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Protesto contra o nazismo judeu

Em protesto ao holocausto que IZrael promove contra o povo palestino, e que tem a cumplicidade dos States e a omissão de todas as demais nações.

Presidente Lula exonera Lacerda e mais três integrantes da cúpula da Abin

RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a exoneração de mais dois integrantes da equipe do ex- diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Paulo Lacerda e de seu adjunto, José Milton Campanha. Nesta terça-feira foram publicadas as exonerações do assessor especial da direção geral da agência, Renato Halfen da Porciúncula, e do diretor do Departamento de Contra-Inteligência da Abin, Paulo Maurício Fortunato Pinto.
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Lula afastou Lacerda e a cúpula da Abin após denúncias de grampos ilegais
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Também foi exonerado, de acordo com decreto publicado hoje, o delegado Romero Luciano Lucena de Meneses, do cargo de diretor-executivo do Departamento da Polícia Federal no Ministério da Justiça. Para o lugar de Meneses foi indicado o também delegado Luiz Pontel de Souza.
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As exonerações foram publicadas hoje na edição extra do "Diário Oficial" da União, um dia depois de o governo anunciar a saída de Lacerda e sua nomeação para um posto recém-criado no exterior. O delegado aposentado da Polícia Federal será adido policial na embaixada do Brasil em Portugal.
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Mais uma incoerência, e das grandes, do governo Lula. Depois de apregoar aos quatro ventos que a Abin não promoveu escutas ilegais, nem praticou nenhuma ilegalidade, a cupula da Abin é exonerada pelo Presidente Cappo Dei Tutti Cappi Luiz Inácio Lula da Silva.
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Se Paulo Lacerda e os demais eram inocentes, por que foram exonerados?
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Ou o Palácio do Planalto mentiu ou Lula é um tremendo de um sacana que adora cometer injustiças.
Temporariamente, o cargo de Lacerda será ocupado por Wilson Trezza. Mas que, de acordo com reportagem da Folha publicada hoje, sofre restrições por ter trabalhado na fundação Brasil Telecom durante a gestão do banqueiro Daniel Dantas.
Há, no entanto, uma longa relação de nomes com virtuais candidatos ao posto de diretor-geral da Abin. Nela, estão Luiz Alberto Salaberry, diretor de Inteligência Estratégica, e Ronaldo Belham, diretor da Divisão de Pessoal, que teriam apoio dos servidores da agência, segundo informa a Folha.
Já na lista de indicações do ministro Jorge Felix (Gabinete de Segurança Institucional) consta um único nome: o do diplomata José Antônio Macedo Soares, que é especialista em assuntos estratégicos e segurança, e atualmente assessora o ministro.
O quarto nome da lista, segundo a reportagem da Folha, não tem apoio do GSI, por manter relações políticas com diferentes partidos. O funcionário concursado da Abin Christian Schneider é o atual responsável pela Secretaria de Desenvolvimento do Centro-Oeste do Ministério da Integração Nacional.

Previsões imprevisíveis

Comparar as previsões dos economistas de mercado, para cada ano que começa, com o que de fato revelam os indicadores macroeconômicos, a cada ano que se encerra, é quase um exercício de sadismo.  Já sabemos que a distância entre uma coisa e outra será de tal magnitude que, no fim das contas, indicarão mesmo de duas, uma, ou pior, as duas: 1) as previsões econômicas têm pouca serventia; ou 2) os economistas que as fazem não estão capacitados para fazê-las.

Não foi diferente desta vez. As discrepâncias são tais que falam por si mesmas. De todos os erros que chamam a atenção, o que mais chama, como, aliás, tem sido a regra, são os verificados no setor externo.
 
Aqui vão as previsões Focus para 2008, reunidas pelo Banco Central, em 4 de janeiro (e publicadas em 7 de janeiro), e, em seguida, os resultados do ano (a menos de pequenos ajustes), apurados em 26 de dezembro (publicação em 29 de dezembro):

 

Indicador                                   4 de janeiro              26 de dezembro

PIB (evolução no ano, em %)                     4,5                                       5,6

Inflação (IPCA, em %)                                4,39                                   6,03
 
Taxa de câmbio (fim do ano, R$/US$)         1,80                                 2,35
 
Taxa de juros (Selic, fim do ano, % ao ano)    10,75                           13,75
 
Saldo em conta corrente (US$ bilhões)          -4,35                           -29,0
 
Saldo da balança comercial (US$ bilhões)       31,9                             24,0 
 
Investimento Estrangeiro direto (US$ bilhões)       27,5                       36,45

O boletim Focus é uma espécie de cachorro que morde  o próprio rabo. O Banco Central reúne as projeções de uma centena de macroeconomistas de bancos, consultorias e instituições diversas, semana a semana, ao longo do ano. Com isso, pretende obter informações sobre as tendências correntes na economia e, a partir delas, definir os rumos da política monetária (e cambial). Mas o BC também se vale do sistema de informações - um sistema que se retroalimenta dele mesmo - para enviar suas mensagens e, enfim, como dizem no dialeto do mercado, “coordenar expectativas”.
 
É justo dar um desconto na cobrança das discrepâncias porque, embora muitos desejassem que fosse diferente, os fatos não costumam consultar as projeções antes de ocorrerem. Principalmente em anos como este de 2008, marcado por uma crise institucional histórica, que virou a economia de cabeça para baixo.
 
Para não deixar de seguir a praxe, aqui vão as projeções pardo Focus para 2009, coletadas pelo BC em 26 de dezembro de 2008:

PIB (evolução no ano, em %)                                                  2,44
 
Inflação (IPCA, em %)                                                              5,0
 
Taxa de câmbio (fim do ano, R$/US$)                                    2,25
 
Taxa de juros (Selic, fim do ano, % ao ano)                            12,0
 
Saldo em conta corrente (US$ bilhões)                                 -25,0
 
Saldo da balança comercial (US$ bilhões)                             15,0

Investimento Estrangeiro direto (US$ bilhões)                      21,50

A crítica dos erros, de qualquer forma, não pode ser invalidada. Mesmo quando a evolução dos fatos econômicos podia ser considerada “normal”, a distância entre o previsto e o ocorrido tem passado muito longe da margem de erro tolerável.
 
Em outras palavras, os erros de previsão, pelo menos na economia brasileira, de tão amplos e tão costumeiros, deveriam reduzir o valor das projeções de mercado nas formulações de política econômica do Banco Central. Ma, pelo menos no atual mandato,  a previsão de que não será assim é uma das poucas nas quais se pode ter certeza de que serão confirmadas pela realidade.

José Paulo Kupfer