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Artesanato com cerâmica e porcelana

Basta chegar ao espaço de criação da artista plástica Dóris Bulamarqui para entrar em contato com a delicadeza. Em sua casa, cores, formas geométricas e desenhos rupestres trazem à tona um trabalho que deixa mais requintado qualquer cômodo de residências, escritórios, hotéis ou até mesmo adornos para festas de aniversários.
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Na peça branca de porcelana é possível desenvolver traços, contornos, desenhos e colorações em produtos, cuja função utilitária é aliada à decorativa com muito bom gosto. "A porcelana é bem industrializada. É um material mais delicado, fino", explica a artista que, há uma década, tem se dedicado a adorná-las.

A graduação em Administração de Empresas rendeu a Doris muitos anos de trabalho longe das artes. Embora não possua na família histórico com produções artísticas, quando sua filha Ignez nasceu, porém, o trabalho manual passou a chamar sua atenção.

"Só tinha uma tia que pintava quadros com óleos, acrílicos, mas ela morava no Rio de Janeiro e não tínhamos muita convivência. Entretanto, adorava o trabalho dela. Com as aulas, cheguei à porcelana. Vi que gostava muito, fui me encantando e me identificando", recorda.

A relação se estreitou tanto que, há sete anos, a artista descobriu outro material também apaixonante: a argila. "A diferença é que a cerâmica é mais artesanal, dá um poder maior de criação. Já a porcelana vem pronta, nos cabe criar para ilustrá-la", comenta.

Para atribuir tanta beleza à porcelana, o trabalho de Dóris começa com o desenho a lápis na peça esmaltada. Em seguida, parte-se à diluição da tinta em pó no óleo de copaíba ou no chamado óleo "mole", com que se prepara a paleta de cores.

A diferença entre as substâncias é o fato de a tinta com copaíba deslizar com mais facilidade para o desenho dos traços, além de secar com rapidez. "Ela flui melhor para escrever. Também acho que, depois de seco, há o brilho intenso", considera. O próximo passo é levar a obra ao forno industrial, na temperatura de 800 graus. Quando o equipamento esfria, está pronto mais um artigo charmoso. "É interessante a porcelana poder ser usada como utensílio. Por ser esmaltada, ela se torna mais higiênica", ressalta.

A artista plástica produz também, sob encomenda, artigos para hotéis, pousadas, empresas de turismo e comemorações em família. Há pinturas que são feitas de acordo com os pedidos dos clientes e outras baseadas na liberdade criativa da artista.

Neste caso, observa, é comum o uso de elementos da natureza, formas geométricas e ilustrações rupestres. "Tenho uma relação muito forte com a natureza. Se não for direcionado, sempre sigo para esse lado", confessa.

Para Dóris, o trabalho, mais que fonte de renda, é uma terapia. Como estudante de Psicologia, ela pretende juntar as duas paixões, trabalhando a arte como processo terapêutico.

No dia 26 de junho, conheça o ateliê da artista plástica Carla Pamplona

Série Ateliês Bonitas descobertas
Esta é a sexta visita do Eva a ateliês de artistas que trabalham construindo peças funcionais e cheias de beleza. Mostramos criações decorativas feitas dos mais diferentes materiais: fibras, PVC, vidro, porcelana (foto acima) e cerâmica. Na próxima semana, aportaremos no Studio 130, onde trabalha a artista plástica Carla Pamplona. Em sintonia com a sustentabilidade, ela transforma sucata em puxadores, quadros, portarretratos, esculturas e muitos outros artigos para decorar ambientes de diferentes tipos. Até agosto, conheceremos mais quatro ateliês de artesãos e artistas que criam e vendem peças na Capital.

MAIS INFORMAÇÕESAtelier Dóris Bulamarqui
Rua Carlos Vasconcelos, 170
Contato: (85) 9111.2065

JANINE MAIA

Cerâmica

Interessada em aproveitar, de maneira industrial, as cinzas do carvão mineral que moverá as usinas termelétricas Pecém I e II que a MPX e a EDP constroem no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, Agnes Verônica Schmitz Cattani, diretora da Envase Importadora & Exportadora Ltda NK Brasil, mantém contato com o secretário de Desenvolvimento de São Gonçalo do Amarante, Raimundo Vieira. Ela disse ao secretário que sua empresa e o Instituto Maximiliano Gaidzinski, de Florianópolis, pretendem criar "uma solução cerâmica" usando as cinzas como matéria prima. Excelente!