The Intercept Brasil: todo mundo tem sua boiada

As boiadas da - grande - mídia

No Intercept, podemos dizer com orgulho que assistimos a esse espetáculo de toma lá dá cá e de avanço neoliberal de fora — mas não de longe. Sem patrocinadores, sem acordos com empresas, bancos e indústrias, que permeiam tanto as bancadas do Congresso quanto as dos grandes jornais, temos independência para questionar e investigar. Não queremos um Bolsonaro "domado" que abra caminho para reformas que beneficiam os ricos e poderosos e precarizam ainda mais a vida do trabalhador brasileiro. Queremos Bolsonaro investigado e que as reformas de que o Brasil precisa sejam debatidas, analisadas e discutidas com a sociedade. Aqui não tem "boiada": tem jornalismo realmente independente, profundamente corajoso e muito, muito comprometido com direitos e o interesse público.
 
O preço dessa independência é ter menos recursos para investir em novas contratações para a equipe, em infraestrutura e em profissionais freelancers. É aí que entra nosso maior segredo: o Intercept só existe porque milhares de pessoas fazem esse trabalho acontecer!
 
Estamos muito longe da receita de anúncios que a mídia patrocinada tem. O que nós arrecadamos não paga nem uma mínima fração do que os grandes empresários escoam para as redações em busca de apoio disfarçado de jornalismo. Não temos apoio do governo. Não rodamos anúncios ou "conteúdo patrocinado" como você certamente vê aos montes em outros sites. Porque o Intercept não aceita grana que vem em forma de quid pro quo. Essa galera que nos prejudica, que deve ser investigada, que é inimiga da democracia. Eles não usam sua grana para nos pagar: usam para nos processar! E é assim que nós gostamos! 


  por Amanda Audi

repórter do The Intercept Brasil

Sexta-feira 09 de outubro de 2020

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