o Sinho dos Anéis

Em cartaz nos melhores cinemas do Brasil

Aos que aconselham Genoino renunciar

A condenação pelos mininistros fuxlecos não macula a História de vida de Genoino.
Todos que o conhecem sabem da honestidade e inocência dele.
Portanto, esse conselho só lhe dão quem não o conhecem.
Se abrirem processo para cassar seu mandato, Genoino irá a plenário fazer sua defesa. 
Mostrará sua História, sua Vida e exigirá apenas que os seus pares o julguem com isenção e coragem.
Se fizerem isso, ele será absolvido.
Se a maioria dos parlamentares cassarem seu mandato estarão cometendo a mesma covardia dos que também cassaram João Goulart.
E vergonha será para o Poder Legislativo que mais uma vez se submete a outros poderes - Judiciário e Midiático -.

Genoino, renunciar, desistir de lutar é incompatível com sua História de vida.

Lutar sempre!

Muitos omissos se recolhem em aps em Paris

Recebo diariamente comentários carregados de ódio contra José Genoíno, que me abstenho de publicar até por vergonha de seu teor, vergonha pelo desequilíbrio e o descontrole dos remetentes. A falta de discernimento, querendo atribuir a este homem combativo todos os males do país. Daí que a prisão não basta. É preciso a morte. A imolação final. A cruz.
 
É preciso a volta das torturas. Da ditadura. Este, o subtexto das tantas mensagens enviadas.
 
A que ponto essa mídia manipuladora, essa pseudo esquerda democrática, esse suposto "centrão" levaram o nosso país!
 
A que abismo a omissão daqueles que poderiam se posicionar, protestar e agir, está levando a nossa Nação.
 
A quanto estamos chegando com o silêncio dos nossos formadores de opinião influentes, nossos artistas politicamente conscientes e articulados. Os intelectuais, pensadores, jornalistas de porte.
 
São tão poucos os que ousam falar, se manifestar. Um, dois, três, quatro ou cinco. A pasmaceira, a imobilidade, o acomodamento prevalecem. O Brasil que pensa e raciocina está congelado, em estado de letargia.
 
Os com bagagem intelectual, política, de memória, conhecimento histórico e político para se manifestar se calam. Certamente envelhecidos, provavelmente acomodados, talvez acovardados, quem sabe desesperançados.
 
Os jovens de nada sabem. Não viveram a História recente do país. Não lhes deram a chance de saber. Lhes sonegaram o conhecimento nas escolas sobre os fatos. O patriotismo caiu em desuso. Os sonhos globalizaram. Soberania virou palavra empoeirada que se encontra no sótão – se é que ainda existe sótão -, dentro de algum baú – se é que há baú -, no interior de um papel amarelado, se houver ainda alguma folha de papel sobrevivente nessa era digital.
 
Os velhos sábios não falam. Se calam. Voam para Nova York, refugiam-se em Paris. Precisamos dos velhos, imploramos aos velhos. Falem, reajam!
 
Não é questão mais de uma posição partidária, trata-se de uma postura de Soberania brasileira, de Pátria, de Estado de Direito.
 
Triste ver crescer sobre nosso Céu, nossos tetos, nossa alma, nossos ambientes, nossa consciência, a mancha escura da obtusidade, do receio da livre manifestação, do silêncio, do embrutecimento coletivo. Do medo.
 
Quando eu me vejo, aqui, escolhendo palavras para não resvalar num erro, num equívoco, num excesso que me possa custar a liberdade ou que me valha antipatias graves, retaliações, sinto a gravidade do momento que estamos vivendo.
 
Quando uma única cidadã de bem não respira a liberdade, a Pátria não está mais livre.
 
Quem permitiu, por omissão, inoperância, ambições e conveniências políticas que o Brasil caminhasse para trás, chegando a tal retrocesso de consciência, a ponto de apagar os méritos de sua própria História e ao extremo de aclamar a vilania de seus opressores, ainda vai se arrepender demais. Pagará alto preço por isso. Estamos entrando num caminho sem volta. E que Paris tenha muitos apartamentos charmosos para acolher a todos os valorosos omissos.
 
Perdoai-os, Senhor, por sua omissão!

Hildegard Angel

mutilaram laudo médico de Genoino

O advogado do deputado José Genoino, Luiz Fernando Pacheco, divulgou hoje (28) uma nota oficial na qual manifesta "perplexidade e indignação" pela maneira como veio a público o laudo da junta médica nomeada pela Câmara dos Deputados, como parte do processo de aposentadoria aberto por Genoino na casa. À RBA, Pacheco disse que a "mutilação" do laudo foi feita por "alguém na própria Câmara".

O laudo foi divulgado ontem, em coletiva em Brasília, pelos médicos Gerson Rodrigues (chefe da perícia médica), Luciano Vacanti (cardiologista), Jezreel Avelino da Silva (diretor do departamento médico da Câmara). Participou da entrevista à imprensa o diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio.

"Não é possível aceitar que ignorantes de ocasião, movidos por indisfarçável conveniência política, que despreza os mais elementares imperativos humanísticos, procurem, acintosamente, comprometer a percepção da real, delicada e preocupante situação de saúde do deputado", afirma Pacheco na nota.

Segundo o defensor de Genoino, o trabalho dos médicos "foi mutilado e divulgado à imprensa e população de maneira propositalmente resumida, ocultando-se os pontos fulcrais do trabalho".

O advogado destaca que aspectos do documento foram "ardilosamente ocultados" na divulgação das informações, e cita a avaliação de que, de acordo com o parecer, Genoino é um "indivíduo sob o risco de desenvolver futuros eventos cardiovasculares e progressão da doença", considerando alguns fatores, entre os quais "a idade, a presença de falsa luz (falso lúmen) arterial parcialmente trombosada, o diâmetro da porção proximal do arco aórtico de 41mm". Além desses fatores, há "riscos de descontrole da pressão arterial que, em associação a anticoagulação inadequada, aumentaria o risco de eventos cardíacos e cerebrais".

Para Pacheco, "a situação físico-clínica de Genoino demanda atenção e cuidados especiais", o que, segundo ele, está claro na conclusão da junta, que recomenda "o afastamento temporário da atividade laboral por período de noventa dias para melhor adequação de seu regime terapêutico" e a realização de "nova perícia médica".

Aécio, a corrupção tucana e as borboletas

Dirceu Borboleta foi um personagem singular da teledramaturgia brasileira. Cidadão pusilânime, vacilante, incapaz de enfrentar a realidade, comungava com os malfeitos de Odorico Paraguaçu, prefeito da cidade de Sucupira, na novela "O Bem Amado", exibida em 1973.

Nesta semana, 40 anos depois, quem fez uma bela homenagem a Dias Gomes foi o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Diante de tantos desmandos e malfeitos do governo tucano do Estado de São Paulo, o senador reuniu sua tropa de choque e partiu para cima do juiz, do delegado, do promotor, enfim, de todos aqueles que tomaram providências para apurar as denúncias, acusando-os de "utilizar o governo para tentar prejudicar o PSDB".

O senador deixou de lado as fartas evidências da corrupção praticada pelo seu partido em São Paulo. Esqueceu até que uma das empresas, a Siemens, já assumiu a participação em conluios para a formação de cartel. Não se lembrou também que a justiça suíça condenou a Alstom por prática de corrupção junto ao governo tucano.

Aécio Neves protagonizou, no mínimo, um cena de ingenuidade política: acusou o deputado petista Simão Pedro de adulterar documento; o ministro da Justiça, de encaminhar o tal documento para a Polícia Federal; e o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), de utilizar o cargo para prejudicar o PSDB. Nem uma palavra sobre formação de cartel, corrupção e outros desmandos praticados ao longo de 15 anos de reinado tucano em São Paulo.

As acusações de Aécio são dignas de um capítulo da novela "Bem Amado". Sem apresentar provas ou perícias, a acusação desconhece que eram dois documentos, um dirigido à direção da Siemens no exterior e o outro, às autoridades brasileiras. Pouco importa se eram dois documentos. Bastava ao senador Aécio ler a versão em inglês, que descreve de maneira pormenorizada a sofisticada rede de corrupção, dando inclusive nomes às empresas envolvidas.

Para que essa encenação não fique com cara de tentativa de desviar a atenção do mau cheiro que exala do Palácio dos Bandeirantes, o senador Aécio Neves tem o dever de mostrar ao País que conhece de política mais que de lepidópteros (borboletas), cobrando a investigação das denúncias, a responsabilização criminal dos envolvidos e a devolução dos recursos, para destiná-los aos transportes públicos de São Paulo – de onde, aliás, foram desviados por seguidas reencarnações de Odorico Paraguaçu.

Por Paulo Teixeira

Guru de Aécio faz terrorismo econômico

Na condição de dirigente de instituições financeiras e de principal guru econômico do pré-candidato à Presidência da República Aécio Neves, o ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga deveria ter mais consideração pelo peso da sua opinião. E não desgastá-la com declarações irresponsáveis.
 
Em entrevista ao jornal "O Valor", Arminio diz que 2014 poderá repetir o terremoto financeiro de 2002, quando o dólar foi às alturas com a perspectiva de vitória de Lula. É uma declaração que pode mexer com o mercado, ainda mais sendo dada a um veículo de informações financeiras online. 
 
Em 2002, foram duas as razões para a crise financeira: a provável vitória de um Lula, que o mercado não conhecia direito; e a atuação do presidente do Banco Central, o próprio Armínio Fraga.
 
Intencionalmente ou não (de minha parte julgo que foi nao-intencional) as medidas desastrosas adotadas na época foram o principal combustível para o terrorismo que se instalou no mercado.
 
Primeiro ato: o SPB
 
Sabendo ter pela frente um ano nervoso, por conta das eleições, em abril Armínio instituiu o SBP (Sistema de Pagamentos Brasileiros) que trouxe enormes dificuldades de implementação. Além disso mudou o sistema de acompanhamento das operações. Todas as liquidações financeiras - troca de reservas, mudanças de fundos etc - passaram a ser feitas em tempo real.
 
Segundo ato: mudou o sistema de marcação da renda fixa
 
Os títulos de renda fixa tem um prazo de vigência e uma curva de preços.
Imagine um título pós-fixado. O investidor compra por R$ 100,00. Se no primeiro mês a correçao for de 1%, passados 30 dias o valor do título estará em 100 x 1,01 = 101,00. No segundo mês, em 101,00 x 1,01 = 102,1 e assim por diante.
 
No caso dos pré-fixados, o cálculo diário é diferente. O investidor já sabe antecipadamente o valor de resgate. Digamos que seja sempre 100. 12 meses antes o valor será de 100 / 1,10 ^ (12/12) = 90,91. Onze meses antes, o valor será de 100 / 1,10 ^ (11/12). E assim por diante.
 
Aí Armínio decidiu implantar o chamado sistema de marcação a mercado. Por esse sistema, o valor diário do papel dependerá do preço final (100) descontada a taxa de juros em vigor no mercado naquele momento.
 
Mas suponha que a taxa de juros salte para 15% ao ano. Nesse caso, o valor presente do título cairá para 100 / 1,15 = 86,96. Ou seja, cairá imediatamente de 90,91 para 86,96.
Esse é o padrão adotado nos Estados Unidos e em outras economias maduras. Acontece que por lá não existem essas oscilaçoes malucas de juros, como no Brasil.
 
Terceiro ato - a venda casada de hedge cambial
 
Armínio completou sua obra com uma outra operação que se constituiu em um dos grandes desastres financeiros da história do Banco Central.
 
O mercado estava ávido por títulos cambiais, corrigidos pelo dólar. Arminio montou uma operação casada. Quem quisesse adquirir títulos cambiais, teria que adquirir no mesmo pacote títulos pré-fixados.
 
O que o mercado fez foi adquirir o pacote, ficar com os títulos cambiais e despejar os pré-fixados no mercado. A inundação de títulos pré-fixados fez os preços caírem. A quantidade negociada era pequena, frente ao estoque de pré-fixados no mercado. Mas, na marcação a mercado, vale o que for negociado no dia. Com a operação, caíram os preços dos títulos pré-fixados afetando todos os fundos e investidores que tinham títulos em carteira.
 
O quadro atual
 
Pretender que esse mesmo quadro possa se repetir em 2014 é terrorismo puro, que depõe contra a seriedade e a responsabilidade institucional de Arminio.
 
Em 2002, Lula era desconhecido; Dilma não, é candidata à reeleição. Pretender que ela será imprevisível em um segundo mandato é irresponsabilidade pura da parte de Armínio. Pode-se taxar a política econômica de incompetente, jamais de temerária ou irresponsável.
 
Além disso, o BC não está submetido às experimentações de 2002. Aliás, a própria imprevidência de Arminio serve de lição, para não ser imprudente, especialmente em tempos de eleição.

Luís Nassif

nu honesto

Já sonhou em posar nua? Sei lá acho que uma ‘boa’ parte das mulheres já ao menos pensaram nessa possibilidade, eu assumo que já pensei, mas dai acabei me vendo nua e desisti…. mas e se… as suas imperfeições fossem o destaque desse ensaio? Não de uma forma ruim, mas sim muito boa e até didática, o fotógrafo de Minneapolis (EUA) Matt Blum, faz fotografias do que ele chama de ‘Nu Honesto’, ou seja, sem maquiagem e sem glamour.












São retratos de mulheres lindas, com suas imperfeições, fotografadas nas suas casas, em momentos cotidianos, relaxados. O projeto teve início em 2005 e manteve-se fiel a versão original, ele já fotografou cerca de 150 mulheres, depois de ter produzido galerias de nus femininos da América do Norte e do Sul, Blum pretende agora recolher imagens de mulheres da Península Ibérica, as mulheres interessadas se candidatam pelo site. Matt já passou pelo Brasil, deixando sua marca de ‘honestidade’ por aqui. Blum é casado com a também fotógrafa Katy Kessler
.
 
Em entrevista para o site Scream & Yell, Matt comentou as diferenças entre Europa e Américas com relação ao corpo nu: “na Europa rola uma atitude diferente em relação à nudez. É comum você ver uma modelo de topless em um outdoor, e há mais espaços públicos para andar sem roupa. No Brasil e nos EUA já existem tabus – com diferenças locais, mas ainda assim, tabus. O biquíni brasileiro não seria aceito nos Estados Unidos, por exemplo, porém ambos os países têm uma barreira com a nudez. No Brasil é ainda mais curioso, porque no Carnaval ela é quase onipresente, mas o resto do ano é tomado de pudor.”

como sempre, Genoino resiste


Todo cuidado é pouco nestes tempos em que até laudos médicos parecem capazes de falar duas coisas ao mesmo tempo. 

A versão resumida do laudo médico da Câmara sobre a saúde de José Genoíno, divulgada quarta-feira pelos meios de comunicação, não exibe o parágrafo mais importante do documento. 

Limita-se a dizer que Genoíno não pode ser enquadrado hoje, na categoria de quem sofre de uma cardiopatia grave, condição médica precisa. 

Também informa que os quatro peritos que assinam o laudo recomendam que, no final de sua licença médica de 120 dias, que se encerra em janeiro de 2014, Genoíno receba uma nova licença, de 90 dias, para em seguida ser submetido a uma nova avaliação. Fica a pergunta: se está tudo tão bem com sua saúde, por que não dizem que é hora de voltar ao trabalho? 

A realidade é a seguinte: ao dar preferência à versão resumida do laudo, omitiu-se, é claro, o aspecto mais importante.
 
Embora se considere que Genoíno esteja recuperado, três meses depois de ter sofrido um implante de 15 cm em sua artéria aorta, é grande a possibilidade de que essa situação seja revertida, em função, exatamente, de sua atividade laboral, como diz o laudo. O trecho omitido explica por que isso pode acontecer: 
  • a) em função da idade de Genoíno;
  • b) a presença de um fenômeno chamado falsa luz na aorta; 
  • c) o diâmetro do arco aórtico de 41 mm;
  • d) o controle inadequado da pressão arterial;
“Nessa circunstancia,” diz o documento, no longo trecho omitido, “a atividade laboral poderia acarretar riscos de descontrole de pressão arterial que, em associação com anticoagulaçao inadequada, aumentaria o risco de eventos cardíacos e cerebrais. “ 

É disso que estamos falando, portanto. De um paciente de 67 anos, que tem um quadro de saúde delicado, capaz de evoluir para um infarto ou AVC – sinônimos de “eventos cardíacos e cerebrais” – em função de fatores desfavoráveis, que a medicina pode tentar controlar mas não pode curar. 
Mais uma vez, estamos de volta a condicionantes. Ou salvaguardas, como diz o laudo dos cardiologistas da Unb. 

Como principal fator de risco, diz o trecho não divulgado do laudo, encontra-se sua “atividade laboral.” 

Da mesma forma que se anuncia uma melhoria no paciente, aponta-se para um risco de piora grave. 

Por esse motivo, prevê-se uma licença de 90 dias, seguida de nova avaliação.
E nada se diz diante da hipótese de que ele seja obrigado a deixar a prisão domiciliar e retornar ao presídio da Papuda. 

Não se trata de uma questão médica, apenas. Genoíno já é aposentado pela Câmara. 

Mas luta pela aposentadoria por invalidez porque sua condição médica se modificou e tem direito a ela. 

Era um cidadão saudável, até julho. Enfrenta aquele conjunto de riscos permanentes que você pode ler acima, sem falar no implante de 15 cm no peito, agora. É claro que ele não irá acumular duas aposentadorias. Uma exclui a outra. Há uma vantagem na aposentadoria por invalidez, relativa aos gastos com tratamento médico. 

Mas há uma questão política, também. Condenado pela ação penal 470, Genoíno enfrenta o debate sobre a cassação do mandato. Querem que seja atingido pela desonra. 

É um político convencido da própria inocência, o que não é difícil de compreender. Havia uma única prova que havia contra ele, aqueles contratos do PT com o Banco Rural. Mas ela foi desmontada pelo inquérito da Polícia Federal, que demonstrou que eram transações comerciais legítimas, que mobilizavam dinheiro de verdade, ao contrário do que se disse no início das denúncias. 

Num país em que tantos políticos parecem convencidos de que “o mal, em nosso tempo, tem uma atração mórbida,” como dizia Hanna Arendt, referindo-se ao pensamento nazista, Genoíno tornou-se um troféu para seus adversários. Deve ser perseguido, estigmatizado, humilhado, se possível. 

Já que é um dos poucos políticos que não enriqueceu na atividade, querem derrotar sua dignidade, esterilizar uma biografia que poucos podem igualar. Precisa ser criminalizado, num recurso destinado a apagar sua luta corajosa durante o regime militar, a atuação essencial na Assembléia Constituinte, o respeito absoluto pela democracia. 

Essa é a função da divulgação dos laudos pela metade, atitude que sugerem que simula uma doença que não seria tão grave assim. Como se tudo fosse fingimento, encenação. 



por Paulo Moreira Leita diretor de IstoÉ em Brasília 

institucionalizar a roubalheira

Quando afirmo que o judiciário é o mais corrupto dos poderes tem gente que duvida.

A noticia abaixo é mais um prova.

E para quem não sabe, o paladino da moral e ética nacional - capitão-do-mato jb - se apossou "legalmente" de vantagens financeiras mais que o 1,2 milhão que esses juízes querem afanar dos cofres públicos. 

Confiram:
Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) garantiu a 68 juízes federais o recebimento, de uma só vez, de R$ 1,2 milhão a R$ 2 milhões, cada um, conforme dados do governo. O valor se refere ao pagamento de quintos aos magistrados que, antes de se tornarem juízes, ocuparam cargos públicos com função comissionada.
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, afirmou na noite desta quarta-feira, 27, que recorrerá da decisão, pedindo ao Supremo Tribunal Federal (STF) que suspenda imediatamente o pagamento. Ele argumenta que, na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) vedou o pagamento de adicional ao salário dos magistrados.
O processo foi julgado pelo STF com repercussão geral. Por isso, a decisão deve ser seguida pelas demais instâncias do Judiciário.
O STJ, em 2007, garantiu o pagamento dos quintos para os magistrados. No ano seguinte, a Advocacia Geral da União (AGU) moveu no tribunal uma ação rescisória, buscando reverter a decisão. Uma liminar nesse sentido foi deferida em 2011 e os pagamentos foram suspensos.
Na tarde desta terça, a Terceira Seção do STJ, por uma questão eminentemente técnica, extinguiu a ação movida pela AGU contra o pagamento pedido pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe). A decisão da Terceira Sessão, na prática, liberou o depósito imediato nas contas dos magistrados.
Os ministros do STJ entenderam que todos os 68 juízes federais atingidos pela ação da AGU deveriam ser citados para se defender. Ao contrário, a AGU moveu a ação apenas contra a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe). Por isso, o STJ extinguiu a ação movida pela AGU contra o pagamento, sem discutir o mérito da questão ou levar em consideração o que foi decidido pelo STF.
De acordo com informações do governo, o dinheiro a ser pago a esses juízes está depositado na Justiça Federal do Distrito Federal. Se o pagamento for feito, o dinheiro não retornará aos cofres públicos.
A Ajufe argumentou que parte desses magistrados vinha recebendo o pagamento e que a decisão beneficiaria uma parcela dos 68 magistrados. Ainda conforme a Ajufe, somente esses 68 magistrados, num universo de 1,5 mil juízes, poderiam pedir à Justiça o recebimento desse benefício. 
por Felipe Recondo

pesos e medidas, Luis Fernando Veríssimo

Recorre-se tanto à frase “dois pesos e duas medidas” para reclamar isonomia no julgamento dos casos de corrupção no país que eu proponho o fim da hipocrisia. 
Oficialize-se, já, dois sistemas de pesos e medidas diferentes no Brasil, um que vale só para o PT (Sistema 1) e outro para os outros, principalmente o PSDB (Sistema 2).
As previsíveis confusões — desencontros em construções, conflitos na medição de terras etc — seriam resolvidas por um conselho arbitral formado por representantes dos dois sistemas. Desde que não fosse presidido pelo Barbosa, claro.

Ironia do destino, a Vale vai pagar ao Governo brasileiro mais do que este recebeu quando Fernando Henrique entregou o controle da companhia

...E, de quebra, jogar um balde de água fria sobre o tucanato que está gritando sobre o seu querido "superavit primário", que é o único dinheiro que, na visão deles, não pode ser cortado nas despesas públicas.
É que a companhia resolveu ontem, antevéspera do prazo final, aderir ao Refis e acertar o pagamento de sua dívida de Imposto de Renda – acumulada desde 2003 – e que soma US$ 9 bilhões.

E não vai pagar por uma "vingança" do petismo.
A história, para quem não a conhece, é a seguinte.
Em 2001, Fernando Henrique Cardoso  baixou uma Medida Provisória, que virou a Lei Complementar 104, determinando o pagamento de Imposto de Renda sobre o lucro apurado por subsidiárias das empresas brasileiras no exterior, quando este fosse internalizado, independente de sua distribuição aos acionistas.
A Vale realiza boa parte de suas exportações de nosso minério triangulando contabilmente as operações com suas controladas no exterior.


A mineradora era disparado a que mais se beneficiava deste artifício. Sozinha, detém mais da metade dos créditos devidos por este tipo de operações, avaliado em R$ 70 bilhões, incluídas as multas de 100% sobre o não-recolhimento.
O impasse se arrasta há mais de uma década e -mesmo com um placar de 5 a 4 para a União na ação de inconstitucionalidade movida contra a cobrança – ameaçava seguir por muitos anos mais, com o adiamento, na semana passada, de outra ação sobre o tema, no STJ.

Para evitar uma disputa interminável – e o risco de reversão das decisões judiciais, tamanho é o poder de "convencimento jurídico" das empresas – o Governo criou um programa – que despertou polêmica entre os auditores da Receita – liberando o crédito dos acréscimos sobre o principal devido – para o que for pago à vista – e, na parte parcelada, reduzindo em 80% o valor das multas e em 50% o dos dos juros.
Com isso, a Vale vai pagar à vista – hoje ou amanhã –  R$ 6 bilhões, ou US$ 2,6 bilhões.
Recorde, quase o mesmo  valor pelo qual Fernando Henrique a entregou.
E, ao longo de 15 anos, corrigidas pela taxa Selic, em 15 anos e mensalmente, outros R$ 16,3 bilhões,  ou US$ 40 milhões por mês.
Portanto, as receitas do leilão de Libra e só a parcela da Vale no Refis vão somar perto de R$ 21 bilhões no resultado do Tesouro Nacional em novembro – os números de outubro saem hoje e já devem ser positivos – alcançando a cifra estabelecida no planejamento econômico.
Mesmo com os gastos extras de R$ 15 bilhões provocados pela seca deste ano, a maior parte devido à compensação dos valores da energia que teve de ser gerado pelas usinas termelétricas, as metas – exageradas e socialmente injustas, mas nas regras do "jogo jogado" com o mercado – serão cumpridas.
E o catastrofismo dos jornais e seus analistas, que pulou para da "explosão inflacionária" para as "contas públicas" depois que aquela não aconteceu, sai mais uma vez falando no vazio.
E os "Velhos do Restelo", mesmo quando de Minas e Pernambuco e jovens na aparência, vão continuar espalhando deu mau agouro em que só a mídia e os tolos acreditam.
PS. Para que ninguém fique com "peninha" de a Vale pagar tanto em impostos acumulados em uma década, uma informação. A empresa faturou com vendas nada menos que US$ 32 bilhões ano ano passado. E só pagou de royalties sobre o minério – que pertence à União e lhe foi concedido, carca de US$ 200 milhões. 
Do Tijolaco

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Manipulação global

O Jornal Nacional da TV Globo de terça-feira (26) teve uma, digamos assim, recaída na edição de um debate político que se deu em duas entrevistas coletivas diferentes.


De um lado, o senador Aécio Neves e a cúpula do PSDB convocaram repórteres para acusar o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de fazer dossiês políticos contra adversários, por causa do aparecimento de nomes de altos tucanos paulistas como supostos beneficiários do esquema de propinas por licitações combinadas do Metrô e da CPTM. O esquema foi confessado por executivos de multinacionais como Siemens e Alstom, escândalo que ganhou o apelido de “trensalão”.

Do outro lado, o ministro Cardozo também convocou a imprensa, mas para rebater as acusações feitas por Aécio. Ao seu lado estavam o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, e o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinicius Marques de Carvalho.

Pois o telejornal da Globo selecionou “os melhores momentos” de Aécio, e os “piores momentos” de Cardozo. Na edição que foi ar, as críticas mais contundentes de Aécio foram as escolhidas para serem levadas ao público. Já a declaração mais contundente de Cardozo, em que ele disse “… a época dos engavetadores gerais de denúncias já acabou no Brasil há alguns anos. E eu me recuso a ser um engavetor geral de denúncias” foi suprimida pelo Jornal Nacional, que mostrou apenas as partes mais insossas do que foi dito pelo ministro.

Citamos recaída, porque existe precedentes que vêm, por exemplo, do episódio já fartamente conhecido e admitido da edição do debate nas eleições presidenciais de 1989, entre Lula e Collor em que a emissora manipulou as imagens e contribuiu decisivamente para a eleição deste último.

Na mesma edição de terça-feira, outra estranheza: não foi noticiada a apreensão de 450 quilos de cocaína em um helicóptero da empresa do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG), filho do senador Zezé Perrella (PDT-MG). Afinal não é todo dia que se vê um helicóptero da família de um senador ser flagrado pela polícia com carga tão exótica.

Conselho da Vovó Briguilina

Se avexe não
Se aperreie não
Pelo dia de hoje
Nem pelo dia de amanhã
Cada dia cuidará de si mesmo
Cada dia sua dor... sua alegria

Basta a cada dia seu maior bem.