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Coerência na infâmia, por Diogo Costa

Pensando bem, o PDT e o rapaz lá do Ceará estão até sendo coerentes. Na pré campanha fizeram de tudo para conseguir o apoio formal do Centrão golpista e para tentar isolar o PT.
Levaram um pontapé na bunda do Centrão - que fechou com o Alckmin - e depois vieram correndo para tentar fechar com PSB e PC do B, que também deram uma banana para o sr. Gomes.




No segundo turno todos os postulantes a governador do PDT apoiaram entusiaticamente a candidatura do Bozo contra o Haddad. Enquanto isso o sr. Gomes desertou e foi passear na Europa...
Ou seja, a posição atual do PDT, de apoiar Rodrigo Maia do DEM, candidato oficial do PSL e do Bozo, é até certo ponto coerente.
Coerente com a tentativa de destruição do PDT e do legado de Brizola, operada por Lupi e pelo sr. Gomes há muito e muito tempo.

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Trocando figurinhas:
Alfredo Daut Coerência é ser golpeado e acatar a justiça do golpe para tentar virar mártir dentro da cadeia.

Diogo Costa Fidel foi preso e "acatou"; Mandela foi preso e "acatou". Não sei o que tu quer dizer. Lula recorre nas instâncias formais do mesmo modo que Fidel fez antes da revolução e que Mandela fez lá na África do Sul. Isso não quer dizer que não se deva promover a denúncia da justiça burguesa e que não se deva fazer campanhas nacionais e internacionais a favor de Lula. Mas para o sr. Gomes o Lula é um "preso comum" e não político, coerente com a posição de quem fugiu da raia e se bandeou para a Europa no meio da guerra eleitoral do ano passado.
***

A frase do dia


"Se quiserem nossa companhia, ótimo. Se não quiserem, antes só do que mal acompanhado"...
 Carlo Lupi - presidente do PDT em reunião do dirétorio nacional no Rio de Janeiro, sobre a possibilidade do governo federal retaliar o partido por ter votado contra o ajuste fiscal.


Mais alguns trechos do discurso:

  • Quem não nos quiser que anuncie à oponião pública por que não nos quer
  • Se não nos quer porque está fazendo uma opção pela direita, diga. Quem não nos quer porque entende que devemos ser punidos por defender o trabalhador, diga. Mas não seremos nós que vamos fazer o papel do ratos de porão de navio.
  • Não é ter ou não ter ministério. O ministério pode ser importante se ele for um instrumento para nós praticarmos as nossas políticas, não para saber pela imprensa que vão tirar direitos dos trabalhadores. Nosso papel não é esse
  • “Há um esgotamento do modelo de fazer política. O PT, na minha opinião, está esgotado no modelo, como instituição partidária. Ficou um projeto hegemônico. Muito poder pelo poder


  • Estamos num momento crucial. Temos que tomar um cuidado danado para não fazer coro com um discurso que está muito em voga hoje, que nós já vimos acontecer com o Getúlio, com o Jango, com o Brizola. É corrupção, corrupção, corrupção. E ninguém quer falar das deles. Existe maior corrupção do que a que fizeram com as empresas públicas no governo Fernando Henrique Cardoso? Existe maior corrupção do que a que fizeram com os bancos públicos privatizados de forma venal?
  • Não será o trabalhismo que vai jogar do mesmo lado do mar de lama, que deu em tiro e no suicídio. Nós vimos o que aconteceu com Getúlio. Depois do tiro no coração, virou um heroi. Não queremos ver nenhum brasileiro morto. Não queremos ver o sacrifício de ninguém individualmente para garantir uma democracia difícil.
Resumo: Discurso, um no cravo, outro na ferradura.

Que corrupto é esse? Que País é esse?


Caso Lupi: a outra versão da história
Você tem direito de ter a sua verdade. Para isso você precisa conhecer todas as versões de uma história para escolher a sua. A deles é fácil, é só continuar lendo a Veja, O Globo, assistindo ao Jornal Nacional. A nossa vai precisar circular por essa nova e democrática ferramenta que é a internet.
Meu nome é Angela, sou esposa do Ministro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi. Sou jornalista e especialista em políticas públicas. Somos casados há 30 anos, temos 3 filhos e um neto. Resolvi voltar ao texto depois de tantos anos porque a causa é justa e o motivo é nobre. Mostrar a milhares, dezenas ou a uma pessoa que seja como se monta um escândalo no Brasil.
Vamos aos fatos: No dia 3 de novembro a revista Veja envia a assessoria de imprensa do Ministério do Trabalho algumas perguntas genéricas sobre convênio, ONGS, repasses etc. Guarda essa informação.
Na administração pública existe uma coisa chamada pendência administrativa. O que é isso? São processos que se avolumam em mesas a espera de soluções que dependem de documentos, de comprovações de despesas, prestação de contas etc. Todo órgão público, seja na esfera municipal, estadual ou federal, tem dezenas ou centenas desses.
Como é montado o circo? A revista pega duas pendências administrativas dessas, junta com as respostas da assessoria de imprensa do ministério dando a impressão de que são muito democráticos e que ouviram a outra parte, o que não é verdade, e paralelamente a isso pegam o depoimento de alguém que não tem nome ou sobrenome, mas diz que pagou propina a alguém da assessoria do ministro.
No dia seguinte toda a mídia nacional espalha e repercute a matéria em todos os noticiários, revistas e jornais. Nada fica provado. O acusador não tem que provar que pagou, mas você tem que provar que não recebeu. Curioso isso, não? O próprio texto da matéria isentava Lupi de qualquer responsabilidade. Ele sequer é citado pelo acusador. Mas a gente não lê os textos, só os títulos e a interpretação, que vêm do estereótipo “político é tudo safado mesmo”.
Dizem que quando as coisas estão ruins podem piorar. E é verdade. Na terça-feira Lupi se reúne na sede do PDT, seu partido político em Brasília para uma coletiva com a imprensa. E é literalmente metralhado não por perguntas, o que seria natural, mas por acusações. Nossa imprensa julga, condena e manda para o pelotão de fuzilamento.
E aí entra em cena a mais imprevisível das criaturas: o ser humano. Enquanto alguns acuados recuam, paralisam, Lupi faz parte de uma minoria que contra ataca. Explode, desafia. É indelicado com a Presidenta e com a população em geral. E solta a frase bomba, manchete do dia seguinte: “Só saio a bala”. O que as pessoas interpretaram como apego ao cargo era a defesa do seu nome. Era um recado com endereço certo e cujos destinatários voltaram com força total.
Era a declaração de uma guerra que ainda não deixou mortos, mas já contabiliza muitos feridos. Em casa, passado o momento de tensão, Lupi percebe o erro, os exageros e na quinta-feira na Comissão de Justiça do Congresso Nacional presta todos os esclarecimentos, apresenta os documentos que provam que o Ministério do Trabalho já havia tomado providências em relação às ONGs que estavam sendo denunciadas e aproveita a oportunidade para admitir que passou do tom e pede desculpas públicas a Presidenta e a população em geral.
A essa altura, a acusação de corrupto já não tinha mais sustentação. Era preciso montar outro escândalo e aí entra a gravação de uma resposta e uma fotografia. A resposta é aquela que é repetida em todos os telejornais. Onde o Lupi diz “não tenho nenhum tipo de relacionamento com o Sr Adair. Fui apresentado a ele em alguns eventos públicos. Nunca andei em aeronave do Sr Adair”.
Pegam a frase e juntam a ela uma foto do Lupi descendo de uma aeronave com o seu Adair por perto. Pronto. Um novo escândalo está montado. Lupi agora não é mais corrupto, é mentiroso.
Em algum momento, em algum desses telejornais você ouviu a pergunta que foi feita ao Lupi e que originou aquela resposta? Com certeza não. Se alguém pergunta se você conhece o Seu José, porteiro do seu prédio? Você provavelmente responde: claro, conheço. Agora, se alguém pergunta: que tipo de relacionamento você tem com o Seu José? O que você responde? Nenhum, simplesmente conheço de vista.
Foi essa a pergunta que não é mostrada: que tipo de relacionamento o Sr tem com o Sr Adair? Uma pergunta bem capciosa. Enquanto isso, o próprio Sr Adair garante que a aeronave não era dele, que ele não pagou pela aeronave e que ele simplesmente indicou.
Quando comecei na profissão como estagiária na Tribuna da Imprensa, ouvi de um chefe de reportagem uma frase que nunca esqueci: “Enquanto você não ouvir todos os envolvidos e tiver todas as versões do fato, a matéria não sai. O leitor tem o direito de ler todas as versões de uma história e escolher a dele. Imprensa não julga, informa. Quem julga é o leitor”.
Quero deixar claro que isso não é um discurso para colocar o Lupi como vítima. O Lupi não é vítima de nada. É um adulto plenamente consciente do seu papel nessa história. Ele sabe que é simplesmente o alvo menor que precisa ser abatido para que seja atingido um alvo maior. É briga de cachorro grande.
Tentaram atingir o seu nome como corrupto, mas não conseguiram. Agora é mentiroso, mas também não estão conseguindo, e tenho até medo de imaginar o que vem na sequência.
Para terminar queria deixar alguns recados:
Para os amigos que nos acompanham ou simplesmente conhecidos que observam de longe a maneira como vivemos e educamos os nossos filhos eu queria dizer que podem continuar nos procurando para prestar solidariedade e que serão bem recebidos. Aos que preferem esperar a poeira baixar ou não tocar no assunto, também agradeço. E não fiquem constrangidos se em algum momento acompanhando o noticiário tenham duvidado do Lupi. A coisa é tão bem montada que até a gente começa a duvidar de nós mesmos. Quem passou por tortura psicológica sabe o que é isso. É preciso ser muito forte e coerente com as suas convicções para continuar nessa luta.
Para os companheiros de partido, Senadores, Deputados, Vereadores, lideranças, militantes que nos últimos 30 anos testemunharam o trabalho incansável de um “maluco” que viajava o Brasil inteiro em fins de semana e feriados, filiando gente nova, fazendo reuniões intermináveis, celebrando e cumprindo acordos, respeitado até pelos adversários como um homem de palavra, que manteve o PDT vivo e dentro do cenário nacional como um dos mais importantes partidos políticos da atualidade. Eu peço só uma coisa: justiça.
Aos colegas jornalistas que estão fazendo o seu trabalho, aos que estão aborrecidos com esse cara que parece arrogante e fica desafiando todo mundo, aos que só seguem orientação da editoria sem questionamento, aos que observam e questionam, não importa. A todos vocês eu queria deixar um pensamento: reflexão. Qual é o nosso papel na sociedade?
E a você Lupi, companheiro de uma vida, quero te dizer, como representante desse pequeno nucleozinho que é a nossa família, que nós estamos cansados, indignados e tristes, mas unidos como sempre estivemos. Pode continuar lutando enquanto precisar, não para manter cargo, pois isso é pequeno, mas para manter limpo o seu nome construído em 30 anos de vida pública.
E quando estiver muito cansado dessa guerra vai repousar no seu refúgio que não é uma mansão em Angra dos Reis, nem uma fazenda em Goiás, sequer uma casa em Búzios, e sim um pequeno sítio em Magé. Que corrupto é esse? Que País é esse?

A economia brasileira cresce, apesar dos juros

O Brasil é o país dos contrastes. 
Um exemplo: 
a taxa média de juros cobrada nos financiamentos concedidos às pessoas físicas teve alta pela terceira vez consecutiva. Em junho, os juros médios ficaram em torno de 6,9% ao mês, juros de agiotagem, registrando a maior taxa desde fevereiro de 2010 (6,92%). 


Ao mesmo tempo, a economia do País gerou um milhão, 361 mil postos de trabalho, no primeiro semestre, segundo o Ministério do Trabalho. 

Prevê o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que sejam gerados 2,5 milhões de empregos com carteira assinada durante todo o ano de 2010. 
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Caged deve apontar criação de mais de 1,5 milhão de empregos no primeiro semestre

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, informou há pouco que os números do Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - de junho estão sendo fechados e serão divulgados hoje às 11h. 
Com os dados de junho, o primeiro semestre do ano deve chegar a quase 1,5 milhão de empregos gerados. 
Baseado nesse saldo, o ministro estima que o ano de 2010 deve atingir a geração de 2,5 milhões de empregos formais.
Em maio, foram gerados 298.041 empregos formais. 
O saldo acumulado no ano, até maio, é de 1.260.368 empregos gerados.

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Lula interveio para manter Osmar Dias na aliança de Dilma

João Domingos, de O Estado de S.Paulo
Coube ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a articulação final que desmontou a tentativa de aliança entre o candidato tucano José Serra e o senador Osmar Dias, do PDT do Paraná, tornando-o candidato ao governo do Estado, numa coligação que envolve também o PT e o PMDB. Lula aproveitou a ríspida reação do DEM à escolha de Álvaro Dias (PSDB) - irmão de Osmar - para o cargo de vice de Serra como forma de fortalecer os argumentos que acabariam por demover o pedetista de ficar ao lado dos tucanos. Por telefone, o presidente lembrou na terça-feira a Osmar que há um ano e meio a coligação com os petistas vinha sendo costurada. Por essa causa, Lula cancelou a viagem que faria a Pernambuco na terça, preferindo ficar em Brasília.
No início da tarde de terça-feira, quando o presidente percebeu que a reação do DEM à escolha de Álvaro era cada vez mais forte, ele despachou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, para o Paraná. Lupi, também presidente do PDT (embora licenciado, é ele quem manda no partido), encontrou-se com Osmar por volta das 19 hs. Às 21 hs, Osmar anunciou que seria mesmo o candidato da aliança pró-Dilma Rousseff, a candidata de Lula.
Mesmo assim, Lupi não se desgrudou de Osmar. Continuou conversando com irmão de Álvaro Dias até por volta de 1 hora da manhã. Para se prevenir, ele decidiu permanecer em Curitiba durante toda a quarta-feira, 30. Contou a alguns ministros o que estava fazendo. Na conversa com o presidente Lula, disse que estava tudo certo. Mas que o presidente precisava "dar uma mãozinha", indo até o Paraná conversar com Osmar Dias.
Lula concordou. Como está de viagem marcada para a África a partir de sexta, com retorno no dia 12, o presidente disse que visitará o candidato pedetista assim que retornar do continente africano. Osmar quer a garantia de Lula de que sua aliança não sofrerá ataques por parte de petistas mais radicais, que costumam agredir as coligações com os aliados. E de que o presidente o ajudará, pedindo votos para ele ao mesmo tempo que para Dilma Rousseff.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que a decisão tomada por Osmar Dias acabou por consolidar de vez a aliança PDT/PMDB/PT no Paraná. Os candidatos ao Senado nessa coligação serão o ex-governador Roberto Requião, do PMDB, e a petista Gleise Hoffmann.
"Há um ano e meio nós costuramos essa aliança. Isso torna muito forte a chapa do senador Osmar Dias. Para tanto, contamos com a compreensão do governador Orlando Pessuti (PMDB), que abriu mão de sua candidatura para apoiar Osmar Dias."

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Ministro prevê a criação de mais de 270 mil empregos em maio

O número de empregos formais gerados no Brasil em maio deve ficar entre 270 mil e 280 mil, disse ontem o ministro Carlos Lupi (Trabalho).

O número oficial deve ser divulgado pelo Ministério do Trabalho por volta do dia 15. “Se não for o melhor mês de maio da história, vai perder apenas para 2004″, afirmou Lupi. Em maio daquele ano foram criadas 291,8 mil vagas com carteira assinada. “Será um pouco mais ou um pouco menos do que isso.”

O número de empregos criados nos cinco primeiros meses de 2010 deve superar o de todo o ano de 2009, na previsão do ministro. No ano passado foram criadas 995 mil vagas. De janeiro a abril de 2010, o número de novas vagas já chegou a 962.327. Em todo o ano, Lupi prevê a criação de 2,5 milhões de empregos. Por enquanto, o recorde é de 2007, com 1,617 milhão de vagas.

O ministro também anunciou que o governo prepara um projeto de lei propondo que o dinheiro de abonos e seguro desemprego não retirados no prazo pelos trabalhadores seja aplicado obrigatoriamente em cursos de qualificação profissional. 

Hoje, esse dinheiro volta para o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e pode ser usado para diversos fins.