Por dois minutos e trinta segundos, meninas e meninos repetem declarações ditas por Jair Bolsonaro.
A primeira a falar, por exemplo, é uma menininha que repete: “Minha missão é matar”.
Sentenças como “O grande erro da ditatura foi torturar e não matar”, “Eu sonego tudo que for possível” e “Auxílio-moradia era pra comer gente” são encenadas pelas crianças.
Uma garotinha pronuncia: “Tenho cinco filhos, quatro são homens. Na quinta dei uma fraquejada, e veio uma mulher”.
“Cala sua boca”, acrescenta outra. “Jamais iria estuprar você porque você não merece”, afirma um menino.
Entre as frases, também estão “Eu tenho imunidade pra falar que sou homofóbico, sim” e “As minorias se adéquam ou simplesmente desaparecem”.
Ao final, um texto na tela diz: “Se o seu candidato fala, o seu filho pode falar também. O futuro do Brasil está nas suas mãos”.
Assista ao vídeo de crianças repetindo frases ditas pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL):
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O fato de Jair Bolsonaro ser um fascista é tão notório que basta uma aula sobre fascismo ser anunciada ou uma bandeira antifascista ser hasteada que o tse - tribunal superior eleitoral - corre para proibir, mesmo sem que o nome do sujeito [dito sujo] tenha sido sequer mencionado.
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Alberto Braga: condenado por receber propina de empresa de ônibus
Onix Lorenzoni: confessouque recebeu propina da JBS
Pauderney Avelino: condenado a devolver 4,6 milhões que roubou
A PGR pediu a condenação de Alberto Fraga por pedir R$ 1,5 milhão em propinas. Vazou até áudio dele dizendo que recebeu pouco e reclamando do valor.
Pauderney Avelino é pior: vazou um áudio de Sergio Machado (aquele do golpe com Supremo e tudo) falando com Renan Calheiros, dizendo que "não tem cara mais corrupto que o Pauderney". Ele já foi condenado a DEVOLVER R$ 4,6 milhões que roubou em um esquema de superfaturamento no Amazonas.
Onyx Lorenzoni é o braço direito de Bolsonaro. Ele admitiu ter recebido propina da JBS (de Joesley) em 2017.
Não acredita? Dá um Google no nome de cada um deles
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1 Declarou que vai prender ou expulsar do país quem fizer oposição ao seu governo. Chegou a anunciar que fará o candidato adversário -Fernando Haddad – “apodrecer na cadeia”. Também disse que, se for presidente, tratará os movimentos sociais que lutam por terra e moradia como grupos terroristas.
2 Apoiou abertamente a volta da ditadura militar, a tortura e o assassinato de opositores. São suas estas declarações “Eu sou favorável à tortura, tu sabe disso”, e “o erro da ditadura foi torturar e não matar” – como se assassinatos políticos não tivessem acontecido naquele período.
3 Silenciou quando seu filho, detentor de mandato parlamentar, disse há dois meses num vídeo que basta “um soldado e um cabo” para fechar o STF, caso o tribunal imponha alguma restrição à vitória do pai.
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Há dois Bolsonaros na praça. Um exibe nas redes sociais a retórica crispada do candidato em fim de campanha, preocupado em manter apoiadores mobilizados. Outro ensaia em reuniões reservadas o timbre moderado de um favorito a virar presidente no domingo. Esse Bolsonaro que se equipa entre quatro paredes para governar começa a ficar bem diferente do Bolsonaro do palanque eletrônico.
À medida que vai farejando a perspectiva de vitória, é natural que um candidato aproxime sua retórica da realidade. No tudo-ou-nada da campanha, os programas de governo tornam-se aguados. E as promessas ajustam-se mais àquilo que o eleitor deseja ouvir do que à viabilidade da consecução do que é prometido.
Confirmando-se os prognósticos de vitória, o risco que um candidato tido como mitológico corre é o de ficar irreconhecível. O ministério ultra-enxuto de Bolsonaro começou a esticar. O Meio Ambiente não será mais fundido à Agricultura. A pasta da Indústria e Comércio não será incorporada à Fazenda. O governo Temer já não é de todo ruim. Integrantes da equipe econômica podem ser aproveitados. O time de ministros especialistas pode ter um ou outro político derrotado nas urnas. Bolsonaro começa a virar ex-Bolsonaro antes mesmo de se tornar presidente.