sapatos nas lojas dos shoppings com descontos de até 60%.” afirmou Guilherme Tavares, gerente da Riachuelo do North Shopping Fortaleza.
O investimento na liquidação é de R$ 150 mil e espera-se um aumento de  10% no fluxo de pessoas e 15% em vendas. “Acreditamos em um bom resultado, já que esse egmento representa 15% das vendas totais dos quatro shoppings”, afirmou Claudio Freire, Superintendente Regional de Fortaleza.
DN - Redação Web

2014 azul




2014 começou com borboletas azuis, gigantes e brilhantes. Daquelas maravilhosas, meio turquesa, meio royal, que frequentam listas de extinção. As que decoram, ao lado de ágatas, pratinhos de paredes – cafonas, mas vendidos até hoje para gringos em nossas lojas de souvenir. Empalhadas, essas mesmas: elas me saudaram nas primeiras manhãs do ano.
Pensando bem, nem sei se posso usar o plural. Vai ver que era uma só, a mesma, todo dia: afinal, continuam raras. E nunca vi mais de uma ao mesmo tempo. Várias ou única, a verdade é essa: sua Majestade Azul borboleteou à minha frente durante preciosos minutos, muitas vezes, quase sempre no mesmo horário.
O que eu bebi ou consumi? Nadica de nada. Sem alucinação; é tudo real, há testemunhas. Apenas visitei um modesto paraíso particular – na forma de jardim-caipira. No fundo, há uma pequena mata ciliar – e Madame Butterfly sai de lá avançando, serelepe, pelo quintal. Depois some rapidamente, de volta para casa.
 É claro que não há provas materiais. Não fui capaz de fotografá-la. Na verdade, nem tentei; seria imprudente. Tomava o café na escadinha que desce serpenteando no meio da grama para esperar, imóvel, a encantadora aparição de Sua Alteza.
Imagino que, como eu, muita gente goste de borboletas. Na juventude, na fase natureba-esotérica, admirei o significado de sua metamorfose: mudança e renascimento, o eterno ciclo vital. E até estampei borboletas azuis em camisetas. Mas confesso que não me lembrei disso: queria simplesmente ver o bicho, ponto final.
Como ela não se confundia com o céu? É que suas asas são iridescentes, têm um efeito madrepérola. Que privilégio: bela, mais que bela. Deve ter sido neste momento que pensei: vai ver que o melhor de 2014 já passou diante dos meus olhos! Calma: haverá muito (de bom) para ver e viver.
Será? Como a maioria dos jornalistas, tenho dificuldade para controlar o pessimismo. Com ele, são maiores as chances de acertarmos os prognósticos na política, na economia, na vida em sociedade. Sem ele ficamos desguarnecidos. Controlemo-nos: que venha o altíssimo verão, a Copa, a eleição, entremeados pelos rolês e rolés do rolex. Mas é janeiro-azul e ainda se pode dizer: Feliz 2014!

Mara Bergamaschi - jornalista e escritora. Foi repórter de política do Estadão e da Folha em Brasília. Hoje trabalha no Rio, onde publicou pela 7Letras “Acabamento” (contos,2009) e “O Primeiro Dia da Segunda Morte” (romance,2012). É co-autora de “Brasília aos 50 anos, que cidade é essa?” (ensaios,Tema Editorial,2010). 

Vã filosofia, de Carlos Alberto Sadenberg

Os franceses obviamente vivem melhor que os brasileiros. Têm mais renda, empregos bem remunerados, boas aposentadorias, saúde e escola públicas de qualidade, transporte público entre os melhores da Europa e, pois, do mundo, belas estradas. Além disso, os franceses inventaram e cultivam com cuidado e inovação algumas das melhores coisas da vida: a velha e a nova cozinha, os vinhos, os queijos, a moda e o estilo das mulheres. Em resumo: civilização, arte, cultura.
Mas em todas as pesquisas sobre felicidade pessoal — o modo como cada um percebe sua vida e seu futuro — o francês aparece no fim da lista. Declara-se infeliz e, não raro, muito infeliz. Já os brasileiros aparecem nas primeiras colocações.
Na ultima edição do Barômetro Global de Otimismo, do Ibope Inteligência em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN), entre os moradores de 65 países, o brasileiro aparece como o décimo mais feliz. Nada menos que 71% dos brasileiros se declararam satisfeitos com a própria vida.
É verdade que piorou um tanto. Em 2012, 81% se consideravam de bem com a vida. Mas os 71% da ultima pesquisa ainda superam a média mundial.
Aliás, houve aqui um movimento invertido. Se o número de brasileiros felizes caiu no ano passado, no mundo, a porcentagem de felicidade aumentou, de 53% para 60%.
Já na França, apenas 25% dos entrevistados se declararam felizes; 33% consideram-se infelizes; 42% nem uma coisa nem outra, o restante nem respondeu.
Pode-se dizer que a França ainda passa por uma crise longa e dolorosa, com aumento do desemprego. Mas isso ocorreu em praticamente toda a Europa e não cresceu da mesma maneira o número de infelizes.
Na Inglaterra, um país parecido com a França, tirante a comida e os vinhos, 53% se consideram felizes. Na Grécia, onde a crise foi mais devastadora, 30% dos habitantes se consideram felizes, número maior que os infelizes (23%).
E, para complicar de vez a questão, reparem nestes dados: afegãos felizes, 59%; sudaneses do Sul, 53%; palestinos em seus territórios, 20% (só aqui um número menor do que na França).
E então? Na edição especial de fim de ano, a revista “Economist” trouxe um excepcional ensaio sobre a malaise francesa. Tem a ver com a situação atual, mas pouco. Tem também algo a ver com a perda da importância global, inclusive a língua. E muito a ver com a cultura que forma e desenvolve um estado de espírito miserável.
Invertendo os termos, talvez se possa entender por que tantos países emergentes aparecem na ponta do ranking da felicidade. Além do Brasil, estão entre os dez mais animados: Colômbia (86% de moradores felizes), Arábia Saudita (80%), Argentina (78%), México (75%), Índia (74%) e Indonésia (74%).
Os emergentes, com poucas exceções, tiveram desempenho extraordinário desde o inicio deste século. Equilibraram suas economias, eliminaram velhos fantasmas, como a inflação, cresceram, ganharam renda e reduziram o número de pobres. E passaram com menores danos pela crise global justamente porque suas economias estavam com os fundamentos arrumados.
O sentimento geral é de melhora constante, o que deixa o pessoal mais animado em relação ao futuro. A vida normal nos emergentes, digamos assim, é de crescimento e melhora. Há de tudo por fazer e consumir: de metrôs a mais comida; de residências a celulares; de usinas hidrelétricas a motos. Mesmo em um ano fraco, permanece a sensação de que há muita coisa por fazer — e, pois, muitas oportunidades.
Já na Europa rica, parece que está tudo feito e que, daqui em diante, só pode piorar. O pessoal precisa se esforçar para manter o que tem e não sabe se isso é possível. Ou seja, é forte o sentimento de que se perderá algo, inevitavelmente, e que as novas gerações não serão tão ricas quanto a de seus pais.
Resumindo: nos emergentes, os habitantes estão em condições econômicas piores, mas vêm melhorando e mantêm a expectativa de melhora. Nos ricos, a sensação seria a de que a festa está acabando.
Entre os dez de mais bom astral, há apenas dois países ricos, FinIândia (com 78% de felizes) e Dinamarca (74%). Em comum: pequenas nações, pequenas populações, mais fácil de manter o padrão. Explica?
E quem são os mais felizes?
Os 88% dos 890 mil moradores das ilhas de Fiji, no Pacífico Sul. Têm um PIB per capita de 4.500 dólares, o que os classifica como pobres, numa economia dominantemente de subsistência. Passaram por uma sequência de golpes militares, o atual governo é ditadura. O lugar é lindo.
Vai saber.

Alexandre Weber - jornalismo familiar

O Jornalismo no Brasil é familiar, e aos parentes tudo aos outros nada.
Simples assim, uma câmbada de oportunistas preconceituosos de segunda ou terceira geração, monopolizam a informação em benefício próprio com o claro fim de sustentar privilégios inconfessáveis.
Assim, esperar qualquer atitude com relação ao bem do povo e do país é de extrema ingenuidade, de dar dó.
Não têm como mudar.
Pau que nasce torto, morre torto.
A mudança vai ser na marra.

Já era de se esperar, diante da força do capital financeiro/rentista, a nova alta da taxa de juros (Selic) de 0,5%. Ela chegou, desta forma, a 10,5%. Foi a sétima alta consecutiva deste indicador. O Brasil perde, mais uma vez, alimentando o círculo vicioso que nos acomete desde 1994, sintetizado na perversa combinação de juros altos e câmbio valorizado. A combinação, para consumo externo, seria o remédio ideal – e à brasileira – ao combate à inflação.

Entre a aparência e a essência, muitas vezes, existe uma imensa distância. A ação coordenada dos agentes dominantes do capital financeiro, iniciada como reação à tentativa da presidenta Dilma em mudar os parâmetros da política macroeconômica, surte efeitos retardados e com descomunal força.


Baseado em uma campanha orquestrada (abandono do “tripé macroeconômico”, descontrole dos gastos públicos e da inflação, etc.), os instrumentos desta ação todos nós conhecemos e se resume a um terrorismo, capaz tanto de mobilizar força política na disputa pelo poder de fato em nosso país quanto inviabilizar qualquer ambiente propício ao investimento e ao crescimento econômico, calcados na produção, e capaz de superar a predominância das finanças sobre a geração de riquezas.

Promotores do Ministério Público querem restaurar o Império

[...] O Ministério Público é responsável pela fiscalização da polícia, mas parece ocupado com outras coisas, enquanto o número de mortes produzidas pelos órgãos de segurança supera o de muitas guerras mundo afora. Mas quem fiscaliza o Ministério Público? Quem é o rato que se atreve a colocar o guizo no pescoço do gato? Quem paga a conta dos danos causados aos cidadãos e à sociedade diante de milhares de ações infundadas que os procuradores do Ministério Público já colecionam país afora? Qual o custo Brasil desses abusos? Provas forjadas ou inconsistentes, métodos investigativos inconstitucionais e arbitrariedades midiáticas, são a ponta do iceberg da truculência do MP, que depreda irreversivelmente os pilares da democracia, da República e da constituição que Ulisses Guimarães chamou de cidadã.  Leia a o artigo íntegra Aqui

Aécio Neves e o seu mico do dia

O candidato do PSDB à presidência Aécio Neves não sabe mais o que fazer para estar na mídia. Por ter espaço nos jornais cada vez que fala uma das suas muitas besteiras, agora o tucano acha que pode cassar o mandato da presidente 

Em representação encaminhada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o PSDB  ele acusa a presidente Dilma  de fazer propaganda eleitoral antecipada e praticar abuso do poder econômico e de autoridade.

Segundo matéria do jornal Folha de São Paulo o  PSDB pediu  ao tribunal a cassação do mandato de Dilma e, também, que ela fique inelegível por oito anos. Segundo o PSDB, Dilma adotou as condutas mencionadas na representação duas vezes em 2013: quando enviou mensagem de fim de ano a servidores públicos federais, em 23 de dezembro, e quando fez um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão em 29 de dezembro.

A representação dos tucanos também tem como alvo a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, a secretária de Gestão Pública Ministério do Planejamento, Lúcia Amorim de Brito, e a ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas.

Para os tucanos, Dilma usou o pretexto de desejar Feliz Natal e próspero Ano Novo para fazer promoção pessoal. Segundo a assessoria do TSE, na representação o PSDB diz que a mensagem de Dilma foi um evidente ato de promoção pessoal e claro veículo de propaganda eleitoral com o objetivo de colher benefícios eleitorais para o pleito de 2014.

Segundo Aécio o  pronunciamento do dia 29 também teria servido para realizar verdadeiro ato de campanha eleitoral com vistas à reeleição ao cargo que ocupa. O abuso de poder econômico e de autoridade teria acontecido, segundo o PSDB, porque Dilma levantou dados pessoais dos servidores em um banco de dados administrado pelo Ministério do Planejamento. Helena Chagas foi incluída porque os tucanos dizem que ela foi a responsável por convocar o pronunciamento em cadeia nacional.

Aécio está dando um tiro nos dois pés.  Se a Dilma ficar inelegível, Lula vence e no primeiro turno!
por Helena no Amigos do presidente Lula

Frase da terde

Enquanto alguns homens contam aventuras que nunca tiveram...
As mulheres tem aventuras que nunca contaram.




Frase da terde

Enquanto alguns homens contam aventuras que nunca tiveram...
As mulheres tem aventuras que nunca contaram.




Eu também sou mensaleiro


Agora o capitão-do-mato pode me prender

Pá desopilar


Pá desopilar


Amor, meu grande amor


ângela Ro Ro

Crônica semanal de Luis Fernando Veríssimo

Acho que falo por todos os gordinhos sem graça do mundo, por todos os homens por quem ninguém dá nada, todos os com cara daqueles tios que nas festas de família ficam num canto e nem os cachorros lhes dão atenção, ou fazem xixi no seu sapato, todos os que se apaixonam, mas não têm coragem de se aproximar da mulher amada, quanto mais declarar sua paixão, todos os que são chamados de "chuchu", mas não é um termo carinhoso, é uma referência ao legume sem gosto, todos os sem sal, os sem encanto, os sem carisma, os sem traquejo, os sem lábia — enfim, os sem chance — do mundo se disser que o François Hollande é o nosso herói. Ele é tudo que nós somos e não somos. É um dos nossos, mas com uma diferença: no caso dele era disfarce.

A companheira de Hollande, Valerie Trierweiler, que mora com ele no palácio presidencial e o acompanha em eventos oficiais e viagens, e que também é chamada de Rottweiler pela ferocidade canina da sua dedicação ao presidente, está internada com uma crise nervosa provocada pela revelação de que François tem uma amante, a atriz Julie Gayet, com quem costuma se encontrar num apartamento perto do palácio.

 

François Hollande, presidente da França

 

Hollande já teve como companheira uma das mulheres mais interessantes da França, Ségolène Royal, com quem a fera teve quatro filhos. A pergunta que se faz na França é: o que exatamente esse homem tem que explique seu sucesso com as mulheres? A questão não tem nada a ver com direito à privacidade. Trata-se de uma curiosidade científica. Se o que ele tem, e disfarça com aquela cara, puder ser reproduzido em laboratório será um alento para a nossa categoria.

E nossa admiração só aumenta com os detalhes das escapadas de Hollande. Ele vai para seus encontros com Julie numa motocicleta. O Hollande vai para seus encontros com a amante montado numa motocicleta! Pintado no seu capacete, quem sabe, um galo, símbolo ao mesmo tempo da França e do seu próprio vigor. Ainda há esperança, portanto. Se ele pode, nós também podemos. Pois se François Hollande nos ensina alguma coisa é que biologia não é, afinal, destino.

Dirceu não menospreza a ofensiva da direita

A ofensiva da direita conservadora, aliada a parte da imprensa, atravessou 2013 e chegou a 2014 ampla, intensa e ferozmente. A tentativa de desconstrução do governo – como denunciou aqui neste blog diversas vezes o ex-ministro José Dirceu – se mantém como instrumento preferencial da oposição em busca do poder neste ano eleitoral.

É fundamental – e aqui apenas repetimos o que Dirceu sempre ressaltou – que o PT, o governo e a esquerda reajam contra essa campanha. Que enfrentem a luta política.

A "guerra psicológica", expressão usada pela presidenta Dilma Rousseff para se referir a tal ofensiva, envolve, além de boa parte da mídia, "analistas" e instituições que representam o conservadorismo no país.

A ofensiva é ampla. Para ficar apenas em alguns recentes exemplos, citamos a manutenção do terrorismo com a política fiscal, o alarmismo com a inflação, os permanentes ataques à política social, a campanha contra os impostos e a carga tributária, contra a Copa e contra o grau de investimento do país.

E ela não fica só plano federal. Na capital paulista, cuja prefeitura é do PT, tivemos recentemente a derrubada –via politização do judiciário – do reajuste do IPTU em São Paulo, a decisão do Tribunal de Contas do Município de barrar a criação dos corredores de ônibus e a determinação judicial para criar 150 mil vagas em creches. Este último ponto exige mais investimentos, no entanto a mesma Justiça suspendeu o reajuste do IPTU…

A cara da direita

Um amigo deste blog lembrou recentemente um clássico artigo no qual Roberto Schwarz diz que, se no final da década de 1960, um estrangeiro viesse ao Brasil, entrasse numa livraria, fosse ao banco, ouvisse uma música ou assistisse a um debate, ele teria a ilusão de que o país era governado pela esquerda, e não pela direita.

Hoje, disse esse mesmo amigo, acontece a mesma coisa, mas com sinal trocado. Se alguém entrar em uma livraria, ouvir um debate, dedicar-se a ler jornais, revistas e ouvir rádio e TV, vai acreditar que o Brasil é governado pela direita, e não pela esquerda.

Apenas um parêntese: nesse mesmo clássico ensaio, Schwarz deixa claro que, apesar da hegemonia da esquerda na produção cultural no fim da década de 60, nos meios de comunicação havia a hegemonia da direita. Isso até hoje não mudou.

Imaginário conservador

Engana-se quem menospreza a ofensiva da direita. O argumento de que ela não surtirá efeito prático – dado que a maioria do país vê um cenário diferente do que lhe é apresentado, com emprego e renda em alta, portanto não se deixaria manipular eleitoralmente – não convence.

O que está em jogo é mais do que isso.  As campanhas midiáticas e, em determinados casos, institucionais contra o governo pode ter consequências na formação de um imaginário conservador. Nãos e trata apenas de melhorar a vida da população – como vem sendo feito nos últimos 11 anos –, mas também de mostrar a representação de um país em mudanças. Sem isso, as próprias mudanças podem se perder.

Não podemos mais assistir a tudo isso na defensiva, estáticos diante de uma enxurrada de comentários conservadores.

Como ressaltou o economista Paul Singer em recente artigo na Folha de S.Paulo, "os que reagimos aos excessos do neoliberalismo temos em vista, acima de tudo, preservar e enriquecer a democracia em nosso país, como garantia de que a luta por uma sociedade mais justa poderá prosseguir até que seus frutos possam ser usufruídos por todos".

É preciso ir à luta política. É preciso fazer o enfrentamento político.

do Blog do Dirceu

Luis Nassif e o panorama político visto de Minas

Dias atrás publiquei a coluna "O panorama político visto do Planalto". Vamos ver o panorama visto das Alterosas.

Setores próximos a Aécio Neves não entenderam seus lamentos em relação à frustração do apoio do PSB de Eduardo Campos a Geraldo Alckmin em São Paulo. Presumem que foi por solidariedade a Alckmin.

Do ponto de vista político, foi bom para sua candidatura.

Nas hostes aecistas, a visão sobre a dupla Eduardo Campos-Marina Silva é a mesma da cúpula do governo Dilma. Não haverá como não aflorar mais contradições entre ambos. Nas pesquisas, Marina é mais forte que Eduardo – sem ela, Eduardo não sai dos 10% - e irá se prevalecer dessa posição para impor propostas nem sempre estrategicamente adequadas.

Ontem mesmo o PPS cobrou o apoio a Eduardo Campos, sustentando que a contrapartida seria a aliança com o PSDB paulista.

Um dos pontos vulneráveis da candidatura Aécio é a pouca consistência dos seu programa de governo.

Em março, o governador mineiro Antônio Anastasia deixará o governo do Estado e até junho, quando começa a campanha para o Senado, coordenará os estudos para o programa de governo de Aécio. Traz em seu currículo a coordenação dos dois programas vitoriosos de governo de Aécio, quando governador de Minas.

Candidato a presidente, Aécio é azarão; ao governo de Minas, seria favorito. Uma eventual derrota do PSDB para a presidência e para os governos de Minas e São Paulo liquidaria o partido.

Para o grupo de Aécio, não existe esse tipo de preocupação. A aposta é que em Minas, com ou sem Aécio o PSDB é favorito.

Minas é diferente do restante do país, explicam por lá.

Hoje em dia, 80% dos prefeitos mineiros estariam na base de apoio do governo mineiro, independentemente de partidos políticos, incluindo 20% dos prefeitos eleitos pelo PT. Aliás esse mesmo percentual de prefeitos petistas assinou em 2010 carta de apoio a Aécio, contra a candidatura de Hélio Costa.

Na campanha de 2010, o próprio candidato do PT ao Senado, Fernando Pimentel, tratou de não ligar sua imagem a de Hélio Costa. Na prática acabou fazendo dobradinha com Aécio, para as duas vagas ao Senado.

Nos dez anos de poder, o grupo de Aécio nunca forçou candidaturas municipais de filiados ao PSDB. Sendo da base de apoio, pouco importa o partido político.

Não preocupa o PSDB mineiro o fato do futuro candidato do partido Pimenta da Veiga estar há anos afastado da política. Acredita-se que quando a campanha começar, e ficar clara a indicação dele por Aécio, haverá a migração dos votos, assim como houve com Anastasia – que começou a campanha contra Hélio com 3% dos votos contra 48%, e terminou vencendo no primeiro turno.

Não levam em conta a enorme taxa de rejeição a Hélio Costa, que não se repete em Fernando Pimentel.

Outro trunfo do partido, segundo ele, é a vaga de vice senador na chapa de Anastasia. Se Aécio vencer para presidente, Anastasia se afastará do Senado para ocupar cargo-chave na sua administração. Mesmo na hipótese de Aécio não vencer, cargos executivos atraem muito mais Anastasia do que os embates retóricos no Senado.

No mundo falocêntrico de mafiosos e gângsters americanos da primeira metade do século XX, as mulheres dividiam-se basicamente em duas espécies: as prostitutas ou amantes — que deviam dispor-se apenas a favores ou serviços sexuais — e as esposas, que deviam ficar em casa cuidando da próxima geração da famiglia.
Porém, nesse habitat patriarcal, algumas mulheres tentaram abrir caminho na direção de uma terceira possibilidade, distante desses dois estereótipos: 
são as mob molls.
O texto a seguir foi inspirado em uma rápida matéria fotográfica do NY Daily News, mas tivemos a pretensão de ir mais a fundo na pesquisa das histórias por trás das imagens.
É difícil traduzir a palavra moll, pois, em sua origem remota, significa “rameira” ou “prostituta”, e não é disso que se trata. As “molls” eram as companheiras dos gângsters e mafiosos que se envolviam em suas atividades criminosas, em maior ou menor grau de cumplicidade. Completando o termo, “mob” era um dos jeitos de chamar a máfia.
É impossível contar a história do crime organizado americano sem falar delas.

Bom dia

Bom dia