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Qual o politico que interpetrou corretamente o MPL?

O post do Nassiff traduziu bem o momento historico. E o politico que melhor interpretou-o foi Jose Dirceu. 
Visitem o site dele e leiam com atençao o que ele escreveu sobre o assunto.
Como a política mostrou-se irremediavelmente envelhecida | Brasilianas.Org

José Dirceu: Manifestações representam força renovadora

Hoje, o Movimento Passe Livre volta às ruas para protestar contra o aumento nas tarifas do transporte público. Há outros atos previstos para esta semana. As manifestações continuam e vão crescer. Delas temos que tirar lições, reformar as polícias e os transportes públicos.

Mas também precisamos entender o caráter dos protestos, que vão além do preço e da qualidade dos transportes. É uma nova juventude exigindo mudanças políticas e culturais. Uma oportunidade para o PT e os nossos governos mudarem a forma de se comunicar.


São as redes e a web o principal instrumento de comunicação dessa juventude. O que a une e lhe serve de comunicação são a cultura, a produção e a manifestação. Assim, temos que mudar nossa forma de nos comunicarmos e dar à cultura em nossos governos – ao lado da melhoria das condições de vida – a prioridade que a juventude exige.


Dialogar e abrir novos espaços de participação, já que a repressão pura e simples, como vimos em São Paulo e em outros Estados, não levará a nada e não tem legitimidade e nem apoio político na sociedade.


Temos que aprender a conviver e dialogar com as novas forças sociais que essas manifestações expressam, com suas novas formas de luta. E entendê-las como uma força renovadora e uma oportunidade: o surgimento em nossa sociedade de centenas de milhares de jovens lutando por mudanças.

Precisamos aproveitar essa forma para impulsionar reformas democráticas e sociais que não tivemos e não temos força e maioria na sociedade para realizar. Reformas como a política, a tributária, a urbana, a financeira, a da democratização da comunicação, a educacional e cultural.


Mudanças que aprofundem as que fizemos até aqui e que necessitam de mais apoio e de forças sociais novas que representem o Brasil que ajudamos a transformar.


Como Nossos Pais


Obra-prima do cearense Belchior interpretada por Elis é o Hino de qualquer movimento social.
A canção traduz de forma absoluta o embate eterno entre o novo e o antigo.
Tudo a ver com o Movimento Passe Livre

Comentário de Caroline sobre a postagem



Não é bem assim. Quem vai para boca dos estádios está protestando pela saúde, educação e todo o resto que não está bom. Afinal, sabemos muito bem que o dinheiro da copa deixou hospitais em miséria e tudo mais. Então, não é bem assim, não sabem para que lado atiram. Hoje, não será por 20 centavos em São Paulo, será o mesmo grito que ecoou em Brasília. Vi em Brasília, confesso que tenho medo das ruas, ao contrário do que dizem: eu vou porque tenho filhos para sustentar, eu penso que com violência, posso deixá-lo exatamente sem sustento. Mas vi o protesto, todos sabiam bem porque protestavam. Alienados existem, né? Tanto que quebram o patrimônio deles mesmo e nem tudo é culpa da polícia. Uma pessoa jogou um cão feroz contra um policial já de câmera fotográfica na mão, como ele disse, esperando o chute! E para surpresa o policial fez pior, jogou spray de pimenta no cão para o deleite dos facenautas. Quem na verdade colocou o cão em risco para o seu bel prazer foi quem o jogou para ser chutado. Vamos acordar de verdade, não só pelo meio, né? Queremos saúde, comida decente e educação,deixem der pilhar nossa mesa, nossos direitos e nossa opinião.

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Dizem que o "Brasil acordou"


... Que bom! 
Mas deveria ter lido um pouquinho antes de ir para as ruas. Um pouquinho de teoria antes das lições práticas não faz mal a ninguém.

Dizem que a manhã será o "dia do basta". Eu me pergunto: basta de que?

Basta de Bolsa Família? Basta de Ciência Sem Fronteiras? Basta de Pronatec? Basta de Mercosul?

Sim, porque tá na cara que não são mesmo só os 20 centavos a causa disso tudo. O buraco é mais embaixo. E os objetivos são muito maiores.
  • Será que o "dia do basta" é uma tentativa desesperada de ressuscitarem o "país de bosta" que ficou no passado? 
  • O país que tirava os sapatos no aeroporto de Washington? 
  • O país que ia de pires na mão esmolar diante do FMI? 
  • O país que ficou no escuro do apagão e que foi completamente rapinado nas PRIVATARIAS TUCANAS?
Ver jovens (e falar dessa maneira tá me fazendo me sentir um velho), mas enfim, ver jovens lutar só na base do entusiasmo, do voluntarismo, da energia juvenil, e sem demonstrar uma compreensão real das motivações de fundo obscurecidas por toda essa cortina de fumaça que se fez em torno da reivindicação do passe livre não me parece muito auspicioso não.

Tá certo: "não são só 20 centavos". Isso já ficou claro. Eles nem precisam repetir isso mais. Todos já estamos convencidos de que não é só isso mesmo. Mas o que é o algo mais? Se os vinte centavos foram só a "gota d'água", quais são as outras motivações?

Ninguém fala! Escondem-se atrás de slogans e não falam às claras. Será que essas outras motivações, além dos 20 centavos, são tão insabidas a ponto de os próprios manifestantes gaguejarem quando são perguntados sobre elas?

Pra mim, esse é o problema: lutar sem ter muita clareza dos porquês da luta. Querem ampliar a gama de reivindicações, mas não são capazes de especificá-las e apelam para as generalizações costumeiras. Não tendo claros os porquês de uma luta, não é possível definir bem o adversário contra o qual se luta.

Não dá para atirar pra todo lado. E, ao que parece, é isso que está sendo feito pelo Movimento Passe Livre.

Para deleite dos que sonham com a instalação de uma crise generalizada que inviabilize o governo do único partido que pode dar alguma resposta satisfatória às demandas populares da nossa sociedade.

Que amanhã, o "dia do basta" seja um basta ao golpismo e ao oportunismo dos que são vaiados nas urnas há quase doze anos.

Por hoje, pra mim basta!

Transporte público

Fortaleza

O vazio da frustração

Por Carlos Chagas
De quando em quando surpreendem-me cobranças de gente séria, amigos e companheiros de longa data, alguns até indignados com comentários de minha lavra, cáusticos para com o ex-presidente Fernando Henrique. Afinal, durante longos anos admiramos a trajetória do Príncipe dos Sociólogos, personalidade que emergia dos porões da ditadura como esperança bem nascida para o Brasil superar os tempos bicudos e obscuros do pensamento único e do enquadramento de nossa sociedade nas jaulas do obscurantismo. Afinal, de jovem participante da campanha do “Petróleo É Nosso” ao professor universitário que contestava o modelo imposto pelo capitalismo selvagem do chamado “Mundo Livre”, sem radicalismos, ele apontava novos rumos para o Terceiro Mundo. Nada de aventuras inspiradas pela justa indignação dos oprimidos de armas na mão, mas um roteiro social aberto à construção do futuro comum onde a Humanidade prevaleceria sobre o egoísmo das elites ensandecidas pela loucura do lucro a qualquer custo.  Por conta de sua pregação igualitária, foi perseguido, obrigou-se a deixar o país, resistindo no Chile, na Sorbonne e depois, antes mesmo da anistia, na cruzada pela redemocratização nacional.  Poucos se deram conta de sua enrustida metamorfose financiada pela Ford Foundation, mas nada havia de pecaminoso em dialogar com os contrários.

MPL: o novo assusta

 
Para entendermos acontecimentos históricos e seu real alcance, o distanciamento trazido pela passagem do tempo geralmente nos dá maior clareza. As recentes manifestações contra o aumento das passagens de ônibus em todo o Brasil mobilizaram milhares de jovens e ainda estamos vivendo o calor deste momento, infelizmente colorido com cenas de bárbara violência orquestrada pela PM de São Paulo. Isso pode dificultar entendermos o que acontece de maneira objetiva.

Para tentar entender as origens desta mobilização pesquisamos na Wikipédia (que sabemos nem sempre ser uma fonte confiável, mas a única com informações históricas disponíveis no momento) seu texto nos diz que o movimento surgiu a partir de manifestações populares contra o aumento de ônibus em Salvador em 2003, que teriam sido encampadas pelo movimento estudantil e parcialmente atendidas. O movimento passa a existir oficialmente a partir do V Fórum Social Mundial em 2005. Seus princípios seriam o apartidarismo, a independência e a horizontalidade e decisões por consenso isto é, todos teriam iguais responsabilidades e direitos, a fim de garantir real democracia.       
        
Pudemos observar através do material de vídeos que encontramos na web que suas práticas são bastante semelhantes à de movimentos como o Occupy Wall Street, que reúne pessoas de várias orientações políticas e procura dar a todos igual participação. Na prática, sabemos que várias organizações de esquerda que militam no movimento estudantil participam de forma ativa do movimento, o que para nós não o desqualifica e explicaremos logo abaixo o porque. Continua>>>