Se acha que preparar um bom churrasco diz respeito apenas a assar a carne, você está perdendo muito do que a ocasião tem a oferecer. Aqui vai um guia de como pensar um churrasco do início ao fim.
Churrasco é um evento, não uma refeição
Sou gaúcho. Nascido no extremo Sul do Rio Grande do Sul. Fui criado com meu avô, meu pai e meus tios, todos fazendo churrasco. Churrasco, para mim, sempre foi um evento social. Momento de reunir os amigos e a família para, durante horas, saborear bons pedaços de carne.
Churrasco no Rio Grande do Sul não é uma simples refeição. Não se come e vai embora. Não se come churrasco com pratos individuais, arroz e salada. Não. Isso é churrasco que se come em churrascaria. Churrasco entre amigos é outra história.
A tradição gaúcha remete ao companheirismo, à confraternização. São aqueles momentos que você decide reunir as pessoas mais queridas e criar, como bom anfitrião, um período gastronômico. Nele, durante algumas horas, você vai servir, aos poucos, pedaços de carne esfiletados na tábua para que seus amigos possam comer devagar. Sem pressa.
É um ritual. Uma arte.
Como receber seus amigos
Se você se propõe a promover um churrasco, você precisa ter espírito de anfitrião. Precisa se preocupar com as variáveis atreladas. Muitas pessoas acabam se fixando na carne e esquecem de outros fatores que podem fazer com que seu churrasco seja nota 10 ou 0.
Iluminação: Tudo começa por um ambiente que favoreça ao relaxamento e a diversão. Eu, por exemplo, costumo garantir que a iluminação seja com luzes amarelas (luz branca deixa tudo com cara de hospital).
Música: Se o churrasco não é uma simples refeição, mas sim, um momento de confraternização, um sonzinho vai ajudar bastante na socialização das pessoas. Você não precisa de um DJ. Uma boa playlist de músicas já deve dar conta do recado. Como bom anfitrião, certifique-se do gosto musical dos convidados e tente agradar a todos.

Nem precisa de tanto
Entrada: