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Sistema e esquema


A presidente Dilma afirma apoiar a democracia das ruas. Pede um pacto social. O povo exige ações e transparências. As empresas têm CNPJ e as pessoas, CPF.

Eles nos desnudam para bancos, governos, empresas, imprensa etc. Há muito a ser revelado nas artes e manhas da administração pública.

Muitos indagam por que um sindicato nos representa, sejamos nós pedreiro, engenheiro, administrador ou gráfico? Os sindicatos, patronais ou de empregados, são dirigidos por grupos que deles se apoderam e não os largam. Arrecadam, sem pena. Vejamos o Sistema "S", criado pela ditadura Vargas, há 70 anos.

Cada Estado tem ricas federações com o grosso dinheiro das contribuições sociais de lutadores e patrões. Elas encastelam afilhados, realizam viagens para o nada, dão festas, prêmios e até prestam serviços sociais com cursos que, quase nunca, são gratuitos. Olhemos o caso da Federação das Indústrias de SP, a Fiesp, cujo grande prédio está iluminado de verde-amarelo, neste junho. Pois bem, o seu presidente usa o prestígio e os recursos da entidade para autopromoção a uma possível candidatura à Prefeitura de SP. Do lado dos trabalhadores, é o mesmo e ainda elegem deputados que apenas lutam pela manutenção de privilégios. E proliferam.

Não esqueça, por fim, que os governos sempre contratam as mesmas empresas para todos os serviços e obras. Elas recebem financiamentos do BNDES e até são associadas de órgãos estatais. O modelo se reproduz em alguns estados e municípios. É hora de abrir essa caixa preta. O povo quer e deve saber.
João Soares Neto
Escritor 

FIEC e Sinduscon juntos pelo ITA

Está mais perto o sonho cearense de ver instalada em Fortaleza uma unidade do famosíssimo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), um centro de referência nacional no ensino superior voltado para a tecnologia. 

A intenção do time que trabalha nesse sentido é de que o ITA abra e mantenha aqui cursos de especialização, de mestrado e de doutorado nas diferentes áreas da engenharia, preparando pessoal para as demandas das grandes indústrias que vão chegar - a refinaria e a siderúrgica incluídas. 

No próximo dia 18 de novembro, o reitor do ITA, doutor e brigadeiro Reginaldo dos Santos, receberá em seu gabinete o presidente da Federação das Indústrias do Ceará, Roberto Macedo, que estará acompanhado do diretor do Senai do Ceará, Francisco Rocha Magalhães, do presidente e do vice-presidente de Tecnologia do Sinduscon, Roberto Sérgio e Eugênio Montenegro, e do coordenador do Centro de Tecnologia da UFC, Barros Neto. 

Há a expectativa de que, nesse encontro, seja, finalmente, viabilizado o projeto de atrair o ITA para o Ceará. 

A Fiec - por meio do Senai - e o Sinduscon estão dispostos a encarar o investimento inicial, incluindo a localização da unidade. 

O reitor do ITA já declarou que admira o Ceará e, principalmente, os jovens cearenses, que, anualmente, pela via do seu rigoroso exame vestibular, se apossam da maioria das vagas oferecidas pelo instituto. 

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Mentiras e manipulações

É comum ouvirmos vozes elitistas criticando programas sociais como o Fome Zero (claro, não sabem o quanto demora a passar um dia de fome, dirá semana) e o Bolsa Família, exemplo que não é seguido pelos partidos que representam essas mesmas elites sujas nos períodos de eleição por medo de perderem voto, apenas isso. "No Ceará, mulheres recusam emprego com carteira por Bolsa Família" - saiu na Internet.

Má-fé evidente
Trata-se de mais uma deslavada mentira que as elites sujas, fazendo o jogo da politicalha que as representam, espalham todos os dias nas redes.

Confira e (não) verá
O caso presente se refere a um suposto convênio firmado entre o governo federal e o Sinditêxtil do Ceará para a formação e contratação de 500 costureiras para suprir carência de mão-de-obra do mercado de confecções. O governo entraria com os recursos e o Senai com o treinamento. Telefone [85 3421 5456 / 3224 1478 - fone/fax 3461 2042] para o Sinditêxtil e ouvirá que tal fato nunca aconteceu.

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Com o BC e os juros vamos de mal a pior

Contra todas as evidências, o chamado mercado quer uma taxa Selic maior e tudo indica que o Banco Central (BC) vai mesmo aumentá-la de novo em 0,75% na reunião do Comitê de Política Monetária (COP0M) em meados deste mês. Está tudo dominado.

Vão elevar a Selic, apesar do recuo das taxas de juros a longo prazo; dos riscos de deflação na Europa; dos fracos sinais de retomada do crescimento nos Estados Unidos;  e da queda da inflação no Brasil. Além do fato de que a alta inflacionária anterior era sazonal, gerada pelos preços dos alimentos em decorrência de fatores climáticos na agricultura. A pergunta que se faz é: até quando vamos persistir nessa política equivocada?

Basta abrir os jornais para constatar: ainda que fosse verdade o superaquecimento da economia brasileira, o que temos em todos os segmentos são novos investimentos e fábricas. Todas as empresas européias anunciam novas aplicações de capital no Brasil. É acompanhar a mídia, repito, para ver que o governo mantém o ritmo de investimentos; o BNDES aumenta a oferta de crédito e os bancos privados também; como crescem as exportações e o investimento direto estrangeiro (IDE).

Até mesmo a questão explorada recentemente da falta mão de obra qualificada, está sendo equacionada pelo governo. Há ampliação e implantação de novas universidades e escolas técnicas (240 só no governo Lula, com meio milhão de vagas), e parcerias propostas pelas próprias empresas e pelo sistema S (SENAI, SENAC, SESC, SESI).

Assim não dá para entender. Ou dá? Para que aumentar a Selic em até 3% (índice sonhado pela voracidade do mercado) até o final do ano, pagando mais R$ 45 bi de serviço da dívida interna e agravando a situação fiscal? Para que, se o país pode reduzir a taxa e crescer mais e melhor, com ampliação dos investimentos em inovação, educação, e na infraestrutura, e com custos financeiros e tributários menores?