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Privataria bolsoguediana


Apenas uma semana depois de ser autorizada a venda dos seus gasodutos a Petrobras anuncia a "descoberta" de poços de petróleos que num passe de mágica no mínimo dobra o valor do ativo. Foi entregue por 30 bilhões, agora vale 60.
Roubo é isso!

"As vezes caio, mas me levanto e sigo em frente, nunca desisto, porque a mão que me ampara não é a do cão, é a de Cristo"
Vida que segue...

O geito jenial tucano de roubar

No dia 6 de maio de 1997, o Farol de Alexandria, com o apoio vigilante do Padim Pade Cerra, vendeu a Companhia Vale do Rio Doce, por US 3,3 bilhões, financiados.

Dez anos depois, o valor de mercado da Vale era de US$ 160 bilhões – 60 vezes mais.

Dentro, tinha maior província mineral do mundo, descoberta por geólogos brasileiros, Carajás.

Mario Covas “vendeu” a Cosipa por R$ 300 milhões e absorveu as dívidas da empresa.

O tucano – ex-brizolista – Marcelo Alencar vendeu o Banerj por R$ 330 milhões depois de levantar  um empréstimo de R$ 3,3 bilhões – dez vezes mais !!! – para demitir funcionários e limpar as dividas do banco.

Cerra vendeu a Light e seus bueiros.

Reichstuhl criou a Petrobrax e, sob sua jestão, houve 62 acidentes graves na empresa, inclusive o afundamento da plataforma P-36 – o que contribuiu para difundir a imagem de uma empresa afundada, que precisava ser salva pela Chevron, como prefere o Cerra, no WikiLeaks.

(A Petrobrax ia ser fatiada em 40 pedaços, para ficar mais fácil vender. 

Como vai fazer agora, no México, com a PEMEX, o presidente do PRI, o Peña Nieto.

O México, como se sabe, incorporou-se definitivamente ao gigante do Norte.

Que é o que o FHC e o Celso Lafer, o dos sapatos, iam fazer com a ALCA, na “diplomacia da dependência”.)

FHC isentou as empresas que forneciam à Petrobras de imposto de importação e quebrou 5 mil fornecedoras.

A Dilma e a Graça Forster, no Governo do Nunca Dantes, recriaram a política do “conteúdo nacional”, que, agora, exige 65% de produto nacional – e portanto, emprego de brasileiros – para poder vender à Petrobras.

Estrelas que desmentem a tucademopiganalhada

ESTRELAS QUE DESMENTEM O PRIVATISMO
Eles não perdoam a autossuficiência alcançada em abril de 2006, quando a Petrobrás despejou óleo, soberania e eficiência pública na campanha midiática do impeachment contra Lula. Contorcem-se com a ressurreição do monopólio, embutida no novo marco regulador do pré-sal  - obra de Gabrielli, de Lula e de nacionalistas admiráveis, como Guilherme Estrela, diretor de produção e exploração que se aposenta agora da empresa. 

Nunca perdoarão os índices de nacionalização nas compras de equipamentos que transformaram o ciclo do pré-sal no maior impulso industrializante do país desde a era Vargas. 

Graça Foster, que assume agora a direção da estatal, para que Gabrielli possa disputar o governo da Bahia, recebe da mídia o mesmo tratamento pegajoso de salamaleques dirigidos antes a Dilma para atacar Lula. Sua competência dispensa genuflexões. Quem viveu na favela até aos 12 anos e chegou onde está não pede licença nem aval dos mercados. 

A verdade é que a rigorosa e austera Maria das Graças Foster, a exemplo de Gabrielli, Dilma, Estrela e tantos outros, protagoniza uma história sonegada pela mídia: são personagens de uma eficiência estatal que incomoda porque desmente a supremacia do privatismo e desautoriza o estigma contra o funcionário abnegado que engrandece o patrimônio público. 

Aos esquecidos é bom lembrar que faz parte dessa história as três estrelas que a nova presidente da Petrobrás tem tatuadas no antebraço esquerdo:duas delas vermelhas.

Ôopa! E lá vão os aeroportos...

Não concordo com a crítica. Mas que é uma charge grande...ninguém pode negar.
Compartilhem no Google +, Twitter e Facebook Obrigado!!!
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Aperto monetário non sense

por Alon Feurwerker

Está certíssimo o Banco Central quando recusa ouvir os conselhos para manter os juros lá em cima num quadro internacional de desaceleração, e que segundo a autoridade monetária deve caminhar para deflação.

E parabéns à presidente Dilma Rousseff por dar sustentação política ao BC nessa caminhada, contra as pressões por um aperto monetário nonsense, em cenário de grande ameaça ao crescimento econômico.

O Banco Central está fazendo agora o que deveria ter feito na passagem de 2008 para 2009.

Aproveitar a onda descendente e reduzir os juros. Para abrir espaço ao investimento e ao consumo privados. E para permitir que o governo faça política fiscal de maneira mais saudável. Gastando menos com juros.

Não tem lá grande efeito prático falar do passado, mas é bom que o BC ajude a colocar ponto final naquela polêmica de três anos atrás. E este colunista fica em situação confortável, por ter defendido então o que o BC faz agora.

Sem, entretanto, tirar o mérito de quem exigia uma coisa três anos atrás e exige outra hoje, radicalmente oposta. Pois ninguém é dono da verdade. E a flexibilidade para mudar -para melhor- é qualidade, não defeito.

Ainda que o quadro hoje seja muitíssimo menos propício do que era depois da quebra de 2008, quando a demanda caiu a zero e os governos reagiram com uma inundação de liquidez.

Ao que o então BC reagiu, por sua vez, advertindo sobre a ameaça de inflação importada por causa da momentânea desvalorização do real.

Mas agir é sempre preferível a resmungar, e o governo brasileiro desta vez está agindo.

O governo Dilma faz uma aposta corajosa.

Se lá na frente a inflação resistir, os de sempre vão colocar a culpa nos motivos de sempre. Vão exigir juros e mais juros.

Vão convenientemente esquecer da inflação dos preços administrados.

Vão esquecer, por exemplo, da indexação absurda nos contratos das concessionárias de serviços públicos, uma herança da privatização que até hoje ninguém teve peito para corrigir.

O PT está há uma década no poder, já ganhou três eleições falando mal da privatização. Mas mexer no vespeiro que é bom, nada.

Já que o governo Dilma parece tentado a romper com a herança maldita da submissão incondicional aos beneficiados pela ciranda financeira, não custa reacender a esperança de que possa ir além.

De que tome coragem para atacar as injustas e injustificadas relações de desigualdade entre os bancos e seus clientes. Injustiça que se traduz numa palavrinha inglesa: “spread”.

A diferença entre o que o banco paga de juros a quem poupa e o que cobra de quem lhe pede dinheiro emprestado.

Uma diferença que o Brasil calcula multiplicando por dez. O banco chega a cobrar pelo empréstimo dez vezes o que paga ao poupador. Se não for mais.

Isso sem contar as gordas tarifas.

Daí que nossos governantes possam passear pelo mundo cantarolando a saúde do sistema bancário brasileiro, quando na verdade somos todos vítimas de uma doença: a falta de crédito barato e de longo prazo para o cidadão comum.

O brasileiro que não tem amigos no governo e não tem acesso às diversas modalidades de juro subsidiado, especialmente no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Essa massa de gente paga duplamente o pato. Paga no spread abusivo cobrado pelos bancos. E paga nos impostos que o governo repassa ao BNDES para rodar a máquina.

Petrobras

Quem aumenta a gasolina são as usinas [ privadas ]
A Petrobras está divulgando uma nota que não podia ser mais esclarecedora:
” R$ 1,05. É esse o preço do litro da gasolina, sem adição de etanol, vendida pela Petrobras desde 2009. Em 9 de junho daquele ano,houve redução de 4,5%. Desde então, não ocorreu mais nenhuma alteração no preço da gasolina vendida às distribuidoras na porta das refinarias.”
Isso representa 28% do preço pelo qual vem sendo vendido o combustível. A empresa diz que o resto são 40% impostos (dos estados) e  e 11%margens de lucro dos distribuidores e postos (privados) e 22% o preço do álcool misturado à gasolina à razão de 25%.
Portanto, em 10 litros de combustível vendido – a R$ 3 o litro, no posto -  há 7,5 litros de gasolina, que custam R$ 7,88.  E 2,5 litros de álcool, que custam R$ 6,06.
O litro da gasolina (estatal) custa R$ 1,05 e o do álcool (privado) R$ 2,42.
Custava, há pouco mais de uma semana. Porque já está em R$ 2,72, segundo a cotação do mercado, hoje.
Reduzir a quantidade de álcool anidro (não é o mesmo que o hidratado, vendido nos postos) vai obrigar a Petrobras a importar, pois a nossa capacidade de refino de gasolina está esgotada e os investimentos da Petrobras em ampliar o número de refinarias – R$ 40 bilhões – são de maturação demorada.
Ou o Governo entra de sola sobre o setor alcooleiro ou leva a culpa que não tem pelo aumento dos combustíveis.
Enquanto isso as multis vão avançando sobre a indústria sucroalcooleira, dominando o processamento da cana.

Privatizar é isso

Um brasileiro residente em Dallas, nos Estados Unidos, percebeu que a sua conta de energia estava dando muito alta. E o que fez ele? Entrou na internet e lá identificou seis opções de operadoras, à livre escolha. Tinha fornecedora desde a energia eólica à energia nuclear. O usuário analisou uma a uma as opções disponíveis e escolheu a que se encaixaria melhor em seu orçamento doméstico.

Privatizar é isso 2
E o que precisou fazer? Preencher formulários? Encarar filas? Nada disso. Apenas um simples clic e a fornecedora foi trocada automaticamente.

Isso não é
Os tucanos, tão afoitos na venda do bem público, costumam acusar os que pensam diferente de serem "atrasados". Ora, qualquer pessoa com o mínimo de bom senso é favorável ao afastamento do governo de alguns setores da economia, porém não todos. Aliás, os tucanos querem o governo bem distante, menos quando buscam financiamentos oficiais a juros subsidiados.

Isso não é 2
Voltando ao setor elétrico, é oportuno lembrar o caso da Coelce, que foi privatizada pelo PSDB cearense . Se você se sente explorado pela companhia, e muitos se sentem mesmo, vai pra onde? Que opção nos deixaram os arautos da "modernidade"?

Dilma - Governo paulista prefere estrangeiros à Petrobras

 Dilma cobrou do adversário José Serra, a tentativa do governo de São Paulo de barrar a compra, pela Petrobras, da Gas Brasiliano, fornecedora de gás natural no interior do estado.
No debate entre os presidenciáveis promovido hoje pela Rede TV e o jornal Folha de São Paulo, Dilma lamentou que o governo de São Paulo tenha feito oposição à compra, embora a Petrobras tenha oferecido o melhor preço na disputa.
Segundo ela, o governo paulista recorreu ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra a operação, o que poderia beneficiar uma empresa japonesa. Serra não respondeu à pergunta.
“Não entendo. O preço oferecido pela Petrobras era maior. E a Petrobras é uma empresa que todos os estados gostariam de receber seus investimentos. Preferem uma empresa estrangeira a Petrobras. E falam que gostam muito da Petrobras”, disse Dilma.
Ela lembrou a tentativa do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de mudar o nome da empresa para Petrobrax. “Queriam tirar o brás, que é a coisa mais brasileira, para agradar o mercado internacional.”
O candidato José Serra também não respondeu se manteria as estatais Eletrobras, Chesf, Furnas, Eletrosul e Eletronorte fora do processo de privatização. Como ministro do Planejamento do governo do PSDB, ele assinou o decreto que previa a venda dessas empresas. Segundo Dilma, o racionamento de energia vivido pelo Brasil nos anos 90 decorreu da falta de investimentos pela Eletrobras, que estava na fila da desestatização.
“Quando as empresas entravam no processo de desestatização, ficaram paralisadas. Como seriam vendidas, não podiam investir”, explicou Dilma.
Acompanhe aqui a cobertura diária da campanha de Dilma pelo Twitter.


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O Riocentro da Petrobras

Em fevereiro de 2000, o jornalista Aloysio Biondi publicou um artigo relatando os planos dos tucanos para esquartejar a Petrobras. "No Brasil a estratégia de destruir a Petrobras está sendo posta em prática pela Agência Nacional de Petróleo, confiada ao genro do presidente Fernando Henrique Cardoso, o senhor David Zylhersztajn", relatou Biondi. Para tanto, relata ainda o jornalista, fatos de impacto estavam sendo usados para desmoralizar a empresa, mostrando-a incompetente e tentando jogar a sociedade contra ela. Algo parecido com o atentado do RioCentro, que a extrema direita planejou para inculpar as esquerdas e dificultar os planos de redemocratização do País. O texto permanece atual.
Aloysio Biondi, na Carta Maior (artigo publicado originalmente em 1° de fevereiro de 2000, na revista Bundas)
Primeiro, uma palavrinha aos incrédulos, ou crédulos. Na mesma semana em que a Petrobrás teve sua imagem destroçada com o vazamento na baía de Guanabara, lá longe, na Alemanha, o chanceler Schroeder pedia a criação de uma comissão independente para investigar a venda, em 1992, de uma refinaria da ex-Alemanha Oriental ao grupo estatal francês Alf-Aquitaine. Motivo: indícios de suborno e pagamento de propinas, da ordem de 45 milhões de dólares ao governo e ao próprio então chanceler democrata-cristão Helmut Kohl. E mais: tudo por ordem do ex-presidente socialista, francês, Miterrand. O episódio envolve países tidos como respeitáveis e líderes tidos como acima de qualquer suspeita até recentemente. Por isso mesmo, é um caso exemplar para relembrar aos brasileiros que a guerra secular para dominar ou garantir forte participação no setor petrolífero nunca terminou.
Assassinatos, golpes de Estado, invasão de países nunca foram descartados nesse conflito. Essas estratégias extremadas rarearam nos anos recentes, já que a "onda neoliberal" levou países de governos apátridas como o Brasil a começarem a entregar seu petróleo aos países ricos e suas multinacionais. No Brasil a estratégia de destruir a Petrobrás está sendo posta em prática pela Agência Nacional de Petróleo, confiada ao genro do presidente Fernando Henrique Cardoso, o senhor David Zylbersztain. Primeiro houve os leilões para "venda" de áreas petrolíferas descobertas pela Petrobrás realizados no ano passado, e com novos leilões marcados estes primeiros meses do ano. Recentemente Zylbersztain anunciou a venda de refinarias, oleodutos, gasodutos, postos de gasolina da Petrobrás – sob os argumentos mais cretinos do mundo.
A esta altura, porém, o clima de apatia em relação às privatizações sofreu substancial modificação, pela série de motivos que todos conhecem: desde os bloqueios nas rodovias à época das chuvas do começo do ano, à crise militar provocada pela tentativa de transferir o controle das indústria de aviões Embraer, estatal privatizada para grupos franceses. Diante dessa "virada", nada melhor do que um fato de impacto para desmoralizar a Petrobras, jogar a sociedade contra ela, mostrá-la incompetente, indiferente à população. Algo parecido com o atentado do RioCentro, que a extrema direita planejou para inculpar as esquerdas e dificultar os planos de redemocratização do País. As circunstâncias que cercam o vazamento de petróleo mostram a necessidade de uma investigação independente, a cargo do Ministério Público.
Eis os principais "mistérios" a elucidar:
Pressão – o bombeamento começou à 1h00 da madrugada. Com o "rombo" no oleoduto, a quase totalidade do petróleo começou a ser despejada no mar. Logicamente, a pressão que o petróleo, fluindo, exerce sobre as tubulações (como a água no encanamento de uma casa) caiu, no trecho situado do rombo em diante. A alta direção da Petrobrás diz que a queda de pressão não foi detectada por um defeito do programa do computador, dando a impressão de que esse sistema é altamente refinado, moderno. Ora, sistemas para medir e controlar a pressão existem há séculos. Até as locomotivas Maria Fumaça tinham obviamente pequenos aparelhinhos, "reloginhos" para mostrar o nível da pressão nas caldeiras de vapor para evitar explosões. Os dispositivos de controle de pressão existem tanto no ponto de partida do oleoduto, como no ponto de chegada, junto aos tanques de armazenamento. Pergunta: os dois sistemas, nas duas pontas, falharam?
Combustível – para o motorista saber se o tanque de seu veículo está cheio ou precisa ser reabastecido, qualquer automóvel, caminhão, trator dispõe, desde priscas eras, do marcador do nível de combustível. Óbvio que tanques gigantescos para armazenagem de combustível, como os da Petrobrás, igualmente dispõe desses marcadores, para possibilitar o controle do nível armazenado – e para detectar vazamentos eventuais. Não funcionaram, também?
Demora – diz a direção da Petrobrás que um técnico "desconfiou" de algo errado por volta das 3 horas da madrugada. Mas o bombeamento, segundo ela própria, prosseguiu até às 5h30.
É nesse ponto, exatamente, que se reforça a suspeição de que tudo foi feito para ampliar ao máximo possível os estragos devastadores do vazamento, garantindo assim sua presença durante dias e dias nas manchetes dos jornais e, principalmente na televisão, para desmoralização total da Petrobrás. Além de prolongar o vazamento, a alta direção da Petrobrás retardou sempre todas e quaisquer medidas corretivas:
Mutirão – até prédios com grande movimentação de pessoas, hoje, têm "brigadas contra incêndio", planos de emergência para sinistros. Empresas como a Petrobrás, que lidam com material combustível e explosivo, obviamente sempre tiveram um e outro. Além da refinaria, a Petrobrás tem oleodutos, gasodutos, campos de poços de petróleo no Estado do Rio. Tem equipes de segurança, "brigadas" nesses locais. Por que, ao tomar conhecimento do desastre – às 5h30 o bombeamento foi suspenso- todo esse pessoal não foi mobilizado para reduzir os efeitos do acidente?
Enganação – aqui é preciso ressaltar que a direção da Petrobrás induziu os meios de comunicação a aceitarem uma explicação falsa para o problema que, mais uma vez, desmoraliza a empresa. Na versão oficial, tudo aconteceu porque ela "não tem uma política para o meio ambiente". Que fosse. Mas esse é um argumento sem vergonha; o que evita desastres é a política de segurança da empresa. E, essa, a Petrobrás sempre foi forçada a ter. Por que ela não foi posta em prática?
Ocultação – a direção da Petrobrás deveria ter estabelecido comunicação com os governos do Estado e municípios para um "mutirão ampliado" (participação do Corpo de Bombeiros, etc.) e mobilização da sociedade. Mas o fato somente foi revelado à imprensa já à noite – dando tempo, mais uma vez, para que os efeitos do desastre fossem irreversíveis.
Contenção – para a mancha de petróleo não se deslocar no mar, há o recurso das redes de bóias, que absorvem e contêm o produto. Ela não foi utilizada no primeiro dia. Por que? Depois, verificou-se que o material disponível era suficiente. Demorou-se para tomar a decisão de importar um reforço que uma semana depois ainda não tinha chegado.
O acidente - finalmente, cabe investigar as causas do acidente. Segundo técnicos da Petrobrás, em entrevista à imprensa, houve um "deslocamento do terreno" em que o oleoduto estava assentado, e ele se rompeu. Por que não se pode aceitar a explicação? Para explorar petróleo no fundo do mar, realmente a Petrobrás teve que desenvolver técnicas sofisticadíssimas, inclusive, a "invenção" de metais novos, que "combinem" duas qualidades (em linguagem de leigo precisam ser "fortes" para resistir a correntes submarinas, ondas, ventos – mas também precisam de flexibilidade (molecular) para não quebrarem diante de pressões exageradas ou deslocamentos de terreno. Poucos brasileiros sabem, mas a Petrobrás é campeã mundial, premiada por instituições internacionais, como líder absoluta na exploração de petróleo no fundo do mar, graças à técnicas que tem desenvolvido desde meados dos anos 60. Agora, a direção da Petrobrás alega que o oleoduto se rompeu porque o terreno ali é de tipo diferente, de "calcáreo", e sofreu um grande deslocamento para o qual os materiais do oleoduto não eram adequados. Santa desculpa. As grandes descobertas da Petrobrás no litoral do Rio se devem exatamente às técnicas de perfuração do "calcáreo". Há 25 anos, a Petrobrás opera ali, conhece o "calcáreo". E o oleoduto foi construído há apenas dez anos.
Um incrédulo rejeitará a hipótese de que a incrível extensão do desastre ecológico tenha sido planejada. Aos incrédulos é bom lembrar que tampouco os cidadãos alemães e franceses suspeitavam de Kohl e Miterrand. Como parecia inverossímil que o atentado do RioCentro fosse um plano militar. Somente o Ministério Público pode dar uma resposta aos crédulos. E impedir o esquartejamento da Petrobrás.
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Oposição incompetente

Vamos combinar que temos uma das oposições mais incompetentes da história da República.

Derrotados em 2002, os tucanos ficaram acuados, envergonhados das conquistas dos oito anos de mandato de Fernando Henrique, vestiram a carapuça de "vendedores do patrimônio do povo brasileiro", não souberam honrar o legado que receberam, não souberam popularizar as conquistas do Plano Real, do telefone celular, da Bolsa-Escola.
Durante o escândalo do mensalão, não quiseram sujar os punhos de renda e esperaram que a imprensa fizesse o trabalho que era da oposição. Estavam certos de que a presidência da República lhes cairia no colo por gravidade.
Mas, ao contrário do que pensam certos áulicos do lulismo, a imprensa não é um partido político, e seu papel não é substituir a oposição.
Nem com a derrota de 2006 aprenderam a fazer oposição. Resultado, chegaram a 2010 como sempre: divididos, erráticos, sem projeto e sem proposta.
A campanha tucana é ruim, o slogan O Brasil pode mais precisa vir acompanhado de explicação.
A escolha do vice foi uma história de horrores, para terminar na solução mais inadequada que se pode imaginar. O vice escolhido não agregou um único voto.
Lucia Hipollito

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Serra 1001 caras

Mil e uma caras e bolsos para encher com os dinheiro das privatarias patrocinadas pelo Serra
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Afirmo e reafirmo

Carta que Sérgio Gabrielle [presidente da petrobras enviou a Miriam Leitoa]

Miriam,


Respeito profundamente o direito de opinião, divergências e controvérsias. Justamente por isso, em relação à sua coluna de hoje, em que sou chamado de lunático e negligente com as funções de Presidente da Petrobras, acusando-me de atuar exclusivamente de forma política eleitoral, gostaria de convidá-la para um debate dos méritos de minhas afirmações, além dos adjetivos.


Vamos aos fatos:


Afirmei que a área exploratória da Petrobras estava sendo reduzida por limitações na ação da empresa na aquisição de novos blocos de exploração e que isso seria mortal para uma empresa que vive do crescimento orgânico de suas reservas, principalmente através de novas descobertas. Disse e reafirmo que isso mataria a Companhia por inanição se essa política não fosse revertida, como o CA e a Diretoria da empresa assim o fizeram a partir de 2003.


Afirmei e reafirmo que os investimentos em refino estavam limitados por decisões estratégicas à época do presidente FHC. Considerado negócio de baixa rentabilidade, o refino no governo FHC teve estímulo para parcerias para ser desmembrado para potencial venda de suas partes. Essa visão foi revertida com o presidente Lula. Consideramos que a integração da produção de petróleo e o refino é fundamental para o fortalecimento da Petrobras, que tem mais de 85% de suas receitas provenientes das vendas de derivados de petróleo ao mercado brasileiro. No sistema integrado, a maior parte do refino pertence à Petrobras e, portanto, o crescimento desse mercado é estratégico para o desenvolvimento e sustentabilidade da própria Companhia. Revertemos o ciclo de estagnação do investimento em refino e planejamos construir cinco novas refinarias nos próximo s anos.


Afirmei e reafirmo que a Engenharia e o sistema de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa (principalmente o Cenpes) estavam inibidos no seu crescimento por uma falsa ilusão de que o mercado poderia fornecer as soluções tecnológicas necessárias para enfrentar os desafios de uma atividade como a nossa, na qual o conhecimento é vital para a sustentabilidade do crescimento. Felizmente, essa política também foi revertida desde os tempos de José Eduardo Dutra na Presidência da Petrobras, com o reerguimento da importância da engenharia e da pesquisa desenvolvidos internamente, o que impediu a continuidade de mais um elemento da morte por inanição que a orientação da DE anterior levaria a empresa.


Afirmei e reafirmo que parte dos programas de termoelétricas era extremamente nocivo à Petrobras. Inquestionável que todos os ônus ficavam com a Petrobras e os benefícios eram repassados para os sócios privados. A Diretoria dos últimos oito anos reverteu esse processo e as termoelétricas hoje apresentam riscos e benefícios justos para a empresa que investiu na construção de um importante parque gerador no País.


Afirmei e reafirmo a ausência da Petrobras na área dos biocombustíveis. A Petrobras Biocombustível é a prova do sucesso da reversão dessa política.


Afirmei e reafirmo que a exacerbação do conceito de unidades de negócio, como forma básica de organização da empresa, levaria a uma perda de sinergia do sistema corporativo, fragmentando sua ação, criando condições para a repartição do sistema em unidades isoladas mais facilmente privatizáveis. A Diretoria da Petrobras nos últimos oito anos fortaleceu o sistema, em lugar das partes, enfatizou a atuação sistêmica e agora avança na separação das unidades de operação dos ativos em relação às unidades que são responsáveis pela implantação dos novos projetos, uma vez que a empresa aumentou exponencialmente seus investimentos.


Afirmei e reafirmo que o regime de concessões aplicado a áreas de baixo risco exploratório, como é o Pré-Sal brasileiro, implica maior parcela da renda petroleira às empresas que aí investirem. Defendo que o regime de partilha de produção para esses casos permite uma melhor repartição dessa renda futura com o Estado e, portanto, é socialmente mais justa. Nesse sentido, a defesa do regime atual para as áreas do Pré-Sal é, em certa medida, a defesa de sua privatização sim.


Esses foram meus argumentos. Poderia ter falado da preparação para a privatização das fábricas de fertilizantes (Fafens), da política ofensiva aos movimentos sindicais dos petroleiros, da internacionalização equivocada, das políticas de patrocínios sociais, culturais e ambientais sem critérios e sem transparência, e outras ações que indicavam a orientação do governo do presidente FHC para preparar a privatização da empresa.


Você pode discordar de cada ponto por mim tratado, mas não pode desqualificar apenas com adjetivos e contextualização exclusivamente eleitoral. O que discuti foram pontos relevantes para a gestão da maior empresa brasileira e uma das maiores do mundo, que tem desafios gigantescos para implementar um dos maiores programas de investimento do planeta.


Miriam, a defesa do fortalecimento da Petrobras não pode ser classificado como negligência em relação às tarefas do seu presidente. Ao contrário, defender esses princípios é parte inerente e importante da função que exerço.


Muito obrigado.

Jose Sergio Gabrielli de Azevedo


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Essa gente quer vender o Brasil





No momento em que o tema das privatizações volta ao debate público, vale a pena reler o que Darcy Ribeiro falou sobre a venda da Vale do Rio Doce, em 10 de janeiro de 1997, um mês antes de morrer. 

A Vale acabou sendo privatizada no governo FHC por insistência do então ministro do Planejamento, José Serra. 



Pré-sal: Proposta que muda regime de produção e exploração é o principal alvo do bloco PSDB-DEM)

Tucano reitera sua posição contra a Petrobras ser operadora do pré-sal e o Estado proprietário desta riqueza. Se isto não é ser a favor da privatização do pré-sal, é o que?...

Posição de David Zylberstajn coincide com as propostas das grandes empresas petrolíferas
David Zylberstajn, o assessor técnico para a área de energia da campanha do candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, emitiu comunicado desmentindo sua qualidade de assessor. Ele acusa Dilma de inverdade. Sua condição de assessor porém, foi noticiada em 6 de outubro em entrevista de Zylberstajn ao jornal VALOR. Só no dia 12 de outubro ele decidiu desmentir. Foi como assessor e até conselheiro do candidato Serra, que Zylberstajn falou ao VALOR. A matéria de VALOR levava como título“Assessor sugere modelo antigo para pré-sal” e foi realizada pela jornalista Juliana Ennes, do VALOR. Ela começava assim:
“David Zylberstajn, assessor técnico para a área de energia da campanha do candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, disse ontem que aconselha o candidato a desistir da proposta do atual governo de modificar o modelo de concessão de campos de petróleo para o modelo de partilha, no caso dos blocos do pré-sal” (verAssessor de José Serra sugere revogar o atual marco regulatório para o pré-sal).
Assessor e conselheiro, foi assim apresentado e não foi desmentido. Por tanto, a acusação agora que Dilma falou uma inverdade sobre sua condição de assessor só pode se explicar pela vontade de proteger o candidato Serra das posições defendidas por David Zylberstajn. Posições estas, diga-se de passagem, defendidas por vários tenores da oposição durante o debate do pré-sal no Congresso.
Por exemplo, “O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) sinalizou ontem que é hora de a oposição subir o tom em relação às propostas para o novo marco regulatório do pré-sal. Em sua apresentação no Debate Estadão “O Futuro do Pré-Sal”, Jereissati fez coro às críticas das petroleiras privadas contra a exclusividade de operação da Petrobrás e alertou para riscos a outros setores da indústria (Estadão 1/10/2009 -Jereissati (PSDB) faz coro às críticas das petroleiras privadas contra a exclusividade de operação da Petrobrás).
PSDB e DEM, como Zylberstajn, manifestaram sua oposição com igual força.“Somos contra o regime de partilha por duas razões: ele é inconstitucional e pela defesa que nos cabe fazer do modelo atual: o regime de concessão fortaleceu a Petrobras”, diz Rodrigo Maia. “Fortaleceu as empresas e permitiu que elas investissem no setor sem excluir o Estado. É um modelo nem liberal, nem estatizante. É híbrido”, acrescentou” (Valor – 28/9/2009 - Pré-sal: Proposta que muda regime de produção e exploração é o principal alvo do bloco PSDB-DEM).
“A previsão legal de um monopólio ou reserva de mercado para a Petrobrás não se justifica em hipótese alguma”, afirmou o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) na justificativa de uma das emendas ao projeto que estabelece o modelo de partilha de produção” (Estadão 22/9/2009 - Oposição ataca monopólio da Petrobrás no pré-sal).
Em 18 de setembro 2009, Folha revelou que os deputados José Carlos Aleluia (DEM-BA), Eduardo Sciarra (DEM-PR) e Eduardo Gomes (PSDB-TO) apresentaram separadamente emendas ao projeto do governo Lula, com textos idênticos. E depois surgiram novas emendas “clonadas”, assinadas pelos deputados José Aníbal (PSDB-SP) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS), assim como Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM na época, e Arnaldo Jardim (PPS-SP). Segundo a Folha, “Teor das propostas coincide com posição de grandes petrolíferas; deputados admitem que seguiram orientação do setor”(Folha - Oposição “clona” emenda de petrolíferas. Teor das propostas coincide com posição de grandes petrolíferas).
Agora novamente, Zylberstajn reitera, no seu comunicado de ontem, sua oposição ao controle estatal do petróleo e gás do pré-sal e também à designação da Petrobras como operadora obrigatória da exploração dessa riqueza. Na entrevista ao VALOR, que Zylberstajn esquece de mencionar no seu comunicado, ele já apregoava voltar ao sistema de concessão onde o petróleo pertence às empresas e o Estado recebe uma taxa sobre sua exploração. Ele até alertava para o custo político de entregar o pré-sal para as empresas petrolíferas. Segundo VALOR, “Ele lembrou, no entanto, que o custo político da decisão é somente o candidato quem pode avaliar e é isso que deve nortear a decisão final de se adotar ou não o modelo de partilha no pré-sal”.
Para entender o debate sobre concessão e partilha, digamos resumidamente que o sistema vigente introduzido por FHC na exploração do petróleo era o da concessão. Nele a empresa fica proprietária do petróleo que descobrisse nas prospecções e a ela concedido em propriedade, devendo pagar pela concessão. Quando foi descoberto o pré-sal, o governo Lula suspendeu a lei para os campos do pré-sal e elaborou um novo marco regulatório que faz do pré-sal uma riqueza propriedade do povo brasileiro, gerido pelo Estado e outorga a Petrobras o papel de operador obrigatório na extração e exploração.
Zylberstajn pretende que a manutenção do sistema de concessão, fora do pré-sal, seria a prova da má-fé do PT e de sua candidata. Acontece que o governo Lula respeita os contratos e não considerou oportuno se engajar em um processo com resultados incertos que revertessem algumas das privatizações realizadas pelos governo que o precederam. Fora o fato do PT não ser a priori contrario a certas privatizações quando o interesse nacional e público assim o exigem. No caso específico, quando a dimensão da descoberta do pré-sal e seu potencial como passaporte para o futuro da nação ficaram em evidência, o governo Lula assumiu a responsabilidade de sustar o sistema de concessões privilegiado pelos tucanos e defender a propriedade estatal sobre o petróleo do pré-sal. A proposta de Zylberstajn é de reverter isto e privatizar essa riqueza, voltando ao sistema anterior por eles implementado.
Exatamente como Dilma Rousseff denunciou no debate da Band.
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