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Bright Sun Publishing trumpets

 Bright Sun Publishing trumpets

what will be our most important book this year

Reviewed by famed environmentalists Dr. Peter Ellyard and Peter Cundall, this book is described as ¡°amazing and inspiring . . . ­. aimed at any person involved with soil fertility. . . . takes us on a voyage of discovery and reads like an exciting novel¡±.

Australia has long been recognised as World leaders in growing and using worms, and David Murphy is their Guru. His book now tells even more clearly and simply how to boost soil fertility, using worms, assets of organic waste on your property and common sense.

This is the best book on worms ever written. Now revised and updated with 6 books in one. 

Worms for Everyone; Worms for Worm Farmers;

Worms for farrmers; Worms for Greenhouse; 

Worms Gardeners; Worms for Waste Managers.

An Australian farmer who has followed this book writes of doubling his carrying capacity in a few years and at the same time eliminating all fertiliser purchases. Read it, see his pastures, contact him !    A big South African cropper reported a trebling of her millet crop !

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That is Australian dollars, not US !

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Ed.Wakefield

Chief Executive Officer
Bright Sun Publishing 

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De Ministros e ministros

Em meio aos festejos de Carnaval, o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa resolveu vociferar contra o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reputando incompatível com a ética do cargo sua atitude de receber advogados de empresas investigadas na Operação Lava Jato.O comentário não chega a surpreender dado o histórico do ex-presidente do Supremo, avesso ao >>>

MPF do Paraná e Moro não querem investigar antes de 2003

Executivos das construtoras Odebrechet, UTC e Camargo Corrêa aceitaram fazer deleção premiada com o MPF do Paraná. Mas, os procuradores não aceitaram.
Espanto...
Por que não?...
Simples, os executivos exigiram que fossem investigadas a corrupção que praticaram antes de 2003.
Entenderam ou preciso desenhar?


Livro - Henfil detalha seu método de criação humorística


A ideia não é nova. O humor pode matar o humorista. Ou, como tão bem sabia Henrique de Souza Filho, o Henfil, o humor pode matar o humor. Por decorrência das artes da criação, o personagem concebido pelo artista ganha o entendimento que for de seu público. Mais do que isso, obrigado a refazer constantemente a natureza de seu personagem, o humorista dará ao ser fictício a vida que este exigir. E o que o artista terá imaginado engraçado no início corre o risco de jamais o ser.

Neste pequeno grande livro, o crítico musical e colaborador de CartaCapital Tárik de Souza conversa com o amigo, “frequente sparring de embates políticos, religiosos, estéticos, futebolísticos, mulherísticos”, quatro anos antes de sua morte, aos 44 anos, em 1988. Era para ser um compêndio em que a Editora Vozes indicasse um caminho para a construção do humor político. Mas Henfil cismou com o “como” contido no título sugerido e não conseguiu escrever. A Tárik, então, detalhou seu método de corrigir pelo escárnio o ridículo país ditatorial.


Henfil
Na Disneylândia corrosiva e nada lucrativa de Henfil, o cangaceiro Zeferino, criado para ser herói, com o tempo ganharia o fim da fila. Seu segundo personagem seria Bode Orelana, o filósofo. O Cabôco Mamadô, personagem que mais feriu o artista, segundo ele conta, e que no cemitério dos mortos-vivos enterraria de Maluf a Elis Regina, um dia sepultaria o próprio Henfil (e a si). Baixim talvez fosse ele próprio. E, embora a Graúna tivesse nascido para o comentário lateral, receberia asas de avião. “Hoje, a Graúna é o principal personagem, o Bode é o segundo e o Zeferino virou aquilo que a Graúna ia ser. E eu não controlo a Graúna. Eu controlo o Zeferino”, anotou.

A criação de Ubaldo, o Paranoico, foi-lhe sugerida por Tárik, a quem Henfil atribuía uma característica “de paranoia, de gozação”. Principalmente, o artista fala sobre a necessidade de “pegar o bonde” da história para fazer o riso funcionar. “A chave para fazer humor engajado é estar engajado. Não há chance de você ficar na sua casa vendo os engajamentos lá fora e conseguir fazer algo. Esse talvez seja o humor panfletário. Aquele que você faz de fora.”

HSBC e Operação lava jato - o escândalo apenas começou

Já são esperadas conexões com a operação Lava Jato entre as descobertas do "sequestro de todos os dados bancários” da sede do HSBC, feito pela polícia da Suíça, em Genebra; 8,7 mil brasileiros têm contas externas no banco; sucessão de bilionários e famosos implicada; vigora no inquérito a tese de “lavagem de dinheiro agravada”; bancão dos bacanas pede desculpas ao governo por ter incentivado sonegação de impostos; escândalo apenas começa



247 - A devassa total sobre a sede do HSBC, na Suíça, terá uma capítulo especial para as muito prováveis conexões com a investigação da operação Lava Jato, da Polícia Federal. Liderado pelos procuradores Olivier Jornot e Yves Bertossa, filho de um ex-procurador que, em 2001, abriu os casos de investigação relacionados com as contas de Paulo Maluf, eles procuraram despistar sobre o foco em contas de ex-funcionários e empresas ligadas à Petrobras. Mas ficou claro que nada vai passar despercebido.

- Vamos fazer uma análise geral de todas as acusações existentes. Por enquanto, não quero me pronunciar sobre um ou outro caso, mas todos os que foram indicados nos documentos que chegaram à imprensa serão investigados", disse o procurador Jornot. A Justiça de Genebra indicou que deve chamar funcionários e banqueiros do HSBC a prestar depoimento nos próximos dias. Alguns deles são suspeitos de terem ajudado clientes a cometer "atos de lavagem" ou de ter participado desses crimes.

O escândalo que ficou conhecido como Swissleaks expôs não apenas o HSBC, mas todo o sistema financeiro suíço que, por décadas, ajudou clientes de todo o mundo a trazer suas fortunas para Genebra e Zurique.

Com as revelações, as autoridades suíças passaram a ser questionada sobre seu silêncio diante das acusações. O banco HSBC, por exemplo, insiste que essas acusações "fazem parte do passado" e que a instituição passou por uma transformação desde 2007.

Entre os clientes destacados pelas revelações estão criminosos, traficantes de drogas e armas, ditadores, nobrezas, cantores e esportistas.

Matrículas em educação integral apresentam crescimento de 41,2% em 2014


Pelo quinto ano consecutivo, as matrículas em educação integral apresentam crescimento expressivo. O número de alunos que permanecem, pelo menos, sete horas diárias em atividades escolares aumentou 41,2%, passando de 3,1 milhões em 2013 para 4,4 milhões em 2014. Desde 2010, o contingente de crianças e adolescentes atendidos em tempo integral mais que triplicou. É o que mostra o Censo Escolar da Educação Básica de 2014, divulgado nesta quarta-feira, 11, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Censo aponta que 54,8% das escolas brasileiras têm alunos com deficiência incluídos em turmas regulares. Foto: Tânia Rêgo/Agência BrasilCenso aponta que 54,8% das escolas brasileiras têm alunos com deficiência incluídos em turmas regulares. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
O presidente do Inep, Chico Soares, afirmou que o censo aponta, a cada ano os resultados das políticas públicas. “A expansão da educação integral é fruto do programa Mais Educação, desenvolvido pelo MEC, por meio do qual são transferidos recursos às escolas para manter os alunos em jornada estendida”, disse.
Ao todo, o Censo de 2014 registra 49,8 milhões de alunos matriculados na educação básica. No ano anterior, eram 50 milhões. “A queda é fruto do tamanho da população, que diminui a cada ano. É consequência, ainda, de um fenômeno positivo, a melhoria dos indicadores de progressão e, em consequência, a redução da defasagem idade-série. O problema está sendo enfrentado e diminui a cada ano”, observou o presidente do Inep.
O ensino fundamental é a maior etapa de toda educação básica e ultrapassa os 28 milhões de alunos. Destes, 15,7 milhões cursam os anos iniciais e 12,8 milhões os anos finais. Um dos destaques dessa etapa é que praticamente todos os alunos do primeiro ano do ensino fundamental estão na idade adequada para a série.
No ensino médio, o número de matrículas permaneceu estável em quatro anos. A frequência dessa etapa é de 8,3 milhões de alunos, 95,9% desse total em áreas urbanas. As redes estaduais são as que detêm a maior participação, com 84,7% do total de matrículas.




Inclusão
O Censo aponta que 54,8% das escolas brasileiras têm alunos com deficiência incluídos em turmas regulares. Em 2008, esse percentual era de apenas 31%. A evolução está em sintonia com os desafios propostos pelo Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê a universalização do atendimento em educação a segmento da população de 4 a 17 anos, preferencialmente na rede regular de ensino.

Proinfância“Outro aspecto positivo comprovado pelo Censo é a expansão do atendimento em creches, fruto do Proinfância, programa do MEC que destina a estados e municípios recursos para ampliação e melhoria da oferta”, destacou Chico Soares. São 2,9 milhões de crianças matriculadas, o equivalente a um aumento na oferta de 40% nos últimos quatro anos.

ProfissionalA modalidade Educação Profissional também está evoluindo e já conta com 1,78 milhão de alunos matriculados, uma elevação de 89,2% em relação a 2008. Chico Soares avaliou que um dos fatores que impulsionam a educação profissional de nível médio é o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

Briguilinks


Sobre carnaval, máscaras e mascarados

​Sobre carnaval, máscaras e mascarados   Por Ronaldo Souza   Quem na infância não usou uma máscara ou desejou faze-lo no carnaval?   A imaginação dava asas à fantasia das crianças no seu universo único e encantado.   O maravilhoso mundo da criança.   O gesto infantil é na imensa maioria das vezes algo sublime... na criança.   Trazido para o mundo dos adultos

Campanha do Restadão contra José Dirceu já dura dez anos

Do blog de Zé Dirceu, em resposta ao Estadão:A reportagem "Delator repetiu esquema de Dirceu para abrir offshores" (17/02) procura, sem qualquer razoabilidade jornalística, associar o ex-ministro José Dirceu ao esquema assumido pelo engenheiro Pedro Barusco para recebimento de recursos ilícitos no exterior.O argumento central da reportagem, de que ambos teriam recorrido ao escritório Morgan y

Fernando Brito - Jornalista se demite por omissão no caso HSBC. E não é um brasileiro…

Não sei quem colocou, no Diário do Centro do Mundo,  a legenda na foto do jornalista inglês que se demitiu do conservador Telegraph, um dos principais jornais ingleses, que, revela o também britânico The Guardian,renunciou ao  cargo de principal comentarista político por considerar que os leitores estavam sendo fraudados na "cobertura" do escândalo das contas do HSBC na Suíça. Seja quem

Monte um guarda-roupa básico

Ao longo dos anos, o estilo masculino foi diminuindo em quantidade de peças: chapéus, coletes, sapatos lustrosos e suspensórios perderam progressivamente a vez para a praticidade de um bom jeans com camisa, por exemplo. Mas há algum tempo, as coisas estão voltando a se sofisticar, dando espaço novamente para um homem bem vestido e com um guarda-roupa mais elaborado.

Restrição hídrica

​  Por Ronaldo Souza Nasci e vivi a minha infância no sertão baiano, na minha querida Juazeiro. Desde cedo vi e vivi tudo. Bem de perto. Secas e enchentes que destruíam. Vi a dureza da vida e vi as pessoas enfrentando com fé e resignação. Mas sempre com muita luta. Invejei-as tempos depois, já como homem. A força do sertanejo chegou a mim bem antes das palavras

A molecagem de Jaoquim Bó e do pig

por Luiz Carlos da RochaJoaquim Barbosa segue sendo leviano e demonizando a advocaciaO Estatuto da Advocacia dispõe que os advogados têm o direito de serem recebidos por autoridades públicas (Art. 7º, VI, "b", da Lei nº 8.906/94).A mídia noticiou que o Ministro da Justiça recebeu advogados que patrocinam os interesses da Odebrecht na operação Lava Jato

A chantagem do dia

 Os emplumados estão se aperreando...O jogo nem começou, Onestos! Prá frente é que as malas bate!

A Josias o que é de Josias - É canalha ...mas que deturpa ninguém pode negar

Manuel Bandeira traduziu os anseios nacionais quando escreveu sobre seu desejo de fugir para Pasárgada, onde era amigo do Rei. É o que todos querem. Nem tanto pelos encantos do paraíso do poeta. A ginástica, a bicicleta, o burro brabo, o pau-de-sebo, o banho de mar, a beira do rio, a mulher desejada na cama escolhida… Tudo isso fica em segundo plano quando se tem a amizade do Rei. Para gente

Judiciário desmancha Operação Castelo de areia

O ministro do STF - Supremo Tribunal Federal -, Luís Roberto Barroso indefere dois recursos e confirma decisão do STJ - Superior Tribunal de Justiça -, que anulou provas

Brasília - O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, negou dois recursos que poderiam reabrir a Operação Castelo de Areia, que investigou um esquema de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, crimes financeiros e repasses ilícitos para políticos envolvendo executivos da empreiteira Camargo Corrêa, entre 2009 e 2011.

A decisão confirma entendimento do Superior Tribunal de Justiça de 2011, que jogou por terra a operação da Polícia Federal ao anular todas as provas produzidas por escutas telefônicas. Na ocasião, a 6ª Turma do STJ considerou os grampos ilegais, porque foram autorizados a partir de uma denúncia anônima. O Ministério Público Federal recorreu ao STF contra a anulação das provas. Na sexta-feira passada, Barroso, que é o relator dos casos no Supremo, negou o seguimento dos recursos.

Os grampos revelaram movimentação da cúpula da empreiteira que citavam ao menos sete partidos – PSDB, PDT, DEM, PP, PPS, PMDB e PSB.



Paulo Nogueira - a surra de Haddad em Villa e Sheherezade

Só ouviria a Jovem Pan sob a mira de um revólver. Não seria a presença de Haddad na rádio que me levaria a sintonizá-la.

Não dou a minha audiência às mídias que entendo fazerem mal ao Brasil. Aproveito melhor meu tempo.

Acho quase patético que críticos da Globo, por exemplo, não saiam da emissora. Você frequentemente encontra nas redes sociais alguém que ataca o JN, e depois o jornal da noite, e depois a Globonews – e entre tudo isso a CBN.

Você contribui com o inimigo.

Mas razões jornalísticas me fizeram ouvir a gravação da entrevista com Haddad. A repercussão foi grande.

De resto, minha amiga Priscila Sérvulo me mandou o link do programa, com uma recomendação para que visse e comentasse.

Pensei comigo: vou experimentar.

Acabei vendo a entrevista toda.

Duas coisas opostas me chamaram a atenção: o preparo calmo e sereno de Haddad e o despreparo bufão dos entrevistadores Villa e Sheherazade.

De uma forma geral, foi uma coisa parecida com o Roda Viva em que Piketty passeou diante de uma bancada hostil e inepta comandada pelo economista André Lara Resende.

As más intenções da Jovem Pan apareceram antes mesmo da entrevista.

Sherezade disse que demorara duas horas para ir de casa para o trabalho. Culpa de Haddad, naturalmente.

Logo aí Haddad também mostrou suas armas. Ele quis saber de onde ela vinha, e se era assim sempre.

Pressionada, ela admitiu que em geral leva uma hora. E disse a Haddad que mora no Barueri. Fora da cidade, portanto. Se morasse em São Paulo, lembrou Haddad, ela perderia menos tempo no trânsito.

Villa foi logo abatido também.

Ele falou na taxa de reprovação de Haddad no meio do mandato como se fosse um fato novo na história dos prefeitos de São Paulo.

Haddad disse a ele que, como historiador, ele deveria consultar o passado. Marta e Kassab passaram por situações semelhantes, e logo depois de aumentar a tarifa dos ônibus, como ele próprio.

Haddad mostrou a relação entre aumento de tarifa e popularidade do prefeito.

Pego de surpresa, tudo que Villa conseguiu dizer é que iria pesquisar o assunto.

Isso quer dizer o seguinte: ele não fez a lição de casa.

Segundo algumas versões, Patrícia Poeta foi afastada do JN por supostamente não ter se preparado convenientemente para a entrevista com Marina Silva.

Um editor rigoroso afastaria Villa, mas imagino que isso não vá acontecer por uma razão: espera-se dele, apenas, que fale mal continuamente do PT, e não que se prepare para entrevistas. E ele entrega – em sua maneira caricatural, confusa e frequentemente imbecil — o que esperam dele.

Numa de suas grandes frases, Euclides da Cunha, ao tratar de Floriano Peixoto, disse que ele chegara à presidência não porque se elevara, mas porque se operara uma depressão em torno dele.

Haddad se destacou, em parte, pela depressão a seu redor na entrevista na Jovem Pan.

Imagine alguém que, em pleno 2015, consegue atacar ciclovias numa metrópole como São Paulo.

É Villa.

Suas observações, se fossem feitas em cidades como Londres ou Paris, o levariam ao ridículo e ao ostracismo imediatamente.

Mas no Brasil isso lhe dá microfones como o da Jovem Pan.

Haddad contou suas conversas com prefeitos de fora do Brasil a respeito das ciclovias.

Disse que é consenso que elas vem antes dos ciclistas. Sem as ciclovias, as pessoas não vão se arriscar em ruas perigosas.

Nem Sheherazade e nem Villa tinham a menor ideia sobre o assunto. Sobre nada, aliás – de semáforos quebrados ao preço do metro quadrado de uma ciclovia.

Ali estava, diante de Haddad, a ignorância enciclopédica personificada em dois entrevistadores sem a menor condição jornalística de sabatinar alguém.

Villa, a certa altura, jogou o Petrolão para cima de Haddad. Chegou a citar Gilmar Mendes, como se a opinião do meritíssimo valesse alguma coisa.

Haddad desarmou-o imediatamente. Afirmou que, como todo mundo, quer a punição de quem quer que tenha desviado dinheiro público na Petrobras.

E devolveu a Villa: “Você não quer que os corruptos do Tremsalão sejam presos? Você não quer que o conselheiro do TCU de São Paulo indicado pelo Covas sofra consequências pela conta na Suíça com dinheiro da corrupção?”

Villas balbuciou apenas, a voz mortiça: “Sim.”

Maluf também foi posto na conversa. Haddad disse que faz aliança não com pessoas, mas com partidos, e à luz do dia. Lembrou que Serra foi buscar o apoio do mesmo Maluf na calada da noite. “E você não disse nada”, completou.

Fora do campo objetivo, Haddad também enquadrou Villa com bom humor.

Ao responder a uma colocação, ele foi interrompido abruptamente. E então disse: “Puxa, Villa, vocês me atacam todos os dias. Deixa hoje pelo menos eu me defender.”

Haddad fez o que se espera de um político que sabe o que quer.

Villa e Sheherazade fizeram aquilo que é inevitável em entrevistadores que não sabem entrevistar.

Deu no que deu: nocaute.




no Diário do Centro do Mundo

Alan Souza - A "esperteza" de Fernando Rodrigues

Pra dizer o mínimo, esse Fernando Rodrigues é um espertalhão.

Ele alega que repassou os dados à Receita Federal, e que divulgará em seu blog só os dados que despertem "interesse público" - lógico que ele é quem julga o que é interesse público ou não.

Daí ele divulgou só os nomes de envolvidos na Lava-Jato até agora. Achou que isso é do interesse público. E calou-se.

Alega que cabe à Receita fazer o trabalho e depois divulgar. Ele sabe que a Receita não pode divulgar nada que esteja apurando ou venha a apurar, por causa do sigilo fiscal...


André Casoves - reprovável é atropelar a lei

Reprovável, senhor magistrado, é atropelar a lei, renegando a Constituição, ao mesmo tempo em que usa das prerrogativas por ela asseguradas em favor do seu projeto de desmonte da Petrobras e da soberania do Brasil. 
Reprovável é atacar o Estado democrático de direito, reconquistado após anos de luta e das atrocidades cometidas pela ditadura contra aqueles que se insurgiram contra ela. 
Reprovável é conduzir sob vara cidadão que não fora intimado e, portanto, não se recusara a comparecer perante o Juízo; ainda mais reprovável é ordenar que, para tanto, se invadisse o domicílio desse cidadão, contra quem nada está provado. 
Reprovável é ser casado com assessora de membro do PSDB e, estranhamente, só haver acusação contra membro do PSDB já morto.
Reprovável é manter em cárcere cidadãos, não importando sua classe social ou ocupação, sob condições desumanas e sofrendo humilhações e tortura física (sob a forma das condições do cárcere) e psicológica, mediante o terror infundido, envolvendo eventual prisão de familiares e a manutenção indeterminada de prisão francamente ilegal. 
Reprovável, senhor juiz, é atropelar os procedimentos legais e agir conforme seus delírios de grandeza e … 
Reprovável, senhor magistrado, é a omissão do STF e do CNJ, perante os atos reprováveis que você tem praticado, assim como os atos dos outros … a seu serviço. 
Espero, senhor magistrado, que a História e a Justiça, diferente do que tem sido, julgue seus atos e lhe dê o merecido lugar de traidor deste país e deste povo.


De ministros e ministros, por Dora Cavalcanti

no Folha
Em meio aos festejos de Carnaval, o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa resolveu vociferar contra o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reputando incompatível com a ética do cargo sua atitude de receber advogados de empresas investigadas na Operação Lava Jato.
O comentário não chega a surpreender dado o histórico do ex-presidente do Supremo, avesso ao direito de defesa, nele incluídos os advogados e sua obrigação profissional de zelar pelo respeito às garantias individuais do cidadão.
Como bem disse o jornalista Ricardo Noblat, mereceria ser lido apenas como "flor do recesso", típica dos períodos de marasmo no noticiário, não fosse o clima de ódio à defesa instalado no país. A manifestação de Barbosa é a tradução perfeita do momento de quase suspensão dos direitos individuais que estamos atravessando. Explico.
Considero-me uma advogada técnica. Em vez da oratória cativante ou do traquejo com a mídia, forjei meu sucesso na dedicação ao estudo da causa, do processo, dos detalhes. Todavia, não posso deixar de estranhar o fato de que nem um único jornalista me procurou para falar sobre a audiência que tive no Ministério da Justiça em 5 de fevereiro.
Afinal, tivesse sido questionada, eu poderia ter esclarecido que a petição endereçada ao ministro da Justiça em nada diferia de outra anteriormente dirigida ao ministro Teori Zavascki, relator do caso no STF, e ainda se somava a outras três protocoladas diretamente perante a 13ª Vara Federal de Curitiba.
Em todas essas manifestações a defesa protestou contra o vazamento criminoso de informações protegidas pelo sigilo processual, que em outros países levaria à aplicação de penalidades severas ou à invalidação dos procedimentos.
Assim, a defesa foi ao Ministério da Justiça noticiar que a única providência adotada no bojo do inquérito nº 1.017/14, instaurado na Delegacia de Polícia Federal em Curitiba para apurar os vazamentos, fora a oitiva de três ou quatro jornalistas.
Em outras palavras, nada foi feito, pois é óbvio que o jornalista está vinculado ao sigilo de fonte, e sobre sua conduta não recai qualquer irregularidade. Ocorre que o real trabalho da defesa já não interessa. A paridade de armas pode ir às favas.
Certamente uma audiência do ministro da Justiça com o procurador-geral da República para tratar das investigações em Curitiba não despertaria qualquer repulsa. A defesa é que deve ficar calada, tímida, vexada. Pobres cláusulas pétreas.
A presunção de inocência e o devido processo legal aparecem como obstáculos incômodos ao combate à corrupção e ao justiçamento daqueles que detêm poder político e econômico. E isso me aflige. Aflige-me pelos clientes de hoje e, sobretudo, pelos de amanhã. Angustia-me o risco que corre meu principal cliente, o direito de defesa em si.
Por isso, é preciso denunciar a falácia: o Brasil não precisa optar entre o combate à corrupção e o Estado de Direito. Não estamos diante de alternativas excludentes! É salutar e essencial desvendar e coibir os saques às verbas públicas, é igualmente essencial que façamos isso sem jogar fora o núcleo duro dos direitos fundamentais inseridos na Constituição Federal.
Aos que adoram postar aos quatro ventos que estaria em curso a "venezualização" do país, peço que reflitam sobre esse esforço concentrado liderado pela Operação Lava Jato para cravejar de morte o Estado de Direito. Afinal, há algo mais totalitário do que condenar sem processo? Prisões ilegais, desnecessárias, representam a pior forma de violência do Estado contra o indivíduo.
Já que estou a tratar de ministros, atuais e passados, não posso deixar de pensar na falta que me faz aquele que foi meu ministro de vocação, Márcio Thomaz Bastos. Que o ministro Cardozo tome a ácida comparação com ele como o maior dos elogios, e encontre sabedoria e novos caminhos nas críticas recebidas.



DORA CAVALCANTI CORDANI
, 44, advogada criminal, é sócia do escritório Cavalcanti & Arruda Botelho - Advogados. É conselheira nata do IDDD - Instituto de Defesa do Direito de Defesa