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Lula é um burro, ignorante e incompetente!


Lula é um burro, ignorante e incompetente!

Vencer um “cara” tão desqualificado assim é a coisa mais fácil do mundo: basta ser mais inteligente, ter mais diplomas e competências superiores as dele. E, principalmente, demonstrar isso na prática, não apenas berrando desesperadamente. Simples não?

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E para quem é mais burro, ignorante e incompetente do que ele, só resta ficar quieto ou jogar pedra. Infelizmente, a segunda opção é a mais usada. 
E não é por gente simples, não! As quatro grandes empresas de comunicação descobriram que não possuem os talentos humanos do “cara” e partiram para ignorância assumida. Em defesa dos partidos que atendem seus interesses empresariais. Sem nenhuma proposta inteligente, acadêmica e profundidade do que as dele. 
Não basta xingá-lo, ele já demonstrou ser muito superior a essas agressões e picuinhas da “elite” tupiniquim.
Mas entendo. Não deve ser nada fácil lutar contra alguém que é infinitamente superior. Precisando conquistar votos e não ter a mínima idéia e talento para isso.

PT chega (muito) bem aos 30


De qualquer ângulo que se olhe, a trajetória do PT nestes 30 anos é um sucesso. O partido está no ápice do seu poder. Mais significativo é que deixou na poeira seus concorrentes na esquerda, reduziu-os à irrelevância ou, quando não, tomou-lhes o protagonismo e impôs uma hegemonia política e ideológica. Se toda sociedade tem uma fatia “de esquerda”, no Brasil o espaço está ocupado pelo PT e ninguém se atreve a desafiá-lo.
Como o PT alcançou tal status após três décadas? Por uma razão essencial: firmou na percepção e no pensamento coletivos a marca de que veio ao mundo para defender os pobres, os assalariados, os historicamente marginalizados.
O PT foi alterando ao longo da vida suas posições teóricas, ao ponto de não sobrar quase nada do estoque original de teses da fundação, mas não descuidou de estar ali, colado, quando a base social exigiu.
Um exemplo? O PSDB vive a reclamar de que o PT tomou lhe algumas belas ideias e agora as exibe como genuinamente petistas. Um caso típico é o Bolsa Família.
É verdade que o governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC) tinha boas ações sociais, só que Luiz Inácio Lula da Silva as ampliou bastante, e aqui quantidade é qualidade. Mas o pior, para o PSDB, é que enquanto Lula colocava mais dinheiro no programa criado por FHC os tucanos davam curso à estupidez do “bolsa-esmola” e centravam as críticas na “ausência de portas de saída”. Coisa de gênio.
Como resultado da abordagem, hoje o PSDB precisa gastar preciosos tempo e energia para negar que vá acabar com o Bolsa Família, ou restringi-lo.
Já o PT, confortável na sua imagem solidamente construída de distribuidor de renda, dá-se ao luxo de dizer que a prioridade no próximo período será reduzir a importância dos programas sociais à medida que forem crescendo as oportunidades de trabalho. É lógico, mas o PSDB teria mais dificuldade para dizê-lo, considerada a duvidosa reputação que construiu para si nos últimos sete anos.
Daí que no seu 30o. aniversário o PT esteja a operar talvez a mais radical guinada estratégica, desde 1980, sem que isso implique risco real de perda de substância.
Na prática, o PT irá substituir definitivamente o socialismo pelo capitalismo de estado, com todas as consequências. Na economia e na política.
O socialismo restará como objeto de desejo, cultuado ritualmente e relegado a um futuro intangível. Na vida real, o PT migra para o nacional-desenvolvimentismo como etapa política bem demarcada -e sem data para acabar.
Mais por precisão do que por boniteza, diria Guimarães Rosa. Para manter-se no poder, agora e mais adiante, o PT sabe que precisa acenar com a ruptura de um modelo de baixos crescimento e investimento. Até porque nos próximos quatro anos não haverá Lula no Planalto a hipnotizar a galera com discursos diários e a fantástica habilidade de combinar, no mesmo recado, vitimização e liderança. Nem é possível expandir indefinidamente o custeio da máquina pública.
Agora, com Dilma Rousseff (o PT nem pensa em perder a eleição), a sigla de Lula vai precisar mais que nunca da voracidade do grande capital “amigo”-inclusive agrário- em sua busca de reprodução e acumulação. E oferecerá a ele a proteção e a sociedade estatais.
É uma operação política que não se dá sem tensões, sem algum choro e ranger de dentes. Quem ainda se lembra de algo chamado “orçamento participativo”?
Também por isso, é preciso oferecer compensações para o conforto espiritual. E elas vêm na forma, por exemplo, de um Programa Nacional de Direitos Humanos. Que cumpre dupla função: exibe a renovação retórica do compromisso com certas transformações e, convenientemente, desloca-as para uma esfera quase “comportamental”, bem longe da polarização crua entre o capital e o trabalho.
E serve também de instrumento de pressão. “Só nós podemos evitar o radicalismo. Então nos apoiem.”

Solidão é para gênios


A maioria de nós precisa de afeto, farra e companhia
IVAN MARTINS
Arquivo Época
IVAN MARTINS 
É editor-executivo de ÉPOCA
Tenho de confessar uma dificuldade: a de conciliar um estilo de vida saudável com o jeito de viver que me faz feliz.
No domingo, por exemplo, saiu o bloco de carnaval da Vila Madalena. Havia milhares de pessoas na rua, a música estava boa, sambar ladeira abaixo é uma delícia. Passei quatro horas na farra, cercado de amigos, e fui dormir tarde da noite com dor de cabeça – por causa da cerveja, claro.
Na noite anterior, o sábado, também houve festa. E foi assim também na sexta. Feitas as contas, durante o fim de semana eu só consegui caminhar 30 minutos, no domingo, sob o sol abrasador do meio-dia. Talvez fosse melhor nem ter andado.
Não sei quanto a vocês, mas para mim finais de semana como esse me enchem de culpa.
Culpa por ter bebido demais. Culpa por comer mal. Culpa por não ter descansado depois de uma semana de trabalho. Culpa por não ter passado horas se exercitando ao ar livre (sambar na ladeira com uma latinha na mão não conta...) e culpa, claro, por não ter visto os bons filmes, lido os bons livros e passado em revista aquela pilha de publicações que cresce no canto da sala.
Movido pela culpa – e pelo senso de dever – fui olhar a lista de prioridades que risquei na virada do ano e descobri que nenhum dos oito itens foi resolvido. Um único deles foi encaminhado. Para piorar as coisas, o Carnaval vem aí...

A vida nas grandes cidades, no início do século 21, está montada sobre o princípio do prazer, não do dever. É muito fácil ser arrancado do esporte ou do sono ou do trabalho ou da leitura para sair e se divertir – e as pessoas fazem isso, cada vez mais.Se eu achasse que esse é um problema apenas meu, não me daria ao trabalho de escrever sobre ele. Mas acho que se trata de uma dificuldade universal.
Anos atrás, sair de noite e voltar de madrugada era coisa de gente jovem e solteira. Hoje não. Os mais velhos fazem isso. Os jovens casais com filhos também. Basta passar num bairro de restaurantes ou diante de uma balada numa noite de calor para ver gente aglomerada. Qualquer dia da semana, todo tipo de gente.
Exagero? Hoje, na hora do almoço, um jovem na mesa ao lado comentava com naturalidade sobre a casa de samba onde ele esteve... na noite de segunda-feira.
Antes que alguém levante o dedo, eu mesmo faço a ressalva: há entre nós que não têm a menor chance de gozar esse estilo de vida. O Brasil ainda é um país injusto, com dezenas de milhões de pobres para quem sair no meio da semana – ou mesmo no fim de semana – é uma espécie de utopia pessoal.
Mas essas coisas estão mudando.
O crescimento da economia fez com que milhões de pessoas pudessem consumir e gastar mais com lazer. Isso significa sair, beber, comer, dançar... Eu espero que logo a maioria tenha diante de si o dilema que hoje afeta um número menor de pessoas: como conciliar prazeres e necessidades?
Eu ainda não descobri, mas já notei algumas coisas:
  • Não se pode chutar o pau da barraca. Quem bebe demais e não trabalha no dia seguinte é rico ou é burro. A vida da cidade exige dinheiro e esse só chega às nossas mãos de forma duradoura pelo trabalho. Herdeiros que se locupletem, espertos que se arrisquem, mas o resto de nós precisa achar um meio termo.
  • Há que arrumar um ofício do qual a gente goste. O trabalho diário ao longo dos anos não é fácil para ninguém, mas torna-se muito mais agradável quando se gosta do que se faz. Trabalhar todos os dias apenas pelo dinheiro deve ser intolerável. 
  • Ninguém quer morrer cedo. Eu, por exemplo, estou decidido a conhecer meus netos. Para isso, há que estabelecer um equilíbrio entre usar e cuidar do corpo com que viemos ao mundo. Exercícios ajudam, alimentação garante. E sexo não atrapalha. 
  • Prazer faz bem e o amor nos mantém vivo. Estar apaixonado e cercar-se de gente que você ama têm efeito rejuvenescedor, em mais de um sentido.Cada vez que a gente começa um namoro, abre-se pra nós um mundo novo de ideias, pessoas, passeios e possibilidades. É a vida dos outros que chega arejando a nossa vida. O mesmo acontece com os filhos. Eles trazem da rua um universo reinventado pela geração deles – é só prestar atenção.
  • É essencial estar entre os outros. A solidão é para os gênios e para os loucos. A maioria de nós precisa estar no grupo, sentir-se parte dele, trocar ideias e partilhar aspirações. Isso nos dá uma dimensão real de nós mesmos e nos confere uma medida justa da realidade - além da alegria pura e simples de sambar na multidão. 
  • O silêncio faz parte. De vez em quando, o barulho da rua impede que a gente ouça a própria voz. Então é hora de sossegar um bocadinho. Como a boa poesia, a vida é feita de frases longas seguidas de frases curtas, intercaladas por silêncio. 
  • Não acredito em vida perfeita, arranjo perfeito ou solução definitiva. Mas se você acha que achou a fórmula da felicidade (que não seja o Ele totalitário), me escreva. Prometo que leio. 

Tá explicado

Crise econômica ou Armagedon? Após o IBGE ter divulgado uma queda de 3,6% no crescimento da economia brasileira no último trimestre de 2008, os editores de primeira página de O Globo e da Folha de São Paulo não hesitaram em recorrer, na quarta-feira, 11/3, às habituais formas de terrorismo editorial. A capa do diário carioca ostentava:" Indústria desaba. Consumo cai e já se teme 2009 com recessão". O jornal paulista não ficou atrás:" Queda do PIB no Brasil é uma das piores do mundo"

O fato de a desaceleração ter ocorrido no último trimestre pareceu irrelevante para os editores da conhecida publicação da Barão de Limeira. Apoiando-se no que julgava ser potencialmente mais explosivo, omitiu um dado de capital importância para compreensão da realidade econômica do país: o PIB brasileiro, apesar da crise em escala planetária, apresentou o segundo maior crescimento mundial. Ou seja, outras manchetes seriam possíveis. Algo do gênero “Apesar da recessão global, PIB cresce 5,1%" Por que não? Por determinações da pequena política.

Que tipo de jornalismo está sendo feito no Brasil? Para quais interesses é direcionada sua estrutura narrativa? É o caso de reexaminar, como já sugeriu o jornalista Alberto Dines, os procedimentos e padrões para a formulação de títulos? Ou o claro viés ideológico clama por uma inflexão de outra natureza? O que está em xeque é a própria ética do fazer jornalístico

Como ressalva o editor do Observatório da Imprensa, “de nada adianta registrar todos os dados, reproduzi-los no corpo da matéria se a titulação-espelho fiel da busca da verdade" beneficia apenas um ângulo”. Aquele que melhor atende aos objetivos de uma oposição sem projetos, fingindo fazer interpretação equivocada da Teoria da Catástrofe. Sejamos claros nesse ponto: o problema não é desvio conceitual, mas de caráter mesmo.

Mais uma vez, o que temos aqui são manchetes que, ignorando a apuração para obter impacto, não revelam incompetência, mas disposição de submeter o leitor e/ou telespectador à desinformação, ao fatalismo de profecias que se auto-realizam, à erosão da popularidade de quem governa.

Será que ainda não se deram conta que uma nova opinião pública se consolidou, apesar do conteúdo que produzem? Analisando o processo eleitoral de 2006, a jornalista Ana Rita Marini (*) constatou que “distante da influência das manchetes, o eleitor não se deixou levar pelo canto da sereia nos maiores veículos de comunicação". Não é o caso de se deter diante das conseqüências deste fenômeno, tão imprevisíveis quanto os da crise do capitalismo, antes de seguir na linha de jornalismo de campanha?

Já não passou da hora de a imprensa brasileira botar sua cultura no divã e ver que, se ela tem mudado os seus absolutos, eles continuam com a mesma face odiosa? Vale a pena manter a linha autoritária, acrescentando nuanças aparentemente democráticas? Ou o dilema dos barões da mídia é o mesmo de lideranças oposicionistas que vêem em 2010 não apenas mais uma eleição presidencial, mas a própria sobrevivência política?

Nesse caso há um subtexto, uma manchete oculta na primeira página de O Globo. “A agenda conservadora desabou, seu candidato começa a cair e há sinais de derrota nas eleições de 2010?” Se for isso, o Armagedon está explicado. 

Tá explicado

Crise econômica ou Armagedon? Após o IBGE ter divulgado uma queda de 3,6% no crescimento da economia brasileira no último trimestre de 2008, os editores de primeira página de O Globo e da Folha de São Paulo não hesitaram em recorrer, na quarta-feira, 11/3, às habituais formas de terrorismo editorial. A capa do diário carioca ostentava:" Indústria desaba. Consumo cai e já se teme 2009 com recessão". O jornal paulista não ficou atrás:" Queda do PIB no Brasil é uma das piores do mundo"

O fato de a desaceleração ter ocorrido no último trimestre pareceu irrelevante para os editores da conhecida publicação da Barão de Limeira. Apoiando-se no que julgava ser potencialmente mais explosivo, omitiu um dado de capital importância para compreensão da realidade econômica do país: o PIB brasileiro, apesar da crise em escala planetária, apresentou o segundo maior crescimento mundial. Ou seja, outras manchetes seriam possíveis. Algo do gênero “Apesar da recessão global, PIB cresce 5,1%" Por que não? Por determinações da pequena política.

Que tipo de jornalismo está sendo feito no Brasil? Para quais interesses é direcionada sua estrutura narrativa? É o caso de reexaminar, como já sugeriu o jornalista Alberto Dines, os procedimentos e padrões para a formulação de títulos? Ou o claro viés ideológico clama por uma inflexão de outra natureza? O que está em xeque é a própria ética do fazer jornalístico

Como ressalva o editor do Observatório da Imprensa, “de nada adianta registrar todos os dados, reproduzi-los no corpo da matéria se a titulação-espelho fiel da busca da verdade" beneficia apenas um ângulo”. Aquele que melhor atende aos objetivos de uma oposição sem projetos, fingindo fazer interpretação equivocada da Teoria da Catástrofe. Sejamos claros nesse ponto: o problema não é desvio conceitual, mas de caráter mesmo.

Mais uma vez, o que temos aqui são manchetes que, ignorando a apuração para obter impacto, não revelam incompetência, mas disposição de submeter o leitor e/ou telespectador à desinformação, ao fatalismo de profecias que se auto-realizam, à erosão da popularidade de quem governa.

Será que ainda não se deram conta que uma nova opinião pública se consolidou, apesar do conteúdo que produzem? Analisando o processo eleitoral de 2006, a jornalista Ana Rita Marini (*) constatou que “distante da influência das manchetes, o eleitor não se deixou levar pelo canto da sereia nos maiores veículos de comunicação". Não é o caso de se deter diante das conseqüências deste fenômeno, tão imprevisíveis quanto os da crise do capitalismo, antes de seguir na linha de jornalismo de campanha?

Já não passou da hora de a imprensa brasileira botar sua cultura no divã e ver que, se ela tem mudado os seus absolutos, eles continuam com a mesma face odiosa? Vale a pena manter a linha autoritária, acrescentando nuanças aparentemente democráticas? Ou o dilema dos barões da mídia é o mesmo de lideranças oposicionistas que vêem em 2010 não apenas mais uma eleição presidencial, mas a própria sobrevivência política?

Nesse caso há um subtexto, uma manchete oculta na primeira página de O Globo. “A agenda conservadora desabou, seu candidato começa a cair e há sinais de derrota nas eleições de 2010?” Se for isso, o Armagedon está explicado.