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Eleito e eleitor

As pessoas votam em que lhes é espelho. Os homens e mulheres que votaram no fã de torturadores e assassinos, Jair Bolsonaro, são iguais a ele. Se estivessem na mesma posição, fariam igual, oprimiriam igual, torturariam igual, assassinariam igual. Essa gente não tem, não terá rendenção dos seus conterrâneos nem da história. São uma ralé, escória da humanidade.
Hildegard Angel

Recebido por e-mail

Todo mundo quer ser bom, mas da lua só vemos um pedaço
Vida que segue...

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Hidelgard Angel: o Brasil que eu não quero

No início dos anos 60, a campanha urdida pelos udenistas, liderados por Carlos Lacerda, assombrava o país com o medo do “comunismo” e denúncias de desvios e corrupção.
João Goulart seria um corrupto insaciável e Juscelino Kubitscheck, que morreu pobre, teria ficado milionário com a construção de Brasília, beneficiando seus amigos.
Com ressonância na mídia, essa campanha martelava ininterruptamente na cabeça dos brasileiros.
Eu, menina, com 11, 12 anos, lembro-me do medo que se tinha do tal “comunismo”.
Os comunistas viriam para interromper nossos sonhos individuais de prosperidade e casa própria.
Eles entrariam em nossas casas, nos destituiriam de nossos bens, e os pobres “ficariam com tudo nosso”.
Era assim que os golpistas de então botavam terror no povo brasileiro.
Eleito, o udenista Jânio Quadros - um descompensado que deu provas disso desde o período eleitoral - quis dar o golpe, não conseguiu, renunciou, jogando o Brasil em 20 anos de ditadura militar. E a UDN? E Lacerda?
Foram jogados pra escanteio, tiveram que se comportar como sabujos lambe-botas para sobreviver.
Lacerda foi cassado. Os políticos, alijados dos cargos e da vida pública.
Assim acontece quando há uma ruptura constitucional, quando as leis passam a, em vez de serem cumpridas, obedecer a “interpretações” subjetivas, a serviço de conveniências outras.
Perde-se o controle, e quem se impõe não são os agentes da desestabilização. Estes, golpeiam, mas não levam.
No Brasil, prevaleceram os que melhor interpretaram o medo coletivo do “comunismo”, oferecendo como alternativa a repressão violenta. Os militares.
E não havia, naqueles anos, uma empresa no Brasil, um negócio, uma portinha, que não precisasse ter em seus quadros um militar para poder se manter aberta. Caso contrário, eram só dificuldades.
Fiscais multavam indevidamente, burocratas emperrava os processos. E se o empresário em questão tivesse algum tipo de ligação com governos anteriores, de Getúlio, Goulart e JK, estava fadado à perseguição e à falência.
A comunidade rejeitava qualquer pessoa ligada, mesmo que remotamente, a partidos políticos demonizados, como o PTB e o PSD. Muitas delas foram presas e perseguidas. Os partidários do PCB - Partido Comunista Brasileiro - foram presos e eliminados. Como Alberto Aleixo, irmão de Pedro Aleixo, vice-presidente de Artur da Costa e Silva.
Alberto era um idealista, editava o jornal de esquerda Voz Operária. Em 1975, foi preso e morreu em consequência das torturas. Pedro soube de sua prisão, mas, mesmo com tantas credenciais, nada pode fazer pelo irmão.
No país, estabeleceu-se o terror. Hoje, os revelados documentos de Estado norte-americanos da época acusam o Brasil de ter praticado o “terrorismo de Estado”. A contrapropaganda era usada à exaustão e com sucesso.
Então, terroristas não eram os que sumiam com as pessoas, as encarceravam, torturavam e matavam.
Eram os jovens idealistas, que, quando muito, se defendiam com “coquetéis molotov” - uma garrafa e um pavio.
“Subversivo” era todo aquele que pensasse diferente do poder.
A qualquer denúncia anônima, agentes do Dops invadiam residências, vasculhavam tudo, e bastava encontrarem um livro de economia de Celso Furtado para a família inteira ser presa como agitadora.
E as consequências, imprevisíveis. Não se sabe se sairiam vivos. Quem duvidar que duvide, mas era assim.
O terror de Estado, as violências, torturas com crueldades inimagináveis, ensinadas por especialistas importados dos EUA e até da França - estes últimos financiados por empresários de extrema direita, dos quais alguns se compraziam em assistir às sessões de tortura. Uns doentes.
Todos tinham medo de todos.
A filha de um síndico da Base Aérea do Galeão relata o medo que os próprios oficiais tinham do comandante, brigadeiro Bournier, considerado um descontrolado, com sangue nos olhos e o poder nas mãos.
O brigadeiro dos “voos da morte”, em que pessoas eram jogadas ao mar, e com o requinte das pernas quebradas.
Caso sobrevivessem, não poderiam nadar.
Este era o Brasil. Sobreviviam os que baixassem a cabeça, não vissem, não escutassem, não comentassem, num perpétuo “jogo do contente”, que durou duas décadas.
Mesmo em casa, ninguém podia conversar com franqueza, com o risco de algum empregado ou visitante escutar e denunciar. “Dedurava-se”, delatava-se, caluniava-se a três por dois, qualquer desafeto que atravessasse o caminho.
O marido ciumento entregava como “subversivo” o vizinho, de quem desconfiava estar cortejando sua mulher. Sei de um caso em que o vizinho foi levado para averiguação e nunca retornou. Este era o cotidiano brasileiro.
Eram as pessoas soturnas, com seus coturnos, que oprimiam a liberdade de todos.
Quem as desagradasse era “excomungado”, tornava-se um “degradado social”, mesmo se não fosse preso.
Ninguém queria lhe falar, atender seu telefonema. Atravessavam a calçada. Ser covarde era um mérito.
Estudantes foram impedidos de frequentar escolas e universidades. A censura veio rigorosa e extremamente ignorante. Hoje, fazem piada dos exageros dos censores. Peças de teatro tiradas de cartaz.
Novelas da TV tinham vários capítulos inteiros reescritos.
Livros, como “Capitães de areia”, de Jorge Amado, e “Tarzan”, de Edgard Burroughs - aquele mesmo, o Tarzan da Chita - eram proibidos com a pecha de “comunista”. Em sua sanha perseguidora, os censores viam cabelo em ovo.
As canções falavam por metáforas, para refletir o sentimento do artista e as angústias do povo.
O lema “Ame-o ou deixe-o” estava em plásticos colado às janelas dos automóveis, como um salvo-conduto para os motoristas. E tantos “deixaram”, forçados ao exílio como mecanismo de sobrevivência.
Essas memórias são feridas que nunca param de sangrar.
Hoje, em véspera de eleição, momento crucial em que a preocupação geral é a segurança, os telejornais a enfatizam, como agentes provocadores de intimidação dos brasileiros.
Apavorados, os cidadãos só enxergam seu pânico, alheios a qualquer perspectiva positiva.
E ações extremas passam a ser única opção. Uma sociedade manipulada, não só pelos fatos, mas sobretudo pelo noticiário, que potencializa os temores de cada um. Nenhuma brecha para fatos construtivos.
É esse o projeto político da grande mídia? Incendiar o país? Plantar a discórdia? A insegurança generalizada?
Esse medo coletivo fortalece a posição de candidatos sem qualquer capacidade ou preparo para exercer as funções de Presidente da República Federativa do Brasil, em que a segurança é fator importante, mas não único.
E a educação? E a habitação? E o saneamento básico? E a retomada do desenvolvimento estagnado da Nação brasileira? E a engenharia brasileira, fundamental para o desenvolvimento e a multiplicação de empregos, desde a mão de obra não especializada ao engenheiro? Onde se quer chegar? Entregar a Nação a um despreparado? Ou a outro que já tenha mostrado competência? Qual o Brasil que queremos?

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A volta do JB

- O jornal do Brasil volta as bancas, e para marcar território, traz um artigo de Lula. Para "Lemans e Marinhos", fica mais que despercebido que o petralha tem bala na agulha. E como sabemos...pra frente é que as malas bate. -

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245
por Hildegard Angel
Três dias depois de sua morte, Jesus Cristo, cumprindo a promessa, voltou. Após ressuscitar, subiu aos céus, anunciando que retornaria. E nós, com fé, aguardamos. Os Tribalistas voltaram no ano passado, 15 anos depois do primeiro e único álbum de Arnaldo Antunes, Marisa Monte e Carlinhos Brown. A banda Led Zeppelin também ressurgiu das cinzas, após seu fim em 1980, e mais de 20 milhões de pessoas se inscreveram para concorrer aos ingressos de seu último show em 2007. O gato cantor Felipe Dylon voltou! Desde o hit A Musa do Verão, de 2007, à nova Vai Ver o Sol Nascer, com que pretende voltar a bombar na meca musical. Silvio Caldas, o cantor famoso das serenatas, que JK adorava escutar, anunciou várias vezes o fim da carreira, e não conseguia parar. O mesmo acontecia com a cantora Elizeth Cardoso, a divina. Anunciava o último show e, em seguida, vinha o show do próximo anúncio. Para alegria dos fãs, estavam permanentemente de volta.

Destaque dominical Hildegard Hangel


: <p>Hildegard Angel e José Dirceu</p>

  PT foi desleal com Dirceu
""O PT foi covarde e desleal com ele, o que ele não está sendo com o PT e com Lula. Deixaram ele ser trucidado no Mentirão como isca, como bucha de canhão, achando que com isso amansariam as feras. Perdoem-me dizer, mas naquele momento se omitiram todos – Dilma, Lula, Tarso Genro caiu de pau, nojento. Apoiei Dirceu quando as pessoas atravessavam de calçada para não cumprimentar, e nunca me arrependi. É um grande brasileiro. A vida lhe deu mais esta oportunidade para provar", diz a jornalista Hildegard Angel"

P.S: Ainda no linchamento de Dirceu no stf, processo do Mentirão escrevi: 
Julgamento de exceção - Fatos e boatos explica muito do e porque o Brasil, Lula e o PT estão nessa situação.
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Hildegard Hangel

Afunda o Titanic. Em que ponto do Lago Paranoá vai para a safira azul?

Michel Temer falou em rede nacional hoje. Mas sua situação permanece muito complicada. Insustentável. Neste cenário, ele deverá se manter, em equilíbrio delicado, escutando o derradeiro concerto de violinos do Titanic, até 6 de junho, data do julgamento, pelo TSE, da Chapa Dima-Temer. Então, o Transatlântico Temer deverá sossobrar de vez, levando junto os últimos que lhe forem fiéis (alguns já embarcam nos botes de salvação, com Roberto Freire na proa).
Resta saber em que ponto do LagoParanoá será atirado o colar de brilhantes com a imensa safira azul, do filme do Leo di Caprio. Meninas, preparem os escafandros, que eu já estou ariando o meu!
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Hildegard Angel - Que diferença das manifestações na Ceilândia e de Copacabana

- Ah, e teve muito mais gente -
Não teve palavrão nem bordão obsceno gritado pelo alto falante, não teve mulher pelada, nem pato, nem boneco inflado, muito menos cidadãos exóticos fantasiados de Tio Sam ou soldado camuflado.
Não teve camiseta customizada, cada um vestiu o que tinha e foi como pôde.
Não teve briga, ninguém tentou linchar menor de rua ou senhoras idosas; não houve confrontos com skatistas, ninguém foi agredido por não vestir vermelho.
Nenhum cidadão ao microfone xingou ou desejou a morte a qualquer figura da oposição. Nem a chamou de “lixo humano” por pensar diferente. Enfim, foi uma passeata responsável, séria, grave até, mas sem perder a ternura e a alegria.
Em vez de mantra baixaria, sambinha gostoso, sambas enredos que nos falassem à alma e ao brio da memória brasileira. Ao contrário de circo de excentricidade, uma passeata cívica, como em qualquer país civilizado. No lugar dos comícios de ódio, discursos inflamados pela causa justa da soberania.
Que diferença da manifestação de ontem, na Cinelândia, daquela passeata de domingo em Copacabana. Ah, e teve muito mais gente!
Movimento da População de Rua; dos Petroleiros; da causa GLS; dos estudantes; jornalistas lá, donas de casa.
Fui à Cinelândia somar-me aos milhares que bradaram “Não vai ter golpe!”. Orgulho-me disso. Cumpri um dever cidadão. Espero que este grito ecoe nos 3 Poderes, como demonstração de consciência cidadã, não apenas dos cariocas, mas das centenas de milhares de São Paulo, Minas, Nordeste, Norte, Centro Oeste, Sul, enfim, do Brasil inteiro, que saíram de suas casas, não em nome de eleger candidatos, não movidos pela raiva, agente mobilizador muito mais eficaz (os meios de comunicação sabem disso e têm feito seu trabalho direitinho nesse sentido), mas por dever da responsabilidade cívica.
Fomos às ruas e praças por prezarmos a democracia duramente conquistada, que, neste país, desde sempre, acontece aos barrancos e trancos, rondada por manipuladores, a serviço dos grandes golpistas e saqueadores.
Verdade que, de saqueadores, estamos muito bem sortidos. Desde a primeira pisada de Cabral na praia em Porto Seguro, usurpadores daqui e d’além mar enchem seus cofres com nossas riquezas e o suor de nosso esforço. Porém, de todos, o saqueador mais perverso é aquele que pretende nos negar a liberdade democrática de escolha, o direito de o povo ver prevalecer a expressão de sua vontade nas urnas.
O brasileiro responsável foi às ruas, também para exigir um imediato “basta!” à massacrante e ininterrupta campanha deflagrada e mantida, meses a fio, pela mídia e grupos indiferentes aos reais interesses soberanos do país, sugando as energias do Brasil, exaurindo as mentes dos cidadãos, através de um enredo escrito com as tintas da exacerbação golpista, para levar os brasileiros ao paroxismo da ansiedade e do ódio.
Vimos que era chegado o momento decisivo, em que cada um de nós tinha a cumprir o papel de sua consciência. Por isso, estávamos ali, na Cinelândia. Martha Alencar, a jornalista combativa dos anos 60 e de sempre, viúva de Hugo Carvana, me disse, sentada em cadeira na calçada do Amarelinho: “Hilde, não vinha aqui me manifestar desde aqueles anos, mas nesta tinha que estar”. Com problema no joelho e de bengala, Martha se levantava a qualquer movimento ou burburinho, que invariavelmente terminava com o clamor em uníssono da multidão, braços ao vento: “Não vai ter golpe!”.

Angel, reconhecer o erro é sinal de grandeza

Hildegard Angel retira "pisada na bola" praiana. Menos mal, mas segregação ao sol não vem de ontem, não...

por Fernando Brito - Tijolaço

A colunista social Hildegard Angel andou, com toda razão, levando uma chuva de críticas por ter sugerido mudar o itinerário dos ônibus e, se necessário, até cobrar ingresso nas praias do Rio para evitar que“hordas e hordas de jovens assaltantes e arruaceiros” invadam a orla.
Menos mal que “cansada de levar pedrada”, ela retirou o texto de seu blog.
Melhor faria se tivesse se retratado do que ela própria chamou, ao escrever, de medidas  ” antipáticas e discriminatórias”.
Mas é assim mesmo, todo mundo está sujeito a dizer besteiras num momento de irritação.
O problema, e não é só dela, é que algumas pessoas se acham com mais direito que os demais a algo que não pertence a ninguém: a praia.
E que, se pertencesse, nestes dias de calor de Saara no Rio de Janeiro, justificaria uma revolução.
Esta é uma história que vem de longe e que vivi de perto.
Até 1984, só uma linha de ônibus passava pelo Túnel Rebouças. uma obra caríssima projetada e iniciada por Carlos Lacerda e terminada por Negrão de Lima, em 1967.
Era o raríssimo 473, Penha-Jardim de Alá(embora seu ponto final fosse no final do Leblon).
Havia outros ônibus ligando a Zona Norte à Zona Sul, mas pelo Flamengo e alguns pelo Túnel Santa Bárbara, entre eles o 456, ou quatro-cinco- méier, porque era do subúrbio do Méier que ele partia e era assim que eu e outros adolescentes o chamávamos, inclusive alguns que se aventuravam a carregar dentro dele uma prancha de surfe, com a qual andavam até perto do Pier de Ipanema.
Pois o Brizola, inconformado que o túnel, construído com o dinheiro de todos, só servisse, quase, aos que tinham carro (e carro era quatro ou cinco vezes mais raro que hoje, naquele tempo), mandou a Companhia de Transportes Coletivos do Estado criar três linhas: a 460, 461 e 462, saindo da estação de trem de São Cristóvão e chegando a Ipanema, Copacabana e Leblon.
Um trajeto, se tanto,  de meia hora, metade do que levava por outras vias.
Foi o que bastou para, insuflada pelo Jornal do Brasil – O Globo ainda era um jornal algo chulé – começasse uma campanha de ataques ao povão que chegava, calorento, esbaforido e alegra à praia.
Joaquim Ferreira dos Santos traduziu este sentimento em uma antológica crônica, no mesmo jornal – que maravilha era o velho “Caderno B” – da qual mostro as primeiras linhas e o espírito,recomendando que seja lida aqui:
“Ipanema, essa senhora cada vez mais gorda e poluída, reclama de novas estrias e dentes cariados em seu corpanzil: agora é culpa dos ônibus Padron, a linha 461 que, há um mês, está trazendo suburbanos para seu “paraíso”, numa viagem de apenas 20 minutos, via Rebouças. É o que dizem seus moradores, inconformados. Ouçam só:
- Que gente feia, hein?! (Ronald Mocdes, artista plástico, morador da Garcia D`Ávila, bem em frente ao ponto do ônibus).
- No outro dia eu saí da loja com um vestido comprido, alinhado, e você precisava ver o que aconteceu. Me chamavam de urubu, um horror. (Débora Palmério Fraga, gerente da Gregorio Faganello).
- É chocante dizer, mas eles estão desacostumados com os costumes do bairro. Nem vou mais à praia aqui. É farofeiro para tudo quanto é lado, olhando a gente de um modo estranho. Ficam passando aquele bronzeador. A sensação é de que eles estão invadindo o nosso espaço. (Maria Luiza Nunes dos Santos, ex-freqüentadora da praia da Garcia D`Ávila e que agora só vai ao Pepino).”
Não foi o pior do JB, legítimo porta-voz da Zona Sul carioca e sua biodiversidade.
Meses depois, o jornal se superaria, com um editorial em que dizia estar Brizola asfaltando os acessos dos morros do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, para que os assaltantes tivessem mais facilidade em subir de volta à favela depois de, digamos, fazerem seus “ganhos”.
É curioso que o túnel da discórdia, que proibia e depois proporcionou, para horror da elite, o acesso dos pobres e pretos “feios” à praia chama-se Rebouças, em homenagem aos irmãos André e Antônio Rebouças, negros baianos que se tornaram engenheiros pelo único caminho que permitia ascensão dos pobres durante o século XIX e boa parte do XX, o Exército Brasileiro.
Um dia, talvez, as pessoas da elite brasileira entendam que a única maneira de “acabar com os pobres” não é lhes por grades, mas fazerem ascender, educarem-se e serem diferentes do que eram seus próprios bisavós ou trisavós: brutos, grosseiros, toscos e brancos.
E que alguém criado nesta sociedade não fique chocado, como eu fiquei, com a feiúra e a miséria das crianças de uma favela (que eles chamam “vila”) gaúcha em que passei, de jipe, nos arredores de Uruguaiana, com Brizola em 1989, perseguido por uma “horda” andrajosa de guris que chapinhavam na lama.
Todos eles louros e de cabelinhos claros, uma cena incompreensível para um carioca que achava que a pobreza era negra ou mulata.
Viva a diversidade humana! Viva a tolerância!



Hildegard Angel: uma imbecilidade sem limites




Pessoas inteligentes também são capazes de pensar e escrever idiotices fenomenais, as sugestões da  senhora Hildegard Angel para resolver o problema dos arrastões nas praias da zona sul no Rio de Janeiro, será difícil de ser batida. É uma imbecilidade monstruosa.

O caos já se instalou no Rio, o poder público precisa coragem para agir à altura dele!

Certamente por maior que seja nosso efetivo policial, ele jamais será grande o suficiente para reprimir as hordas e hordas de jovens assaltantes e arruaceiros, que geram intranquilidade atacando cariocas e turistas nesses arrastões do verão no Rio de Janeiro.

É uma crise grave. O poder público não pode nem deve ser titubeante. Há momentos em que ele precisa ser enérgico e corajoso o suficiente para tomar medidas necessárias que desagradem. A população não pode estar sujeita ao medo, à violência, ao vandalismo desenfreados. Há ações que necessitam ser implementadas. Certamente os especialistas sabem quais são, mas sugerir não ofende.
1 – Em tais dias de grande concentração de pessoas nas ruas e praias, nos fins de semana e feriados do verão, diminuir drasticamente a circulação das linhas de ônibus e de Metro no fluxo Zona Norte – Zona Sul, estimulando o aumento do fluxo Zona Norte – Zona Oeste, para haver uma distribuição mais equilibrada da população das praias. Barra, Recreio, São Conrado têm praias imensas, lindas. Modo de evitar concentrações opressivas.
2 – Caso essa providência não alcance resultado, partir para um plano B radical: cobrar entrada nas praias de Leme, Copacabana, Ipanema, Leblon. Isso pode soar com estranheza para os cariocas, que sempre tiveram a praia gratuita, mas no exterior é a normalidade. Preços módicos, naturalmente.
As medidas são antipáticas e discriminatórias, concordo. Mas ou é isso ou será o caos. Ou melhor, o caos já é. Daí pra pior.
Uma ideia à altura dos nossos mais emplumados, bicudos e cheirosos tucanos.
Triste!



Hildegard Angel: É meu dever dizer aos jovens o que é um Golpe de Estado

- A ditadura é um Estado que quase todos temem - 

Dizer a vocês, jovens de 20, 30, 40 anos de meu Brasil, o que é de fato uma ditadura.
Se a Ditadura Militar tivesse sido contada na escola, como são a Inconfidência Mineira e outros episódios pontuais de usurpação da liberdade em nosso país, eu não estaria me vendo hoje obrigada a passar sal em minhas tão raladas feridas, que jamais pararam de sangrar.

Hildegard Angel - O conselho que Zé Dirceu não me pediu

Conversei hoje, às duas e meia da tarde, com José Dirceu. E o que disse a ele? O que poderia dizer, num momento de contagem regressiva, a quem considero inocente, ante o super espetáculo de linchamento público que se lhe preparam, em rede nacional?
- Não perca a dimensão histórica deste momento, mantenha sua altivez de homem de fibra que é, pois só um homem de fibra teria se mantido todo este tempo, sob tamanho bombardeio, de pé como você; não vista a carapuça que lhe imputam, pois é isso que pretendem; acredite, você tem amigos que se mantêm e se manterão ao seu lado; não use óculos escuros; aja como aquele jovem Dirceu, no momento de partir para o exílio: como um herói, e não como alguém com culpa, como agora pretendem, já que culpa você não tem; não se acabrunhe. Seus amigos estão com você.
Dirceu me ouviu calado, sem interromper, e ao fim de nossa conversa se despediu educada e amavelmente da amiga, como chamou. Ele não havia pedido conselhos, muito menos minha opinião. Diferentemente do que pensam, é um homem modesto e paciente. Pois quem sou eu, afinal, para orientar ou aconselhar um estrategista de longo curso como José Dirceu? Só mesmo o desvario e a aflição de acreditar, firmemente, estar prestes a testemunhar a concretização do que acredito ser um ato injusto e absurdo, poderia me levar a tal ímpeto de arrogância de pretender orientar um homem de tal estatura histórica e de tão elevados conhecimentos políticos.
Perdoe-me, José Dirceu, pela infantilidade de ter ousado aconselhar um Herói brasileiro.

Hildegard Angel: O QUE RUY BARBOSA PENSARIA DO EMBATE NO STF SOBRE O JULGAMENTO DOS RECURSOS DA AP 470?

Vocês rapidamente perceberão que o texto abaixo, pelo brilhantismo e o “domínio do fato” não é meu. Pois do direito, no muito, tenho um senso de justiça, sei discernir o certo do errado, procuro andar em linha reta e não escrever por elas tortas. Isso, só Deus.
O brilhante autor do texto entre aspas é um sábio inquestionável, uma águia do direito brasileiro.
Coletei suas opiniões e pensamentos em livro adquirido em leilão, edição de 1917, sobre a “Questão Minas Werneck”, por ele defendida no Supremo Tribunal Federal, nas “Appelações de sentenças arbitraes”.
Em seus belos escritos, encontrei inspiração e grandes semelhanças com os impasses e mesmo as acaloradas discussões entre pares  – os ministros -  no julgamento dos recursos da AP 470, que acontece no momento no STF.
Como testemunhamos, na última sessão, quando o juiz Lewandowsky, pretendendo estudar um recurso e, talvez,  reconsiderar um voto, o juiz Barbosa interpôs-se a ele, por considerar aquela causa decidida.
A atitude do presidente da Corte inspirou a quem assistia serem, aquelas sessões de recurso, meras formalidades, para confirmar as primeiras sentenças.
Vamos ver o que diz o douto sábio dos sábios do Direito brasileiro. Vamos ver o que pensaria sobre o embate o notável Ruy Barbosa, a Águia de Haia!
Escutemos o GRANDE RUY:
“Apanhar-se em contradição, o sujeito que tem a coragem infame de variar de opinião, é o prazer dos prazeres. Se os deuses houvessem reservado como privilégio divino essa faculdade, cada consumidor brasileiro de papel seria um Prometeu absorto em escalar as nuvens, não à procura do céu, mas em busca da prenda celeste de escarafunchar  divergências de ontem para o hoje nas opiniões alheias. Quando se topa, nas letras remexidas, com um desses achados preciosos, é dia de festa, ilumina-se a casa, leva à boca o megafone e se anuncia ao longe que o adversário está esmagado.
Não há entretanto inutilidade mais inútil. Os homens de siso e consciência riem destas malícias. Só a ignorância ou a imbecilidade não se contradizem; porque não são capazes de pensar.
Só a vulgaridade e a esterilidade não variam; porque são a eterna repetição de si mesmas. Só os sábios baratos e os néscios caros podem ter o curso das suas ideias igual e uniforme como os livros de uma casa de comércio; porque nunca escreveram nada seu, nem conceberam nada novo.
A sinceridade, a razão, o trabalho, o saber não cessam de mudar: não há outra maneira humana de acertar e produzir. Varia a fé; varia a ciência; varia a lei; varia a justiça; varia a moral; varia a própria verdade; varia nos seus aspectos a criação mesma; tudo, salvo a intuição de Deus e a noção dos seus divinos mandamentos, tudo varia. Só não variam o obcecado, ou o fóssil, o ignorante ou o néscio, o maníaco ou o presunçoso.
Pode ser que no miolo de um compilador caiba inteiro o imenso universo jurídico, petrificado, imutabilizado e catalogado nas suas regras,  nas suas hipóteses e nos seus resultados. Tirante, porém, essas cabeças privilegiadas, tudo no direito é mudar constantemente; porque o direito resulta da evolução, e a envolver consiste no variar.
Há os grandes princípios, que formam a estrutura permanente desse mundo; mas, na vasta atmosfera de ideias que o envolve, nas grande correntes dos sistemas, que o sulcam, nos maravilhosos fenômenos criadores, que o animam, em todas as organizações que o povoam, em todos os resultados que o enriquecem, tudo se transmuta e renova e transforma dia a dia.
De dia em dia esses grandes princípios envolvem, progridem e cambiam, na interpretação, aplicação e reprodução, que lhes constituem a vida real.  Não há decretos, que se não revoguem, nem decisões, que se não alterem, nem sentenças, que se não reformem, nem arestos, que se não cancelem, ou doutrinas, que não passem, lições, que não desmereçam, axiomas, que não caduquem.
Os textos, os códigos, as constituições, guardado o mesmo rosto e a mesma linguagem, na sua inteligência e ação continuamente se vão modificando: significam hoje o contrário do que ontem significavam; amanhã exprimirão coisa diversa da que hoje estão exprimindo;  e, neste contínuo acomodar-se às exigências das gerações sucessivas, tomam, sucessivamente, a cor das épocas, das escolas, dos homens, que os entendem, comentam ou executam.
De sorte que, na tribuna do legislador, na cadeira do lente, na banca do causídico, no pretório do juiz, a palavra, as mais das vezes, não faz senão registrar as mutações e alternativas, em que direis consistir a essência mesma de nosso pensamento e atividade.
Assim que, debaixo do céu, tudo obedece a essa eterna lei de transmutação incessante das coisas. Se  nihil sole novum, também poderíamos dizer que nihil sub sole constans. Se todo o mundo se compõe de contradições , dessas contradições é que resulta a harmonia do mundo.  Se das variações pode emanar o erro, sem as variações o erro não se corrige.  A boa filosofia é a de Joubert, quando nos aconselha que, se por amor da verdade, houvermos de cair em contradições, não vacilemos em nos expor a elas de corpo e alma. Se “a razão nunca está em contradição consigo mesma, quando segue as suas leis”, como dizia o honesto Julio Simon, a única espécie de contradição, de que o espírito terá receio, é a de se empedernir no erro, quando enxerga a verdade.
O homem não está em contradição consigo mesmo, senão quando o está com a sua natureza moral, que o ensina a considerar-se desonrado, quando atina com a verdade, e se obceca no erro. É assim que o nosso próprio organismo vive,mudando toda a hora, sem mudar nunca; porque da sua identidade realmente não muda, senão quando, quebradas as suas leis orgânicas pela doença ou pela morte, deixa de eliminar o que deve eliminar, e absorver o que lhe convém absorver.
Mas, se neste ir e vir contínuo e nesse incessante mudar giram todos os viventes, como todas as coisas, não haverá, talvez, nenhum domínio da vida, em que tanto suba de ponto a instabilidade, quanto nessas incomensuráveis regiões onde impera o direito, nas circunstâncias que o realizam, nos elementos que o definem, nas fórmulas que o regem, nas interpretações que o esclarecem, nas soluções que o aplicam. Por isto, não muda somente a jurisprudência nacional, com o variar dos tribunais, não muda só a de cada tribunal com a mudança de seus membros, senão também a de cada juiz, muitas vezes, na mesma causa, de um a outro julgamento, e não raras com toda a razão; pois justamente para isso é que a lei nos assegura, não só as apelações, de uma a outra instância, mas os embargos, decididos  pelo mesmo magistrado, a cuja sentença as opomos.
Pois, se a toga do magistrado não se deslustra, retratando-se dos seus despachos e sentenças, antes se relustra, desdizendo-se do sentenciado ou resolvido, quando se lhe antolha claro o engano, em que laborava, ou a injustiça, que cometeu, não compreendemos que caiba no senso comum dar em rosto a um jurista, ou a um advogado com o repúdio de uma opinião outrora abraçada.
E, se, como no caso, essa opinião era, não uma tese consagrada, mas uma novidade ainda imatura, se nem se sustentara com a tese do pleito, nem constituía argumento essencial numa demonstração, mas apenas a auxiliava, e lhe era acessória, óbvio parece que a ‘semrazão’ dobra e tresdobra em estranheza”.
Petrópolis, fevereiro de 1917
RUY BARBOSA
Ainda o RUY:
“O bom senso humano, em todos os tempos, tem reconhecido não ser lícito abandonar a sorte da lei comum e dos direitos por ela assegurados às contingências do julgamento por um só tribunal. Daí a concepção das instâncias, dos recursos e, especialmente, das apelações, destinadas a corrigirem, mediante segundo exame do caso em cada lide, os vícios, omissões e nulidades do processo, os erros, abusos e injustiças da sentença.
 ”Apellandi usus quam sit frequens quamque necessarius,nemo est qui nesciat, quippe cúm iniquitatem judicantium vel imperitiam recorrigat.”
(Fr. I D. de appellationibus, XLII I.)
Ninguém há, que não saiba, diz o fragmento do texto de Ulpiano incorporado neste lance das Pandecas, “ninguém há, que não saiba quão frequente e quão necessário é o uso de apelar, remédio que se criou para corrigir a iniquidade e reparar a perícia dos julgadores”.
Desta noção de justiça rudimentar só discrepou a grande matriz do nosso direito civil e do nosso direito judiciário, a jurisprudência romana, em outras épocas tenebrosas como as de Calígula, que vedou as apelações, e Nero, que as impediu (…)”.
Petrópolis, fevereiro de 1917
RUY BARBOSA
*A jornalista, para tornar a leitura acessível a todos, atualizou alguns termos para a linguagem mais corrente, como, por exemplo, trocar “empeceu” por “impediu”.
Vovó Briguilina: 
o que Joaquim Deus Barbosa responderia ao ínfimo Ruy Barbosa

Hildegard Angel: Mensalão não. Mentirão sim!


Venho, como cidadã, como jornalista, que há mais de 40 anos milita na imprensa de meu país, e como vítima direta do Estado Brasileiro em seu último período de exceção, quando me roubou três familiares, manifestar publicamente minha indignação e sobretudo minha decepção, meu constrangimento, meu desconforto, minha tristeza, perante o lamentável espetáculo que nosso Supremo Tribunal Federal ofereceu ao país e ao mundo, durante o julgamento da Ação Penal 470, apelidada de Mensalão, que eu pessoalmente chamo de Mentirão.

Mentirão porque é mentirosa desde sua origem, já que ficou provada ser fantasiosa a acusação do delator Roberto Jefferson de que havia um pagamento mensal de 30 dinheiros, isto é, 30 mil reais, aos parlamentares, para votarem os projetos do governo.

Mentira confirmada por cálculos matemáticos, que demonstraram não haver correlação de datas entre os saques do dinheiro no caixa do Banco Rural com as votações em plenário das reformas da Previdência e Tributária, que aliás tiveram votação maciça dos partidos da oposição. Mentirão, sim!

Isso me envergonhou, me entristeceu profundamente, fazendo-me baixar o olhar a cada vez que via, no monitor de minha TV, aquele espetáculo de capas parecendo medievais que se moviam, não com a pretendida altivez, mas gerando, em mim, em vez de segurança, temor, consternação, inspirando poder sem limite e até certa arrogância de alguns.

Eu, que já presenciara em tribunais de exceção, meu irmão, mesmo morto, ser julgado como se vivo estivesse, fiquei apavorada e decepcionada com meu país. Com este momento, que sei democrático, mas que esperava fosse mais.

Hotel das Cataratas local onde FHC teria apresentado as privatizações de Serra a empresários estrangeiros foi no sofisticado Hotel das Cataratas


O encontro onde FHC teria apresentado as privatizações de Serra a empresários estrangeiros foi no sofisticado Hotel das Cataratas
Um portal de Foz do Iguaçu, oClickfoz, confirmou junto ao Hotel das Cataratas que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso esteve presente em um evento fechado ontem à noite no hotel com a presença de vários estrangeiros.
Segundo o jornalista mineiro Laerte Braga, em seu blog, Brasil Mobilizado, o propósito do encontro seria apresentar a investidores estrangeiros oportunidades de negócios no Brasil, com a privatização de estatais brasileiras no caso de vitória de José Serra.
Ainda segundo Braga, FHC estaria assumindo com os empresários o compromisso de venda de empresas como a Petrobras, Banco do Brasil e Itaipu, em nome de José Serra.
“Cada um dos investidores recebeu uma pasta com dados sobre o Brasil, artigos de jornais nacionais e internacionais e descrição detalhada do que José FHC Serra vai vender se for eleito”, escreveu Laerte Braga. “E além disso os investidores estão sendo concitados a contribuir para a campanha de José FHC Serra, além de instados a pressionar seus parceiros brasileiros e a mídia privada a aumentar o tom da campanha contra Dilma Roussef.”
Ainda segundo o blog, FHC teria dito, logo após ser apresentado pelo organizador do evento Raphael Ekmann, que “se deixarmos passar a oportunidade agora jamais conseguiremos vender essas empresas.”
Raphael Ekmann, ex-gerente comercial da Globosat, é responsável por relações com investidores do Grupo de Investimentos Tarpon. Em 2006, este grupo fez uma oferta hostil para tentar comprar a Acesita, e em 2009, vendeu sua participação na siderúrgica para a Arcelor Mittal.
Braga cita a presença de outras pessoas, como Alice Handy, que vem a ser fundadora e presidente de um grupo privado de investimentos em Charlottesville, nos Estados Unidos, e de Anjum Hussain, diretor de gerenciamento de risco de outro fundo de investimentos que administra US$ 1,6 bilhão.
A jornalista Hildegard Angel afirmou em seu blog no R7, que “o fato é realmente grave e pode ser visto como um ato contra a soberania brasileira e seria importante tanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como o candidato José Serra virem a público esclarecer essa denúncia.”

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