Poesia da hora

Aprendi a viver e nunca deixar de crer que meu destino é amar-te enquanto viver

Eu te esperava e minha alma já sabia que estava por vir (ela conhece todas as artimanhas da minha vida)

E quando nossos olhos se cruzaram, apenas confirmaram o que estava escrito nas estrelas

Não importa distância, tempo, nosso amor nunca vai deixar de existir

Todas as dificuldades que aparecer na nossa caminhada, vamos superar

Nosso amor é maior que todas elas

Sei, sabemos que haveremos de sofrer, e daí?

É mais amor (se possível for) que ainda haverá de vir

Lu

Te Amo!

Dilma de volta ao Planalto salva a democracia e a lava jato

Roberto Stuckert Filho/Agência Brasil:
"Por que governos anteriores não foram incomodados pela maioria que vive assaltando os cofres públicos apesar de Fernando Henrique e Lula terem cometido as mesmas 'pedaladas' que ela? Porque não havia Lava Jato. Não era necessário inventar pretextos. Sob FHC e sob Lula essa maioria podia agir livremente como sempre agiu. À luz do dia", escreve Alex Solnik, colunista do 247; "Mas quando a Lava Jato chegou com tudo e Dilma não fez o menor esforço para freá-la, muito ao contrário, a estimulou, um plano foi colocado em ação, com duas etapas: primeiro derrubar Dilma, depois derrubar a Lava Jato. Por questão de sobrevivência, não de ideologia", completa o jornalista; para ele, "os procuradores da Lava Jato começam a perceber que a operação só vai sobreviver se Dilma voltar."

O perfil dos grupos que fomentam o golpe no Brasil, por ML

O pacto é possível? Vou arriscar algumas especulações.
 
No plano interno, o golpe tem três eixos ou grupos: (1) o político/corrupto; (2) o judiciário (com todas as suas heterogeneidades); e (3) o do grupo mercado/grande mídia. Quando falo em grupos, não me refiro a grupos de pessoas claramente demarcados, pois há indivíduos que participam de vários grupos. Penso em conjunto de interesses mais ou menos demarcados.
 
Por cima deles, o grande jogo geopolítico, que fornece informações e apoio aos três grupos, explora suas contradições, usando-os para obter o controle do pré-sal e eliminação do B dos Brics.
 
Os interesses e contradições dos três grupos resultaram no golpe, que pareceu, a alguns dos participantes desses grupos, uma saída para superar interesses distintos.
 
O grupo judiciário parece-me complicado. Ele é fortemente heterogêneo e apresenta feições ideológicas bastante distintas. Os que os une e permite caracterizá-los como grupo é o desejo de um poder que esteja acima da política, que desprezam, e mesmo da democracia, da qual desconfiam.
 
O grupo político/corrupto luta desesperadamente por sobrevivência. Para tanto, topa qualquer aliança. Acreditou que, cedendo tudo o que o grupo mercado/grande mídia exigia, sobreviveria. Mas, isso exige que o grupo do judiciário seja neutralizado. Sua sobrevivência é, portanto, incompatível com os interesses do grupo do judiciário.
 
O grupo mercado/grande mídia quer o controle do estado, pois o neoliberalismo, ao contrário do que muitos ainda pensam, não quer o estado mínimo: ele precisa e quer um estado forte a serviço dos seus interesses. Desregulamentação do mercado de trabalho, apropriação do fundo público e das empresas estatais (pontos muito importantes), etc. exigem um estado autoritário, que imponha permanentemente à sociedade o que o mercado quer. Para controlar o estado, esse grupo aceitaria perfeitamente conviver com o grupo político/corrupto, se fosse necessário, desde que este ceda no principal: o controle total da área econômica e as reformas neoliberais. Dos três grupos, este é o mais coeso e coerente.
 
Para o Brasil, como nação democrática, os três grupos são altamente danosos. Mas o grupo mercado/grande mídia é, inclusive por seus objetivos, coesão e coerência, o mais perigoso.
 
Executada a primeira fase do golpe, as contradições emergiram. O grupo do judiciário reagiu fortemente, pois percebeu que os seus interesses estavam ameaçados pela aliança dos dois outros grupos. Atacou o ponto mais frágil: o grupo político/corrupto. Vai destruí-lo. É inevitável.
 
O que vimos na última semana? Uma tentativa clara da mídia de separar as duas faces do governo golpista: a "face boa", ou seja, a turma do mercado; e a face corrupta, que alguns julgam que pode ser mais ou menos descartada. Mas será verdade? O problema é que o grupo mercado/grande mídia não pode prescindir de algum grupo político, e não parece ter algo à mão a não ser o Temer. Cumpre, portanto, protegê-lo (por enquanto), levando-o, na medida do possível, a descartar as figuras mais notórias da corrupção. Enquanto o grupo mercado/grande mídia estiver imune a quaisquer ações do grupo do judiciário e tiver alguns prepostos políticos, ele não tem razões para fazer algum pacto. É claro que o acirramento da crise econômica pode reverter essa situação. É por isso que seria altamente benéfico para a democracia que surgissem denúncias contra o mais forte dos três grupos.
 
Por que um golpe que envolve interesses tão dispares não foi ainda derrotado? Bem, por um lado, temos a força do grupo mercado/grande mídia. A grande mídia, em particular, convenceu uma classe média desesperada e abobalhada que os interesses desta coincidem com os do mercado. Por outro, a fraqueza da oposição ao golpe. O PT, que poderia em tese organizar a resistência, está em cacos, devido a dois fatores principais: é suscetível aos ataques do grupo jurídico; não consegue articular um discurso claro, pois contra ele pesam as alianças passadas com o grupo do mercado. O que temos, então, é uma resistência corajosa porém difusa de intelectuais, artistas, da juventude, de velhos militantes da luta contra a ditadura, da imprensa alternativa, de algumas figuras expressivas do PT, de partidos pequenos, como o PSOL e de alguns políticos lúcidos porém isolados, como o Roberto Requião.

A maior das revelações

Não sobra um

A maior revelação das delações é a seguinte: ao contrário do que a imprensa tentou sempre vender aos brasileiros, o PSDB é um partido visceralmente corrupto.

Corrupto e demagógico. O demagogo é aquele que prega o que não faz. O PSDB viveu nos últimos anos condenando a corrupção à luz do sol e, na penumbra, praticando-a freneticamente, com a voracidade de quem sabe que a impunidade está garantida.

Todo mundo sempre soube que o PMDB é um clube de batedores de carteiras. Você vê Sarney na sua frente e automaticamente leva as mãos para os bolsos para proteger sua carteira.

Mas, graças à parceria que sempre teve com a mídia, o PSDB era tido por muitos inocentes úteis como um reduto de homens puros.

Essa mentira histórica ruiu espetacularmente, e é um dos grandes ganhos da crise política que tomou o país.

O que aconteceu com o PSDB, simplesmente, é que a imprensa não publicou sua roubalheira.

A frase que simboliza isso foi pronunciada pelo delator Sérgio Machado: "Fui dez anos do PSDB. Não sobra um."

Isso poderia estar gravado no túmulo tucano: "Não sobra um". No jazigo pessoal de Aécio, o epitáfio poderia ser outra frase de Machado: "Todo mundo conhecia seu esquema".

Uma informação do delator Cerveró pode ser o epitáfio de FHC: "Foi o campeão das propinas".

O benefício do desmascaramento tucano é imenso para a sociedade. Imagine se o mesmo tivesse ocorrido com a UDN na campanha contra Getúlio. O trabalho sujo de desestabilização contra Jango à base do "combate à corrupção" teria sido abortado.

Nunca mais a plutocracia conseguirá ludibriar os brasileiros com a falácia da corrupção. Ficou claro que ela é a própria essência da corrupção.

Talvez então o país possa debater com profundidade o que é realmente o câncer nacional: a desigualdade.

Sobre o Autor

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Brazil, a Juizolândia dos trópicos, por Fábio de Oliveira Ribeiro

Em seu livro A República, Platão idealizou uma sociedade baseada na meritocracia e comandada por reis filósofos. A filosofia é impossível nos trópicos, por esta razão o fim do Império deu origem à uma Juizolândia. Cá os Juízes podem tudo, até legitimar golpes de estado em troca de aumento salarial.

OK... eu sei que esta explicação não é racional. Mas esta é apenas mais uma irracionalidade desta Terra Brasilis que tem sido construída por homens irracionais. No princípio, algumas tribos indígenas litorâneas se aliaram aos portugueses. Em pouco tempo eles perderam suas terras, identidades, culturas e suas crenças. Péssimo negócio. É fato: negócio pior foi feito pelos índios que combateram os colonos. Eles foram exterminados na boca do canhão.

A economia colonial incluía índios e negros no processo de exploração da terra, mas excluía-os dos benefícios da civilização e da riqueza. Michel Temer está tentando recuperar esta tradição ao excluir da economia aqueles que mais dependem do auxílio estatal. Curiosamente, ele diz que pretende modernizar o país. Ele é irracional ou pensa que está lidando com seres irracionais?

Corrupção é crime. Todavia, três poderosos líderes do PMDB não foram presos. O motivo? Não vem ao caso. Na Juizolância aqueles que são encarregados de proferir decisões fazem o que querem, quando não querem fazer algo sentam-se solenemente em cima do processo por meses e até anos. Isto explica o mal cheiro que os autos e as decisões exalam.

Esta também não é uma explicação muito racional. Todavia, na Justiçolândia é fato notório que os juízes decidem as ações com suas excelentíssimas bundas. Em qualquer roda de advogados você escutará alguém dizer "Cabeça de juiz é igual a bumbum de neném". O ditado, porém, é irracional. Pois a merda que um neném faz é fácil de limpar. E a que as supremas bundas que defecam no STF fizeram ao facilitar o golpe de estado contra Dilma Rousseff pode resultar numa guerra civil.

A irracionalidade dos donos da Justiçolândia é tão grande que eles acreditam em milagres. Na história da humanidade não existe um só Estado arruinado pela guerra civil que foi capaz de garantir a segurança e os salários dos seus juízes. A Juizolândia será uma exceção à regra? Se fosse juiz eu não pagaria para ver. Mas eu sou racional, os juízes não precisam ser. Eles ganham bem demais para se preocupar com coisas tão triviais.

Em nome do combate à corrupção, a Juizolândia aceitou o afastamento do cargo de uma presidenta honesta. Os nenéns do STF soltaram seus intestinos e ajudaram a entronizar Michel Temer. As manchetes de hoje revelam que o interino era efetivo em matéria de corrupção. Temer não só não temia receber propinas como as cobrava em benefício dos seus escudeiros.

Mas isto são tecnicalidades. Afinal, Michel é um anjo e deu aos juízes o aumento que eles desejavam. E alguns deles, cujas bundas foram levadas a evacuar nos banheiros do STF – cujas latrinas devem ter assentos aquecidos - já estão dizendo que não podem analisar o mérito do Impedimento. Na Juizolândia, um salário estratosférico é capaz de corromper a Justiça.

Ahhh... Justiça. Você nasceu na Grécia como uma bela deusa reluzente nada fez por merecer teu destino medonho. Ao chegar ao novo mundo, você envelheceu, definhou e se transformou num verme peçonhento que devora a última flor do Lácio.

A Justiça, porém, sempre objeto de contradição. Trasímaco, um adversário de Sócrates imortalizado por Platão, dizia que o justo é o que o dominante diz ser justo. A persistência histérica da Justiçolândia deriva do fato desta máxima ser empregada da primeira a ultima instância. Irônicos, os juízes exercem o poder pelo poder inclusive e principalmente quando citam nas suas decisões filósofos como Sócrates, Platão, Aristóteles e outros. Como disse no início, filosofia é planta que não nasce no novo mundo. É por isto que vemos a erva daninha da irracionalidade crescendo dentro e fora dos Tribunais?

Bom dia


Que hoje você tenha

Alegria na alma
Sorriso no olhar
Astral lá em cima

Amizade de fato
Verdade nos fatos
Sinceridade nos atos

Energia nos passos
Delicadeza nos abraços
E amanhã, esperança nos sonhos