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Fernando Brito - 30 anos do sambódromo

Eu vi essa peleja, e vou contar. 
Acredite é a mais pura verdade.

Só quem tem de 50 anos para cima é que lembra do que vou contar.
Anos a fio, a avenida Marquês de Sapucaí em setembro-outubro começava a receber as arquibancadas para o Carnaval.
Eram feitas de tubos, se não me engano sempre com uma empresa chamada Mills.
Depois, até abril, seguia-se o desmonte.
Anos a fio, milhões e milhões gastos no monta-desmonta.
Brizola tinha assumido o Governo do Rio de Janeiro em março de 1983.
E, óbvio, a menor  de suas preocupações era o carnaval de 1984.
O Estado estava falido, e o governador biônico anterior tinha deixado uma bomba-relógio: a paridade dos aposentados, que até então recebiam muito menos do que os servidores da ativa.
Paridade que começava – já adivinharam quando? – justamente no primeiro mês de governo do primeiro governador eleito pelo voto depois da ditadura…
O baque e tanto na folha de pagamentos, resolvido com a criatividade possível: o pagamento, que era no início do mês passou para o final e os cargos comissionados – perto de 15 mil – a seres preenchidos, ficava retidos na burocracia real e na inventada, porque Brizola passou a só nomear  quando o indicado tinha currículo completo, inclusive com foto 3×4, o que adiava, adiava…e economizava um ou dois salários.
Não bastasse isso, o Banco do Estado tinha acabado – dias antes da posse de Brizola – de ser forçado a assumir o aval dos empréstimos – impagáveis – feitos para construir o Metrô do Rio de Janeiro.