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Blog do Charles Bakalarczyk: A imagem do golpe de 64 e sua antítese

Blog do Charles Bakalarczyk: A imagem do golpe de 64 e sua antítese: Abaixo, a imagem de Herzog projetada no Clube Militar (pesquei aqui http://twitpic.com/93hiqg ). Herzog foi o símbolo de um período hist...

Demóstenes negociou a ida de Adriano para o Flamengo



 
Em conversa telefônica reservada, o senador Demóstenes Torres tenta convencer o presidente Obama a instalar caça-níqueis a bordo do Air Force One. “É bom pra relaxar, sô.”
DEATH STAR – A situação do senador Demóstenes Torres piorou ainda mais com a divulgação de novas gravações em que o parlamentar do DEM aparece como articulador importante de episódios da história recente.
Em conversa de 2001 entre Demóstenes e um misterioso personagem no Afeganistão, o senador sugere que pelo menos três associados de seu interlocutor venham a Goiás “para aprender a fazer o negócio voar”:
PERSONAGEM MISTERIOSO – Mas aí em Goiás, senador?
DEMÓSTENES – Anápolis. Lá tem base aérea, Mirage, tudim. A turma aprende sem problema. E à noite ainda pode se divertir jogando nuns caça-níqueis de um amigo meu. O trem é bom.
Em 2008, foram registradas mais de duzentas ligações entre Demóstenes e o presidente do banco americano Lehman Brothers:
PRESIDENTE DO BANCO LEHMAN BROTHERS – Mas o senhor garante, senador?
DEMÓSTENES – Pode investir, sô. Esses derivativos são ponta firme. Compra que ocê vai estourar a boca do balão.
No ano seguinte, temendo que suas conversas pudessem estar sendo monitoradas, Demóstenes Torres comprou um aparelho Nextel com embaralhador de sinal. A primeira ligação foi para Porto Alegre:
DEMÓSTENES – Pode convocar, eu entendo desse trem e afianço que o moço já criou juízo.
VOZ DE INTERLOCUTOR – Sei não, senador.
DEMÓSTENES – Olhe só: conversei com um amigo meu que me disse que o rapaz esteve no cassino dele e não participou nem do bingo. Só bebeu guaraná.
VOZ DO INTERLOCUTOR – E não bateu em ninguém?
DEMÓSTENES – E o Felipe Melo é lá de bater em alguém?
VOZ DO INTERLOCUTOR – Está certo.
DEMÓSTENES – Resolvido então. Parabéns por aquelas golas rolês. Trenzão elegante, sô.
No ano seguinte, Demóstenes Torres teria ido à Flórida para tratar de assuntos pessoais. Gravações do FBI revelam que o senador ligou pelo menos cinco vezes para o diretor de operações da empresa de cruzeiros marítimos Carnival Cruises, proprietária da Linha C.
DIRETOR DE OPERAÇÕES DA CC – Está gostando, senador?
DEMÓSTENES – Vixe: demais, demais. Esse Mickey é um camarada muito simpático, sô. E por aí, como vai esse trem?
DIRETOR DE OPERAÇÕES DA CC – Estamos com um problema para encontrar um comandante para o Costa Concórdia.
DEMÓSTENES – Problema resolvido. Comandante Schettino. Muito amigo de um irmão meu lá de Goiás, também do ramo de entretenimento.
DIRETOR DE OPERAÇÕES DA CC – E o homem é bom?
DEMÓSTENES – Bom? Esse amigo e eu estamos pensando em comprar um iate. Se a coisa for pra frente, queremos o Schettino conosco.
A última gravação é da semana passada. O senador conversa com uma mulher de forte sotaque carioca.
MULHER DE FORTE SOTAQUE CARIOCA – Será?
DEMÓSTENES – Não hesita, Patrícia. Ele não ganhou o apelido de Imperador à toa.

Mensalão: e o quebra-cabeças vai sendo montado

[...] As peças estão se encaixando perfeitamente!
Até hoje Marconi Perillo se vangloria, se jacta de ter sido o primeiro político a alertar Lula sobre o tal de "mensalão". Mas é óbvio! Marconi Perillo sempre teve acesso privilegiado à quadrilha de Carlinhos Cachoeira...
Cada vez mais fica nítido e cristalino quem montou e quem se beneficiou da farsa chamada de "mensalão". Cada vez fica mais nítido que o crime organizado, que a máfia foi atingida centralmente em seus desígnios ilícitos e se associou a imprensa não menos mafiosa para derrubar o governo Lula e retomar seus lucros e seus prepostos na máquina estatal.
Poderia citar inúmeros acontecimentos havidos no governo Lula, mas vou resumir a questão nestes singelos acontecimentos que pouca gente se deu conta na época e ainda não se deram conta até hoje...
O presidente Lula edita a MP 168, de 20/02/2004, que proíbe a exploração dos jogos de bingo e caça-níqueis. Pois bem, logo após e no mesmo mês de fevereiro de 2004 estoura o escândalo Waldomiro Diniz. Ele fora denunciado porque solicitou um percentual de participação nos "negócios" (propina), ao "empresário" Carlinhos Cachoeira, quando era diretor da Loterj em 2002... 
Estranho que a gravação seja de 2002, no governo estadual do Rio de Janeiro e surja apenas em 2004 para tentar incriminar o governo Lula que nada tinha com aquela história e logo após a edição da MP 168!
A verdade é que o governo Lula feriu de morte o interesse de muitas e muitas máfias encasteladas na máquina estatal durante décadas. E a máfia reagiu e quase derrubou o governo Lula. A máfia tem ramificações nos mais diversos setores da sociedade e agora vai surgindo aos poucos o verdadeiro objetivo do quase golpe efetuado no Brasil em 2005 através da CPI dos Bingos e dos Correios. Essa é uma pequena amostra dos interesses que estavam em jogo naquela época, o Nassif e os colegas poderiam complementar com maiores informações..
por Diogo Costa

Mais um "artista" da moral e ética é pego tomando banho de Cachoeira


O deputado federal Stepan Nercessian (RJ) pediu "licença" do seu partido, o PPS, neste sábado (31). Além de afastar-se temporariamente do partido, vai se desligar da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara.

As providências foram adotadas depois da revelação de que o deputado foi pilhado nos grampos da Operação Monte Carlos numa transação monetária com o contraventor Carlinhos Cachoeira.

Stepan recebeu do opeador de jogos ilegais, no ano passado, R$ 175 mil. Recebeu do operador de jogos ilegais R$ 175 mil. Incomodada, a direção do PPS cobrou explicações do filiado ilustre.

O deputado, então, enviou uma carta ao presidente do PPS, Roberto Freire. "Tendo o meu nome aparecido nas gravações que investigam a relação do sr. Carlos Ramos, Carlinhos Cachoeira, com parlamentares do Senado e da Câmara, solicito licença temporária do PPS."

Licenciou-se também "de todos os cargos e funções" que ocupa na legenda, "até que todos os fatos sejam apurados e esclarecidos." De resto, anotou: "Solicito também que o PPS, me substitua na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado […], tendo em vista que essa comissão participará das investigações que envolvem o caso Carlinhos Cachoeira."

Goiano como Cachoeira, Stepan alega que mantém com o contraventor uma amizade que "dura mais de 15 anos". Sustenta que o dinheiro que recebeu foi um "empréstimo".

Nessa versão, o deputado decidira comprar um apartamento. Solicitara empréstimo num banco. Antes que o dinheiro saísse, recorreu ao "amigo". Afirma que não chegou a usar o dinheiro de Cachoeira. Concretizada a transação bancária, devolveu a cifra.

Restituiu, porém, apenas parte da verba: R$ 160 mil, em vez dos R$ 175 mil. Afirma que os R$ 15 mil restantes foram usados para comprar ingressos do Carnaval carioca encomendados por Cachoeira. Colocou-se à disposição da Comissão de Ética do PPS.

por Josias de Souza

Cachoeira armou nos Correios para vingar Demóstenes


As imagens em que um diretor dos Correios, Mauricio Marinho, guarda uma propina de R$ 3 mil – divulgadas na Veja e reproduzidas no jornal nacional – foram o início da crise política que resultou na queda do Chefe da Casa Civil do Governo Lula, José Dirceu.

O então presidente do PTB, Roberto Jefferson, que controlava os Correios, considerou que o Governo não o protegeu e ao partido de forma adequada, e deu uma entrevista à Folha (*) em que, pela primeira vez, usou a palavra “mensalão”, associada a Dirceu.

Quem mandou fazer a fita foi Carlinhos Cachoeira, para vingar Demóstenes Torres.

Quem faz essa acusação é Ernani de Paula, ex-prefeito de Anápolis, que foi derrubado da Prefeitura numa operação de grampos desaparecidos, como os que parecem ter a marca de Carlinhos Cachoeira e Demóstenes Torres.

Cachoeira foi preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

Ernani de Paula foi casada com uma suplente de Demóstenes.

Ela assumiria o lugar dele no Senado, se Demostenes saísse do PFL, entrasse no PMDB, e assumisse, como combinado, o  cargo de Secretário Nacional de Justiça, uma espécie de vice-Ministro da Justiça.

Demóstenes não foi nomeado e acredita que Dirceu foi quem vetou o nome dele.

Este ansioso blogueiro entrevistou Ernani de Paula esta semana.

Ele fala deste vídeo e do outro, que deu início ao enfraquecimento de Dirceu: aquele em que Valdomiro Diniz, então funcionário da Loteria do Rio, pede dinheiro a Cachoeira.

O vídeo foi exibido dois anos depois, quando Diniz trabahava com Dirceu.

Ernani de Paula fala também de seu amigo de infância em Mogi das Cruzes, São Paulo, Valdemar da Costa Neto.

Valdemar era do PR, partido de José Alencar, candidato a vice de Lula.

Atingir Valdemar passou a ser um dos objetivos – segundo Ernani –, porque era uma forma de atingir Alencar, Lula e Dirceu, que particiou de reuniões com Valdemar, durante a campanha.

Eis os trechos principais dessa conversa do ansioso blogueiro com Ernani:

Como foi feita a fita em que um funcionário dos Correios recebe uma propina de 5 mil reais de alguém que se passava por um empresário do Paraná e estava interessado em uma concorrência dentro dos Correios?

Essa fita foi produzida pela equipe do Carlos Cachoeira. Que fez essa fita para poder criar uma confusão e ser publicada, como foi. Porque a fita do Waldomiro já tinha sido entregue ( à Veja ) através de um senador do Mato Grosso e detonou um processo de corrupção dentro do palácio com essa fita do Waldomiro. Então esse processo todo foi criado. E não foi o mensalão aquela ideia de que a gente tem do mensalão de que todos os deputados receberam todos os meses. Tanto é que isso não aconteceu. Tivemos um ou outro, enfim… Mas pegaram ícones para que pudessem pegar o governo logo em seu início e enfraquecê-lo.


Então a sua tese é de que a fita do Waldomiro, feita pelo Carlinhos Cachoeira, é do mesmo objetivo, tem a mesma função da fita dos Correios?

Com certeza. Com certeza. Até porque eu sofri isso quando fui prefeito da cidade de Anápolis. Eles usaram não com câmera. Mas usaram com fitas cassete.

De áudio?

De áudio, e depois desmentindo. Quem fez isso? Para ir na CPI para inventar o factóide. Depois de feito o processo.

A versão que existe é de que a fita dos Correios teria sido feita por um empresário, um suposto empresário do Paraná, que queria participar de uma concorrência. Quem fez na verdade a fita dos Correios na sua opinião?

Na minha opinião foi feito por essa equipe do Carlos Cachoeira.

Quem?

O nome não me recordo. … São pessoas que saíram do serviço secreto de Brasília, de espionagem, dessa coisa toda, e estão aposentados, sem ter o que fazer, ficam espionando a vida de todo mundo.

E essa pessoa, essa pessoa é ligada ao Carlinhos Cachoeira?

Sim. Sim. Ligada ao Carlinhos Cachoeira.

É funcionário do Carlinhos Cachoeira?

Não, funcionário eu não posso dizer de carteira assinada. Mas deve ter sido feito um trabalho, um trabalho encomendado por ele. Para quem interessasse. Para poder alimentar uma crise que ela não existia. O tal chamado mensalão, que não existe o mensalão.

Essa reportagem descrevendo esse esquema de corrupção e essa propina dos Correios foi publicada na revista Veja por um jornalista chamado Policarpo. O senhor sabe se o Policarpo tem ligações ou tinha ligações com o Carlinhos Cachoeira?

Eu o encontrei uma vez dentro de sua empresa em Anápolis chamada …. (Vitapan), uma indústria farmacêutica ali no distrito agroindustrial.

O senhor encontrou o Policarpo em uma empresa do…

Do Carlinhos Cachoeira, sim. E o Carlinhos Cacheira disse que ele tinha vindo para conversar com ele. Eu me retirei. Fui embora. Eu perguntei quem era. Ele falou quem era.

O Carlinhos Cachoeira tem que ligação com o senador Demóstenes Torres?

Eles são bastante amigos e hoje, me parece, sócios, né. Porque tudo o que a imprensa tem dito. As fitas gravadas, os recursos. Enfim. Parece que aí há uma sociedade deles.

Qual é a sua preocupação em revelar esses fatos. Qual é o interesse que o senhor pode ter em revelar esses fatos?

Olha, eu conheço e fui prefeito de Anápolis. Uma bela cidade. Tive o prazer de governar lá por trinta meses. Mas eu sofri na pele o que está acontecendo, o que aconteceu no mensalão. Eu nunca pude falar. Eu tive lá problemas de gravações. Depois quem gravou foi e disse em uma CPI que eu teria pego recursos dele. Desmentiu. Eu tenho documento disso, em cartório. E eu sofri na pele. Quem é que fez, lá, esse trabalho? Para mim, são três pessoas fundamentais no processo. Tem aquele que faz o trabalho em campo, no varejo, aquela… O trabalho mais sujo. Subterrâneo. O espião, o esconderijo e tal.

Esse quem é no caso?

Carlinhos Cachoeira. Depois você tem uma equipe que é política. Depois você tem aquela que vai explodir. Um setor da imprensa é importante. E no meu caso específico eu tive um governador de Estado, Marconi Perillo. Que, junto com o Demóstenes, já combinado, por interesses políticos no futuro, não queria que eu fosse candidato a governador, fez uma intervenção no município, aonde o vice-governador sentou na cadeira de prefeito, e eu tive o meu mandato cassado.

O seu mandato foi cassado em Anápolis?

Foi cassado pela Câmara dos Vereadores, mas foi cassado pelo Marconi Perilo primeiro. Só em Goiás acontece uma coisa dessas. Fazer uma intervenção na maior cidade do Estado e ninguém falar nada.

A sua mulher é suplente do senador Demóstenes?

Ela foi suplente por oito anos, mas eu quero deixar claro que ela nunca assumiu nenhum dia do mandato, coisa que a cidade lamentou muito, porque queria ver a sua representante no Senado Federal. Eu acho até que não queriam dar regalias, intimidades, e assumiram, porque não podia, né. Falavam na época. Porque não fica bem um senador passar para um suplente a sua vaga. Fica parecendo que teve negociata, teve isso, teve aquilo. Ela nunca assumiu, porque nunca teve esse tipo de contato conosco, mas agora me parece que era justamente para não ficar sabendo o que acontecia e aconteceu lá.

Existe a versão de que o senador Demóstenes era candidato a um cargo muito importante, o cargo de Secretário Nacional de Justiça, no Ministério da Justiça, no governo Lula, e que esse cargo daria a ele a oportunidade por exemplo para lutar pela legalização do jogo no Brasil…

Exatamente. Como lutou. Teve um trabalho no Congresso nesse sentido.


E ele não foi aceito para ocupar essa função?

Não. Essa negociação política, eu fiquei sabendo de bastidores, até por um deputado federal lá do meu Estado Ele (Demóstenes) estava cotado, e estava muito chateado porque teria de sair do partido (PFL) , se tornando aí uma pessoa importante, um novo líder, talvez. … E depois isso esfriou e não andou e aquela coisa toda… Então veio ali do Palácio, da Casa Civil, algum tipo de veto, alguma coisa que incomodou ou deixou esse pessoal incomodado. Porque era um cargo importante, né.

Nessa interpretação, o senador Demóstenes estaria, nesse episódio dos Correios, se vingando do veto do Zé Dirceu?

Claro, claro. Você vê, eles estavam juntos desde o início, nós estamos sabendo pela imprensa, pelas escutas da Polícia Federal. Não tenha dúvida de que nós tivemos aquele varejo, nós tivemos a parte política que deu o start, no Congresso, no Senado, nós tivemos a mídia, e depois tivemos outras pessoas que foram acionadas de acordo com a necessidade para dar andamento e crescimento nesse tal do mensalão, nessa CPI.

O senhor foi procurado de alguma maneira, conhecendo Anápolis, conhecendo Valdemar da Costa Neto, foi procurado para dar informação ou prejudicar o Valdemar da Costa Neto que se tornou um dos réus do mensalão?

Foi a ex-mulher dele Maria Cristina Mendes Caldeira me procurou através de uma pessoa, um amigo em comum.

O senhor pode dizer quem é esse amigo em comum?

Posso, é um jornalista, chamado Hugo Stuart. Eu o encontrei um dia na Câmara, ele falou: olha, eu estou fazendo determinada matéria, que era enfim sobre esse assunto…

Ele de que órgão de imprensa era?

Era da revista Isto É. Ele falou olha, tem uma pessoa, que é a Maria Cristina, que talvez te ligue. Vá te conhecer. Aquelas coisas. Ela ligou mesmo, me procurou na Fazenda, passou lá dois dias, mas realmente querendo que eu fosse depor contra o Valdemar nesse processo ou num processo de divórcio que ela estava movendo contra ele. Enfim, queria que eu falasse mal do Valdemar para poder alimentar esse processo. Tornei a encontrá-la aqui no escritório de uma pessoa chamada Bolonha Funaro…

Que é considerado um doleiro e que depos numa CPI, na qualidade de doleiro, e se beneficiou de um regime de delação premiada.

Exatamente, exatamente.

E qual era o papel do doleiro?

Pois é, eu também fui procurado por ele … Eu falei que estava indo para a Universidade do meu pai, para capitalizar recursos, e ele tem lá uma financeira. E ele disse que poderia viabilizar isso em algum banco. Então ele foi a Goiânia conversar comigo. Mas eu vi que a intenção dele de verdade era que eu falasse também mal do próprio Valdemar, em qualquer tipo de processo, em qualquer tipo de depoimento.  Logo após essa conversa em Goiânia ele marcou um almoço aqui no Rodeio, em São Paulo, e ele… Toca o telefone, eu vou atender, é um repórter da revista Veja. E logo em seguida, almoçamos e tal… E à noite marcamos um jantar … Mas o mais estranho desse episódio…

Mas só para não interromper. Nós temos aí o doleiro participando da mesma operação para obter depoimentos seus contra o Valdemar Costa Neto.

Para poder cada vez mais configurar que havia o mensalão. O que eu achei mais estranho, depois fechando os fatos, ao longo do tempo, é que a minha mulher, a minha ex-mulher, recebeu um telefonema do senador Demóstenes Torres dizendo que um reporter da Revista Veja teria ido ao gabinete dele para me procurar, para fazer uma matéria. E que ele precisava do meu telefone para passar para o repórter. Muito bem… Ela passou o telefone. A coincidência está no horário do telefonema. Bem na hora em que eu estou à mesa na Rodeio sentado com o Bolonha Funaro toca o telefone do repórter da Veja. Marcamos um jantar à noite. Foram dois repórteres e um diretor que estava sentado a uma mesa que (cujo nome) eu não me recordo, não fui apresentado.

O senhor teme que essa denúncia possa lhe provocar algum tipo de problema pessoal?

Em que sentido? De morte, política?

Qualquer uma.

Olha, hoje eu não faço parte de nenhum partido político. Eu tenho uma história, eu tenho uma vida, esse processo feito por mim lá em Anápolis, eu sei que nem todo mundo acerta aquilo que gostaria. Mas também nem todo mundo erra para fazerem aquilo que fizeram. Eu acho que foi uma grande injustiça. A população da minha cidade, o meu estado merecia, os meus amigos, a minha família, mereciam ter esse esclarecimento. Você não tenha dúvida que isso foi armado. Que isso nunca existou em termos de mensalão. Foi para desestabilizar, foi uma represália. Só que ela pegou num volume, de tal forma, que aí as coisas se complicaram.

O senhor não tem dúvida da relação entre Carlinhos Cachoeira e Demóstenes Torres?

Nenhuma. Muito pelo contrário. Eu estive lá com ele junto. Aliás aquele rádio de que tanto falam…

O Nextel?

Eu tive um na campanha dele em 2006.

Quem lhe deu?

Carlinhos Cacheira. Tive, ele me deu um, era uma cortesia durante a campanha

O senhor chegou a pedir ao empresário Carlinhos Cachoeira, dono de uma empresa de Genéricos, recursos para a sua campanha?

Não. Não. Não o conhecia. Eu conheci o Carlinhos Cachoeira pessoalmente depois de eleito prefeito.

E o senhor não tem dúvidas da relação entre eles e a revista Veja?

Eu acho que não tem mais dúvida. Eu acho que quem duvidar de alguma coisa… Eu não sei se é maliciosamente ou não. Se é comercialmente ou não. Porque o repórter a função dele é buscar as notícias na hora em que ela é produzida. E as fontes às vezes são aquelas não tão republicanas, vamos chamar assim.

E para reforçar. Aquele vídeo famoso, que deu origem ao mensalão, deu origem à denúncia do Roberto Jefferson, contra o José Dirceu, o senhor Marinho recebendo 5 mil reais de propina, aquele vídeo é obra do Cachoeira?

Sim, claro.

Dito por ele?

Ele me contou.

( Ernani de Paula contou também que Carlinhos Cachoeira não só disse que tinha mandado fazer o vídeo dos Correios, como mostrou a ele a camêra que tinha sido usada, uma camera escondida na lapela do paletó. )

Ernani de Paula entregou este documento para provar que que foi derrubado da Prefeitura de Anápolis por gravações depois destruidas. O que, segundo ele, é uma tecnologia tipica de Carlinhos Cachoeira


Policarpo da Veja esteve na Vitapan do Cachoeira

Paulo Henrique Amorim