Para estar no futuro com seus filhos como uma boa lembrança, é importante que esteja presente na vida deles hoje.
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Aprenda
Cada luta pelos seus
Lula percorre o mundo lutando para acabar com a Fome.
FHC faz a defesa da legalização da maconha.
Qual a bandeira das duas que você prefere defender?
Dilma ironiza "fontes do Palácio do Planalto"
Presidente Dilma Roussef com humor brincou durante entrevista hoje:
“Eu fico intrigada. Eu acordo de manhã, me olho no espelho e pergunto a mim mesma quem será essa fonte do Planalto? É uma coisa que me intriga… Eu pergunto para meus botões, mas meus botões são muito ignorantes, não conseguem me responder”.
Olhae Digital: Tablet Lumia 2520
Conforme prometido, a Nokia mostrou uma porção de produtos em seu evento desta terça-feira, 22, em Abu Dhabi. Seis novos aparelhos serão lançados pela companhia, cuja maior novidade é o tablet Lumia 2520.
Primeiro tablet da companhia rodando Windows RT (e na recém-liberada versão 8.1), o 2520 vem nas cores que já se tornaram marca registrada da Nokia (vermelho, ciano, branco e preto). Ele estará disponível por US$ 499 no Reino Unido, Estados Unidos e Finlândia e, mais pra frente, em outros países.
Sua tela feita de Gorilla Glass tem 10.1 polegadas com resolução full HD (1920 x 1080) e densidade de 218 ppi. A câmera principal tem 6.7 megapixels com zoom de 4x, mas não há flash, embora seja possível gravar vídeos em 1080p a 30 fps; já a frontal é de 2 MP e filma em HD (720p).
O processador é o poderoso Snapdragon 800, da Qualcomm, com 2.2 GHz, e o tablet tem 2 GB de RAM e 32 GB de memória (expansível em mais 32 GB com microSD). Com bateria de 8000 mAh, dá para manter o aparelho ligado por até 25 dias. O Lumia 2520 tem conexões LTE, NFC, microUSB 3.0 e Bluetooth 4.0.
Como vem com Windows RT, o aparelho já conta com o pacote Office instalado, ou seja: Word, Excel, PowerPoint, Outlook e OneNote. Foi mostrado ainda o Nokia Power Keyboard, um teclado físico equipado com uma bateria para 5 horas de uso do tablet e duas saídas USB.
Para quem apostou que o leilão do Campo de Libra seria um fracasso, o resultado é humilhante
Os críticos do pré-sal saíram do leilão em posição difícil.
Ao contrário do que sustentaram nas últimas semanas, duas empresas privadas de porte – a Shell e a Total – assumiram um papel relevante no consórcio, equivalente a 40 % de participação.
Para quem garantia que o leilão seria um fracasso porque só seria capaz de despertar o interesse de duas estatais chinesas, dado que por si só deveria ser visto como um desastre inesquecível, o resultado é um saldo humilhante.
A participação somada de duas estatais de Pequim, que dirige a economia que mais cresce no planeta, equivale a parcela assumida por apenas uma das multinacionais europeias.
Para quem avalia o sucesso e o fracasso de qualquer negócio pelo critério ideológico do privatômetro, o saldo é deprimente.
De cada 100 dólares extraídos do pré-Sal, a União irá receber, por caminhos diversos, um pouco mais do que 75%. É o caso de perguntar: os críticos estavam infelizes por que acham pouco? Ou acham que é muito?
Você decide.
O mesmo se pode dizer da crítica ao método de partilha do Pré-Sal. Não faltaram observadores para dizer que ele se mostrou pouco adequado em relação a leilões convencionais. Como a partilha foi criada pelo governo Lula e aprovada pelo Congresso, podemos imaginar aonde se quer chegar.
O argumento contra a partilha é que nas outras vezes, apareciam mais empresas interessadas.
Mas, lembrando que não há petróleo grátis é sempre bom questionar. Havia mais concorrentes porque se oferecia um bom negócio para o país ou porque se oferecia o ouro negro na bacia das almas?
Será que a lei da oferta e da procura só funciona para provar as teses que nos agradam?
Claro que é possível ouvir um murmúrio clássico, aquele que consiste em falar que “poderia ter sido melhor”.
O problema é que essa é uma expressão faz-tudo, que se podemos empregar para falar do restaurante em que fomos ontem, do serviço da TV a cabo, e também para a cobertura da mídia no pré-Sal, não é mesmo?
Na prática, o saldo do leilão confirmou duas coisas. De um lado, o imenso desconhecimento de supostos especialistas sobre o mais volumoso investimento da história do país.
De outro lado, o episódio demonstrou uma opção preferencial por subordinar uma análise objetiva da realidade a interesses políticos.
Esta opção ajuda a entender a cobertura levemente simpática aos protestos realizados contra o leilão. Valia tudo para atrapalhar, até pedir ajuda a filhos e netos de manifestantes que, em 1997, quando ocorreu a privatização da Vale do Rio Doce, foram tratados como uma combinação de criminosos comuns e esquerdistas ressentidos.
Por mais que o debate sobre os rumos da exploração do petróleo tenham toda razão de ser, e não possa ser realizado de forma dogmática nem simplória, essa postura amigável de quem sempre jogou na força bruta não deixa de ser sintomática.
Não era a privatização da Petrobras que estava em jogo, embora sempre se procure confundir as coisas, num esforço para contaminar o debate político possível de nosso tempo com um certo grau de cinismo universal.
Promovido na pior crise da história do capitalismo depois de 1929, o que se pretendia no leilão era reunir meios e recursos para permitir a economia respirar, numa conjuntura internacional especialmente adversa. Quem conhece a história das crises do século XX sabe que há momentos que inspiram mudanças de rumo e orientação que não fazem parte dos manuais e cartilhas.
Ao contrário do que sustentaram nas últimas semanas, duas empresas privadas de porte – a Shell e a Total – assumiram um papel relevante no consórcio, equivalente a 40 % de participação.
Para quem garantia que o leilão seria um fracasso porque só seria capaz de despertar o interesse de duas estatais chinesas, dado que por si só deveria ser visto como um desastre inesquecível, o resultado é um saldo humilhante.
A participação somada de duas estatais de Pequim, que dirige a economia que mais cresce no planeta, equivale a parcela assumida por apenas uma das multinacionais europeias.
Para quem avalia o sucesso e o fracasso de qualquer negócio pelo critério ideológico do privatômetro, o saldo é deprimente.
De cada 100 dólares extraídos do pré-Sal, a União irá receber, por caminhos diversos, um pouco mais do que 75%. É o caso de perguntar: os críticos estavam infelizes por que acham pouco? Ou acham que é muito?
Você decide.
O mesmo se pode dizer da crítica ao método de partilha do Pré-Sal. Não faltaram observadores para dizer que ele se mostrou pouco adequado em relação a leilões convencionais. Como a partilha foi criada pelo governo Lula e aprovada pelo Congresso, podemos imaginar aonde se quer chegar.
O argumento contra a partilha é que nas outras vezes, apareciam mais empresas interessadas.
Mas, lembrando que não há petróleo grátis é sempre bom questionar. Havia mais concorrentes porque se oferecia um bom negócio para o país ou porque se oferecia o ouro negro na bacia das almas?
Será que a lei da oferta e da procura só funciona para provar as teses que nos agradam?
Claro que é possível ouvir um murmúrio clássico, aquele que consiste em falar que “poderia ter sido melhor”.
O problema é que essa é uma expressão faz-tudo, que se podemos empregar para falar do restaurante em que fomos ontem, do serviço da TV a cabo, e também para a cobertura da mídia no pré-Sal, não é mesmo?
Na prática, o saldo do leilão confirmou duas coisas. De um lado, o imenso desconhecimento de supostos especialistas sobre o mais volumoso investimento da história do país.
De outro lado, o episódio demonstrou uma opção preferencial por subordinar uma análise objetiva da realidade a interesses políticos.
Esta opção ajuda a entender a cobertura levemente simpática aos protestos realizados contra o leilão. Valia tudo para atrapalhar, até pedir ajuda a filhos e netos de manifestantes que, em 1997, quando ocorreu a privatização da Vale do Rio Doce, foram tratados como uma combinação de criminosos comuns e esquerdistas ressentidos.
Por mais que o debate sobre os rumos da exploração do petróleo tenham toda razão de ser, e não possa ser realizado de forma dogmática nem simplória, essa postura amigável de quem sempre jogou na força bruta não deixa de ser sintomática.
Não era a privatização da Petrobras que estava em jogo, embora sempre se procure confundir as coisas, num esforço para contaminar o debate político possível de nosso tempo com um certo grau de cinismo universal.
Promovido na pior crise da história do capitalismo depois de 1929, o que se pretendia no leilão era reunir meios e recursos para permitir a economia respirar, numa conjuntura internacional especialmente adversa. Quem conhece a história das crises do século XX sabe que há momentos que inspiram mudanças de rumo e orientação que não fazem parte dos manuais e cartilhas.
Com todas as distancias e mediações, pergunto se não seria o caso de pensar na NEP iniciada por Lenin, na Russia, procurando atrair investimentos externos de qualquer maneira?
Realizado um ano antes da eleição presidencial de 2014, o leilão de Libra foi uma batalha política.
Partidários de uma abertura paraguaia aos investimentos externos, típica de países que não possuem base industrial nem um patrimônio tecnológico em determinadas áreas, tudo o que se queria era condenar o governo Dilma por “afugentar investidores,” o que ajudaria a sustentar um argumento eleitoral sobre o crescimento de 2,5% ao ano – número que ainda assim está longe de ser uma barbaridade na paisagem universal, vamos combinar.
Em tom pessimista, poucas horas antes da batida de martelo, um comentarista deixou claro, na TV, que seria preciso esperar uma vitória da oposição, em 2014, para o país corrigir os problemas que tinham gerado um fracasso tão previsível.
O saldo foi oposto. Os investimentos vieram, em larga medida serão privados, como a oposição fazia questão. Estes recursos irão gerar empregos, encomendas gigantescas em equipamentos e, com certeza, estimular crescimento e a criação de postos de trabalho.
Medido pelos próprios critérios que a oposição havia formulado quando passou a divulgar a profecia de fracasso, o leilão foi um sucesso.
A derrota foi política
Paulo Moreira Leite
Campos se apossa do mote tucano
O dono do PSB adora discurso, retórica e esquecer
Presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, gosta de um discurso e da retórica, de imagens e exemplos. Ontem apossou-se de um mote de campanha que vem sendo explorado por outro presidenciável, o tucano senador Aécio Neves (PSDB-MG), e criticou a lentidão de obras federais como a transposição do rio São Francisco e a ferrovia Transnordestina.
Ao visitar as obras de um hospital estadual e ser questionado sobre a possibilidade de cumprir o cronograma de grandes obras federais, o presidenciável Eduardo Campos – ainda que não se saiba se a cabeça de chapa, na eleição ano que vem, será ele ou a sua parceira política, a ex-senadora Marina Silva (PSB-Rede) – afirmou que “dá para fazer” obras dentro dos prazos estabelecidos, desde que haja capacidade de gerenciamento.
“Não é simples, mas dá para fazer dentro do cronograma se você tiver essa capacidade de juntar pessoas com treinamento, com qualificação, usar as ferramentas de gestão para fazer o acompanhamento. Dá para fazer”, insistiu, sugerindo a montagem de um “modelo de governança” que tome medidas corretivas a cada atraso detectado em obra.
Com tanto gosto pelo discurso, por retórica, imagens e exemplos, ele podia ter aproveitado e explicado, mas ficou devendo as razões pelas quais seu governo continua mal avaliado na área da saúde, apesar da construção de hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e do aumento de recursos que – isso ele também esqueceu de dizer – joraram para Pernambuco nos governos Lula e Dilma Rousseff.
Será que o quadro crítico que continua nessa área em Pernambuco é por razões de governança, planejamento e gerenciamento, como diz ele? Já sobre o atraso de obras do governo federal no Nordeste, o governador Eduardo Campos esqueceu quem comandava o ministério responsável por esses empreendimentos até duas semanas atrás.
Esqueceu que o Ministério da Integração Nacional, responsável pela obra da transposição do rio São Francisco, na verdade pela integração das bacias hídricas daquela região nordestina, era até o mês passado dirigido pelo seu partido, o PSB, e tinha como titular o ministro Fernando Bezerra, que só há duas semanas deixou cargo.
José Dirceu
Combate a corrupção
Para combater a corrupção o governador de Pernambuco, dono do PSB e candidato a presidente ano que vem, prega a alternância do poder por diferentes partidos políticos.
Pergunto:
O PSB não terá candidato a governador em Pernambuco?
Terá?...
Ah, então a alternância só vale para o PSB conquistar cargos que ainda não conseguiu...
Entendi...
Menino besta esse dudu.
Prá desopilar
Depois de mais de 30 anos de casado, e com quase setenta anos de idade ele encontrou outra cara metade; uma tremenda gata de 22 aninhos. Certo dia, em um restaurante encontra um casal de médicos, ex-colegas de turma e sentam juntos para rememorar os bons tempos. O amigo médico ficou impressionado com a gata e, quando as esposas foram ao toalete, não se conteve e perguntou como ele conseguiu a proeza de arrumar uma gata daquelas. Ele com a maior calma do mundo, disse:
- Para manter um bom relacionamento, com uma gata daquelas, o importante é onde você a beija. Imediatamente o cara perguntou:
- E onde é que você a beija?. Sem perder a compostura nosso amigo respondeu:
- Eu a beijo em Paris, Nova York, Londres, Roma, Veneza, Mônaco , etc...
Concessão x Partilha
Já temos uma ideia de quanto o Brasil recebera do óleo extraido do Campo de Libra. Que tal um estudo para saber quanto o Brasil teria recebido (e continuado dono) das privatizadas Vale e Embratel?
Quem tiver ou for fazer esse estudo e deseje publicar aqui, o email é:
Será automaticamente publicado.
Aguardo.
O personalismo na política
Há quem condene o personalismo na política - o fato de que certos líderes são tão fortes, alguns até carismáticos, que ofuscam seus partidos. A grande agremiação brasileira que já nasceu declarando guerra ao personalismo é o PSDB.
Dos partidos atuais, foi também o mais preocupado com as instituições, proclamando apoiar o parlamentarismo - embora nada tenha feito por este quando ocupou a Presidência da República. Toda teoria tem dificuldades na prática. Mas faz parte da lógica política, mesmo parlamentarista, ter líderes poderosos.
Um partido não disputa a hegemonia se não tiver grandes nomes. Isso, todos requerem. Só que isso não significa personalizar a política, coisa que o PSDB não faz nem fez.
Desde a democratização de 1985, destacaram-se quatro líderes personalistas entre nós. Um deles foi um problema, Fernando Collor: seu apelo pessoal ao eleitorado não tinha sustentação partidária ou social. Ganhou a Presidência graças ao vazio de alternativas.
Logo depois de seu impeachment, uma emenda constitucional extinguiu a eleição solteira para presidente da República, praticamente eliminando os riscos de elegermos um candidato sem bases sólidas.
Mas também tivemos Leonel Brizola, Lula e Marina. Dos grandes líderes pré-1964, foi Brizola o que mais se destacou e mais tempo durou após o longo interlúdio ditatorial. Seus desafetos o chamavam, injustamente, de caudilho. Tinha carisma. Mas sempre fortaleceu o partido em que estivesse.
Liderou a ala esquerda do Partido Trabalhista Brasileiro, legenda que teria retomado na década de 1980, não fossem as manipulações do Palácio do Planalto. Fundou, então, o Partido Democrático Trabalhista, que dirigiu até morrer.
A mesma lealdade a valores marca Lula e Marina. Ele sempre foi do PT e o PT sempre foi ele. Mas Lula e o partido se estressaram, entre 1998 e 2002 - sua última derrota e sua primeira vitória.
A esquerda do PT aprovava propostas radicais, que, na prática, barravam sua rota para a Presidência. Pois votos, queem tinha era Lula. Assim, para concorrer em 2002, exigiu uma guinada pragmática. Não queria mais marcar posição. Queria vencer, mudar o País, mesmo que menos do que o ideal.
Mas ficou uma marca no PT, que um dia ele terá de enfrentar. O partido que surgiu em 1982, como o mais moderno de todos, nunca se emancipou de seu líder. Lula não é autoritário. Mas é quem escolhe os candidatos petistas aos principais cargos em disputa.
Indicou Dilma para a Presidência, Haddad para a prefeitura mais rica do país, Padilha para o Estado mais populoso. Tem dado certo, mas à custa de não haver escolha dentro do partido. O PT ganha a eleição, mas não por um processo interno e sim por uma decisão externa à militância. A vantagem é que Lula acerta. A desvantagem é que quem acerta é Lula.
Cedo ou tarde, o PT precisará amadurecer. Muito se tem dito que o PSDB precisa renovar suas lideranças, que está na hora de ter nomes novos, que essa é uma transição difícil. É verdade.
Mas o PT pode estar fadado a viver um momento pior. Perdeu a cultura do debate interno. Terceirizou em Lula suas decisões. Isso constitui um risco. Basta que perca uma eleição decisiva. Sua travessia do deserto pode ser penosa.
Mas, para completar o percurso pelos líderes personalistas, Marina Silva é a mais recente. Sem dúvida, ela é modesta; não tem nenhum traço de arrogância; mas seus votos e decisões, criando o Rede ou se aliando ao PSB, são dela e não do grupo. Também aqui, há uma vantagem a curto prazo e um problema a médio.
Marina traz votos, porém não os consolida. Não é óbvio que consiga transferi-los. Mas o sinal preocupante é que aparenta ter menos compromisso, do que Lula e Brizola, com os partidos por onde passa. É a menos institucional dos três.
Depois que deixou o PT, onde se formou, esteve no PV, criou o Rede e foi dar no PSB. Defendo com unhas e dentes seu direito de concorrer no ano que vem ao cargo que quiser e puder. Mas me inquieta um percurso que vai da esquerda para a ecologia, da ecologia para a sustentabilidade, tema hoje querido dos economistas ex-tucanos e que não é a mesma coisa que a defesa do verde, da sustentabilidade para um partido que tem socialismo hoje apenas no nome, salvo se for para homenagear Roberto Amaral e Luiza Erundina.
Cristian Klein sugeriu aqui que Marina seria mais popular entre os que têm aversão à política; chamemos as coisas por seu nome, analfabetismo político; cidadania não é só pleitear direitos, protestar contra uma categoria política desprestigiada, é sobretudo traduzir suas reivindicações na linguagem da política.
Por circunstâncias que escaparam a sua vontade, dos três bons líderes personalistas que analisei, Marina é a única a ter mudado tanto de partido. Leva a extraordinária bagagem de seu apelo pessoal. Mas isso, que na conjuntura dá votos, na estrutura gera rachaduras.
Lula e Brizola temperavam seu apelo pessoal, seu carisma, identificando-se a seus respectivos partidos. Era este o "check and balance" do risco que representa, para as instituições, o personalismo. O paradoxo da situação é que o Rede - como o PT, em seu tempo heroico - inclui gente muito qualificada.
O apelo pessoal de Marina é inegável e constitui o maior trunfo do Rede e, hoje, do PSB. Mas esse trunfo exige cautela. O personalismo não é fácil para a democracia. Ele existe, não deve ser extirpado, mas precisa de contrapesos.
Vejamos se e como Marina consegue institucionalizar seu inegável êxito pessoal. Porque ela é leal a seus valores, mas não tem um vínculo tão forte com as organizações partidárias.
Campo de Libra e os delirios de José Serra
Vamos rir um pouquinho das besteiras que o jênio escreveu sobre o leilão?
O comentário [em colchetes] é de Rafael Patto.
Divirta-se:
- Pra quem tá aí repetindo feito um soluço a lorota de que o leilão de Libra é o mesmo que privatização, talvez a leitura mais recomendada para esse momento (por incrível que possa parecer) seja a da nota escrita por José Serra (só mencionar o nome dele já me faz cair em gargalhadas) e postada em seu perfil, aqui no facebook.
O que norteou o leilão do Campo de Libra
O que norteou o projeto foi a percepção de que as riquezas do pré-sal se constituíam em um risco ou uma oportunidade para o país.
Risco se o país se deixasse contentar apenas com a receita petrolífera.
A oportunidade consistiria em utilizar o pré-sal para desenvolver a indústria nacional e criar uma competência interna no mercado de águas profundas; e para gerar recursos para áreas centrais de cidadania, como a educação.
***
Para atingir esses objetivos, foram criados diversos mecanismos:
1. O sistema de partilha, pela qual o Estado participará diretamente da receita auferida com a exploração dos poços.
2. A criação de uma empresa à parte, a Pré-Sal Petróleo, para administrar os contratos de partilha e receber a parcela da União, seguindo o modelo norueguês.
3. Percentuais de conteúdo nacional na construção das plataformas.
4. A operação sendo exclusivamente da Petrobras, para garantir o pleno domínio sobre as informações e sobre a produção.
5. A garantia legal de que a maior parte da receita dos campos licitados será aplicada em educação.
O que norteia as críticas
Do mercado, partiram as críticas de que as restrições afastariam os grandes players internacionais, reduzindo a competição e os lances pagos. Para se obter o lance máximo, teria que se abrir mão de todos os princípios originais. Para se manter os princípios originais, teve que se abrir mão de um pagamento maior.
Portanto, foi uma questão de escolha.
Os concorrentes – Petrobras, Shell, Total, CNPC e CNOOC – juntaram-se em um único consórcio e deram o lance mínimo, oferecendo 41,67% à União. Outros 40% do capital são da Petrobras. Tecnicamente, 81,67% do petróleo extraído ficarão com o país.
***
Houve críticas e interpretações algo desconexas. De um lado julgou-se que a preponderância de empresas chinesas marcariauma nova postura geopolítica nacional. Falso! As razões foram puramente comerciais.
Na outra ponta, a interpretação de que, sendo empresas estatais, o estado chinês poderia atropelar contratos com o Brasil. Conspiração por conspiração, os Estados Unidos já montaram diversas operações no Oriente Médio para defender suas petrolíferas.
Onde está o problema?
A operação será toda da Petrobras. Os sócios entraram apenas com capital. Havia dificuldade da Petrobras se endividar mais, para assumir sozinha a operação. Mas a própria Pré-Sal Petróleo poderia ser capitalizada, entrando como investidora.
Este ano, a União enfrenta restrições fiscais momentâneas. Superadas, a exploração de Libra poderia ter sido exclusivamente da Petrobras.
Serão 35 anos de exploração do campo. Internamente, na Petrobras, admite-se que as reservas poderão ser superiores aos 8 a 12 bilhões de barris anunciados.
Nas últimas três eleições, a Petrobras foi o mais eficaz argumento brandido pelo PT. A ponto de, em 2006, o candidato Geraldo Alckmin ter se fantasiado com camiseta de estatais para deter os boatos de que privatizaria as empresas.
Em 2014, o governo terá que encontrar outro discurso.
A sustentabilidade da Rede
No Piauí Campos e Marina dão a demonstração do que é a política nova que eles representam.
A dupla pretende reunir no mesmo balaio o psb, dem, psdb, pmdb e demais partidos que aceitem participar da disputa eleitoral do ano que vem.
Quando o pt faz aliança, está fazendo a política velha...
Quer saber, esse discurso hipócrita de Blablarina e Campriles vão fazer a gente reeleger a presidente Dilma é no primeiro turno.
Bom dia
Ria dos tombos.
Aprenda com os teus erros e também com os erros dos outros.
Acredite que tudo dará certo e serás feliz!
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