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Mensagens para o Serra


Serra está indeciso, não sabe se vai ou se fica, não sabe se fica ou se vai. Se lembra da acertada decisão de ter desistido de concorrer de novo contra o Lula em 2006, teria sofrido uma lavada e se queimado para sempre. Teve que refrear sua insaciável sede de poder e deixar que Alckmin fosse a vítima de Lula.

Mas agora não se decide. Deixar o governo do Estado, pelo qual tanto lutou, para tentar a presidência e ser derrotado de novo, significaria liquidar sua última tentativa de chegar à presidência – com que sempre sonhou. E ainda ficar sem o governo do Estado, sem instrumentos de poder, sabendo que sem isso fica reduzido a nada. Ou desistir de concorrer e ficar no governo de São Paulo, deixando passar sua última tentativa, renunciar a concorrer de novo, ir embora da política com toda a geração de tucanos e demos que se retirarão para o anonimato.

Mandemos mensagens para o Serra.

A minha:

Seja candidato. Defenda publicamente o que vocês dizem diariamente: Que os sucessos do governo Lula se devem ao governo de FHC (do qual você foi sempre ministro, da área econômica, depois da saúde). Trate de explicar isso. Defenda o governo do mesmo bloco de partidos que te apóia hoje, defenda as privatizações, defenda a Petrobrax, defenda a política econômica de que você fez parte, tente explicar como vocês dizem que as políticas sociais do governo Lula foram começadas no governo FHC, mas este foi rejeitado brutalmente pelo povo brasileiro, enquanto o governo Lula é aclamado. 

Reitere que o Brasil, ao apoiar o retorno do presidente legalmente eleito de Honduras contra o golpe militar, fez uma “trapalhada”, nas tuas desastradas palavras. Explique porque fugiu do Brasil poucos dias depois do golpe e abandonou a UNE, da qual era presidente e os estudantes, na sua dura e linda luta contra a ditadura. Seja candidato, critique o governo Lula, diga porque está contra a continuidade deste governo coma Dilma. Diga quem dirigirá tua política econômica. Que mudanças fará na política exterior. Que cargos terá o DEM no teu governo. Seja candidato, Serra, tenha coragem, enfrente o país e o povo, submeta-se ao voto popular. 

Mandem as mensagens de vocês ao Serra.

Quem é o louco?

Quem deu estas respostas abaixo a Empresa Brasileira de Comunicação é um *louco, qual tua opinião?



EBC: O que ficou decidido sobre a atuação dos dois países nos conflitos do Oriente Médio?


As causas dos conflitos do Oriente Médio constituem uma das questões mais complexas do mundo. Temos que identificar as raízes e assim tratá-las. Vamos continuar nossas conversas com o presidente Lula nesse sentido. E espero que, baseados na Justiça, possamos chegar a uma solução, porque o presidente Lula deseja Justiça e nós, também. Pode ser que nossas informações sejam diferentes e até nossas atitudes e nossos comportamentos. Se intercambiamos nossas opiniões e ideias, pode ser que isso coincida e criaremos uma opinião. Estou muito “esperançado” e espero que Deus ajude nisso.


EBC: Com o conjunto dos acordos assinados hoje o que vai representar em termos de balança comercial entre Brasil e Irã?


O Produto Interno Bruto (PIB) iraniano é da ordem de US$ 800 bilhões (paridade de poder de compra), isso num momento em que os preços no país estão muito baixos em termos internacionais. É muito natural que as relações entre os dois países sejam feitas em torno do desenvolvimento econômico – nós temos potencialidades e também necessidades. E  Brasil, o mesmo. Podemos trabalhar em um sistema de complementaridade na atividade produtiva e comercial para que os dois países se desenvolvam economicamente com mais aceleração.


EBC: O presidente Lula conseguiu mudar a sua visão sobre a questão nuclear?


Será que ele queria fazer isso?


ABr: Havia uma expectativa de que o Brasil e o Irã poderiam estabelecer um caminho comum na questão nuclear?


O caminho comum não significa alteração das visões. Nós estamos caminhando por um caminho e isso quer dizer que também estamos fazendo cooperações naquilo que é semelhante entre os dois países.


EBC: O Irã assinou o tratado de não proliferação, e existe inclusive uma lei rigorosa religiosa que proíbe armas nucleares. Por que o resto do mundo tem dificuldade de acreditar no Irã?


Não é o mundo, são alguns países que tem hostilidade conosco, eles querem monopolizar a energia nuclear. Até são contra o desenvolvimento do Brasil e também são contra o desenvolvimento do Irã. Inspecionaram atividades [nucleares] iranianas e foi divulgado pela Agência Internacional de Energia Nuclear que não houve desvio no programa nuclear iraniano.


EBC: De onde vêm os fundamentos das críticas?


Aqueles que estão contra o Irã não são pessoas que estão contra os armamentos nucleares; porque eles têm. Se alguém está contra um ato ilegal, inaceitável, em primeiro lugar, não tem que fazer isso. Como eles estão praticando isso e querem que outros não pratiquem? Nós pensamos que a era dos armamentos nucleares já chegou ao fim. Se esses armamentos nucleares fossem úteis, teriam ajudado a União Soviética e também o governo norte-americano a vencer no Afeganistão e no Iraque. O regime ocupacionista de Israel também poderia ganhar algo em Gaza. Sabemos que isso não ajuda. Tanto pelos regulamentos como pelos pensamentos sobre o uso desses armamentos. Pela religião, é proibido, e no pensamento lógico isso também não funciona. Nós achamos que aqueles que estão à procura de armamentos nucleares são pessoas politicamente atrasadas. A era dos armamentos já acabou. Começou a era da humanidade, do pensamento: o poder dos povos é o pensamento e não os armamentos nucleares.


EBC: O Irã vai continuar sua experiência com enriquecimento de urânio ou vai comprar no exterior o urânio enriquecido de que precisa?


Continuamos o enriquecimentos de urânio para combustível em nossas usinas. O que nós queremos comprar é combustível para um reator que ajuda na produção de medicamentos. Nós propomos isso para que se desenvolva a cooperação em nível internacional. E deixamos uma oportunidade para que aqueles que estavam contra o Irã possam estabelecer uma cooperação com o programa nuclear iraniano.


EBC: Há uma minoria judia no Irã que relata ser muito bem tratada, acolhida, respeitada pelos iranianos, mas há outras minorias que enfrentam certas dificuldades, como, por exemplo, 18 líderes Baha'is presos recentemente e outras pequenas minorias que reclamam por direitos humanos. O Irã, que sofreu com o autoritarismo de outros países, pode se permitir condições autoritárias para parte de sua população?


Pela Constituição iraniana, todas as religiões divinas são livres para praticar suas tradições, como judeus, cristãos, muçulmanos.  Essas religiões podem praticar seus costumes e cultos e ter representação no governo e no Parlamento. A nossa Constituição não considera Baha'is como religião. Não é uma religião, é um grupo político e, por isso, não é reconhecido pela Constituição. No Irã, na convivência pessoal, eles (Baha'is) estão livres, mas não podem estar presentes na governança do país ou ter um centro para seus cultos. Isso é lei.


EBC: Essa resposta provocou uma dúvida: O que é democracia para o senhor?


Hoje democracia tem mais de 50 aspectos diferentes. Um conceito e uma definição, por exemplo, é o governo do povo para o povo. E os meios para atingir isso são diferentes, mas só sabemos que o grau de democracia no Irã é muito alto. Cerca de 70% das pessoas participaram das eleições, isso mostra alta participação e alta liberdade, podemos dizer. É que no Irã não existe obrigatoriedade de voto nas eleições. Isso acontece em plena liberdade. Os candidatos também estão livres para expressar suas ideias, uma liberdade plena, em todas as instituições do Irã.


EBC: E qual é o melhor exemplo?


Nós achamos que a democracia que terá sucesso é a que for baseada em aspectos bons. A democracia que está sustentada no domínio do poder e da riqueza, essa não é democracia. Basta olhar para Estados Unidos – são dois partidos que participam. Será que toda a população americana se divide entre esses dois partidos? E eles estão obrigados a votar nesses dois grupos, não têm outra opção. Porque tanto a mídia quanto a riqueza estão nas mãos desses grupos, se aparece um independente, certamente não vai ganhar, porque o sistema eleitoral lá é muito custoso. Quem pode ganhar é o que gasta muito, milhares... E o resto da população? Qual é a sua posição? E na Europa também é o mesmo. Só dois partidos que normalmente ganham mais votos. Certamente a democracia aqui no Brasil e no Irã é mais avançada quando comparada com o resto do mundo.


EBC:  O senhor acha que democracia do Brasil pode servir de modelo?


Acho. Acho que existe liberdade no Brasil, existem muitos partido,s e o poder não está dividido em grupos específicos. Nos Estados Unidos, o poder durante os últimos 100 anos está dividido entre dois partidos apenas. Como isso pode acontecer? Isso quer dizer que a democracia lá é muito limitada, mas, no Irã, até as pessoas independentes, sem filiação partidária, podem participar das eleições. O dinheiro não é definição para participação. Mas nos lugares em que o dinheiro define a participação, onde está o lugar do povo? Desejamos que chegue um dia em que possamos aplicar a vontade dos povos. Desejo mais uma vez prosperidade e desenvolvimento para a nação brasileira e para todas as nações.


* Quem deu estas respostas a EBC foi Mahmoud Ahmadinejad, o presidente do Irã.

Pré-sal será para todos


Todos os 5.561 municípios brasileiros dos 26 Estados e o Distrito Federal serão beneficiados pelo fundo social com origem em recursos obtidos através da extração do petróleo na camada pré-sal. A afirmação foi feita pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, hoje, durante sua participação num seminário sobre o tema realizado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. O evento tem como objetivo discutir pontos da proposta do novo modelo regulatório de exploração e produção de petróleo, como a implementação do modelo de partilha e a atuação da Petrobras como única operadora de todos os campos do pré-sal.


A partilha, segundo Dilma, será direcionada à redução da pobreza, investimentos em ciência e tecnologia, meio ambiente e cultura. Pelo menos 22% dos royalties gerados a partir da exploração na camada serão destinados àqueles Estados fora da faixa litorânea onde se encontram as bacias petrolíferas. "Os royalties estão num contexto secundário. Os projetos ainda não são definitivos, mas o grande avanço é o fundo social", argumentou Dilma, acrescentando que caberá a cada Estado reivindicar sua parcela de lucro - os royalties - gerado a partir da exploração do óleo em suas áreas limítrofes.


Ela garantiu que o Brasil possui os investimentos necessários para a exploração do petróleo, citando a importância da Petrobras e seu fluxo de caixa e a participação dos investidores privados nacionais e internacionais, bem como a inserção financeira dos bancos. "Nós não temos estimativa do custo desta extração, assim como também não temos certeza do potencial de nossas reservas nestes campos", disse, citando a necessidade da operação constante de pelo menos 300 embarcações exclusivas para o transporte do produto.


Paralelamente aos royalties e os recursos do fundo social do pré-sal, Dilma Rousseff citou diversas formas de os Estados se beneficiarem com os dividendos da exploração. Segundo ela, até 2013, serão investidos pela Petrobras US$ 174 bilhões em vários setores.