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The Intercept Brasil: todo mundo tem sua boiada

As boiadas da - grande - mídia

No Intercept, podemos dizer com orgulho que assistimos a esse espetáculo de toma lá dá cá e de avanço neoliberal de fora — mas não de longe. Sem patrocinadores, sem acordos com empresas, bancos e indústrias, que permeiam tanto as bancadas do Congresso quanto as dos grandes jornais, temos independência para questionar e investigar. Não queremos um Bolsonaro "domado" que abra caminho para reformas que beneficiam os ricos e poderosos e precarizam ainda mais a vida do trabalhador brasileiro. Queremos Bolsonaro investigado e que as reformas de que o Brasil precisa sejam debatidas, analisadas e discutidas com a sociedade. Aqui não tem "boiada": tem jornalismo realmente independente, profundamente corajoso e muito, muito comprometido com direitos e o interesse público.
 
O preço dessa independência é ter menos recursos para investir em novas contratações para a equipe, em infraestrutura e em profissionais freelancers. É aí que entra nosso maior segredo: o Intercept só existe porque milhares de pessoas fazem esse trabalho acontecer!
 
Estamos muito longe da receita de anúncios que a mídia patrocinada tem. O que nós arrecadamos não paga nem uma mínima fração do que os grandes empresários escoam para as redações em busca de apoio disfarçado de jornalismo. Não temos apoio do governo. Não rodamos anúncios ou "conteúdo patrocinado" como você certamente vê aos montes em outros sites. Porque o Intercept não aceita grana que vem em forma de quid pro quo. Essa galera que nos prejudica, que deve ser investigada, que é inimiga da democracia. Eles não usam sua grana para nos pagar: usam para nos processar! E é assim que nós gostamos! 


  por Amanda Audi

repórter do The Intercept Brasil

Sexta-feira 09 de outubro de 2020

Grande mídia: incoerência e hipocrisia


O jornalista Gleen Greenwald, editor do Intercept Brasil e responsável-mor pela Vaza Jato usou as redes sociais para mostrar a incoerência e hipocrisia do GAFE - Globo, Abril, Folha, Estadão -, disse ele:

"Grande parte dos furos mais bombásticos da grande mídia é baseada em vazamentos ilegais do MPF ou da PF. Interessante como alguns ficam bravas com vazamentos ilegais quando revelam corrupção de seus políticos poderosos favoritos, mas não quando usadas pelo MPF e pela PF"...

Bem assim.

Segunda dose

Vacina contra a desinformação, a ignorância e a estupidez, por Franklin Jr.



“Se você não for cuidadoso, os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo” (MALCOM X, ativista norteamericano - 1925-1965). 
“Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma” (JOSEPH PULITZER, jornalista norteamericano - 1847-1911).
A onda de ódio e intolerância ameaça o destino do Brasil enquanto nação plural, soberana e democrática. As epidemias de desinformação e analfabetismo político que rondam o país e assolam o nosso tecido social foram substancialmente promovidas pelas "capitanias hereditárias" da grande mídia corporativa comercial (tornando-se verdadeira usina de manipulação, além de instrumento de uma guerra híbrida a serviço do sistema de dominação e opressão, da ruptura democrática e da geopolítica do saque).
Desde a consumação do Golpe de 2016 e de sua agenda regressiva, vivenciamos uma (su)realidade assombrosamente infernal e somos empurrados para mais uma encruzilhada (entre civilização e barbárie) com as eleições que se avizinham.
Diante deste cenário perigoso, é preciso capacidade de discernimento, lucidez e sabedoria. Como alerta Ítalo Calvino (em “Cidades Invisíveis”), é preciso “buscar e saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e fazê-lo durar, e dar-lhe espaço”.
Assim, considerando que o acesso à informação e o exercício de uma comunicação plural são direitos essenciais, torna-se  fundamental identificar, mapear e difundir as fontes alternativas progressistas e contra-hegemônicas de informação e comunicação, comprometidas com a descolonização do pensamento, com os Saberes do Sul Global, com a liberdade de expressão, com a justiça e a emancipação social, com a cidadania plena, com a soberania e a autodeterminação do Brasil, e com um sistema democrático (representativo, participativo e popular) de alta intensidade social.
Desta maneira, a fim de contribuir para a leitura crítica da nossa realidade e a instrumentalização da cidadania frente às adversidades (inclusive a disputa de narrativas e imaginários), segue mais uma atualização deste exercício de cartografia (a ser periodicamente complementada e aprimorada) de mídias alternativas e fontes de informação de livre acesso na rede mundial de computadores.
Esses insumos informativos (e também formativos) correspondem a um conjunto de multiparcialidades, diversidade, nuances e até divergências, mas que possuem em comum o compromisso com a democracia, a soberania e a justiça social.
Ao final, são também elencadas algumas publicações de referência para entender o Golpe e a Resistência Democrática no Brasil. Como disse um amigo, é preciso seguir e perseverar com “resperança” (resistência + esperança).
RÁPIDA CARTOGRAFIA DE MÍDIAS ALTERNATIVAS
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Luis Nassif: Globo comanda a marcha da insensatez

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-  Sobre a insensatez da Globo e o ótimo artigo do jornalista Luis Nassif, eu digo apenas o seguinte: eles (mídia, ministério público e judiciário) estão esquecendo que o cipó de aroeira sempre volta no lombo de quem mandou dar, é apenas uma questão de tempo -
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As Organizações Globo tornaram-se uma estrutura tão sem-noção, inclusive sobre seu poder de influência, que fica-se sem saber o que pretende com essas entrevistas com candidatos no Jornal Nacional. É de uma irresponsabilidade a toda prova, desde a forma de tratar os entrevistados até a intenção explícita de criminalizar mais ainda a política.
Ontem, a entrevista com Geraldo Alckmin foi o ápice dessa estratégia anti-jornalística. O PT comemora quando o PSDB é atacado. O PSDB comemora (e conspira) quando o PT é poder. Ambos celebram quando o alvo é Ciro Gomes ou Marina. Que tiram suas casquinhas quando o tiro é disparado contra adversários.
Não se dão conta, todos eles, que o alvo central da Globo é a política. Sua obsessão em criminalizar alianças políticas – sabendo que são essenciais para garantir a governabilidade do eleito -, sua ênfase única em denúncias e suspeitas, seu desinteresse em discutir propostas, sua arrogância, de se apresentar como a representante maior dos eleitores, tudo isso têm um efeito fulminante sobre a imagem da política.
O que querem? Entregar o país a Bolsonaro? Eleger um candidato sem alianças, sem governabilidade, para ser melhor manobrado?
As entrevistas atropelam regras mínimas de entrevistas. Nelas, cabe aos entrevistadores buscar o maior número possível de informações dos entrevistados. Consegue-se isso com perguntas objetivas sobre temas relevantes. E, principalmente, com a educação de não utilizar o entrevistado como escada para se promover, sendo senhores do espaço e do tempo do programa.
Em todas as entrevistas sobressaíram perguntas longuíssimas, pegadinhas, com a intenção objetiva de encurralar os convidados e nenhuma objetividade para extrair o que mais importa para o eleitor: as propostas de campanha.
O que pretendem? Consagrar Bolsonaro? Ele foi o único que escapou do bom-mocismo de não confrontar os donos da casa. E venceu o debate. Afinal, ele representa tudo o que a Globo considera virtude na política: não faz alianças, é de uma sinceridade brucutu nas suas posições.
Não é necessário nenhum tirocínio em especial para prever o que seria o governo Bolsonaro. Ao menor embate com a política – ou com a mídia – convocaria imediatamente as Forças Armadas. Até agora elas não se imiscuíram na política porque não foram convocadas pelo chefe maior, o Presidente da República. É um fio tênue de legalidade que impede sua volta, ante a desmoralização completa das instituições, Judiciário, Executivo, Legislativo e MÍDIA.
Os valentes da Lava Jato, do Judiciário, da Procuradoria Geral da República – e da mídia -, imediatamente se recolheriam ao primeiro toque de clarim.
Será que os gênios que definem a linha editorial das Organizações Globo não têm noção do que estão plantando? Ou julgam que criminalizando todos os políticos, mostrariam isenção? Não querem mostrar isenção, querem mostrar poder, um poder que os coloca acima do Executivo, que os permite manobrar o Judiciário e a Procuradoria Geral da República. O que pretendem não é a isenção, é se colocar como um poder maior, acima da política, dos partidos e dos candidatos. Por acaso julgam que sairiam incólumes do caos nacional que se seguiria à desmoralização final da política?

Marcos Coimbra: a fragorosa derrota da mídia

É longa a lista de notícias falsas e interpretações equivocadas que a "grande" imprensa brasileira ofereceu aos leitores no acompanhamento da eleição presidencial. Inventaram candidaturas, imaginaram cenários e fizeram suposições irreais a respeito daquilo que a população queria. Não conseguiram antecipar o quadro que temos hoje. 



Apostaram que os eleitores buscariam a "novidade", nutriram a ridícula expectativa de que o governo Temer "chegaria forte" à eleição. Mais recentemente, difundiram a convicção de que o embate mais importante voltaria a ser travado entre PSDB e PT. 

Dentre vários despropósitos, dois foram os principais. De um lado, a incapacidade de enxergar a força de Lula e do PT. De outro, a recusa de reconhecer que Jair Bolsonaro é mais que um personagem bizarro. 

O saldo desses erros é a dificuldade de compreender as duas candidaturas, que, juntas, representam mais de 70% das preferências, tomando como base o voto nominal nas pesquisas recentes. A respeito da força de Lula, o máximo que conseguem é insistir na cantilena de que "os pobres têm saudade de uma época em que viviam (ilusoriamente) melhor", subtraindo a condição de cidadãos, capazes de fazer escolhas qualificadas, das dezenas de milhões de pessoas que pretendem votar em seu nome e reduzindo-as a estômagos malsatisfeitos. 

Em relação a Bolsonaro, o maior equívoco é vê-lo como uma espécie de Celso Russomano, o candidato paulista defensor televisivo dos direitos do consumidor, que sempre começa bem e termina mal as eleições majoritárias.

Não foram poucos os analistas que decretaram que o capitão apenas esquentava o lugar que Geraldo Alckmin ocuparia na hora H, quando o jogo efetivamente começasse e os profissionais entrassem em campo. 

Nunca houve qualquer base para essa suposição, até ao contrário. Bolsonaro não nasceu na televisão e não é o tipo de candidato que o eleitor desinteressado e desinformado identifica como alguém familiar, de quem tem algumas vagas referências positivas. 

São frequentes os candidatos com esse perfil e quase tivemos um a presidente, quando Luciano Huck namorou a possibilidade de concorrer. Mais sábio que Russomano, logo percebeu que era grande o risco de repeti-lo, preferindo retirar seu nome da disputa. 

A fantástica fábrica de fake news, por Jota Carmelo

Coxão: Aqui diz que tá cheio de notícia falsa na internet.

Coxinha: É por isso que prefiro o profissionalismo da mídia tradicional.


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Lula, o Papa e a grande mídia brasileira, por Juliana Gagliardi e João Feres Junior

Do Manchetômetro
No dia 17 de maio dois eventos potencialmente significativos ocorreram. O maior jornal francês – Le Monde – publicou, na íntegra e com grande chamada de capa, uma carta de Lula em que reafirmava e explicava sua candidatura à presidência, mesmo estando preso. No mesmo dia, em homilia durante missa no Vaticano, o papa Francisco criticou o papel da mídia na difamação e, consequentemente, na ocorrência de golpes de estado.Além de se tratar de dois personagens de inconteste popularidade no Brasil e no exterior, ambos eventos são sensíveis para a mídia brasileira por outras razões: o primeiro por dar a Lula um espaço bem diverso daquele que a grande imprensa nacional lhe vem dando, e o segundo, por ser uma crítica frontal à própria atuação da mídia.
Em seu extenso artigo no jornal francês, Lula explica o porquê de sua candidatura, elencando resultados positivos de seus mandatos em relação aos do atual governo, reforçando que sua prisão é consequência de perseguição judicial aliada à sistemática campanha contra o seu governo movida pela mídia brasileira, em especial pelas Organizações Globo.[1]
A despeito deste importante jornal francês ser frequentemente citado na mídia brasileira, o texto de Lula, outro personagem onipresente nas páginas de nossa imprensa, foi praticamente ignorado, com exceção de uma matéria no Estadão[2] e de referências em pequenas notas divulgadas no portal do mesmo jornal, dedicado à cobertura das próximas eleições – R18.[3]
A Folha de S. Paulo não deu matéria sobre o assunto, exceto pela de Nelson de Sá que contém apenas foto da capa do jornal com uma legenda explicando que o artigo foi publicado pelo Le Monde.[4]
Já n’O Globo, não houve nenhuma menção à carta de Lula. É irônico notar que poucos dias antes, em 2 de maio, o jornal havia conferido grande autoridade ao Le Monde em matéria cujo título foi: Ex-diretor do ‘Le Monde’ diz que liberdade de informação está em risco.[5] Claro que nesse caso, a citação foi usada para reafirmar a apropriação que a grande mídia brasileira faz do valor da liberdade de expressão como se correspondesse à negação de qualquer regulação das ações daqueles que têm a propriedade dos meios de comunicação.
Ainda que possamos supor coincidência, no mesmo dia em que o Le Monde publicou o texto de Lula reafirmando a ocorrência de um golpe parlamentar no Brasil com suporte de uma campanha sistemática de difamação por parte da grande imprensa, o papa discursou sobre difamação e o papel da mídia em promover golpes de Estado. Ainda que o Sumo Pontífice seja um personagem de grande projeção, assim como Lula, com referências quase diárias na mídia, esse evento foi também praticamente ignorado. Em sua edição impressa, a Folha de S. Paulo publicou uma pequena matéria informativa – apenas texto – e sem nenhum destaque sobre a homilia do papa[6]. No dia anterior, na versão online,[7] uma matéria já havia sido divulgada, que destacava, em sua totalidade, trechos da fala acompanhados de uma foto, batida no dia 16 de maio 2018, que retratou o momento em que o vento havia levantado parte da roupa do papa e coberto o seu rosto. A imagem sugere confusão ou mesmo vergonha, e tem o claro intuito de desqualificar os argumentos de Francisco.
Uma foto semelhante foi o conteúdo exclusivo de uma nota publicada no portal G1,[8] em 2014. Mas, novamente, ainda que o papa Francisco seja um personagem de absoluta relevância, a ponto do vento em sua roupa ter merecido espaço anos antes no portal G1, O Globo não fez nenhuma menção à homilia do dia 17 e a sua crítica à mídia. Em vez disso, publicou uma matéria também sobre o pontífice, mas que abordava outro assunto: uma mensagem divulgada pelo Vaticano no mesmo dia 17 com críticas ao “capitalismo desenfreado”.[9]
Também o Estado de S. Paulo não publicou qualquer matéria sobre o discurso do papa. Apenas no portal BR18, uma matéria[10] afirmava que “lideranças dos partidos de esquerda no Brasil estão utilizando o sermão do papa Francisco em missa no Vaticano nesta quinta-feira para reforçar a ideia de que ocorre no País um ‘golpe parlamentar-midiático’”.
O lema do jornal New York Times, All the News That’s Fit to Print, traduz um princípio fundamental do jornalismo moderno que a grande mídia brasileira declara, repetidas vezes, emular. Contudo, como os exemplos comentados acima mostram ela falha fragorosamente nesse quesito. Vemos aqui duas evidências claras de agendamento, ou seja, da prática de escolher, de acordo com interesses corporativos ou políticos, as matérias que são e as que não são publicadas, mesmo quando seu potencial noticioso seja óbvio. Do ponto de vista da saúde do debate público em nosso pais o problema é mais grave, contudo. A propriedade dos meios de comunicação no Brasil é altamente oligopolizada. Quando os três principais jornais do país, e as empresas de comunicação a eles ligadas, agem em grupo, o que tem sido a regra, o potencial de distorção na formação da opinião pública é enorme. É vão esperar que empresas privadas possam prestar contas em público de suas práticas de agendamento e de enviesamento do noticiário. A solução para problema só pode vir pela pluralização e democratização da comunicação. A questão é como chegaremos lá.
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O abuso canalha da mídia e do judiciário

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As pessoas não percebem quanto é perverso qualquer abuso, comentário de Eduardo Ramos a postagem "O massacre do casal garotinho, de Luis Nassif

Abuso é quando uso um poder legítimo ou não para massacrar alguém ou um grupo social qualquer. É o uso da força para fins destrutivos, covardes, perversos. É a essência da perversão da justiça. É humilhar o outro pelo uso indigno de um poder que tenho em minhas mãos. É um comportamento, em suma, canalha, não há outro termo a se usar!
Podemos afirmar com toda a convicção que um país perdeu seu rumo, perdeu todos os seus valores civilizatórios apenas a partir dessa premissa: se esse país faz do abuso de cidadãos ou grupos de cidadãos (como os moradores de favelas, para citar apenas um exemplo cruel...), uma rotina degradante e covarde.
Infelizmente, essa é a realidade secular no Brasil. Exacerbada além do insano, do absurdo, nesses tempos de histeria social, de líderes e partidos SATANIZADOS, desprovidos de valor social pelo medo, o preconceito e o nojo incutidos na sociedade sobre esses líderes e partidos específicos. Ou os "out-siders" incômodos, como é o caso de Garotinho. Como disse o Nassif, não tem abrigo no fundo, em nenhum "guarda-chuva" do poder - um partido, parte da mídia que fosse, ou um ministro de um STF... - coisas que não faltam aos privilegiados tucanos, por exemplo,​
Essa questão do abuso é tão grave e recorrente, que qualquer brasileiro antenado minimamente com a realidade citaria dezenas e dezenas de casos de memória, sem a necessidade de qualquer pesquisa. Abuso tem relação DIRETA com o USO DA FORÇA, da violência em suas diversas formas. Lembremos de alguns casos chocantes, e comparemos a reação da mídoa, do Judiciário e de nossa enferma e fanática sociedade, se esses mesmos abusos fossem cometidos contra "os ique merecem respeito".
1 - Aécio Neves, dedo em riste, chamando Dilma em um debate, de corrupta e mentirosa, várias vezes. Num país civilizado, mídia e sociedade rejeitariam um home capaz de tal selvageria, radicalmente. Aqui, foi festejado! E se fosse Lula, fazendo o mesmo com dona Ruth Cardoso, nas mesmas circunstâncias?
2 - A invasão da casa de Lula, revistada minuciosamente por dezenas de policiais federais armados, até os IPADs de seus netos levados, para o júbilo sádico de um juiz psicopata e procuradores federais indignos. O que faria a Globo, se fosse na casa de FHC? Como reagiriam os brasileiros antipetistas nesse caso? O Brasil seria incendiado de tanta fúria e indignação, o juiz, fosse quem fosse, seria execrado!
3 - A prisão de Mantega, DENTRO DE UM HOSPITAL, onde sua esposa se preparava para uma delicada cirurgia, gravemente enferma, a mesma doença que a levaria à sua morte recentemente... De novo, a mesma questão: Como reagiria a grande mídia, fosse tal torpeza cometida contra um ministro de FHC, ou Serra, Alckmin? Como reagiria nossa sociedade civil, nossa classe média, tão selvagem quando se trata destes, a quem odeiam?
4 - Um dos piores casos de ABUSOS VERBAIS já cometidos por um dos mais covardes e medíocres agentes públicos de todos os tempos: o procurador da Lava Jato Carlos Fernando Santos. Como disse Nassif, em atitude típica de bazófia de botequins, o desclassificado procurador disse em entrevista ao Estadão que por ele, "dona Marisa também seria conduzida coercitivamente, junto com Lula, o que só não ocorreu pelo coração mole do juiz Moro, que negou o pedido..." - Pergunta-se: de que modo se classifica essa declaração, sobre uma mulher morta, ex-primeira dama do presidente mais popular do país, respeitado em todo o mundo...? Como se classifica um jornal que publica uma entrevista nesse nível? Como classificamos os brasileiros, que por se tratar "da mulher do Lula", não se indignam, não se revoltam com a sordidez ímpar de um homem tão covarde e sem caráter...?
Abuso é a palavra, a ação, o pensamento, o sentimento, o comportamento que se "naturalizou" brasileiro nesses tempos. Abusos diários da grande mídia. Abusos diários do Ministério Público e do Judiciário. Abusos diários de um governo usurpador e ilegítimo. Abuso diário, de ódio e fanatismo, de uma sociedade que ou celebra, ou se cala em omissão suicida, burra, criminosa!
O que ocorre com o casal Garotinho é só mais um abuso. Tolos comemoram, acreditam que é "a Justiça pegando peixes graúdos". Não percebem que se trata apenas de VINGANÇA, ou seja, abuso pelo uso do poder para destruir um inimigo, é simples assim.
A sociedade que chega a esse nível, esse abismo moral, ético, existencial, está, literalmente, perdida.
O único antídoto contra o abuso é o comportamento civilizado e hábitos civilizatórios praticados como o senso comum pelo conjunto dos cidadãos. A primeira e mais essencial FONTE desses hábitos são as instituições de cada país, sempre. Lembrando que a mídia é uma dessas instituições de poder e influência. Eis o nosso câncer, o nosso tumor, a nossa ferida: das instituições - e suas entidades de classe... - partem os maiores abusos, os mais hediondos. O caso do reitor Cancellier está aí, provando que ninguém está a salvo da barbárie, da selvageria, do abuso pelas mãos dos agentes que deveriam justamente dos abusos, nos proteger.
Enquanto formos esse país fraturado pelo obscurantismo, os fanatismos, os ódios, que determinam no coração das pessoas "quem merece o respeito e o Direito" e "quem não merece", chafurdaremos nesse pântano da selvagerias sem limites, sem controle, sem pudor algum.
O deplorável massacre a Garotinho é só mais um triste e vergonhoso capítulo do mundo-matrix que nos transformamos, o país das farsas, da barbárie, das covardias inomináveis, dos abusos sem fim...***

A pergunta que não quer calar?



Para cada político ladrão tem um empresário também, por que a mídia não dá destaque a eles?
Conivência?

Dirceu: mídia assiste ao fracasso de sua guerra contra o PT

Brasil 247 (Paraná) - O ex-ministro José Dirceu, que teve a prisão preventiva de quase dois anos de duração revogada nessa terça-feira, 2, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), escreveu uma carta de 14 páginas em que analisa o cenário atual do País, defende uma guinada à esquerda do PT e critica o governo de Michel Temer e a mídia. 

Na carta, escrita antes do julgamento do STF que o libertou, Dirceu destaca que a guerra judicial contra a esquerda, patrocinada pela mídia desde o golpe parlamentar que derrubou Dilma Rousseff, está fracassando. "Não há justificativa para a ruptura do pacto constitucional de 1988. Hoje a verdade vem à tona: um presidente repudiado por 80% dos brasileiros, um programa de reformas que é uma regressão social e política, um Congresso em pânico e uma mídia que assiste ao fracasso de sua guerra midiática contra o PT, Lula e o governo Dilma", diz Dirceu. 
Dirceu diz que está, na prática, está condenado à prisão perpétua e critica o processo de delações premiadas conduzido pelo Ministério Público Federal. Para ele, as delações na Lava Jato são "forçadas, ilegais fruto das prisões preventivas, ameaças de pena sem direito a responder em liberdade ou progredir". "É delação ou prisão perpétua. Feitas de encomenda e de comum acordo são como os chamados 'cachorros' (presos que, sob tortura, aceitavam mudar de lado) da ditadura", dispara Dirceu.
Em sua carta, Dirceu traça uma estratégia para o PT. "Nada será como antes e não voltaremos a repetir os erros. Seguramente, voltaremos com um giro à esquerda para fazer as reformas que não fizemos na renda, riqueza, poder, a tributária, a bancária, a urbana e a política. Não se iludam vocês e os nossos. Não há caminho de volta. Quem rompeu o pacto que assuma as consequências." Para ele, nada impede que o partido apoie, se for o caso, a candidatura de Ciro Gomes (PDT) em 2018. "Devemos nos unir no 1.º ou, seguramente, no 2.º turno."



"Quem não luta pelos seus direitos, não é digno deles", Rui Barbosa

Manchetômetro mostra como a imprensa trabalha a favor do golpista Temer

do Intercept Brasil
Os números: não mentem: rolo compressor midiático trabalha em favor das reformas, por João Filho

EM JUNHO DO ANO PASSADO, Otávio Frias Filho, diretor editorial e um dos herdeiros da Folha de S.Paulo, participou de uma conferência em Londres em que se discutiu o papel da mídia na crise política brasileira. Uma das convidadas era a jornalista britânica Sue Branford, que criticou a falta de pluralidade da imprensa e apontou o maciço apoio dos grandes veículos de comunicação ao processo de impeachment de Dilma. Irritado, Frias tentou desqualificá-la ao dizer que sua visão correspondia à da “militância do PT” e completou dizendo que a “mídia não manipula ninguém”. Em outro momento da conferência, defendeu a Folha ao dizer que a empresa tratou de forma igualmente crítica os governos FHC, Lula e Dilma – e que o mesmo aconteceria com Temer.
Quem acompanha o noticiário com um mínimo de atenção e está com as faculdades mentais em ordem, sabe que essa é uma grande falácia. A cobertura da grande mídia é tendenciosa e alinhada aos interesses das forças políticas conservadoras, do mercado financeiro e à agenda ultra neoliberal hoje representada por PMDB e PSDB.
Essa semana foi lançado o novo site do Manchetômetro – uma iniciativa do cientista político e coordenador do Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (LEMEP) João Feres Jr, da UERJ – que faz um monitoramento diário da cobertura dos principais veículos da grande mídia (Folha, Estadão, O Globo e Jornal Nacional) sobre temas como política e economia. É uma ferramenta que traz dados importantes para o debate político e ajuda a compreender o papel da mídia no processo democrático. Na nova versão do site, os visitantes podem produzir seus próprios gráficos escolhendo temas, veículos, partidos e período desejado.
É uma ferramenta fascinante para confirmar as nossas percepções. Criei alguns gráficos que demonstram a mudança de postura repentina da grande mídia em relação ao governo federal. Este aqui avalia a cobertura do jornal dos Frias em relação ao governo federal de 2015 até hoje:

A liderança de Lula para 2018 revela o fracasso do golpe e da velha mídia. Por Joaquim de Carvalho

A liderança de Lula em todos os cenários para a disputa eleitoral de 2018 revela o fracasso do golpe. Mas não só isso. É a derrota da velha mídia.
A Globo é a expressão maior de um tipo de comunicação que ficou para trás, assim como, num passado mais distante, a carta já foi o caminho mais rápido e seguro da informação.
Nada superaria a pena de Pero Vaz de Caminha para comunicar a celebrar a descoberta de um novo mundo.
A Globo, com seus jornais, rádios e TV, era imbatível quando podia fazer a edição de um debate presidencial sem contestação.

Também podia confundir a população ao mostrar um comício das diretas já em São Paulo e dar a entender que se tratava de uma festa pelo aniversário da cidade.
Também podia mostrar o Brasil das belezas naturais, gigante por natureza, como a pororoca do Amazonas no tempo de Amaral Netto, e esconder a tortura que acontecia nos porões da ditadura.
Hoje não é mais assim.
A Globo deu, imediatamente começa a ser contestada, em tempo real, na internet.
Na véspera da greve geral, o principal jornal da emissora gastou mais de dois minutos de seu tempo com as gracinhas trocadas entre William Bonner, Renata Vasconcellos e Maria Júlia Coutinho, a MÁ-JÚ, e nem um segundo com a notícia de que estava sendo organizada a paralisação gigante.
Numa linguagem que eles acham moderna, inteligente e engraçada, disseram que a temperatura ia cair, mas William Bonner e Renata Vasconcelos não noticiaram que, naquele mesmo instante, já se sabia da decisão tomada em assembleias lotadas – com gente de carne e osso –, que deixaria a população das grandes cidades a pé.

No dia seguinte, era nítido o engessamento dos repórteres da cobertura da maior greve da história do Brasil, ocorrida na sexta-feira, dia 28.
Não podiam falar greve geral e tinham de dar ênfase ao papel dos sindicatos na organização da paralisação – se sindicato não liderar greve, quem vai liderar?
Em outros tempos, esse tipo de manipulação demoraria para ser debatido pelo grande público. Agora é imediato.
O conluio que existe entre a Globo e uma autoridade menor da república, o juiz de primeira instância Sérgio Moro, produz estrago, é verdade. Mas não dura tanto como no passado.
A leitura de grampos ilegais que procuravam destruir a imagem de Lula e Dilma e a apresentação com power point do procurador Dallagnol aconteceram há um ano, um pouco menos, mas parecem muito mais antigos.
São cenas que, relembradas, ainda causam repugnância nas pessoas que amam a Justiça e a decência cívica.
Mas, sob certo aspecto, já podem ser vistas como os discursos dos militares que pregavam o Ame-o ou Deixe-o ou as entrevistas do delegado Fleury.
Se você olhar atentamente para Bonner e Renata na bancada no Jornal Nacional, você já começa a ver neles a semelhança física com os militares ou o delegado.
Uns torturavam gente, os outros espancam os princípios do jornalismo.
No final das contas, o que fazem é a mesma coisa: defendem o interesse dos mais ricos.
É, em estado puro, o que se pode definir como plutocracia.
Se ainda alguém se surpreende quando vê Lula na dianteira das pesquisas para presidente, não pense que é por ele apenas.
É o tempo.
O Brasil é o País da desigualdade e o combate a ela é a ideia que faz do seu portador um homem invencível.
Nem um exército de Moro, Bonner e Renata Vasconcelos conseguem deter o espírito do tempo.
PS: 1) O texto não menciona uma única vez o nome de Michel Temer. Este já está com o destino selado: será, para sempre, visto como um homem da estatura histórica de Joaquim Silvério dos Reis.
2) O golpe fracassou como instituto político, mas seus efeitos são vigorosos e, por enquanto, intactos: o massacre dos direitos sociais.
"Quem não luta pelos seus direitos, não é digno deles", Rui Barbosa

Charge do dia









De como uma tragédia esportiva se torna um show midiático; e de como um show midiático pode salvar a democracia!, por J. Carlos de Assis

Não há quem, no Brasil e no mundo, não tenha se emocionado com a tragédia que vitimou na Colômbia o time de Chapecó. Teve todos os elementos para isso: um time pequeno, mas já vitorioso, desaparece de um golpe; um símbolo da garra no esporte perde numa luta desigual com a morte; uma equipe constituída principalmente de jovens desaparece. Tudo isso colaborou para a emoção que sacudiu o Brasil, a Colômbia e o mundo. Mas justifica-se tornar tudo isso uma presa da mídia espetaculosa?
Pensei muito a respeito e cheguei a conclusão que sim, vale a pena. Por um momento,  no meio da cobertura massacrante e interesseira da Globo, foi possível vislumbrar a extrema capacidade do povo, daqui e lá de fora, de adotar gestos de solidariedade, fraternidade e amor mesmo entre diferentes. Esse desastre, de  certa forma, foi uma metáfora do destino que a sociedade brasileira pode ter no momento histórico peculiar que está vivendo. Somos, hoje, a imagem da discórdia e da ambição. A morte trágica dos chapecoenses lembra o imperativo de um caminho alternativo.
Não gosto de usar a palavra conciliação. Foi o conceito chave dos governos Lula e, ao final, o sistema correspondente fracassou. Gosto de contrato ou, pela consagração histórica, de pacto social. Significa um entendimento de vontades livres entre segmentos diferentes da sociedade, mesmo os diferenciados por classes sociais, em torno de interesses fundamentais recíprocos. Isso pode se dar tanto num sistema republicano que limite o individualismo, ou num sistema democrático que contenha a socialização radical dos meios de produção.
A lição da tragédia dos chapecoenses talvez nos possa levar, fora do espetáculo midiático, e numa atmosfera de reflexão, a que se encontre no Congresso Nacional, mesmo com suas notórias deficiências, uma solução consensual e legal para a crise brasileira, articulada entre diferentes em nome de um interesse comum pela vida. Não faz sentido seguir a onda da grande mídia e acabar de desestruturar as instituições republicanas, já suficientemente derretidas. Temos que ser tolerantes com os diferentes, inclusive os diferentes quanto à concepção e a ação, desde que tenham tido “boa intenção”, como querem o juiz Sérgio Moro e os procuradores da Lava Jato.

Frase do dia

Vocês já notaram que depois do golpe parlamentar que colocou o traíra golpista e corrupto Michel Temer (Pmdb-SP) no Palácio do Planalto a grande mídia parou de falar em crise e corrupção? Acabou né?...

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Briguilinks

Isto é porcalismo
A respeito mentiras que a revista istoé veicula na edição de hoje sábado (16/07) com o título "As mordomias ilegais da família de Dilma" assessoria da presidente...Leia mais>>>

Rir é o melhor remédio
Noivo escreve um poema para noiva um pouco antes do casamento, e recebe a responta da noiva também em forma de poesia...Leia mais>>>

A ditadura midijudiciária
"...quando a delação não for comprovada e for vazada para constranger, com o réu preso, com as contas bloqueadas e a família desesperada, quando for apenas para livrar o bandido da cadeia, para trocar personagens, contar narrativas mentirosas, citar fatos que não têm nada a ver, apenas para lavar o dinheiro pilhado, como algumas delas, evidentemente a pena precisa ser agravada e a delação até desfeita"...Leia mais>>>

Manual do perfeito midiota XXVI

Entenda como é o processo de formação do midiota
por Luciano Martins Costa

Sabe como funciona?

Um articulista ouve uma fonte e, sem checar a veracidade do fato, publica que determinada autoridade repassou propina de uma empresa para pagar o cabeleireiro.

A pessoa acusada não é ouvida.

O texto é impulsionado para as redes sociais pelo sistema de tecnologia multiplataforma da empresa de comunicação, e quando a pessoa atingida reage, demonstrando que se trata de uma mentira, você já leu no Facebook e aquele anão moral que apresenta um noticiário na emissora de grande audiência faz piadinhas a respeito do assunto.

Algumas horas depois, a pessoa cuja honra foi atingida anuncia que vai entrar com uma ação na Justiça, e o veículo posta uma nota minúscula apresentando o que se chama de “o outro lado”.

Mas você não lê o “outro lado”, porque a mídia tradicional já escolheu um lado para você há muito tempo. Além disso, a versão original parece mais de acordo com o que você pensa.

Esse é, basicamente, o processo de formação do midiota: dá-se a ele a ração diária de meias-verdades, e ele acha que se tornou uma pessoa bem informada.

E, como se sabe, duas meias verdades costumam compor uma mentira inteira.

Daí, o midiota vai conversar com outros midiotas, que confirmam suas convicções, e assim se consolida a visão de mundo que acaba por determinar muitas das decisões que toma no dia-a-dia.

É dessa forma que você passa ao largo das questões nacionais mais importantes.

Não se pode acusar um midiota de desonestidade intelectual, porque para que isso se configure, é preciso que haja alguma atividade intelectual.

E, como já demonstraram importantes pensadores consagrados, o que se passa, na comunicação de massa, é um processo de convencimento baseado na repetição de ideias, sem necessariamente haver um vínculo delas com a realidade.

Essas mensagens são mais efetivas quanto menos reflexão crítica for produzida pelo receptor.

A narrativa e o discurso da mídia tradicional no Brasil não se vinculam há muito tempo aos pressupostos do jornalismo de qualidade.

Tudo isso se presta a um objetivo: a manipulação.

Assim, com os olhos vendados, você é levado a apoiar políticas públicas que, no fim das contas, serão contrárias ao seu interesse.

Por exemplo, a pauta do Congresso Nacional se encheu de propostas que haviam sido engavetadas, algumas das quais ameaçam remeter o arcabouço legal do País a um atraso de décadas.

Direitos arduamente conquistados podem ser relativizados, ou, como gosta de dizer a mídia, “flexibilizados”.

O bombardeio de notícias negativas serve para convencer você de que, infelizmente, essa é a única maneira de combater a crise econômica.

E você acaba agindo contra seus próprios interesses.

No tempo em que os grandes jornais ainda competiam entre si, ou seja, antes de se juntarem numa espécie de partido político informal, o antigo “Estadão” divulgou uma série de anúncios para dizer que a concorrente, a Folha de São Paulo, enganava seus leitores.

Vale a pena ver de novo.

Só que agora vale para todos eles.
na Revista Brasileiros

Fernando Haddad mostra como age um pena-paga

Marco Antonio Villa (não existe esse animal no jogo do bicho) há três anos faz críticas diárias ao prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) e elogios aos governador Geraldo Alckmin (Psdb).  

O prefeito decidiu, então, pregar uma peça. Propositalmente, na manhã desta segunda (16), Haddad pediu que substituíssem a sua agenda pela de outro político, não mencionado, "apenas para vê-lo comentar, uma vez na vida, o dia-a-dia de quem ele lambe as botas". Na programação estava "A partir de 8h30 - Despachos internos" e o restante do dia em branco. 
 
Marco Antonio Villa caiu no trote e, ao ler a agenda de Haddad, comentou no programa de rádio: "hoje, por exemplo, dia 16 de maio, como faço todo santo dia, eu abri a agenda do prefeito. Pode ser que seja um erro da agenda dele disponibilizada na rede, mas é importante, qualquer um de vocês pode acessar. Está escrito o seguinte: a partir das 8h30, despachos internos. O resto está branco. Branco! Branco! Não há nada!", gritou o comentarista.
 
Mal sabia Villa que a agenda  usada foi a de Geraldo Alckmin, PSDB-SP, governador do estado e com quem ele mantém um relacionamento muito, muito, muito cordial.
 
Após o comentário de Villa, a equipe de Haddad publicou os compromissos do prefeito do dia, com a inauguração de um trecho da avenida no M'Boi Mirim e encontro com o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), entre outras agendas.
 
E o prefeito publicou a mensagem no seu Facebook: "Peço desculpas se ofendo alguém pelo procedimento, mas sendo caluniado todos os dias por esse projeto de intelectual, imagino que os cidadãos tenham o direito de saber quem desonra o jornalismo", escreveu. Haddad também chamou Villa de "pseudointelectual", "embuste" e que tem "desequilíbrio psicológico". Com a pegadinha, Haddad alertou: "antes de criticar um livro recomenda-se sua leitura". 
 
Também no Facebook, o comentarista da Jovem Pan respondeu ao prefeito, chamando-o de "lambe-botas", que Haddad "desonra o cargo" e que ele, Marco Villa, pagava impostos. No próprio comentário, a jornalista Cristine Prestes revelou que, na verdade, o comentarista sequer havia pagado o seu IPTU. "Villa, vai pagar o IPTU, que tu tá devendo: Foro das Execuções Fiscais Municipais", disse, anexando o número do registro de não pagamento do imposto.

O golpe do impeachment usou a toga


por Maria Inês Nassif
O Ministério Público e o Judiciário não barraram as ofensas contra a democracia porque eram [SÃO] parte da conspiração.

"A estratégia do golpe institucional, com papel ativo do baixo clero do Legislativo e de instâncias judiciárias (o juiz de primeira instância Sérgio  Moro e o Supremo Tribunal Federal), do Ministério Público e ação publicitária dos meios de comunicação tradicionais (TV Globo e a chamada grande imprensa)  começou a ser desenhada no chamado Escândalo do Mensalão. Um ano antes das eleições presidenciais que dariam mais um mandato ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o país foi sacudido por revelações de que o PT usara  dinheiro de caixa dois de empresas para pagar as dívidas das campanhas das eleições municipais do ano anterior, suas e de partidos aliados. O tesoureiro do partido, Delúbio Soares, era o agente do partido junto a empresários e a uma lavanderia que até então operava com o PSDB de Minas, a agência de publicidade DNA, de Marcos Valério. Delúbio tornou-se réu confesso. Outro dirigente do partido, Sílvio Pereira, foi condenado por receber um Land Rover de presente de um empresário."
na Carta Capital