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Autoestima: valorização e cuidado consigo mesma
Poesia da noite
"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade."
Carlos Drummond de Andrade.
As vigas e as vigarices
Quando houve a torpe tentativa de ligar ao Governo Federal o desastre da queda de um viaduto em Belo Horizonte, obra de responsabilidade da Prefeitura da Cidade, dirigida por um aliado de Aécio Neves, perguntei aqui porque um desastre igual, em São Paulo, que também causou uma morte, um mês antes, tinha recebido apenas uma nota nos jornais paulistas.
Hoje, aconteceu outro desabamento em São Paulo, em obra do governo estadual, felizmente sem vítimas.
Um "viguinha" de 40 toneladas caiu e arrastou outras duas em Cubatão, na construção do anel viário que ligará a Anchieta a outras duas rodovias estaduais.
Nem a Folha, nem o Estadão citam, sequer, o Governo do Estado de São Paulo, apenas a empresa que administra a Anchieta, a Ecovias, embora as obras façam parte de investimentos do Estado e sejam fiscalizadas pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo).
Há um mês, Geraldo Alckmin foi a Cubatão colher frutos eleitorais de outro trecho da obra. A página do Governo do Estado foi removida por causa da legislação eleitoral, mas o cache do Google ainda a tem armazenada.
A imprensa paulista vai, a cada dia, se tornado mais semelhante ao que se tornou a mineira, com Aécio Neves.
Serra, pelo menos, tinha de telefonar aos jornais e pedir a cabeça de jornalistas.
Agora, vai no automático, mesmo.
Fernando Brito - Tijolaco
A economia do século 21
Jornal GGN - Segundo dados da ONU, a economia criativa é um setor estratégico responsável por 10% do PIB mundial. Resumidamente é um setor que não se produz com matérias-primas perecíveis, mas sim com valores intangíveis como criatividade e conhecimento. No Brasil, o segmento começou a se destacar em 2004 graças à visão do diplomata Rubens Ricupero, um defensor da economia criativa como estratégia de desenvolvimento.
O conceito "Economia Criativa" parte da diversidade cultural e ao mesmo tempo pensa na sustentabilidade ambiental e social. Os serviços que compõem o setor são: moda, design, TV, vídeo, rádio, cinema, fotografia, arquitetura, artes visuais, gastronomia, teatro, editoração, propaganda, artesanato, música e dança. Todo esse conjunto compõe uma grande economia.
O tema acabou sendo excluído das discussões do governo federal, porém em 2010 voltou com força após a criação da Secretaria da Economia Criativa, que faz parte do Ministério da Cultura. "A Secretaria tem por missão conduzir a formulação, a implementação e o monitoramento de políticas públicas para o desenvolvimento local e regional, priorizando o apoio e fomento aos profissionais e aos micro e pequenos empreendimentos criativos brasileiros", afirma a ex-secretária de economia criativa do MinC, Claúdia Leitão. "Desde o início, nossa preocupação sempre foi a de formular e implementar políticas públicas para essa dinâmica econômica que vai da criação até o consumo."
Segundo Cláudia, não se deve tratar os setores da Economia Criativa da mesma forma. Alguns setores possuem grande possibilidade de obter sustentabilidade econômica. No caso deles, a profissionalização, o aprimoramento da logística de distribuição e a criação de marcos regulatórios podem transformar o Brasil num exportador de bens culturais.
Para a economista e especialista internacional em economia criativa, Ana Carla Fonseca Reis, a criação da secretária teve um papel importante para o setor. "A meu ver a maior missão dessa secretária é desenhar uma política consistente e integrada de economia criativa, de modo articulado com as demais pastas e instituições públicas e privadas. Vejo com otimismo e bons olhos o trabalho que a Secretaria vem desenvolvendo nos últimos meses, em especial por meio de convênios firmados com o SEBRAE e o Ministério de Ciência e Tecnologia".
Segundo Ana Carla, o brasileiro é criativo, mas essa criatividade não necessariamente se converte em ativo econômico. Para transformar uma boa ideia em produto, serviço e valor agregado, existem desafios das mais diversas ordens que o Brasil não tem sido ágil ou capaz de enfrentar com a devida ênfase. Dentre eles, a educação. "Não basta ser criativo se você não tem a capacidade de decodificar e elaborar informações, não desenvolver raciocínio crítico e questionamentos. Logo obviamente você terá dificuldade em transformar essa boa ideia em uma proposta de negócio viável", alerta Ana.
A Escola São Paulo é a primeira instituição de ensino na América Latina totalmente dedicada à educação continuada para adultos. A diretora, Isabella Prata, diz
que a instituição oferece opções de cursos para aqueles que atuam nos setores tradicionais. A formação é oferecida não só para quem quer se profissionalizar, mas também para quem quer empreender.
"Percebemos que o Brasil é um grande celeiro nos setores criativos mas muitos empresários e profissionais não recebem das escolas tradicionais um preparo específico para gestão nas áreas de administração, finanças e recursos humanos." afirma a diretora.
Os números e levantamentos disponíveis sobre os setores criativos conseguem mensurar resultados produzidos por empresas cujo core business se enquadra nas áreas criativas. O que mais impressiona, nos últimos anos, no entanto, é a influência da indústria criativa na chamada economia tradicional. O mercado financeiro, a indústria automobilística, o mercado imobiliário, a indústria têxtil, o mercado digital têm colocado profissionais dos setores criativos de braços dados com engenheiros, economistas e técnicos, para diferenciar seus produtos e serviços, agregando valor ao que vendem.
Por fim, Isabella diz que para transformar uma boa ideia em produto a palavra central para essa resposta é gestão. "Há uma infinidade de grandes ideias que terminam em nada porque os profissionais dos setores criativos não conseguem materializar e perenizar aquilo que concebem dentro de um ambiente empresarial sustentável. Esse é o principal ponto. Mas há também um caminho para essa ideia transformar-se em produto ou serviço. Esse caminho passa por um plano de negócios, pela busca de financiamento, por associações e parcerias, enfim, pelos caminhos empreendedores mais diversos".
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No dia 27 de agosto, em São Paulo, o Brasilians.org realizará seu 49º Fórum de Debates, desta vez discutindo os desafios da economia criativa. Para participar acesse e faça sua inscrição aqui.
Boa noite!
Que a gente sempre se livre do mal.
Do mal-humorado
Do mal-amado
Do mal-olhado
Do mal-vizinho.
Que assim seja, amém!