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Conselho da madrugada

"Adote o hábito de dizer algo amável ao pronunciar as primeiras palavras pela manhã. Isso estabelecerá sua disposição mental e emocional para todo o dia."

[Norman Vincent Peale]
[Lendas e Mistérios]

Realidade cotidiana

Tem um mês que a loja onde trabalho está parada, ninguém compra, ninguém vende. Mal tem gente na rua. Conversei com os lojistas aqui perto e todos, TODOS falaram que tem sido o pior mês em anos. Cadê a promessa de que ia melhorar?  Cadê o mito de vocês com a melhora da economia?

Demonha

Gleenwald: Globo quer mudar o foco da #VazaJato


"A grande preocupação dos envolvidos agora, com ajuda da Rede Globo – já que não podem negar seus malfeitos – é com o "hacker". E também nunca vimos tantos jornalistas interessados mais em descobrir a fonte de uma informação do que com a informação em si. Nós jamais falamos em hacker. Nós não falamos sobre nossa fonte. Nunca."

por Green Gleenwald e Leandro Demori

"As vezes caio, mas me levanto e sigo em frente, nunca desisto, porque a mão que me ampara não é a do cão, é a de Cristo" 
Vida que segue...

Somos patéticos!

Compartilhando:

“Eu conversei com uma mulher, 27 anos,  faxineira, que nunca ouviu falar de Chico Buarque;
Com uma gerente de banco, 45 anos, que disse saber que Camões é português, mas não sabe quem é;
com um rapaz de 23 anos, desempregado, que não tem a menor ideia de onde fica Cannes;
com um motorista de aplicativo, de 40 anos, que pensa que Paulo Freire foi presidente do Brasil e que o prefeito de PA ainda é o Fortunatti;
com uma florista de 60 anos que acha que Olavo de Carvalho é um general e Paulo Freire um deputado ou senador;
com uma moça, 20 anos,  caixa de SM, que acha que Festival de Cannes pode ser um concurso de cachorros e Camões um rei português;
com um médico, 42 anos, que vive e trabalha em PA e que não conhece o Teatro São Pedro, pois nunca pisou no centro da cidade;
com uma nutricionista, 26 anos, que não conhece o Teatro São Pedro porque não gosta de teatro.
Com um estagiário de arquitetura, 22 anos, que acha que são quatro poderes no Brasil: planalto, assembléia, polícia e juiz;
Com uma  estudante de enfermagem, 34 anos, que nunca ouviu falar em estado democrático de direito, só de estado, e que no Brasil tem um monte;
com uma moça que trabalha de cuidadora de idosos, de 38 anos, que pensa que Albert Einsten é o nome do médico dono de um grande hospital em SP;
com uma atendente de  loja de roupas, 26 anos, que  nunca ouviu falar de Olga Benário. A gerente, 32 anos, não tinha certeza, mas acha que ela foi mulher do Hitler;
com uma estudante que se prepara para o vestibular de medicina, 18 anos, que já ouviu falar em kleber Mendonça e que acha que ele já foi prefeito, só não lembra onde;
com a dona de um salão de beleza, 37 anos, que pensava que  Chico Buarque já tinha morrido;
com um dono de padaria, 41 anos, que me garantiu que  na ditadura tinha mais segurança porque naquela época tinha pena de morte no Brasil e que nos EUA não tem violência porque tem pena de morte;
com um porteiro de prédio, 38 anos, que não sabe quem foi Janio Quadros, mas que acha que era um que tinha o apelido de Jango e que tentou dar um golpe no Getúlio;
com um aluno de cursinho, 19 anos, que quer ser fisioterapeuta e confunde constituição com instituição e estado democrático de direito com estado de sítio (!)
com um taxista, 58 anos, que me disse que Moro é o único deputado que não rouba;
com uma moça que se formou em radiologia e trabalha de  caixa numa lotérica, 29 anos, que acha o Sergio Moro um gato e que até ela queria ser presa por ele. Sobre Camões, me perguntou se era um yotuber;
com um camelô, 29 anos, que não sabe o que é filosofia, mas se querem acabar é porque deve ser putaria;
E todos eles acham que excludente de ilicitude deve ser nome de medicamento.

A questão é: com quem a gente pensa que está falando?!
Nós somos patéticos!”

Recebido por e-mail

Privataria bolsoguediana


Apenas uma semana depois de ser autorizada a venda dos seus gasodutos a Petrobras anuncia a "descoberta" de poços de petróleos que num passe de mágica no mínimo dobra o valor do ativo. Foi entregue por 30 bilhões, agora vale 60.
Roubo é isso!

"As vezes caio, mas me levanto e sigo em frente, nunca desisto, porque a mão que me ampara não é a do cão, é a de Cristo"
Vida que segue...

Caiu na rede: Eu apertaria o gatilho

Meu pai foi demitido em 1998. Pouco tempo depois, minha mãe, costureira, abriu uma lojinha de roupas na frente de casa. Ela cuidava da casa, cuidava de mim, pagava as contas, pensava em tudo. Costurava, tirava medidas, atendia, comprava tecidos, cortava peças até altas horas.

Meu pai nunca mais trabalhou. Ajudou minha mãe com as burocracias para abrir empresa, fez o que pôde. A depressão bateu - eu cresci com um pai deprimido, talvez isso explique muita coisa - e o casamento não ia mais tão bem. Desde jovem meu pai bebia, mas aí começou a beber mais.

Meu pai, o Carlos, começou a ficar o dia todo no bar. Era feliz ali, entre garrafas e amigos. Deixa eu explicar uma coisa: o Carlos tinha um cargo de gerência numa empresa que fazia garrafas PET. "Numa" empresa não, "na" empresa. Foi a empresa que trouxe o modelo PET para o Brasil. Meu pai era um homem inteligente, cheiroso, culto, viajou o mundo a trabalho. Me apresentou os Beatles.

Eu lembro dos perfumes que meu pai usava. Do bigode e das jaquetas de frio. Dos dentes tortos, do barulho que fazia almoçando, dos olhos meio verdes meio mel, do cheiro de pimenta no prato. Lembro de ganhar chiclete quando ele chegava, e de catar moedas no vão da poltrona onde ele sentava para tirar o sapato. Da mancha vermelha e quadrada no peito, do cenho sisudo.

A fábrica de garrafa foi à merda. O empresário, de uma das famílias mais ricas do estado de São Paulo, devia rios à previdência. Fez descontos indevidos na folha dos empregados. O Carlos, já perto dos cinquenta, saiu de lá com valores a receber. Perdeu o emprego no fim dos anos 1990, quase velho, esperando o patrão acertar o que devia. O Carlos e mais a torcida do Flamengo. Processo coletivo.

Volta a fita. Meu pai começou a quase morar no bar e virou uma chaminé de cigarros Free. Cresci na fumaça e vi o pai adoecer. Só quem teve parente com câncer sabe o que eu digo aqui. Quimioterapia, careca, cansado, apetite, náusea, pacote completo. Pulmão fodido, pigarro, noites sem dormir. Antes da loja da mãe engatar, dívida no banco, banco ligando, pressão daqui, pressão de cá, mais depressão.

Para de fumar, Carlos. Não dá.

Meu pai morreu antes de morrer. Primeiro cadeira de rodas, sem oxigenação para conseguir ficar em pé. Depois a parada respiratória, já amarelo. Eu tenho uma dor profunda de não ter conversado mais com ele. A última interação que tive com meu pai foi levar um copo de suco de pêssego, rejeitado pela náusea. "Obrigado". Última palavra. Hospital, interna, coma, morre. Minha mãe viu, eu não. 2004.

Depois o velório, o primeiro sério da minha vida. Pai pálido, florzinha, caralho a quatro. Mordi a língua e não chorei. A tia veio: "nessas horas, até pedra chora". E ali mesmo virei pedra, porque sim, porque é o que deu pra fazer, porque não dá pra exigir nada diferente de quem tá começando a vida. Nos anos seguintes, sabem quantas vezes eu quis abrir a cabeça de pessoas que pediram pra eu me abrir mais? Fui fazer terapia só aos vinte e quatro. Ainda me abro pouco.

Volta pra fábrica de PET. O processo trabalhista se arrastou. A justiça vendeu bens do empresário, e isso demora pra tramitar. Vai pra lá, vem pra cá, juiz libera, advogada pede isso, pede aquilo. Visualiza: o empresário é um velho, playboy, ricaço, mansão em outro país, fazenda, quadro caro na parede, amigo da família Marinho. Ainda tá vivo.

Nós, a família - eu, meu irmão, minha irmã, minha mãe - recebemos o dinheiro agora. Em 2019. Quinze anos depois do meu pai morrer. Vinte e um anos depois dele perder o emprego. O apelido do empresário era "o senhor das festas", sabia? Vinha até atriz. Vinha primo do Collor. Eu acho que teve festas mais caras que o valor devido ao meu pai.

Fico me perguntando o que teria sido do Carlos se tivesse recebido o dinheiro antes de ficar doente.

Justiça trabalhista.

Eu lembro que meu pai tinha um revólver e chegou a pensar em suicídio. Lembro dele contando para alguém que pensou em se jogar na frente de um caminhão.

Consciência de classe.

Eu sou filho de um homem, de um trabalhador especializado, de um humilhado pelo neoliberalismo, de um perseguido pelos bancos. E de uma mulher, cansada, moída, que destruiu a coluna ao longo de anos na máquina de costura, que nunca deixou faltar nada. Eu li, comi, comprei, estudei.

Eu sou filho do SUS e da escola pública.

E filho dos livros e dos sonhos que meu irmão contou.

Cresci pedra, mas querendo um mundo melhor e sem injustiça. Pelo patrão do meu pai, nenhum pingo de empatia. Um octagenário milionário que fez e faz do mundo um lugar pior. Eu apertaria o gatilho. Eu abriria o cadafalso. A morte dos canalhas, o ódio aos canalhas, a História.

Recebi a minha parte, que não é muito, com crise de choro e raiva. O pior dinheiro da minha vida. O preço da adega do Sr. Gilberto, menos. Talvez o que ele gasta em restaurantes. Vinte e um anos. Vinte e um. Vinte e um. Classe.

Carlos Ribeiro dos Santos, nascido a 15 de dezembro de 1949, ex-tenente do Exército Brasileiro, técnico em Química, formado em Administração de Empresas, fã dos Beatles, pai do Samuel, da Márcia e do Bruno. Descansou em outubro de 2004, sem ar.

O ódio aos canalhas. Sempre.

O amor aos nossos. Nunca esquecer.

Artigo do dia


Ou a casa cai de vez ou irão dizer [assumir]: foi golpe mesmo e daí? por Armando Rodrigues Coelho Neto
-Brasil um país estranho, onde cobram que um hacker aja dentro da lei e um juiz não -
“In Fux we trust”, escreveu o marreco de Maringá, enquanto urdia na calada da noite (literalmente) a condenação fajuta do ex-presidente Lula. Num conluio promíscuo com os oficiantes da Farsa Jato, o marreco trapaceava a Justiça. Seu comparsa misturava alhos com bugalhos para transformar um tríplex no Guarujá/SP em prova contra sua presa. É o que sugere e/ou tem revelado, em doses homeopáticas, reportagem do The Intercept Brasil. A matéria mostra ser farsa, o que sempre se soube, com muita convicção e pouca prova.
No covil  da Farsa Jato, ninguém negou o conteúdo. Escondem os telefones e criticam cinicamente a origem das mensagens dos bastidores imorais da endrômina jurídica. A corja judicialesca trata como crime as revelações do The Intercept. Nesse ponto, gosto de lembrar que meu colega Protógenes Queiroz foi demitido da PF por vazar informações, um crime impune praticado diuturnamente pelo marreco de Maringá. A Farsa Jato, como sempre tratei a ópera bufa, atuava politicamente a serviço das trevas, em troca de favores futuros.
É estranho um país que exige que um hacker aja dentro da lei e um juiz não.
Para criticar as revelações, a trupe da Farsa Jato privilegiou a forma (lei). Mas, para liberar as conversas telefônicas de Dilma Rousseff, “o que vale é o conteúdo e o interesse público”, disse o marreco. Em pretenso nome do interesse público, o ex-juizeco atropelou a lei e insuflou o ódio que até hoje desagrega comunidades e famílias. Tirou uma presidenta honesta e colocou no poder um homem com quem o próprio marreco aparecia sorridente em fotos (um truta que estaria roubando o país há 40 anos), para quem até a FFAA batia continência!
A postura hipócrita, cínica e arrogante do marreco me reportou a um texto que veiculei neste GGN, sob o título “A farsa, a forma e o conteúdo”, cujos termos recuperamos em parte. Vejamos.
A Operação Chacal, que derivou na Satiagraha, foi anulada por que o mandado de busca e apreensão só autorizava ir no 28º andar (sede do Grupo Opportunity). Como a PF arrecadou provas no terceiro andar do prédio, tudo foi nulo.
– Não valeu o conteúdo.
Na Operação Satiagraha, as provas obtidas em endereço que não constava do mandado de busca foram anuladas por Gilmar Mendes.
– Não valeu o conteúdo.
A Operação Boi Barrica, na qual estavam envolvidos membros da família de José Sarney, foi anulada por que nas gravações telefônicas não ficou “demonstrada concreta e fundamentadamente sua indispensabilidade”. Podem rir!
– Não valeu o conteúdo.
Outro clássico é o Caso Banestado (Alberto Yousseff). Dois anos de escutas foram anulados por excesso de prazo nas gravações…
– Não valeu o conteúdo!
Na “Operação Midas” (PF), parte da operação foi anulada, por que o “grampo telefônico”, autorizado por 30 dias, foi prorrogado por mais 30. Pela lei, o prazo era de 15 dias, renováveis por mais 15.
– Não valeu o conteúdo.
Na “Operação Castelo de Areia”(PF), a anulação teve como fundamento a quebra de sigilo com base em “denúncia anônima não juntada aos autos”.
– Não valeu o conteúdo.
Entretanto, na Farsa Jato, valeu o conteúdo. O marreco de Maringá mudou toda tradição dos tribunais e, criminosamente, em nome do conteúdo e do interesse público resolveu divulgar conversas entre Dilma e Lula para insuflar ainda mais o ódio nas ruas e no Congresso Nacional. Agiu politicamente e de forma criminosa. As gravações e a divulgação eram ilegais.
– Mas… Valeu o conteúdo!!!.
Mais que o conteúdo, valeu a interpretação maquiavélica deste, sob a marca do ódio, mesquinhez, intensão de delinquir. Numa deliberada ação política voltada a derrubar Dilma Rousseff, influenciar as eleições de 2018 e tirar proveitos pessoais com cargos e ou verbas do Tio Sam (até prova em contrário).
A condução coercitiva de Lula foi ilegal. As demais também e já foram declaradas ilegais por cortes superiores. Outras ilegalidades aparecem nas sentenças meteóricas, seletividade dos alvos, nos vazamentos propositais em datas estratégicas, na hostilidade contra advogados, no cerceamento de defesa, na falta de análise de provas, no atropelo de comezinhos princípios do Direito. Tudo a compor um jogo de imagens materializados num power point – no melhor estilo “Aranha da DEA” (USA) dos anos 60. Na prática, uma excrescência jurídica com o papel semiótico do esgoto de dinheiro no Jornal Nacional e da peruca de cobras na cabeça de Lula (Revista Veja).
The Intercept Brasil mostra como funcionava a usina de ódio. O MPF sabia NÃO TER prova e brigou para arrastar o tríplex do Guarujá para a Farsa Jato. Não há vínculo com a Petrobras. A investigação do caso, em São Paulo, por motivos outros foi transplantada (com supremo e tudo), para a endrômina jurídica do marreco de Maringá. O nome disso é prova forjada, fraude processual. As conversas promíscuas e espúrias mostram um conluio (parcialidade), nas quais ficam claras as preferências políticas da mutreta processual (prevaricação). No conjunto, abuso de autoridade, formação de quadrilha.
À época, quando veiculei o texto “A farsa, a forma e o conteúdo”, registrei que, a forma e o conteúdo eram questões utilizadas conforme conveniência da elite econômica do País. Sob o cinismo da mídia parceira do golpe, caíram no esquecimento em forma e conteúdo o escândalo HSBC/Suiça, brindado com nomes ilustres, entre os quais Lily Marinho (Globo), Otavio Frias (Folha), José Roberto Guzzo (Abril/Veja), Johnny Saad (Band) Ratinho (SBT), Mona Dorf (Jovem Pan). Nomes associados a suspeitos bilhões esquecidos na Suíça.
As vozes insuportáveis e cínicas do marreco e de seu comparsa evangélico sempre me doeram aos ouvidos. Hoje, não consigo disfarçar a ansiedade de, em breve, poder ouvir deles próprios, mais tramoias com TV Globo, desembargadores, ministros de todas as instâncias…
E agora? Vale a forma ou conteúdo? Ou a casa vai cair ou irão dizer: foi golpe mesmo e daí?
Armando Rodrigues Coelho Neto – advogado e jornalista, delegado aposentado da Polícia Federal e ex-integrante de Interpol em São Paulo.
"As vezes caio, mas me levanto e sigo em frente, nunca desisto, porque a mão que me ampara não é a do cão, é a de Cristo" 
Vida que segue...

Mensagem do dia


Aquele que conhece o inimigo e a si mesmo lutará cem batalhas sem perigo de derrota; para aquele que não conhece o inimigo, mas conhece a si mesmo, as chances para a vitória ou para a derrota serão iguais; aquele que não conhece nem o inimigo e nem a si próprio, será derrotado em todas as batalhas.
Sun Tzu, general e filósofo chinês.545 a.C., 470 a.C.