Blog do Charles Bakalarczyk: A inclusão sócio-econômica na Bolívia de Evo

Blog do Charles Bakalarczyk: A inclusão sócio-econômica na Bolívia de Evo: "Evo Morales retira mais de 1 milhão de bolivianos da pobreza extrema Apesar de toda a campanha negativa que grande parte da imprensa conti..."

Flip

A 9ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty, que começa amanhã, é uma boa oportunidade para os brasileiros conhecerem dois talentos argentinos que estão honrando a tradição literária do país de Borges e Cortázar: Andrés Neuman e Pola Oloixarac.
Neuman tem 34 anos, nasceu em Buenos Aires, mas vive desde os 14 em Granada, Espanha, onde é professor de literatura latino-americana. Chega ao Brasil para divulgar seu quarto romance, O Viajante do Século, o primeiro traduzido ao português.
A obra chega super bem recomendada. Em 2009, o livro foi eleito um dos cinco melhores romances do ano em língua espanhola pelos críticos dos jornais El País e El Mundo. E em 2010 recebeu o Premio da Crítica, que concede a Associação Espanhola de Críticos Literários, deixando para traz 523 obras escritas na América Latina e Espanha.
Além disso, Neuman foi aclamado por Roberto Bolaño como um grande nomeliterário do século XXI.
Elogio por elogio, Pola também tem o seu. Foi saudada por ninguém menos do que Ricardo Piglia como “o grande acontecimento da nova narrativa argentina”.
Detalhe: ela tem só 33 anos e já encabeça a lista de escritores argentinos mais traduzidos, com publicações em farsi e finlandês.
Pola lançará durante a Flip sua obra de estréia, Las teorias salvajes (As teorias selvagens), de 2008. O livro foi traduzido ao português por um grande amigo, o escritor Marcelo Barbão. A obra não é fácil de ler, cheia de citações, muito polemica e de difícil “classificação”. A prestigiada ensaísta argentina Beatriz Sarlo afirmou que o livro é um “tratado de microetnografia cultural”. Ahhh? Tem que ler para entender...
De qualquer forma, vocês ouvirão falar muito nessa moca nos próximos dias, porque ela certamente será a musa da Flip. Além de escrever bem é filósofa e linda! Tem um blog sobre orquídeas, vive entre hackers, surfa, pinta as unhas de azul, canta num dueto que musica poemas de uma duquesa do século 17 e mora em uma casa em Bariloche. Alguém duvida que faça barulho?
Em 2010, os dois escritores foram incluídos na lista da Revista Grantados “Melhores Jovens Romancistas de Língua Espanhola”, recentemente lançada em português pela Alfaguara Brasil. Nela constam nomes de escritores que estão levando a literatura hispânica para novos rumos.
Em setembro autores brasileiros fazem o caminho inverso e vem participar do Festival Internacional de Literatura em Buenos Aires (Filba), que este ano terá uma seção dedicada à nossa literatura. Já estão confirmadas as participações de João Gilberto Noll, Adriana Lisboa, Santiago Nazarian, Vilma Áreas e Joca Reiners Terron.
Gisele Teixeira

Visitas íntimas para presidiários homossexuais


Acesso é a um só parceiro

Demétrio Weber, O Globo
Presos homossexuais poderão ter direito a visitas íntimas, assim como já ocorre com detentos heterossexuais. Recomendação nesse sentido, válida para homens e mulheres, foi publicada ontem, no Diário Oficial, pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária — órgão vinculado ao Ministério da Justiça.
A juíza Christine Kampmann Bittencourt, que foi relatora da resolução, disse que caberá aos governos estaduais implementar a nova medida. Ainda que a decisão não tenha caráter impositivo, ela disse acreditar que todos os estados adotarão a visita íntima para presos homossexuais. A periodicidade mínima é de uma vez por mês.
— As diferenças precisam ser respeitadas. Temos que deixar os preconceitos de lado. Estamos no século XXI — disse Christine.
A juíza lembra que o acesso dos visitantes às penitenciárias obedecerá às mesmas regras de antes. Ou seja, o preso ou presa deve cadastrar seu marido ou mulher, parceiro ou parceira. Cada detento só pode cadastrar uma pessoa para receber em visita íntima.
— Não se vai abrir espaço para que pessoas fiquem entrando nos presídios sem controle. As relações terão que ser comprovadas— diz a juíza.
O direito a visita íntima já era regulado por resolução de 1999. O texto, porém, não fazia menção a detentos homossexuais. A nova redação diz que as visitas íntimas devem ser asseguradas às "relações heteroafetivas e homoafetivas".

Dentro de 4 anos, Brasil terá menos pobres que os EUA

Embora tenha autoridade para fazê-lo, dessa vez nem é o governo que faz as últimas projeções sobre o desenvolvimento futuro do Brasil. Promotor de um seminário sobre a América Latina, realizado em Santander (interior da Espanha), o banco de mesmo nome divulgou estudos de seu Departamento Econômico, pelos quais em 2025 o Brasil (então com um PIB de US$ 4,9 trilhões) será a 6ª economia mundial, atrás da China, Estados Unidos, Índia, Japão e Rússia.

Melhor ainda: estes estudos indicam que a continuidade nos próximos anos do crescimento econômico e da expansão da classe média alçarão o Brasil a um patamar social próximo ao das grandes potências mundiais, e em breve nosso país terá menos pobres que os EUA.

O vasto conjunto de políticas sociais desenvolvidas pelos governos Lula nos últimos 8 anos e a continuidade delas no governo Dilma -  dentre as quais destacam-se o Bolsa Família e o Brasil Sem Miséria - tem tudo para assegurar a continuidade dessa caminhada e confirmar os estudos do Santander.

Estudo prevê: país cresce em 2011 e 2012

"Em poucos anos, o Brasil terá menos pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza que os EUA", afirmou Marcial Portela, presidente do Santander no Brasil ao divulgar as projeções do estudo aos jornalistas.

Elas indicam que o crescimento brasileiro este ano será de 3,7% e em 2012 de 4% - índice pouco inferior aos 4,5% estimados para os dois anos pelas autoridades econômicas brasileiras. Esse estudo do Santander prevê uma inflação de 6,2% este ano e de 5,1% no ano que vem.

"As taxas de crescimento no Brasil devem garantir o fortalecimento da classe C. O fenômeno da classe média brasileira é impressionante. O país deve ter um ingresso de 25 milhões de pessoas no sistema bancário nos próximos anos, advindas dessas camadas de renda mais baixas", completou Portela.

Segundo José Juan Ruiz, diretor do Santander para a América, por estes estudos, e a prosseguirem no ritmo atual, os países emergentes deverão superar taxas de crescimento de vários desenvolvidos daqui a quatro anos,  já em 2015.

Brasil Sem Miséria começa com marca histórica


A divulgação dos estudos do Santander coincide com o anúncio, pelo governo federal, de que inicia, pelo interior da Bahia e de Minas, o censo de pequenos proprietários rurais que ainda vivam em situação de absoluta carência para torná-los beneficiários do Brasil Sem Miséria, o programa do governo Dilma Rousseff que vai contemplar 16,2 milhões de pessoas.

Vejam que no deslanche do programa há até uma inversão histórica no Brasil: antes era a população mais carente que recorria ao Estado. Agora é este que vai ao encontro dela para cadastrá-la, torná-la beneficiária de projetos sociais e incluí-la nos programas de distribuição de renda.
por Zé Dirceu

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O Google Chrome dobra participação de mercado

O Google Chrome praticamente dobrou sua participação no mercado de navegadores neste ano, segundo dados do Net Applications revelados pelo site v3.co.uk nesta segunda-feira. Agora a participação recorde do Chrome é de 13,11% - ainda atrás do Mozilla Firefox com 21,67% e do Internet Explorer com 53,69%.
Apesar de ainda estar em terceiro, o Chrome é o navegador que tem o crescimento de uso mais rápido. O Safari, da Apple, consolidou a quarta posição com 7,48%. O Opera diminuiu a participação para apenas 1,73%.
O Firefox, apesar de ter alcançado 100 milhões de usuários neste ano, perdeu 1% dos seus usuários desde janeiro - o que melhora ainda mais as projeções para o Chrome.

Nocaute no 1º round

Ultrapassou a presidente Dilma o  obstáculo  inicial no  primeiro teste de combate à corrupção em seu governo. O episódio Antônio  Palocci não valeu, pois as lambanças praticadas pelo ex-chefe da Casa Civil aconteceram antes da posse, mesmo revelados depois. Ainda assim, a presidente afastou o  auxiliar.

Agora, caracterizou-se a roubalheira explícita no ministério dos Transportes e desde logo Dilma convocou os responsáveis, ainda que  Alfredo Nascimento não comparecesse, saltando de banda. Olho no olho ela identificou as falcatruas e exigiu o afastamento de quatro integrantes da quadrilha. Ontem, durante o dia,  faltava apenas a defenestração do ministro dos Transportes, já com  a cabeça no cepo.

Fica para a Polícia Federal o  levantamento do montante de recursos superfaturados, seu destino e a apuração de outros envolvidos, inclusive os empreiteiros, mas a pergunta que se faz é  que estruturas Dilma Rousseff  irá erigir sobre os escombros do PR. Se pretender manter o singular e diminuto  partido em sua base de apoio, procurando bem encontrará gente honesta, em seus quadros. Mas se preferir desinfetar o  ministério,  que forças convocará?  Por certo que PT e PMDB estão de olhos  e goelas bem  abertas para abocanhar mais essa fatia do poder, mas parece pouco provável que o ministério dos Transportes lhes venha a ser oferecido.  O mais provável será uma solução parecida com a que ainda agora serviu para  preencher a Casa Civil e o ministério das Relações Institucionais: pessoas da inteira confiança  da presidente, com vinculação partidária mas muito mais ligadas  a ela do que às legendas onde se integram, como Gleise  Hoffmann e Ideli Salvatti.

De qualquer forma, foi pronta a reação à primeira bandalheira descoberta, ao menos conforme as iniciativas adotadas. Dilma não esperou nem contemporizou, como fizeram Fernando Henrique e o Lula em diversas oportunidades. Optou pela fórmula Itamar Franco...
por Carlos Chagas

Os muitos pais do Real

O velório do ex-presidente Itamar Franco serviu para suscitar novas discussões sobre a paternidade do Plano Real. Fernando Henrique Cardoso chamou a si a autoria e, embora ressaltasse o apoio recebido de Itamar, sugeriu que em muitos momentos precisou convence-lo da importância do plano.
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Por etapas.
Desde o Plano Cruzado a tecnologia dos planos econômicos mágicos povoava o imaginário dos políticos brasileiros, de José Sarney a Itamar Franco, passando por Fernando Collor.
No quadro político complexo do país, em uma economia fortemente indexada, a ideia do plano mágico – ou da bala de prata, conforme dizia Collor – sempre sensibilizou governantes.
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Em 1993, o então chanceler Fernando Henrique Cardoso pensava firmemente em abandonar a política. Seu mandato de senador expiraria no ano seguinte, o PSDB não conseguira firmar uma grande bancada, eram nulas as possibilidades de ele ser reeleito senador e escassas as possibilidades de ganhar para deputado federal.
A tentativa da ala fernandista de aderir ao governo Collor havia esbarrado na resistência do governador paulista Mário Covas – que ameaçou abandonar o partido se FHC e José Serra o empurrassem para os braços de Collor. Era esse o quadro de FHC.
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O fracassado plano Cruzado havia jogada na cena política dois grupos de economistas. De um lado, os desenvolvimentistas da Unicamp, que acabaram sob a lideança do PMDB de Ulisses Guimarães, primeiro, de Orestes Quércia, depois.
De outro, os economistas de pacote – Pérsio Arida, André Lara Rezende, Chico Lopes – que se enturmaram na PUC do Rio de Janeiro.
Esse grupo esteve disponível para Sarney, Collor e ofereceria seus préstimos para o governante que solicitasse. Teriam montado o plano Real, fosse FHC, Rubens Ricúpero ou Ciro Gomes o Ministro da Fazenda.
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A ida de FHC para a Fazenda foi escolha pessoal de Itamar. O então chanceler estava em Nova York, na residência do embaixador Rubem Sardenberg, quando recebeu o convite. Vacilou, mas acabou aceitando.
Havia um pressuposto de se avançar na consolidação fiscal do estado brasileiro, independentemente ou não de planos econômicos.
Em sua gestão, FHC foi um absoluto ausente. Não se via nele nenhum ato de vontade para resolver problemas prementes de contas públicas, apesar de, na posse, ter anunciado um suposto plano de 25 pontos de responsabilidade fiscal.
Durante toda a discussão do Real, nem ele, nem José Serra – que era seu amigo mais próximo – entenderam a lógica da URV e da desinercialização da economia.
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O grande feito de FHC, de fato, foi administrar as excentricidades de Itamar, sua impaciência no pré-Real.
O pós-Real foi inteiramente administrado por Ricúpero – até a entrevista infeliz que deu à TV Globo – e por Ciro Gomes, na época uma locomotiva destrambelhada defendendo a jogada da apreciação cambial – sem entender seus desdobramentos.
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A grande habilidade dos economistas do Real foi terem montado a maior jogada cambial da história – que enriqueceu a todos eles e também banqueiros de investimento associados – sem ser pecebida por duas pessoas sérias, o próprio Ricúpero e Ciro Gomes.
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Quando lancei meu livro “Os Cabeças de Planilha”, encerrei com uma longa entrevista com FHC sobre os desdobramentos do Real. Mostrou-se um absoluto ignorante sobre a estratégia de poder que estava por trás das formulações dos seus economistas.

Maconha

[...] e como seria o mercado?

MACONHA: E COMO SERIA O MERCADO?
                  
Coluna de sábado (02), de Cesar Maia, na Folha de SP.
         
1. Volta ao pregão brasileiro a legalização da maconha. Já não se trata da descriminalização do uso em pequenas quantidades, mas de excluir essa "droga leve" do rol dos delitos. Seria a mágica criação de um mercado, com demanda, mas sem oferta. Alguns avançam e sugerem plantar maconha familiar. São feitos vídeos com personalidades defendendo a legalização. As marchas são liberadas. Enquanto isso, na Holanda, onde o consumo em locais determinados é permitido, desde que com apresentação de carteirinha, o caminho é o inverso. A legislação está sendo revista. Reduzem-se as quantidades criminalizáveis. Proíbe-se o turista de comprar. E se inicia um processo de definição de maconha de alta intensidade tóxica, para proibi-la.
        
2. No Brasil, é tal espécie a que mais atrai. O "polígono da maconha", no Nordeste, é para festinhas. O que importa mesmo é a paraguaia, de maior intensidade, tipo "skank", com concentração de quase 20% em comparação aos 2,5% da maconha corrente. Os locais de venda em Amsterdã têm uma variedade de tipos, intensidade de THC, para o deleite dos consumidores. Enquanto isso, as pesquisas nacionais e regionais disponíveis mostram que de 80% a 90% das pessoas são contra a legalização da maconha, e que este número é menor entre as pessoas de maior renda, em bairros de classe média.
        
3. Nas favelas, a porcentagem de rejeição à legalização é a mais alta, superando os 90%. Bem, legalizar o consumo não é tarefa difícil. Mas basta uma lei. Contudo que não se arrisquem seus defensores a um plebiscito, pois tal caminho será intransponível. Seria bom perguntar aos defensores da legalização como se faz com a oferta. Afinal, demanda sem oferta seria mais uma extravagância brasileira. Se é para legalizar, então legalize-se tudo, respondem alguns. Pelas leis de mercado, com um produto tão atrativo para setores de renda mais alta, vai valer a pena parar de produzir arroz e feijão e trocar por maconha. O incentivo às hortas comunitárias incluiria a maconha? E a publicidade? Como a maconha paraguaia é mais atrativa, a de uso corrente deixaria de ser plantada a favor do tipo "skank".
        
4. Diria Antonieta: se não têm pão, plantem maconha. Os pontos de venda seriam liberados? Quiosques em praias, supermercados, lojas especializadas, ambulantes, "MacConha"? E as Igrejas, o que pensam? Haveria locais restritos para consumo, como na Holanda? Com carteirinha e marca de segurança, para não ser falsificada? O Paraguai, para não perder divisas, legalizaria também? E a Lei Seca seria adaptada? Como tributar? Após os vídeos, aguardemos o texto da longa lei, seu debate público, emendas, tramitação nas comissões, na Câmara e no Senado. Um curioso uso do tempo nacional.
por Cesar Mercado