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Ave Maria Sertaneja

Ave Maria Sertaneja

20 da morte de Gonzagão


20 anos depois da morte de Luiz Gonzaga, o som de sua sanfona está cada vez mais presente nas salas de reboco das casas do sertão e nos mais diversos auditórios e palanques, enchendo de emoção e lirismo platéias de todas as categorias sociais. Em Exu (Pernambuco), sua terra natal, a programação comemorativa aos 20 anos da morte do Rei do Baião foi aberta, ontem, com uma "roda de sanfona", debaixo de um pé de juazeiro, no Parque Asa Branca. Em Juazeiro do Norte, sanfoneiros do Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha homenagearam o velho "Lua" com uma retreta de sanfonas em torno de seu busto, na Praça do Memorial. Com forma também de homenagem e resgate da memória de Gonzagão, o poder público quer tombar Parque Asa Branca como Patrimônio Imaterial. O forró pé-de-serra, introduzido no Brasil por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira na década de 40, conquista o mercado, concorrendo com outros ritmos brasileiros e estrangeiros. "O baião, coco, rojão, quadrilha, xaxado e xote caracterizam o forró e tem cheiro de carne de bode assada", comparou o velho Gonzagão, acrescentando que é uma música com a cara do Nordeste, que canta, ri, chora e "faz pouco" do seu secular sofrimento. Luiz do Nascimento Gonzaga nasceu no dia 13 de dezembro de 1912, na Fazenda Caiçara, município de Exu, ao lado da casa onde morou a heroína cearense Bárbara de Alencar. Morreu no dia 2 de agosto de 1989, às 15h15, no Hospital Santa Joana, no Recife, onde estava internado há 42 dias. Seu corpo foi velado na Assembléia Legislativa de Pernambuco e enterrado na capela do Parque Asa Branca, em Exu, sua cidade natal. A escola gonzagueana está cada vez mais presente na vida das novas gerações, vindas das mais diversas categorias sociais. O vendedor de discos José Amilton Silva, proprietário da loja "Amilton Som", diz que Gonzagão continua sendo o maior vendedor de CDs do Cariri. "De vez em quando aparece uma novidade, um cantor novo que desponta no cenário artístico nacional, mas desaparece, enquanto a venda de discos de Gonzaga é constante", afirma. Amilton, que vende discos desde 1963, destaca que "Luiz Gonzaga interpretou o Nordeste em carne e osso, a poesia do povo, tradicional ou improvisada, transformada em canção, é um dos fenômenos mais ricos da cultura popular, pelo enfoque permanente de elementos históricos, tradicionais, emocionais e sociais". Ele foi o primeiro músico assumir a nordestinidade representada pela sanfona e pelo chapéu de couro. "Cantou as dores e os amores de um povo que ainda não tinha voz". Continua>>>

Por que não toda quadrilha?

É evidente que José Sarney é bem mais que um simples pilantra. Sarney é um desses lixos humanos que volta e meia sempre aparecem na política aqui no Brasil e em quase todos os lugares do mundo. E que nesse momento, vive apenas o inferno de uma briga de quadrilhas, disputa de ponto. Só que numa dimensão bem mais alta do que se possa imaginar.


Quem assume a presidência do Senado? Marconi Perillo, bandido sem pudor algum e com vários processos por corrupção nas formas mais diversas? Por que o conselho de ética não abre um processo contra cada um dos senadores envolvidos em falcatruas – uns cinco no máximo não estão – que vão desde uso de passagens e verbas de gabinetes, passando por atos secretos e posições até então desconhecidas?
Continua>>>

Por que não toda quadrilha?

Laerte Braga

É evidente que José Sarney é bem mais que um simples pilantra. Sarney é um desses lixos humanos que volta e meia sempre aparecem na política aqui no Brasil e em quase todos os lugares do mundo. E que nesse momento, vive apenas o inferno de uma briga de quadrilhas, disputa de ponto. Só que numa dimensão bem mais alta do que se possa imaginar.

Quem assume a presidência do Senado? Marconi Perillo, bandido sem pudor algum e com vários processos por corrupção nas formas mais diversas? Por que o conselho de ética não abre um processo contra cada um dos senadores envolvidos em falcatruas – uns cinco no máximo não estão – que vão desde uso de passagens e verbas de gabinetes, passando por atos secretos e posições até então desconhecidas?

Como é que fica Tasso Jereissati, um sujeito sem respeito por coisa alguma, venal, ligado a grupos econômicos paulistas e internacionais? Arthur Virgílio, o tal líder do PSDB, que quer Agaciel na cadeia, mas pegou dez mil dólares numa “emergência” com o mesmo Agaciel?

E Marconi Perillo, vice-presidente do Senado, com processos em múltiplas situações de bandidagem explícita, muitas delas documentadas por gravações autorizadas pela Justiça? Compra de votos, recibo e notas fiscais frias? Dinheiro por baixo dos panos?

Como é que fica essa turma?

Perillo vai para o lugar de Sarney, uma figura repulsiva não tenho dúvidas, mas não menos que esses que citei e fica tudo resolvido? A moralidade restaurada?

A renunciar, que renuncie a Mesa Diretora do Senado. São cúmplices que neste momento procuram salvar suas peles e seus interesses (e dos que lhes pagam).

Vamos admitir por um breve instante que a Polícia Federal resolvesse investigar o senador Tasso Jereissati, suas ligações com Daniel Dantas, com as privatizações corruptas de seu chefe FHC e toda a sorte de trapaças que ornam a sua carreira política eivada de modernizador e administrador eficiente (?). Uns cem processos, uns trezentos anos de cadeia, coisa de deixar qualquer Beira-mar em segundo plano.

Sarney é diferente? Claro que não, o problema é que são iguais. Iguais, mas em quadrilhas com interesses diversos, diferenciados. Em muitos momentos estiveram juntos, naquela de beijinho no rosto e tapinha nos ombros. Clube de amigos e inimigos cordiais.

O senador José Sarney quando percebeu que era o bode expiatório de uma situação em que os adversários estão atirando com espingarda de cano curvo (miram num alvo, mas querem é atingir outro) lamentou a ausência de “meu amigo” Roberto Marinho, que “não deixaria que fizessem isso comigo lá na GLOBO”. É a segunda aliás. Houve aquela contra o marido de Roseana. Sarney não percebeu que mesmo sendo sócio dos “homens”, é dono da retransmissora da GLOBO no Maranhão, já perdeu a data de validade. Não sentiu ainda que politicamente está morto e teima em viver montado num bigode pornográfico – que me perdoem os bigodes – e num império típico de elites podres e atrasadas. Nem sentiu que GLOBO, VEJA, FOLHA DE SÃO PAULO, ESTADO DE MINAS, essa tal de grande mídia, é parte dessas quadrilhas. E parte muito importante, pois faz a cabeça do cidadão cá embaixo.

E Jereissati? Difere em que? Talvez só no estilo no mundo da corrupção, dos “negócios”. Sarney é dono dos negócios dele, toca tudo a moda antiga, Jereissati obedece ao esquema FIESP/DASLU e atua no braço tucano/DEMOcrata da quadrilha, com ligações com poderosas outras quadrilhas internacionais sediadas em Wall Street, Washington e alguns pontos de países europeus.

Jereissati, tal como Arthur Virgílio e/ou Marconi Perillo, é pulha lato sensu.

Como pulhas os que estão por trás deles. Serra. Aécio, FHC, a mais sinistra quadrilha da história política do Brasil, o PSDB.

Disputam o controle de um “negócio” chamado Brasil, eles, os tucanos. Sarney disputa o direito de manter seu império particular no Maranhão, no Amapá e passear seu bigode com pretensões literárias – ridículas – de imortalidade. Mafioso dos tempos de D. João Charuto.

O que há por trás de toda essa pantomima vergonhosa são os “negócios”. As elites paulistas, as mesmas que acham que 1932 foi um movimento “revolucionário”, e não uma reação de antigos barões, não querem esse negócio de Nordeste dando palpites, decidindo alguma coisa. Querem o império e pronto. Até hoje o ESTADO DE SÃO PAULO acredita que um D. Pedro qualquer governe o Brasil e que libertar os escravos foi uma atitude insensata de uma princesa mimada.

Para que exista corrupção é necessário que exista mais que o corrupto. É necessário que exista o corruptor.

Quem corrompe senadores, deputados e por exemplo Gilmar Mendes presidente da STF DANTAS INCORPORATION LTD?

Eu, você, o distinto eleitor? Ou os grandes empresários, banqueiros, latifundiários, hoje globalizados na perversa exploração da classe trabalhadora e na faina de transformar cada ser humano em zumbi consumidor de celular que fala sozinho?

O distinto público será que tem percepção do faturamento da MONSANTO, ou da ARACRUZ com a droga tóxica que chamam de progresso e envenenam o dia a dia de todos nós? Sabe o quanto esses bandidos contribuem para as campanhas dos Jereissatis da vida?

Será que sabe o tamanho da canalhice que é a história política de um biltre como Gérson Camata? Ou como a do senador (Putz! É o fim da picada) Álvaro Dias?

Pô!. A jornalista Sônia Montenegro escreveu um desabafo onde pede que seja poupada de toda essa lambança planejada, bem orquestrada de tucanos e democratas contra o senador Sarney (pústula sim, mas e os outros?).

Que tal olhar, por exemplo, quanto a GLOBO faturou no governo Sarney em verbas que rolavam disfarçadas de contratos legais, etc, etc?

O xis da questão é que a data de validade do senador Sarney esgotou. Sarney opera no mercado no estilo década de 10 do século XV e os caras hoje dispõem de tecnologia de banditismo de última geração. Sarney é do tempo da terra quadrada e tucanos e demos não.

E tem mais, tem eleições em 2010 e querem a todo custo retomar o controle do País. José Serra, corrupto de plantão no governo de São Paulo, ou Aécio, viajante "pirlimpimpim" em mundos delirantes no governo de Minas, um ou outro quer o governo do País e dessa forma o comando dos “negócios”.

Já pensaram o que esses bandidos farão com o pré-sal? Vão dar de bandeja para as empresas estrangeiras. Só que, na bandeja, chega a propina.

É aí que está o fulcro como dizem juristas da campanha contra Sarney. Não tem importância que ele seja corrupto, todos são e sabem disso, importa que é preciso vender um produto para 2010. O bandido Serra. O tresloucado Aécio.

Não estou defendendo o governo Lula. Nem de longe. Mas tenho a certeza absoluta que com todos os erros, por pior que possa ser (nem acho que seja assim), Lula é bem diferente no todo de qualquer tucano em qualquer lugar, principalmente de FHC.

Que tal comparar o Brasil do tucano bandido e o de Lula?

O que está em disputa é isso. Lula paga o preço dos vacilos nas alianças espúrias no sentido político, mas em nada diferentes das feitas pelos tucanos.

Sarney é o bocó que se imagina acima do bem e do mal, com a sua história de um político pusilânime, sobrevivente, que está sendo levado a um mausoléu sem glória alguma.

Os outros, os que carregam o caixão não são nem um pouco diferentes. Querem apenas o lugar dele. Só isso.

É complicado ouvir Tasso Jereissati e Arthur Virgílio falarem em sepultar gerações comprometidas com o coronelismo na política. E eles? Tasso e Virgílio são a décima ou enésima sei lá, figuras impessoais, de aparência asséptica, sem bigodes pintados, mas que chegaram ao Brasil com Cabral. E enquanto o almirante português pensava numa forma de contato com os nativos, os jereissatis e virgílios já estavam trocando miçangas coloridas por ouro e os virgílio enfiando nos porões dos navios da esquadra índias, de preferência com menos de quinze anos, para regalo da corte.

No passar dos tempos, é só buscar, tem jereissatis e virgílios carregando a mala de Carlota Joaquina quando da vinda da corte para o Brasil. E assim até chegarmos a Tasso e Arthur. E nesse Arthur não tem távola redonda e nem o mágico Merlin. Tem uma das mais organizadas quadrilhas da política brasileira. A dupla PSDB/DEMO, sob a batuta da quadrilha FIESP/DASLU. São que nem os Andradas. Chegaram e “navio chapa branca” em 22 de abril de 1500.

Brasil e brasileiros que se arrebentem. É o lema deles, “são só negócios, não é nada pessoal”.

O modelo está falido. O econômico é podre.

Fim


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O PMDB reagiu

O PMDB reagiu, e mandou um "recado" curto e grosso aos dissidentes, que eles deixem o partido "o quanto antes".

Na nota divulgada no portal oficial do partido, o comando nacional da legenda prometeu não cobrar na Justiça os mandatos dos parlamentares rebeldes, sob alegação de infidelidade partidária, se eles saírem do PMDB.

Os principais críticos do partido são os senadores Jarbas Vasconcelos (PE) Mão Santa (Piauí) e Pedro Simon (RS).

Unidos jamais seremos vencidos

Marco Antônio Leite

Somos a guerrilha, somos a luta, somos a resistência, somos contra tudo aquilo que nos oprime e tira a nossa dignidade como ser humana a procura de fraternidade e amor entre os povos. 

Queremos uma Palestina livre, queremos uma África sem fome e sem exploração dos brancos de olhos azuis. 

Queremos que os países ricos nos tratem como gente de verdade, pois as Américas não aguentam mais tanto desprezo e um tratamento desumano. 

Queremos que os políticos deixem de roubar ou então roubem menos e, usem nosso dinheiro em beneficio dos pobres que no Brasil tem aos montes. 

Queremos melhor distribuição das riquezas que a todos pertencem e, não somente alguns espertalhões são donos de noventa% delas que estão em seus poderes. 

Queremos que o Irã e a Coréia do Norte sejam respeitados como nações civilizadas com seus erros e virtudes, americanos tirem suas patas das nações que desejam viver a sua maneira, com esta ou aquela política, com esta ou aquela religião nas quais adoram este ou aquele "DEUS". 

Queremos um mundo livre de preconceitos, discriminações, racismo contra negros, amarelos, vermelhos, brancos pobres, chega de exploração contra os mais fracos e oprimidos pela ignorância e pela alienação. 

Todos unidos jamais seremos vencidos! 

Multa a Vivo também

A operadora de telefonia VIVO é uma empresa de muita sorte.
A VIVO acaba de escapar do pagamento de uma multa de 300 milhões de reais. A Oi e a Claro, não.
Isso não quer dizer que o serviço prestado pela VIVO seja melhor do que o que prestam as suas duas concorrentes.
O serviço de call center da VIVO também é um desastre. E seus operadores são desinformados, estúpidos e não tem o mínimo de respeito com os clientes.
Nunca ouviram falar de um netbook e desconhecem as ferramentas básicas capazes de ativar um chip incluso nesse tipo de computador para acesso à internt em banda larga.
Por pura incompetência, arrogância e por acreditar na sua impunidade, um desses operadores ou atendentes da VIVO simplesmente desligou o telefone em uma ligação que já ultrapassava os vinte minutos de duração.
O cliente acabava de comprar um micro de mão cujo fabricante tem parceria com a VIVO que, pelo menos na propaganda, oferece noventa dias de internet 3G de graça.
Mas antes tem que ser feito um cadastro. E precisa do número do chip para liberação da linha telefônica.
Coisa que o atendente da VIVO não sabe fazer. Ele não distingue um computador de um smartfone, não sabe o que é um chip nem sequer atender quem dá lucro para a empresa que paga o seu salário – o cliente.
O atendente da VIVO simplesmente desligou, cortou abruptamente a ligação, deixando o cliente na mão. Acintosamente.
Internet de graça da VIVO para quem adquire netbook, é uma piada, uma excressência. Não passa de propaganda enganosa.
A VIVO até pode não ser pior do que ninguém, mas não é melhor do que as outras operadoras de telefonia.
Todas estão no mesmo balaio da incompetência. E da prepotência.
Multa para a VIVO, também!

Reação da mídia é a esperada

Não estou defendendo censura à mídia, de forma nenhuma, mas é perfeitamente esperado que a imprensa diga estar sendo censurada diante de uma decisão como a tomada pelo desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

O magistrado proibiu o jornal O Estado de S.Paulo de publicar reportagens relativas a Fernando Sarney - filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) - com informações obtidas a partir da Operação Boi Barrica da Polícia Federal (PF).

Era o mínimo que o desembargador podia fazer diante de pedido de liminar sobre o qual lhe coube decidir, porque a legislação estabelece claramente: quem divulga e quem publica informações sigilosas comete crime.

Decisões contra a imprensa são raras

O que ocorreu, então, é que até que enfim, pelo menos um juiz, um desembargador do Tribunal de Justiça de Brasília, teve a coragem de aplicar a lei. Provocou a ira da imprensa, óbvio, porque o comum no país é a justiça não ter coragem de tomar decisões que contrariem os interesses da mídia.

A questão é complexa porque antes o próprio Ministro da Justiça, Tarso Genro, disse publicamente que o segredo de justiça, estabelecido para determinados casos na legislação em vigor no país era uma mera formalidade e tendia a desaparecer.

Foi contestado imediatamente, não só pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - já que ele atribuiu os vazamentos a advogados - como pelo chefe do poder judiciário, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes.

Não é verossímel que advogados sejam os responsáveis por vazamentos. Geralmente quando são vazadas informações sigilosas de investigações e inquéritos, advogados ou não estão constituídos - já que os supostos investigados não têm conhecimento da investigação ou inquérito - ou, quando já tem conhecimento do processo e estão constituídos para acompanhá-lo, são os principais prejudicados pelo vazamento.
José Dirceu

O medo causado pela inteligência

Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar seu discurso de estréia  na  Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de  seu  pai,  o  que  tinha  achado  do  seu  primeiro  desempenho naquela assembléia  de vedetes políticas. O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse,  em tom paternal: "Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante  neste  seu  primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável. Devia ter  começado um  pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligência  que  demonstrou  hoje,  deve  ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos.  O talento assusta."

E  ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pode dar ao  pupilo  que  se inicia numa carreira difícil. A maior parte das pessoas encasteladas  em  posições políticas é medíocre e tem um indisfarçável medo da  inteligência. Isso na Inglaterra. Imaginem aqui no Brasil. Não é demais lembrar a famosa trova de António Alexo, poeta português:

Há tantos burros mandando

Em homens de inteligência
Que às vezes fico pensando
Que a burrice é uma Ciência

Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista  de  posições.  Sabem  ocupar  os  espaços  vazios deixados pelos talentosos  displicentes  que não revelam o apetite do poder. Mas é preciso considerar  que  esses  medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos, têm o hábito  de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de  granito  por  onde  talentosos  não conseguem passar. Em todas as áreas encontramos  dessas  fortalezas  estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos.
Dentro  desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do Elogio da Loucura de  Erasmo  de  Roterdan,  somos  forçados a admitir que uma pessoa precisa fingir  de  burra  se quiser vencer na vida. É pecado fazer sombra a alguém até  numa  conversa  social.  Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota automaticamente a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo  de  convivência,  por  medo  de  perder  seus  maridos,  também os encastelados  medíocres  se  fecham  como  ostras  à simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar.

Eles  conhecem  bem  suas  limitações,  sabem  como  lhes custa desempenhar tarefas  que  os  mais dotados realizam com uma perna nas costas, enfim, na medida  em  que  admiram  a  facilidade  com  que  os mais lúcidos resolvem problemas,  os  medíocres  os  repudiam  para  se  defender.  É um paradoxo angustiante.

Infelizmente temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida.

Como  é  sábio  o  velho conselho de Nelson Rodrigues: finge-te de idiota e terás o céu e a terra.

O problema é que os inteligentes gostam de brilhar. Que Deus os  proteja.

Outro problema é que nem sempre o Poder é fruto da inteligência e o Mundo vai de Mal a Pior. Que Deus nos proteja.

 

José Alberto Gueiros