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Piada sem graça

Onyx Lorenzoni: "Recebi sim. R$ 100 mil. Está nas minhas anotações. (recebi) através do Camardelli. Quero eximi-lo de qualquer responsabilidade. Ele prestou apenas um auxílio para que aquele recurso chegasse ", admitiu o político em entrevista a Rádio Gaúcha dia 19 de maio de 2017.

Sérgio Moro: "Para mim, a corrupção para financiamento de campanha é pior que para o enriquecimento ilícito. Se eu peguei essa propina e coloquei em uma conta na Suíça, isso é um crime, mas esse dinheiro está lá, não está mais fazendo mal a ninguém naquele momento. Agora, se eu utilizo para ganhar uma eleição, para trapacear uma eleição, isso, para mim, é terrível" em palestra na universidade de Havard, abril deste ano.

Hoje 01 de Novembro de 2018, Sérgio Moro aceitou ser o ministro da justiça de Jair Bolsonaro. Já faz dias Onyx Lorenzoni foi confirmado como ministro da casa-civil do mitomaníaco.

Como podemos vê, realmente agora vai acabar a corrupção no Brasil.


Vida que segue, voltas que a vida dá (...) "mas de repente as coisas mudam de lugar e quem perdeu pode ganhar"...

É democrático


Da mesma maneira que ele tem o direito de dizer e fazer o que está dizendo, qualquer cidadão brasileiro pode dizer: "Eu fulano, sicranou ou beltrano, não aceito passar o meu cartão de crédito ou pagar em dinheiro numa loja Havan, pois pertence a Lucianos Hang, um dos empresários que bancaram o #Caixa2doBolsonaro"...
Vida que segue, voltas que a vida dá (...) "mas de repente as coisas mudam de lugar e quem perdeu pode ganhar."

A frase do dia é de Luiz Fernando Veríssimo

(...) Como será difícil distinguir um marginal vermelho de um cidadão comum, agora que até a direita e a extrema-direita usa barba, sugiro que se costure uma estrela vermelha nas roupas dos marginais, para identificá-los. Deu certo em outros países.


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Pra desopilar

O marido disse pra esposa:
- Ontem foi dia das mulheres - dia das bruxas. Hoje é dia dos homens - Dia de todos os Santos. 

A mulher respondeu:
- E se você não calar a boca amanhã será seu dia - Dia de finados.
😅😅😅😅😅

Filho de Moro na escola hoje a tarde

E a nova professora chega na sala de aula, e para descontrair e conhecer um pouco os alunos, pergunta qual a profissão do pai de cada um deles:

- Pedrinho, qual a profissão do seu pai?


- Advogado, professora.

- E do seu pai, Marianinha?

- Engenheiro.

- E o seu Aninha?

- Ele é médico.

- E o seu pai Joãozinho, o que faz?

- Ele...Ele...Ele é garoto de programa.

- Como assim? - pergunta a professora, surpresa.

- Professora...Ele dança em boates, com uma sunguinha minuscula cheia de lantejoulas, brilhos onde mulheres ricas passam a mão nele, põem dinheiro no elástico da sunga e depois saem para fazer programa com ele.

- A professora rapidamente dispensou toda a classe, exceto Joãozinho.

- Ela caminha até o garoto e novamente pergunta:

- Menino, o teu pai realmente é garoto de programa?

- Não. Agora que eatamos somente nós dois, posso falar. É que meu pai é o Juiz Sérgio Moro. Mas, hoje depois que ele aceitou ser ministro eu tenho vergonha dele. Descobri que na verdade ele sempre foi cabo eleitoral de Jair Bolsonaro. Por favor professora, não conte isso pra ninguém.


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O führer tupiniquim e seu ministro da injustiça na proa do Pequod, por Fábio de Oliveira Ribeiro

Sérgio Moro aceitou ser o Ministro da Injustiça do Sieg Heil Führer Jair Bolsonaro. Alguns jornalistas ficaram espantados com esse fato. Outros requentaram as palavras do juiz dizendo que nunca entraria para a política. Os mais perspicazes lembraram que o escândalo da Lava Jato, usado indevidamente por Sérgio Moro para condenar e prender injustamente Lula, beneficiou eleitoralmente Jair Bolsonaro (político que pertencia ao PP, ou seja, ao partido que recebeu mais propinas oriundas da Petrobras).
No GGN - LuisNassifonline - fiz várias reflexões sobre as ações do juiz Sérgio Moro: https://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/vidas-paralelas-sergio-moro-e-cabo-bruno
A única coisa que me ocorre dizer agora é a seguinte: não fiquei nenhum pouco surpreso. Bolsonaro é Moro assim como Temer é Cunha.
O Sieg Heil Führer eleito e o juiz da Lava Jato compartilham pelo menos quatro coisas em comum:

  1. Bolsonaro e Sérgio tem uma predileção imensa para produzir controvérsias e até escândalos a fim de permanecer em evidência na televisão;
  2. ambos são defensores da tortura (o presidente eleito prefere os métodos antigos utilizados pela Ditadura Militar; o futuro ministro da injustiça transformou a prisão temporária por tempo indeterminado num instrumento de tortura para obter delações contra o PT);
  3. os dois odeiam profunda e irracionalmente o PT (Bolsonaro demonstra isso publicamente fazendo discursos em favor de um genocídio; Moro prefere ser discreto, mas foi capaz de cometer o crime de grampear a presidente da república e vazar o áudio para a Rede Globo);
  4. tanto o juiz quanto o político usam uma curiosa variante da Língua Portuguesa em que as regras gramaticais ou são contornadas ou simplesmente violadas.
Bolsonaro, que fez uma fortuna duvidosa na política, diz que pretende combater a corrupção. Sérgio Moro corrompeu os princípios constitucionais do Direito Penal para reprimir o PT deixando corruptos de outros partidos (PSDB, PP, PMDB e DEM) livres para curtirem a vida numa boa. O Sieg Heil Führer abusou do discurso anti-petista para chegar à presidência surfando na onda de ódio ao PT que o juiz ajudou a criar elevando a perseguição seletiva dos líderes do PT à perfeição quando condenou e prendeu Lula por causa de um crime que não é descrito na Lei com base em provas que deveriam levar à absolvição do réu.  
Moro é Bolsonaro. Eles são simbiontes, produtores e produtos do anti-petismo. Portanto, é natural que ambos governem juntos. Suponho que p objetivo principal da união deles será apenas um: jogar o PT na ilegalidade para que a repressão contra os petistas possa se tornar mais intensa, mais cruel e, obviamente, muito mais violenta.  Roland Freisler foi o juiz predileto de Hitler. Sérgio Moro agiu de maneira a se transformar no Freisler do Sieg Heil Führer Jair Bolsonaro.
O juiz da Lava Jato e o Führer do Reich tupiniquim estão ligados desde os princípios dos tempos como Ahab e Starbuc https://www.youtube.com/watch?v=1OB5iaWsVyU. Eles também perseguirão uma baleia branca até seus derradeiros suspiros. A partir de janeiro o Brasil se transformará no Pequod da dupla Jair Bolsonaro/Sérgio Moro. O resultado desta transformação é imprevisível. Mas uma coisa é certa: a desgraça de um será a desgraça do outro assim como o sucesso de ambos ficou inevitavelmente interligado pelo ódio comum que ambos devotam ao PT. Die Jagd über alles.
Vida que segue, voltas que a vida dá (...) "mas de repente as coisas mudam de lugar e quem perdeu pode ganhar"...

Palavra do Senhor

Filhos, obedecei aos vossos pais, no Senhor, pois isto é que é justo.

Honra teu pai e tua mãe’ – é o primeiro mandamento – que vem acompanhado de uma promessa: a fim de que tenhas felicidade e longa vida sobre a terra’.
Vós, pais, não revolteis os vossos filhos contra vós, mas, para educá-los,recorrei à disciplina e aos conselhos que vêm do Senhor.
Escravos, obedecei aos vossos senhores deste mundo com respeito e tremor, de coração sincero, como a Cristo, não para servir aos olhos, como quem busca agradar aos homens, mas como escravos de Cristo, que se apressam em fazer a vontade de Deus.
Servi de boa vontade, como se estivésseis servindo ao Senhor, e não a homens. Vós o sabeis: o bem que cada um tiver feito, seja ele escravo ou livre, ele tornará a recebê-lo do Senhor. E vós, senhores, fazei o mesmo para com os escravos.
Deixai de lado a ameaça;
vós sabeis que o Senhor deles e vosso está nos céus e diante dele não há acepção de pessoas.
Palavra do Senhor.


1ª Leitura – Ef 6,1-9

Moro está nu

"De modo ilegal, contra a Constituição, como reconheceu o STF, o Juiz Moro autorizou a gravação e vazou conversa minha com Lula, alimentando o processo de impeachment.
O juiz Moro Condenou e determinou a prisão sem provas do Presidente Lula, que estava em primeiro lugar nas pesquisas, inviabilizando sua candidatura.
Seis dias antes do 1º turno, o juiz Moro vazou a delação de Palocci, que por falta de provas havia sido rejeitada pelo MPF, prejudicando a minha candidatura e a de Haddad.
Agora, o juiz Moro anuncia que largará a magistratura para ser ministro do governo que viabilizou a eleição com suas decisões. O rei está nu", Dilma Roussef


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Cabo eleitoral de Bolsonaro recebe por serviços prestados

Desde o início da farsa jurídica montada contra Lula, o PT e os advogados denunciaram a atuação parcial do juiz Sérgio Moro na condução dos processos da Lava Jato. A condenação do ex-presidente em uma decisão sem nenhuma prova e o vazamento de uma delação premiada sem valor, em meio as Eleições 2018, mostram que o magistrado não atuava para combater a corrupção, mas sim como cabo eleitoral.
O próprio vice-presidente eleito, o general Hamilton Mourão, confirmou que o acordo entre Bolsonaro e Moro já estava selado há muito tempo. Em entrevista à Folha de S.Paulo, o militar disse que o juiz já havia sido sondado durante a campanha do candidato do PSL. “Isso já faz tempo, durante a campanha foi feito um contato”, afirmou.
Também à Folha o advogado e professor de processo penal da Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre (PUC-RS) Andrei Zanker Schmitt vê conflito na atuação do juiz. Segundo ele, Moro deveria ter se afastado dos casos envolvendo Lula. “A atuação de um juiz não pode ser pautada por interesses pessoais. Um juiz que confessa possuir aspiração política colidente com casos a ele submetidos não pode julgá-los, sob pena de colocar em dúvida a imparcialidade de sua atuação”, afirmou.

Perseguição a Lula e ao PT

A parcialidade de Moro sempre foi flagrante durante as decisões na Lava Jato. A tentativa de influenciar em eleições ocorreram desde 2014. Na disputa entre a presidenta Dilma Rousseff e Aécio Neves, o juiz vazou grampos telefônicos de uma conversa da petista com o ex-presidente Lula, violando a legislação. Tanto que ele precisou se justificar e negava que tivesse interesses políticos, o que agora se evidencia.
Reprodução
Em 2016 Moro já dava explicações de sua atuação política
No pleito deste ano, Moro autorizou a divulgação de trechos de um acordo de delação premiada, invalidado pelo MPF, de Antônio Palocci, ex-ministro de Lula e Dilma, faltando seis dias para o primeiro turno das Eleições. Para o deputado Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara dos Deputados, “quando Moro vazou a delação de Palocci, já sabia que se Bolsonaro fosse eleito ele seria ministro”.
“Fica mais fácil de entender a implacável perseguição da Lava Jato a Lula, o desespero de Moro para que o Habeas Corpus para soltar o ex-presidente não fosse cumprido, e a decisão para que o petista permanecesse isolado durante a campanha, sem nenhum contato com a imprensa”, criticou Pimenta.

Condenou Lula e o tirou da Eleição

O ex-ministro da JustiçaEugênio Aragão fez duras críticas, em entrevista ao Brasil de Fato, a movimentação de Moro. Aragão lembra que o mesmo juiz que condenou o ex-presidente, inabilitando-o a participar de um processo eleitoral em que o petista era favorito a vencer ainda no primeiro turno, é aquele que ocupará o cargo de ministro da Justiça de Jair Bolsonaro a partir de 1º de Janeiro de 2019.
“Isso apenas confirma tudo o que a gente disse até hoje, de que verdade ele não era juiz. Ele estava atrás de uma vantagem pessoal para sua carreira, cultivando a sua vaidade e, na verdade, chegou onde ele queria chegar”, afirmou o ex-ministro.
A professora de direito constitucional da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Cláudia Maria Barbosa, também tinha feito o alerta de que, após empossado no cargo político, os abusos de Moro não terão o mesmo tratamento que tiveram na magistratura.
“A ocupação, pelo juiz, do Ministério da Justiça, escancara a politização indevida do Judiciário, e isso já é um sinal para que a população e a própria imprensa esteja atenta. Por outro lado, o Ministério da Justiça não é o Judiciário. Então, as garantias de imunidade que, enquanto juiz, o Sérgio Moro teve quando cometeu excessos e abusos, ele não teria dentro do Ministério da Justiça, afinal é um cargo de livre nomeação, mas também de livre destituição”.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Folha de S.Paulo e Brasil de Fato

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Lanche da tarde

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Aprenda também a fazer: Macarrão com molho de queijo

Moro & Bolsonaro: Butch Cassidy & Sundance Kid brasileiros

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Apesar da versão quase romântica contada no cinema (1969), esses bandidos formaram a dupla de assaltantes mais popular do Velho Oeste, no final do século 19. Mesmo diante dos inúmeros crimes que cometiam, a verdade era que Butch e Sundance eram adorados pela população menos abastada dessa parte dos Estados Unidos.
Depois de muitos assaltos a bancos, fazendas e trens, eles acabaram fugiram para a América do Sul, onde continuaram a "carreira" no crime. Ninguém sabe ao certo como a dupla morreu, mas a versão oficial diz que eles foram surpreendidos pela polícia e acabaram sendo fuzilados num vilarejo da Bolívia, em 1909.
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Uma mão suja a outra


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Crime premeditado

1º Criminaliza o PT (Lula continua imbatível)
2º Derrubam a presidente Dilma (Lula continua imbatível)
3º Condenam Lula (Lula continua imbatível)
4º Prendem Lula (Lula continua imbatível)
5º Proíbem de Lula ser candidato (Lula ainda consegue eleger seu candidato)
6º Proíbem de Lula apoiar seu candidato (na tv e rádio)
7º Haddad cresce vertiginosamente nas pesquisas eleitorais
8º A indústria de Fake News ( #Caixa2doBolsonaro ) é acionado, força máxima
9º Paulo Guedes convida Sérgio Moro para ser ministro do eventual governo de Bolsonaro
10º Sérgio Moro sem nenhuma justificativa legal quebra sigilo parcial da delação premiada de Palocci
11º Bolsonaro e Haddad passam para o segundo turno
12º Ciro Gomes vai passear nos muros europeus
13º Bolsonaro é eleito, convida Sérgio Moro para ser ministro da justiça, ele aceita

A farsa é revelada. 
O "com supremo com tudo" não era força de expressão, era a mais completa e perfeita tradução que a OrCrim estava unida, desde sempre


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Oração para que não falte o pão

Santo Antônio, amigo dos pobres, peço-te a graça de nunca faltar alimento em nossa mesa. Prometo-lhe, por minha vez, olhar sempre para os mais necessitados, repartindo com eles o pão que nos mandares, através do trabalho honesto.
Ajude-nos a buscar sempre o Pão vivo que desceu do céu, que é Jesus Cristo na Eucaristia.
Amém!


Leia também: Como lidar com o luto

Briguilinas

Mourão revela que Moro foi convidado para ser ministro durante a campanha

O caso da provável nomeação de Sergio Moro como ministro da Justiça ganha nova dimensão com a notícia de que o convite foi feito por Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral. A revelação foi feita pelo general Hamilton Mourão, vice-presidente eleito: 
"Isso [o convite] já faz tempo, durante a campanha foi feito um contato", disse Mourão hoje quarta-feira (01/11). 
A menos de uma semana antes do primeiro turno, Moro quebrou o sigilo da delação premiada de Antonio Palocci e ordenou sua divulgação para a imprensa com o objetivo de prejudicar a campanha do PT e consequentemente beneficiar Jair Bolsonaro.
Isso é que eu chamo de ORCRIM - Organização Criminosa -, "com supremo com tudo"...
Leia +


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É assim que se combate a corrupção

Chefe da quadrilha de Curitiba, sejumoro foi sondado por Jair Bolsonaro para participar do seu governo (caso eleito), ainda no primeiro turno. O primeiro membro da equipe de Bolsonaro a conversar com o magistrado foi Paulo Guedes (Posto Ipiranga). 

Após este encontro e sem nenhuma justificativa legal, Moro divulga trechos da delação combinada de Antonio Palocci, beneficiando de forma inegável ao mitomaníaco.

Quem revelou este contato foi o agora vice-presidente General Hamiltom Mourão.

isso é que podemos chamar de combate a corrupção.


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Moro e Bolsonaro: é dando que se recebe

Aceite ou não o ministério oferecido por Jair Bolsonaro, a imagem de imparcial e isento de Sérgio Moro foi de maneira iremediável comprometida. Não há como esquecer que ele prendeu o franco favorito a presidência em 2018, Lula. Apenas os morominions e bolsominions continuarão acreditando nos dois. 
A oração de São Francisco nunca sai de moda.


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Medos, por Silvia Mendonça

Quando eu era criança tinha medo do escuro e do "bicho papão"; Embora eu queira negar, em cada etapa da vida eu cultivei alguns medos, que, aos poucos superei. Os psicólogos dizem que o medo tem um fator positivo, pois nos faz analisar com cuidado as situações em que nos metemos. O medo só não pode nos engessar, nos impedir de viver.

Hoje, mulher madura, "casca grossa", curtida pela vida, deixei escorrer entre os dedos todos os meus medos. Não tenho medo de olhar nos olhos das pessoas e falar das minhas verdades. Não tenho medo dos seres abjetos, rastejando atrás de mim, querendo me prejudicar. E deixei "escorrer" um medo que temos desde que nascemos: o medo da morte! Nesse caso, posso seguir em frente, sem medo de nada, pois venci o pior deles.


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Xadrez da tolerância zero com o estado de exceção, por Luis Nassif

Movimento 1 - o material de trabalho
Para tornar mais objetiva a análise vamos definir um conjunto de evidências prévias:
Evidência 1 – Jair Bolsonaro é um defensor do estado de exceção. Ponto. Havendo condições, implantará o Estado de Exceção em um país em que já se quebrou a mística da democracia estável que existia desde a Constituição de 1988.
Evidência 2 – Bolsonaro já apontou os movimentos populares como alvo de repressão. As mudanças em andamento na legislação, tentam enquadrar toda manifestação social na categoria de terrorismo.
Evidência 3 – antes mesmo de assumirem, os governadores eleitos de São Paulo e Rio de Janeiro já acenaram com um liberou geral para a violência policial em alta escala – com autorização para matar. Há perspectiva de massacres continuados e legalizados nas duas maiores cidades brasileiras.
Evidência 4 – o estado de exceção já está disseminado pela sociedade brasileira, na atuação concatenada de juízes e procuradores, na explosão de violência nas ruas e nas redes sociais, no avanço das milícias nas periferias das grandes cidades e favelas, nos abusos da Lava Jato. Ou seja, está fincada em uma base ampla da opinião pública.
Movimento 2 - a defesa inicial da democracia pela sociedade organizada
Nos primeiros dias após as eleições, eclodiram abusos, mas, por outro lado, manifestações amplas em defesa da democracia. Advogados criminalistas organizaram comitês em defesa das futuras vítimas, a Procuradoria Geral da República tomou medidas contra as invasões de universidades, procuradores atuaram em vários estados contra tentativas de intimidação de professores, houve protestos generalizados contra as ameaças de Bolsonaro à Folha de São Paulo. E até o Ministro Luís Roberto Barroso anunciou que o STF estará coeso em defesa das minorias.
Movimento 3 - como agem os ditadores

Sobre as estratégias de destruição das democracias, há um levantamento precioso no livro “Como as democracias morrem”, de Steven Levitsky e Daniel Ziblat.
Dizem eles:
A erosão da democracia acontece de maneira gradativa, muitas vezes em pequeníssimos passos. Tomado individualmente, cada passo parece insignificante – nenhum deles aparenta de fato ameaçar a democracia. Com efeito, as iniciativas governamentais para subverter a democracia costumam ter um verniz de legalidade. Elas são aprovadas pelo Parlamento ou julgadas constitucionais por supremas cortes. Muitas são adotadas sob o pretexto de diligenciar algum objetivo público legítimo – e mesmo elogiável –, como combater a corrupção, “limpar” as eleições, aperfeiçoar a qualidade da democracia.
O livro lista uma série de medidas possíveis de serem tomadas, de acordo com as regras democráticas.

A democracia tutelada

Segundo os autores, na maioria das autocracias contemporâneas, não se eliminam todos os traços de dissensão. A estratégia consiste em marginalizar jogadores importantes, como políticos de oposição, lideres empresariais simpáticos à oposição, meios de comunicação, figuras culturais que desfrutem de status moral público. Ou se impede sua participação ou se recorre a subornos, oferecendo cargos públicos favores e outras prerrogativas.

A compra dos “árbitros”

Para tanto, é relevante o que os autores chamam de “a compra dos árbitros”, no caso instituições jurídicas e policiais. Autoridades fazendárias podem ser acionadas para atacar políticos, empresas e meios de comunicações críticos. A polícia poderá reprimir violentamente manifestações de oposição ao governo, ao mesmo tempo em que tolerará violências perpetradas por assassinos pró-governo, dizem os autores.
(...) Enquanto ditadores da velha guarda costumavam prender, exilar ou até matar seus rivais, os autocratas contemporâneos tendem a esconder sua repressão debaixo de um verniz de legalidade. É por isso que capturar os árbitros é tão importante.

O suborno e da chantagem

Um dos casos relatados foi o do Peru, no período Alberto Fujimori, o presidente eleito em 1990 que, depois, se converteu em ditador.
Seu braço direito, Vladimiro Montesinos, do Serviço Nacional de Inteligência, se valeu de todos os expedientes para enquadrar recalcitrantes. Gravou vídeos de políticos, juízes, congressistas, empresários, jornalistas, pagando ou recebendo subornos. Antes da implantação da ditadura, filmou autoridades em bordéis e outras atividades ilegais. Em sua folha de pagamento mantinha três magistrados da Suprema Corte, dois membros do tribunal Constitucional e um número “inacreditável” de juízes e promotores públicos. No final dos anos 90, toda rede de televisão relevante, jornais diários e tabloides populares estavam na folha de pagamento do governo. Na superfície, o Peru parecia viver uma democracia.
No Brasil pré-impeachment, já havia suspeitas de tentativas de chantagem contra três Ministros do STF.

A perseguição aos adversários

Um resultado direto da “compra de árbitros” é o poder de condenar oposicionistas. A condenação e prisão de Lula não é um episódio isolado. No final dos anos 90, na Malásia, o primeiro-ministro Mahatir Moahamad usou força policial para prender e condenar o oposicionista mais relevante, Anawar Ibrahim, sob acusação de sodomia.
Na Venezuela, Leopoldo López, líder da oposição, foi preso e acusado de “incitação à violência” durante a onda de protestos contra o governo em 2014. Sem comprovação maior, alegou-se que a incitação havia sido “subliminar”.

As mudanças constitucionais

Outra maneira de implantar o estado de exceção é através de mudanças constitucionais, no sistema eleitoral ou nas cortes superiores.
Em 2002, na Malásia, para impedir a vitória da oposição, as autoridades redesenharam os distritos eleitorais, contrariando as tendências demográficas, reduzindo o número de cadeiras em regiões dominadas pela oposição.
Em 1999, o governo Hugo Chávez convocou eleições para uma Constituinte, concedendo a ela mesmo o direito de dissolver todas as demais instituições do Estado, incluindo a Suprema Corte. Ministros temerosos decretaram tentaram contemporizar a decretaram a iniciativa como constitucional. Dois meses depois, a Suprema Corte foi dissolvida e substituída por um novo Tribunal Supremo de Justiça.

A ação contra os carteis midiáticos

A parte mais vulnerável dos cartéis midiáticos são as ações fiscais. Gozando de plenos poderes no período que antecede as ditaduras, acabam se enrolando em manobras fiscais que, mais tarde, voltam-se contra eles próprios. É o caso das vulnerabilidades fiscais e penais (caso FIFA) das Organizações Globo.
Na Turquia, o conglomerado Doğan Yayin controlava 50% do mercado de mídia, o jornal mais lido do país, o Hurriyat, e vários canais de televisão. Em 2009, o governo o multou em quase 2,5 bilhões de dólares – mais do que o patrimônio líquido da empresa – por evasão fiscal. O grupo foi obrigado a vender grande parte de seus veículos, comprados por empresários favoráveis ao governo.
Na Rússia, Putin mandou prender Vladimir Gusinsky, dono de uma rede de TV independente, por “apropriação financeira indébita”. Foi-lhe oferecido a liberdade, em troca de abrir mão de sua rede, a NTV.
O mesmo ocorreu com o bilionário Boris Berezovsky, acionista controlador da emissora de televisão ORT. Quando passou a incomodar Putin, foi desenterrado um caso antigo de fraude e Berezovski foi preso, exilado, deixando o grupo nas mãos de um sócio minoritário, que “gentilmente os pôs à disposição de Putin”.
Na Venezuela, Chávez investigou as irregularidades financeiras cometidas por Guilhermo Zuloaga, dono da Globovisión. Precisou fugir do país para não ser preso e acabou vendendo a emissora a um empresário simpático ao governo.
Na Turquia de Erdoğan, as autoridades financeiras confiscaram o império industrial de Cem Uzan, o maior do país, por suas pretensões de lançar o Partido Jovem (PJ) e concorrer às eleições. Uzan fugiu para a França e seus grupo entrou em colpaso.

A segurança nacional

Há vários gatilhos que podem ser acionados para legitimar momentos de exceção. Em 1969, depois de reeleito presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos passou a estudar situações que seriam propícias para prorrogar seu mandato. Em julho de 1972, Manila foi sacudida por uma série de atentados a bomba sem autoria definida.
Em seguida, houve uma aparente tentativa de assassinar o Secretário de Defesa, sendo responsabilizados “terroristas comunistas”. Implantou a lei marcial com palavras vãs: “Meus compatriotas … [isto] não é uma tomada militar do poder.” Garantiu 14 anos de ditadura.
Depois do 11 de setembro, dos atentados às torres Gêmeas, 93,55% dos norte-americanos aceitavam abrir mão de algumas liberdades civis para conter o terrorismo. Da mesma maneira que, na Segunda Guerra, o ataque contra Pearl Harbor levou a opinião pública a apoiar o confinamento de nipo-americanos em campos de concentração internos.
Depois que seu partido, o AKP, perdeu maioria parlamentar em junho de 2015, uma série de ataques terroristas do Estado islâmico permitiu a Erdoğan antecipar as eleições e retomar o controle do Parlamento, expurgando 100 mil juízes e funcionários públicos, fechando vários jornais e ordenando mais de 50 mil prisões.
Movimento 4 - as ameaças imediatas
Como se viu, um Presidente antidemocrático tem inúmeras possibilidades de atacar a democracia. E a estratégia usual é o desgaste diário, a soma de pequenas medidas, aparentemente irrelevantes, que acabam levando a desfechos autoritários.
Há alguns movimentos nítidos em direção ao arbítrio.

A Força-Tarefa de Inteligência

O Decreto nº 9.527, de 15 de outubro de 2018, assinado por Michel Temer, foi o passo mais ousado em direção à criminalização dos oposicionistas. Ele passa a tratar o crime organizado como uma questão de segurança nacional. E constitui uma força presidida pelo general Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional, constituída pelos serviços de inteligência da Marinha, do Exército, da Aeronáutica, com o apoio da COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras do Ministério da Fazenda), Receita, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Segurança Pública; Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Segurança Pública.
Entre causas relevantes, como os crimes cibernéticos e o terrorismo, o PNI (Plano Nacional de Inteligência) relaciona as seguintes ameaças à segurança nacional:
  • Interferência externa, que é a atuação deliberada de governos, grupos de interesse, pessoas físicas ou jurídicas que possam influenciar os rumos políticos do País com o objetivo de favorecer interesses estrangeiros em detrimento dos nacionais;
  • Ações contrárias à soberania nacional, que atentam contra a autodeterminação, a não-ingerência nos assuntos internos e o respeito incondicional à Constituição e às leis.
Utilizar essas definições para enfrentar ameaças externas reais ou criminalizar movimentos populares, ou manifestações de críticos, dependerá apenas dos limites que forem impostos pelo STF.
Esta semana, o senador Magno Malta (não reeleito) apresentou proposta para ampliar a Lei Antiterrorismo, incluindo na definição de crimes “coagir governo” a “fazer ou deixar de fazer alguma coisa, por motivação política, ideológica ou social”.

O superministério de Sérgio Moro

O juiz Sérgio Moro é um ativista político que já demonstrou várias vezes pretender ultrapassar os limites da legalidade – como ocorreu com o vazamento das conversas de Dilma Rousseff e Lula, a detenção de jornalista crítico e liberando depoimentos de Antônio Palocci nas vésperas das eleições. E, agora, aceitando o convite para ser Ministro do candidato beneficiado por suas ações.
Indicado Ministro, terá sob sua supervisão a Segurança Pública (e a Polícia Federal), a Secretaria de Transparência e Combate à Corrupção, a Controladoria-Geral da União (CGU) e Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). 
Se, de fato, acredita poder mudar o mundo com o direito penal, em pouco tempo terá embates grandiosos com Bolsonaro.
Se, ao contrário, embarcou no projeto de poder de Bolsonaro, se verá investido de um formidável poder intimidatório, valendo-se do poder do Executivo para disseminar denúncias contra críticos, ações contra Universidades (escudados nos pareces da CGU), investidas contra movimentos sociais.
Movimento 5 - tolerância zero contra o arbítrio
Nas últimas semanas, três instituições acordaram para os riscos da escalada do arbítrio: a Procuradoria Geral da República e o Ministério Público Federal, o Supremo Tribunal Federal e a mídia mainstream. Há sinais de que o Alto Comando das Forças Armadas tem preocupação em relação aos riscos para a disciplina militar desse liberou geral de Bolsonaro, que tem muita ressonância nos escalões de baixo.
STF e PGR poderão agir apenas nos temas coletivos. Na base, haverá uma escalada de violência, em denúncias judiciais ou, pior, em violência explícita contra movimentos populares e contra pobres e negros de periferia.
Mais que nunca, a informação passa a ter uma função civilizatória, alertando não apenas a opinião pública informada, mas os organismos internacionais, a imprensa internacional, os tribunais superiores.
É hora de ver se o jornalismo e os tribunais se mostram, finalmente, à altura de suas responsabilidades.


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