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Cronologia dos escândalos

Por Jorge Lima


Maio/2007: O Secretário de Segurança Enio Bacci acusa a existência de corrupção na Polícia Civil, que se daria através de recebimento de dinheiro dos exploradores de máquinas caça-níquel. Após um bate-boca público com um delegado, em um programa de rádio ao vivo, Bacci é demitido. Em entrevista declara que a bandidagem venceu e denuncia a existência de problemas no Detran e na própria SSP. O blog http://www.videversus.com.br publica uma longa matéria apontando diversos ilícitos e a existência do “homem da mala preta” que distribuía dinheiro aos integrantes do governo. Assume a SSP o Delegado de Polícia Federal José Francisco Mallmann.

Meados de 2007: O vice-governador Paulo Feijó vai à Comissão de Serviços Públicos da Assembléia denunciar má gestão e outros problemas no Banrisul. Segundo o blog Direto da Fonte, do portal http://www.clicrbs.com.br, um dia antes da ida de Paulo Feijó à Comissão, acontece uma reunião entre ele, o Secretário da Casa Civil Luiz Fernando Záchia, o Procurador Geral de Justiça Mauro Renner e o presidente do Tribunal de Justiça Marco Antônio Barbosa, na qual os três tentam convencer Feijó a desistir das denúncias.

Outubro 2007: Operação Rodin prende dois presidentes do Detran e diversas outras figuras ligadas aos governos Rigotto e Yeda. Entre os presos está Lair Ferst, apontado como um dos principais nomes da coordenação de campanha de Yeda. O Secretário Mallmann começa a ser fritado públicamente através de notas publicadas na coluna e no blog de Rosane de Oliveira, comentarista política do jornal Zero Hora. A razão da fritura é o descontentamento da cúpula do governo por Mallmann não ter alertado sobre as investigações da PF. Mallmann é demitido em 2008.

2008: CPI do Detran. O governo tem maioria e barra a maior parte das iniciativas. Os acusados negam todas as acusações, mesmo depois de a comissão ter acesso ao material produzido pela investigação da PF. Um depoente afirma que a casa que a governadora comprou logo após ser eleita, e antes de tomar posse, foi paga com dinheiro de sobras de campanha. O Secretário Ariosto Culau é flagrado tomando chopp com Lair Ferst em um shopping de Porto Alegre.

Maio 2008: O vice-governador Paulo Feijó grava conversa com César Busatto, chefe da Casa Civil, na qual este diz que é normal que os partidos se utilizem de recursos de estatais e autarquias para se financiarem. Busatto diz que o Banrisul é do PMDB e o Detran é do PP e que, no passado, o DAER era utilizado para financiar os partidos. Busatto se demite e Feijó é ameaçado de expulsão do DEM e atacado pela RBS, que insinua que ele é desequilibrado.

Outros fatos de 2008: Depois do caso do Detran é criada uma Secretaria de Transparência, que fica cozinhando em banho-maria pois o decreto de criação nunca sai do papel. A secretária nomeada se demite, dizendo que o governo é leniente com a corrupção e que sai antes que estoure outro escândalo. O MPE “investiga” a compra da casa da governadora e diz que o negócio foi lícito e que se “restaure a honra de Yeda”. O TCE diz que a compra da casa ocorreu antes da posse, portanto não tem competência para investigar. Operação Solidária investiga desvio de recursos na prefeitura de Canoas. A lista de investigados é quase uma cópia da lista da Operação Rodin. Descobre-se que o comandante da Brigada Militar, polícia militar gaúcha, solicitou ajuda a Chico Fraga, secretário de governo de Canoas, indiciado nas duas operações e apontado como um dos mentores das fraudes, para assumir o comando da corporação. A conversa foi registrada em interceptação feita pela Polícia Federal.

Fevereiro 2009: Dez entidades sindicais deflagram uma campanha publicitária prometendo revelar a face da corrupção e do autoritarismo no RS. No dia 12/02, é revelado que a face é a da governadora. O governo aciona o MP para suspender a campanha. O MP diz que a campanha, feita através de outdoors espalhados pelo estado, pode configurar crime e os responsáveis processados. No dia 17/02 é encontrado o corpo de Marcelo Cavalcante “embaixador” do RS em Brasília. No dia 19/02 integrantes do PSOL convocam entrevista coletiva e apresentam as denúncias já referidas por outros comentaristas. Informam que a entrevista seria convocada para o dia 05/03, após Marcelo Cavalcante prestar depoimento ao MPF, pois teria feito acordo de delação premiada. A antecipação da entrevista se deu em função da morte de Marcelo e da intenção de evitar o desaparecimento de outras testemunhas. Os integrantes do PSOL garantiram ter tido acesso às provas mencionadas e que tal acesso não se dera através do MPF e sim de outras fontes que não seriam reveladas. Apenas o ex-secretário Aod Cunha, citado nas denúncias, tomou medida judicial, interpelando os denunciantes para que apresentem as provas das denúncias. Yeda, em entrevista ao jornal Zero Hora, disse que sua mãe a ensinou a não responder provocações de “bêbados de porta de bar”.

Todas as informações referidas foram obtidas através do jornal Zero Hora e dos blogs RSUrgente, Diário Gauche, Videversus, Blog da Rosane de Oliveira, Direto da Fonte, Agente 65, Blogoleone e Dialógico.

Cronologia dos escândalos

Por Jorge Lima


Maio/2007: O Secretário de Segurança Enio Bacci acusa a existência de corrupção na Polícia Civil, que se daria através de recebimento de dinheiro dos exploradores de máquinas caça-níquel. Após um bate-boca público com um delegado, em um programa de rádio ao vivo, Bacci é demitido. Em entrevista declara que a bandidagem venceu e denuncia a existência de problemas no Detran e na própria SSP. O blog http://www.videversus.com.br publica uma longa matéria apontando diversos ilícitos e a existência do “homem da mala preta” que distribuía dinheiro aos integrantes do governo. Assume a SSP o Delegado de Polícia Federal José Francisco Mallmann.

Meados de 2007: O vice-governador Paulo Feijó vai à Comissão de Serviços Públicos da Assembléia denunciar má gestão e outros problemas no Banrisul. Segundo o blog Direto da Fonte, do portal http://www.clicrbs.com.br, um dia antes da ida de Paulo Feijó à Comissão, acontece uma reunião entre ele, o Secretário da Casa Civil Luiz Fernando Záchia, o Procurador Geral de Justiça Mauro Renner e o presidente do Tribunal de Justiça Marco Antônio Barbosa, na qual os três tentam convencer Feijó a desistir das denúncias.

Outubro 2007: Operação Rodin prende dois presidentes do Detran e diversas outras figuras ligadas aos governos Rigotto e Yeda. Entre os presos está Lair Ferst, apontado como um dos principais nomes da coordenação de campanha de Yeda. O Secretário Mallmann começa a ser fritado públicamente através de notas publicadas na coluna e no blog de Rosane de Oliveira, comentarista política do jornal Zero Hora. A razão da fritura é o descontentamento da cúpula do governo por Mallmann não ter alertado sobre as investigações da PF. Mallmann é demitido em 2008.

2008: CPI do Detran. O governo tem maioria e barra a maior parte das iniciativas. Os acusados negam todas as acusações, mesmo depois de a comissão ter acesso ao material produzido pela investigação da PF. Um depoente afirma que a casa que a governadora comprou logo após ser eleita, e antes de tomar posse, foi paga com dinheiro de sobras de campanha. O Secretário Ariosto Culau é flagrado tomando chopp com Lair Ferst em um shopping de Porto Alegre.

Maio 2008: O vice-governador Paulo Feijó grava conversa com César Busatto, chefe da Casa Civil, na qual este diz que é normal que os partidos se utilizem de recursos de estatais e autarquias para se financiarem. Busatto diz que o Banrisul é do PMDB e o Detran é do PP e que, no passado, o DAER era utilizado para financiar os partidos. Busatto se demite e Feijó é ameaçado de expulsão do DEM e atacado pela RBS, que insinua que ele é desequilibrado.

Outros fatos de 2008: Depois do caso do Detran é criada uma Secretaria de Transparência, que fica cozinhando em banho-maria pois o decreto de criação nunca sai do papel. A secretária nomeada se demite, dizendo que o governo é leniente com a corrupção e que sai antes que estoure outro escândalo. O MPE “investiga” a compra da casa da governadora e diz que o negócio foi lícito e que se “restaure a honra de Yeda”. O TCE diz que a compra da casa ocorreu antes da posse, portanto não tem competência para investigar. Operação Solidária investiga desvio de recursos na prefeitura de Canoas. A lista de investigados é quase uma cópia da lista da Operação Rodin. Descobre-se que o comandante da Brigada Militar, polícia militar gaúcha, solicitou ajuda a Chico Fraga, secretário de governo de Canoas, indiciado nas duas operações e apontado como um dos mentores das fraudes, para assumir o comando da corporação. A conversa foi registrada em interceptação feita pela Polícia Federal.

Fevereiro 2009: Dez entidades sindicais deflagram uma campanha publicitária prometendo revelar a face da corrupção e do autoritarismo no RS. No dia 12/02, é revelado que a face é a da governadora. O governo aciona o MP para suspender a campanha. O MP diz que a campanha, feita através de outdoors espalhados pelo estado, pode configurar crime e os responsáveis processados. No dia 17/02 é encontrado o corpo de Marcelo Cavalcante “embaixador” do RS em Brasília. No dia 19/02 integrantes do PSOL convocam entrevista coletiva e apresentam as denúncias já referidas por outros comentaristas. Informam que a entrevista seria convocada para o dia 05/03, após Marcelo Cavalcante prestar depoimento ao MPF, pois teria feito acordo de delação premiada. A antecipação da entrevista se deu em função da morte de Marcelo e da intenção de evitar o desaparecimento de outras testemunhas. Os integrantes do PSOL garantiram ter tido acesso às provas mencionadas e que tal acesso não se dera através do MPF e sim de outras fontes que não seriam reveladas. Apenas o ex-secretário Aod Cunha, citado nas denúncias, tomou medida judicial, interpelando os denunciantes para que apresentem as provas das denúncias. Yeda, em entrevista ao jornal Zero Hora, disse que sua mãe a ensinou a não responder provocações de “bêbados de porta de bar”.

Todas as informações referidas foram obtidas através do jornal Zero Hora e dos blogs RSUrgente, Diário Gauche, Videversus, Blog da Rosane de Oliveira, Direto da Fonte, Agente 65, Blogoleone e Dialógico.

O que o Psol diz que existe

Por Ary da Silva Martini


Na entrevista coletiva de hoje, o PSOL afirma que existe o que segue abaixo:

- Áudio e vídeo mostrando representante da Mak Engenharia entregando 500 mil para a campanha de Yeda na presença de Chico Fraga, Aod Cunha, Rubens Bordini, Delson Martini, Lair Ferst e Marcelo Cavalcante;

- Áudio e vídeo de representantes de empresas fumageiras entregando 200 mil para Aod Cunha e Lair – na conversa, Lair diz que não poderia dar recibo a pedido de Yeda

- Lair Ferst relata conversa que seria sobre a repartição do dinheiro do Detran entre ele, Yeda, Vaz Netto e Maciel. Lair oferece 100 mil por mês para Yeda para manter o esquema e ela responde: por 100 mil eu não me levanto da cadeira.

- Áudio e vídeo de José Otávio Germano entregando 400 mil em espécie, do dinheiro do Detran, para caixa 2 do segundo turno da campanha de Yeda. José Otávio diz que aquela era uma ajuda para obter crédito político. Presentes: Lair, Yeda e Marcelo Cavalcante.

- Longo vídeo de conversa de Lair com o corretor Albert sobre a formatação da compra da casa de Yeda. Bem detalhado. Lair entrega 400 mil em dinheiro vivo para o corretor. Dinheiro este além dos 750 mil pagos formalmente. Neste vídeo são citados nomes de 20 pessoas, entre eles o marido Crusius e vários secretários;

- Áudio e vídeo de distribuição de pacotinhos de dinheiro para várias pessoas cujos nomes não são conhecidos. Quem aparece distribuindo (e inclusive a expressão “mensalinho” é dita por alguém) é Valna Villarins (assessora de Yeda) e Delson Martini. Testemunham o fato: Lair e Marcelo.

- Áudio e vídeo de Humberto Busnello entregando 200 mil para o caixa dois da campanha de Yeda para Aod Cunha. Lair testemunha.

- Áudio e vídeo de uma longa explanação de pagamentos de contas particulares da governadora, supermercado inclusive. Alguma coisa envolvendo empresas de publicidade – DCS entre elas. Presentes: Lair e Marcelo.

- Diálogo sobre reforma da casa de Yeda feita pela Magna Engenharia. Lair é que está negociando. Mais >>

Os melhores advogados


Levantamento aponta o alto número de processos que filhos de ministros e de ex-ministros da cúpula do Judiciário têm, como advogados, no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça.

O destaque vai para Marcos Meira, filho do ministro do STJ Castro Meira. No STF, ele tem 1.099 processos em tramitação. 

No tribunal de seu pai, tem outros 882 processos. O levantamento inclui ações, recursos e outros tipos de demandas aos tribunais. Continua >> 

"É possível que haja tráfico de influência, mas a gente não pode generalizar"

Vazamentos seletivos

Indiciado em 2006 pela Polícia Federal sob suspeita de ter encomendado a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP) alegou ao STF (Supremo Tribunal Federal), em defesa preliminar no inquérito que tramita em sigilo no tribunal, que não há provas de que deu a ordem para a quebra. Continua >>

Amigos, sabe o que eu acho engraçado nesta matéria e da imprensa em geral? É a seletividade dos "vazamentos".

 Este inquérito tramita em "sigilo no tribunal" kkkkkkk.

Por que ainda não vazou na GMC a lista dos jorna-listas que receberam e continuam recebendo do DvD?

E depois veem falar em corporativismo de outras classes...

Aff...


Filhos de juízes advogam

Levantamento feito pelo GLOBO aponta o alto número de processos que filhos de ministros e de ex-ministros da cúpula do Judiciário têm, como advogados, no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O destaque vai para Marcos Meira, filho do ministro do STJ Castro Meira. No STF, ele tem 1.099 processos em tramitação. No tribunal de seu pai, tem outros 882 processos. O levantamento inclui ações, recursos e outros tipos de demandas aos tribunais. O pai não vê problemas éticos e faz questão de não participar dos julgamentos das causas de seu herdeiro. 

- Não sei informar sobre a atuação dele, porque faço questão de guardar distância absoluta dos processos nos quais ele atua. E jamais pedi preferência a qualquer dos ministros. Quando Marcos está envolvido, eu me afasto. Eu não posso porém impedir que ele seja advogado, o que ele fazia antes de eu chegar ao STJ e provavelmente continuará fazendo depois que eu sair - diz Castro Meira.

Marcelo Lavocat Galvão é filho do ex-ministro do STF Ilmar Galvão. No tribunal onde o pai atuou, Marcelo tem 88 ações em curso. No STJ, assina outras 1.098.

Não há nenhuma diferença no tratamento. Basta ver os resultados dos julgamentos

- Meu pai já se aposentou há seis anos. Não há nenhuma diferença no tratamento dos advogados por ser filho de ex-ministro. Basta ver os resultados dos julgamentos. Como qualquer outro advogado, os filhos às vezes ganham e às vezes perdem. Seria menosprezar a responsabilidade, a competência e a ética dos ministros imaginar que eles mudariam algum resultado por que o advogado é filho de um colega - pondera o advogado.

Carlos Mário Velloso Filho, herdeiro do ex-ministro do STJ e do STF Carlos Velloso, acumula 658 ações no STJ e 200 no STF.

- Nunca vi nenhum problema nele atuar no Supremo. Meu filho tem mais de 20 anos de advocacia, com um comportamento ético esplêndido, muito acentuado, graças a Deus - argumenta o ex-ministro.

O próprio Carlos Velloso, hoje advogado no mesmo escritório do filho, tem cinco ações no STJ. No Supremo, ele ainda não atuou em respeito à quarentena. Em janeiro, completaram três anos de sua aposentadoria. Agora, ele avisa que começará a defender causas no STF.

- Fui ministro do STJ 19 anos atrás. Já não existe praticamente nenhum ministro do meu tempo. Não tenho tratamento privilegiado. Os ministros são pessoas éticas, corretas - diz Velloso.

A versão dos outros advogados, filhos de pessoas comuns, é outra. Eles costumam reclamar que os sobrenomes pomposos dos concorrentes costumam contar na hora de escolher um profissional. Nem sempre isso funciona na prática. E há queixas de privilégio no atendimento pelos ministros.

Conheço vários filhos que se utilizam do parentesco na hora de atuar, mas cansei de ver os pleitos indeferidos também

- Conheço vários filhos que se utilizam do parentesco na hora de atuar, mas cansei de ver os pleitos indeferidos também. Tem julgadores que, para fazer questão de manter certa independência, votam contra. É um tiro que pode sair pela culatra - conta um advogado que atua em tribunais superiores e preferiu não se identificar.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) não vêem problemas na prática:

É possível que haja tráfico de influência, mas a gente não pode generalizar

- Como a atuação profissional de ex-ministros e de parentes tem autorização legal, a OAB não pode entender esses atos como falta disciplinar - afirma o presidente da ordem, Cezar Britto.

- É possível que haja tráfico de influência, mas a gente não pode generalizar. Se houver algum indício, que se denuncie - diz o presidente da AMB, Mozart Valadares, completando: - Como há autorização legal e constitucional, não há muito o que fazer no campo ético.

Filhos de juízes advogam

Levantamento feito pelo GLOBO aponta o alto número de processos que filhos de ministros e de ex-ministros da cúpula do Judiciário têm, como advogados, no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O destaque vai para Marcos Meira, filho do ministro do STJ Castro Meira. No STF, ele tem 1.099 processos em tramitação. No tribunal de seu pai, tem outros 882 processos. O levantamento inclui ações, recursos e outros tipos de demandas aos tribunais. O pai não vê problemas éticos e faz questão de não participar dos julgamentos das causas de seu herdeiro. 

- Não sei informar sobre a atuação dele, porque faço questão de guardar distância absoluta dos processos nos quais ele atua. E jamais pedi preferência a qualquer dos ministros. Quando Marcos está envolvido, eu me afasto. Eu não posso porém impedir que ele seja advogado, o que ele fazia antes de eu chegar ao STJ e provavelmente continuará fazendo depois que eu sair - diz Castro Meira.

Marcelo Lavocat Galvão é filho do ex-ministro do STF Ilmar Galvão. No tribunal onde o pai atuou, Marcelo tem 88 ações em curso. No STJ, assina outras 1.098.

Não há nenhuma diferença no tratamento. Basta ver os resultados dos julgamentos

- Meu pai já se aposentou há seis anos. Não há nenhuma diferença no tratamento dos advogados por ser filho de ex-ministro. Basta ver os resultados dos julgamentos. Como qualquer outro advogado, os filhos às vezes ganham e às vezes perdem. Seria menosprezar a responsabilidade, a competência e a ética dos ministros imaginar que eles mudariam algum resultado por que o advogado é filho de um colega - pondera o advogado.

Carlos Mário Velloso Filho, herdeiro do ex-ministro do STJ e do STF Carlos Velloso, acumula 658 ações no STJ e 200 no STF.

- Nunca vi nenhum problema nele atuar no Supremo. Meu filho tem mais de 20 anos de advocacia, com um comportamento ético esplêndido, muito acentuado, graças a Deus - argumenta o ex-ministro.

O próprio Carlos Velloso, hoje advogado no mesmo escritório do filho, tem cinco ações no STJ. No Supremo, ele ainda não atuou em respeito à quarentena. Em janeiro, completaram três anos de sua aposentadoria. Agora, ele avisa que começará a defender causas no STF.

- Fui ministro do STJ 19 anos atrás. Já não existe praticamente nenhum ministro do meu tempo. Não tenho tratamento privilegiado. Os ministros são pessoas éticas, corretas - diz Velloso.

A versão dos outros advogados, filhos de pessoas comuns, é outra. Eles costumam reclamar que os sobrenomes pomposos dos concorrentes costumam contar na hora de escolher um profissional. Nem sempre isso funciona na prática. E há queixas de privilégio no atendimento pelos ministros.

Conheço vários filhos que se utilizam do parentesco na hora de atuar, mas cansei de ver os pleitos indeferidos também

- Conheço vários filhos que se utilizam do parentesco na hora de atuar, mas cansei de ver os pleitos indeferidos também. Tem julgadores que, para fazer questão de manter certa independência, votam contra. É um tiro que pode sair pela culatra - conta um advogado que atua em tribunais superiores e preferiu não se identificar.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) não vêem problemas na prática:

É possível que haja tráfico de influência, mas a gente não pode generalizar

- Como a atuação profissional de ex-ministros e de parentes tem autorização legal, a OAB não pode entender esses atos como falta disciplinar - afirma o presidente da ordem, Cezar Britto.

- É possível que haja tráfico de influência, mas a gente não pode generalizar. Se houver algum indício, que se denuncie - diz o presidente da AMB, Mozart Valadares, completando: - Como há autorização legal e constitucional, não há muito o que fazer no campo ético.

Ditabranda II

Copo de Leite

Um dia, um rapaz pobre que vendia mercadorias de

porta em porta para pagar seus estudos,

viu que só lhe restava uma simples moeda de

dez centavos e tinha fome.

Decidiu que pediria comida na próxima casa.

Porém, seus nervos o traíram quando uma encantadora

mulher jovem lhe abriu a porta. Em vez de comida,

pediu um copo de água.

Ela achou que o jovem parecia faminto e assim lhe

 deu um grande copo de leite. Ele bebeu

 devagar e depois lhe perguntou:

Quanto lhe devo?

Não me deves nada -respondeu ela. E continuou:

Minha mãe sempre nos ensinou a nunca aceitar

pagamento por uma oferta caridosa.

Ele disse:

Pois te agradeço de todo coração.

Quando Howard Kelly saiu daquela casa,

não só se sentiu

mais forte fisicamente, mas também sua

fé em Deus ficou mais forte.

Ele já estava resignado a se render e deixar tudo. 

Anos depois, essa jovem mulher ficou

gravemente doente.

Os médicos locais estavam confusos.

Finalmente a enviaram à cidade grande,

onde chamaram um especialista para estudar

sua rara enfermidade.

Chamaram o Dr.Howard Kelly.

Quando escutou o nome do povoado de onde ela viera,

uma estranha luz encheu seus olhos.

Imediatamente, vestido com a sua bata de médico,

foi ver a paciente.

Reconheceu imediatamente aquela mulher e

determinou-se a fazer o melhor para salvar aquela vida.

Passou a dedicar atenção especial aquela paciente.

Depois de uma demorada luta pela vida da enferma,

ganhou a batalha.

O Dr. Kelly pediu a administração do hospital

que lhe enviasse a fatura total dos gastos.

Ele conferiu, depois escreveu algo e mandou

entrega-la no quarto da paciente. 

Ela tinha medo de abri-la, porque sabia que

levaria o resto da sua vida para pagar todos os gastos.

Finalmente abriu a fatura e algo lhe chamou a atenção,

pois estava escrito o seguinte:

Totalmente pago há muitos anos com um

copo de leite

(assinado). Dr. Howard Kelly. 

Lágrimas de alegria correram de seus olhos e

seu coração feliz orou assim:

Graças meu Deus porque teu amor se manifestou

nas mãos e nos corações humanos.

Saudade

Quando bate a saudade é que sentimos quanto falta nos faz um carinho.

Um abração Meu Garoto, aquele que só você sabe e pode dar.

Te AMOOOOOO!!!

Palocci aguarda julgamento

Indiciado em 2006 pela Polícia Federal sob suspeita de ter encomendado a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP) alegou ao STF (Supremo Tribunal Federal), em defesa preliminar no inquérito que tramita em sigilo no tribunal, que não há provas de que deu a ordem para a quebra.

Atual deputado federal, Palocci está de olho na chance de disputar a eleição ao governo de São Paulo pelo PT em 2010. Para isso, quer se livrar do inquérito no STF. Os advogados de defesa dos investigados no episódio acreditam que o tribunal definirá, até o final de março, uma data para o julgamento.

Em sua defesa, protocolada em 2008 pelo advogado Roberto Batochio, Palocci diz que faltou à PF investigar outros possíveis focos da quebra de sigilo, como a própria PF e a Receita Federal. As principais linhas da defesa são as seguintes:

1 - O ex-presidente da Caixa, Jorge Mattoso, assumiu ter sido dele a iniciativa de consultar os extratos do caseiro;

 2 - Não há provas de que Palocci determinou a Mattoso que quebrasse o sigilo; 

3 - Não há provas de que Palocci vazou o dado bancário para a revista "Época".

O relatório final do delegado da PF Rodrigo Carneiro já enfrentava esses pontos. Segundo a investigação, "Mattoso não tinha nenhum motivo pessoal para tal pesquisa nem tampouco se interessaria ou se envolveria pessoalmente, pois os fatos revelados por Francenildo, em jornal de grande circulação e na CPI dos Bingos, lhe eram indiferentes. Agiu, provavelmente, por demanda".

Sobre outras possíveis fontes do vazamento, o delegado afirmou que ouviu vários policiais federais, incluindo o então diretor-geral do órgão, Paulo Lacerda, e auditores da Receita. Os indícios, segundo ele, incluindo a análise dos telefonemas daqueles dias, apontaram para Palocci e seu grupo, e não outros setores do governo.

O advogado Alberto Toron, defensor de Mattoso, disse que seu cliente "entregou os dados da pesquisa para Palocci. Daí para a frente, não é responsabilidade dele". 

Palocci aguarda julgamento

Indiciado em 2006 pela Polícia Federal sob suspeita de ter encomendado a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP) alegou ao STF (Supremo Tribunal Federal), em defesa preliminar no inquérito que tramita em sigilo no tribunal, que não há provas de que deu a ordem para a quebra.

Atual deputado federal, Palocci está de olho na chance de disputar a eleição ao governo de São Paulo pelo PT em 2010. Para isso, quer se livrar do inquérito no STF. Os advogados de defesa dos investigados no episódio acreditam que o tribunal definirá, até o final de março, uma data para o julgamento.

Em sua defesa, protocolada em 2008 pelo advogado Roberto Batochio, Palocci diz que faltou à PF investigar outros possíveis focos da quebra de sigilo, como a própria PF e a Receita Federal. As principais linhas da defesa são as seguintes:

1 - O ex-presidente da Caixa, Jorge Mattoso, assumiu ter sido dele a iniciativa de consultar os extratos do caseiro;

 2 - Não há provas de que Palocci determinou a Mattoso que quebrasse o sigilo; 

3 - Não há provas de que Palocci vazou o dado bancário para a revista "Época".

O relatório final do delegado da PF Rodrigo Carneiro já enfrentava esses pontos. Segundo a investigação, "Mattoso não tinha nenhum motivo pessoal para tal pesquisa nem tampouco se interessaria ou se envolveria pessoalmente, pois os fatos revelados por Francenildo, em jornal de grande circulação e na CPI dos Bingos, lhe eram indiferentes. Agiu, provavelmente, por demanda".

Sobre outras possíveis fontes do vazamento, o delegado afirmou que ouviu vários policiais federais, incluindo o então diretor-geral do órgão, Paulo Lacerda, e auditores da Receita. Os indícios, segundo ele, incluindo a análise dos telefonemas daqueles dias, apontaram para Palocci e seu grupo, e não outros setores do governo.

O advogado Alberto Toron, defensor de Mattoso, disse que seu cliente "entregou os dados da pesquisa para Palocci. Daí para a frente, não é responsabilidade dele". 

States - novo programa de socorro aos bancos


Em comunicado divulgado nesta segunda (23), o governo dos EUA esmiuçou o plano de socorroa instituições financeiras.

 

A coisa fora anunciada há 13 dias. Sabia-se que teria três etapas e que custaria ao contribuinte americano US$ 1,5 trilhão. Sabe-se agora:

 

1. O programa começa a ser retirado do papel nesta quarta (25);

 

2. O objetivo final é "garantir que os bancos tenham o capital e a liquidez que precisem para oferecer o crédito necessário para restaurar o crescimento econômico";

 

3. Os bancos americanos que necessitem de socorro serão compelidos, primeiro, “a se voltar para fontes privadas de capital";

 

4. Não havendo dinheiro privado à disposição, “o aporte de capital será oferecido pelo governo";

 

5. A torneira das arcas públicas não jorrarão à farta. A idéia é que o dinheiro fique disponível, para servir como um suporte para eventuais perdas além do esperado;

 

6. Pretende-se usar a verba pública para assegurar empréstimos a clientes com boa classificação cadastral;

 

7. Como garantia aos aportes financeiros, as casas bancárias soocorridas darão ao governo ações preferenciais em volume e em valor correspondente;

 

8. Significa dizer que, na prática, o Estado será sócio dos bancos. Para capitalizar os bancos, admite-se a hipótese de converter ações prefereneciais em ordinárias;

 

9. No comunicado desta segunda, descartou-se a alternativa de estatização integral de bancos;

 

10. Diz o texto: "Como a economia funciona melhor quando as instituições financeiras são bem geridas no setor privado, o pressuposto fundamental do programa é o de que os bancos devem permanecer em mãos privadas".

 

11. Na última sexta (20), o presidente do Comitê Bancário do Senado dos EUA, Christopher Dodd, dissera coisa diferente sobre a estatização bancária;

 

12. Segundo Dodd, alguns bancos poderiam ser assumidos pelo Estado "por um período curto".

 

13. "Eu não acho isso bom, de forma alguma, mas posso ver que é possível que venha a acontecer", dissera Dodd. "Estou preocupado que acabemos por ter de fazer isso, ao menos por um curto período."

 

14. A encrenca bancária está na origem da crise financeira que se irradiou dos EUA para o mundo. Tenta-se debelar o incêncio desde George Bush. E nada.

 

15. Neste início de 2009, 14 bancos americanos já foram à breca. A bruxa ronda agora duas casas de peso: o Citigroup e o Bank of America. Daí os novos movimentos da Casa Branca, agora sob Barack Obama.

 

16. A despeito da veiculação do comunicado oficial, a Bolsa de Nova York caiu. Atingiu o nível mais baixo em 12 anos. A coisa vai ecoar no mercado brasileiro, na reabertua dos negócios depois do Carnaval.

Escrito por Josias de Souza

States - novo programa de socorro aos bancos


Em comunicado divulgado nesta segunda (23), o governo dos EUA esmiuçou o plano de socorroa instituições financeiras.

 

A coisa fora anunciada há 13 dias. Sabia-se que teria três etapas e que custaria ao contribuinte americano US$ 1,5 trilhão. Sabe-se agora:

 

1. O programa começa a ser retirado do papel nesta quarta (25);

 

2. O objetivo final é "garantir que os bancos tenham o capital e a liquidez que precisem para oferecer o crédito necessário para restaurar o crescimento econômico";

 

3. Os bancos americanos que necessitem de socorro serão compelidos, primeiro, “a se voltar para fontes privadas de capital";

 

4. Não havendo dinheiro privado à disposição, “o aporte de capital será oferecido pelo governo";

 

5. A torneira das arcas públicas não jorrarão à farta. A idéia é que o dinheiro fique disponível, para servir como um suporte para eventuais perdas além do esperado;

 

6. Pretende-se usar a verba pública para assegurar empréstimos a clientes com boa classificação cadastral;

 

7. Como garantia aos aportes financeiros, as casas bancárias soocorridas darão ao governo ações preferenciais em volume e em valor correspondente;

 

8. Significa dizer que, na prática, o Estado será sócio dos bancos. Para capitalizar os bancos, admite-se a hipótese de converter ações prefereneciais em ordinárias;

 

9. No comunicado desta segunda, descartou-se a alternativa de estatização integral de bancos;

 

10. Diz o texto: "Como a economia funciona melhor quando as instituições financeiras são bem geridas no setor privado, o pressuposto fundamental do programa é o de que os bancos devem permanecer em mãos privadas".

 

11. Na última sexta (20), o presidente do Comitê Bancário do Senado dos EUA, Christopher Dodd, dissera coisa diferente sobre a estatização bancária;

 

12. Segundo Dodd, alguns bancos poderiam ser assumidos pelo Estado "por um período curto".

 

13. "Eu não acho isso bom, de forma alguma, mas posso ver que é possível que venha a acontecer", dissera Dodd. "Estou preocupado que acabemos por ter de fazer isso, ao menos por um curto período."

 

14. A encrenca bancária está na origem da crise financeira que se irradiou dos EUA para o mundo. Tenta-se debelar o incêncio desde George Bush. E nada.

 

15. Neste início de 2009, 14 bancos americanos já foram à breca. A bruxa ronda agora duas casas de peso: o Citigroup e o Bank of America. Daí os novos movimentos da Casa Branca, agora sob Barack Obama.

 

16. A despeito da veiculação do comunicado oficial, a Bolsa de Nova York caiu. Atingiu o nível mais baixo em 12 anos. A coisa vai ecoar no mercado brasileiro, na reabertua dos negócios depois do Carnaval.

Escrito por Josias de Souza