Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

Massacre em Realengo

Os sinos dobram por nós

A tragédia de Realengo, de forma particularmente perversa, nos fez ingressar na modernidade.

Nas duas grandes guerras do século passado – sendo que a última terminou há apenas 66 anos – as nações mais adiantadas do mundo, mais desenvolvidas, mais sofisticadas, berços de nossa cultura, se entregaram às maiores barbaridades.
De lá para cá, as coisas mudaram. Houve um tempo de conflitos locais, mas ordem universal.
Assim foi até recentemente, até 2001, quando o mundo mudou para sempre – e nós ainda só o víamos de longe. 
Mas agora, enfim, estamos em dia com a loucura dos tempos modernos.

Brasileiro inocente foi assassinado no metrô londrino por homens da polícia mais civilizada, a Scotland Yard.
Não se pode mais cantar, como em London, London, que “um grupo se aproxima de um policial, e ele parece tão satisfeito por agradá-los”... isso eram os anos setenta.
Depois, prédios urbanos são derrubados por aviões conduzidos por suicidas, estações de metrô explodem, estudantes são chacinados em escolas e universidades, populações africanas são massacradas, cidades ardem em chamas na Irlanda e assim por diante.
Grandes potências, com boas ou más razões, dizimam vidas e iniciam conflitos que depois não conseguem fazer cessar. A internet universaliza o Osama Bin Laden, o terrorismo nos obriga a tirar os sapatos nos aeroportos e a intranqüilidade passou a imperar.
Mas ainda aí tudo isso era remoto, e pensávamos estar imunes a essa loucura.
Nossa violência era outra, mais racional: as milícias impunham uma ordem – podia não ser a de que falam os códigos compendiados, mas uma ordem local, aceita mas não escrita.
E a bandidagem, como a safadeza dos políticos, cabia na ordem geral das coisas.
Até que, numa escola do subúrbio, a modernidade surgiu com um louco armado agindo como agem os loucos “lá fora”... e crianças caem mortas por tiros a esmo.
Não é mais um tiro isolado que mata uma menina numa estação de metrô na Tijuca, ou a bala perdida que encontra alguém. É massacre deliberado, planejado e executado.
Não adianta buscar as causas, nem reclamar que isso faltou, ou aquilo deixou de ser feito ou existir, ou que houve exagero naquilo outro. A tragédia de Realengo não tem origem certa, nem culpados definidos. Ela está no ar que respiramos no planeta.
Diante dela só mesmo lembrando o que disse o poeta John Donne:
“A morte de qualquer ser humano me diminui, pois estou envolto na humanidade; por isso nunca pergunte por quem dobram os sinos, pois eles dobram por você”.

Edgar Flexa Ribeiro é educador, radialista e presidente da Associação Brasileira de Educação

Arte

A artista plástica e orientadora de arte, denise saboia, apresenta seu espaço de criação. a partir do barro e de materiais que seriam inutilizados, ela faz a mutação de elementos da natureza para objetos funcionais e de decoração

Ao passar pela estreita Rua Sabino Pires, na Aldeota, é praticamente impossível não perceber a beleza do Atelier Vila Arte. Com uma mandala de mosaico na entrada e um sino como campainha, a delicadeza do espaço logo se destaca em meio às cores neutras e aos elementos comuns ao redor.

Também, não é para menos! Ao adentrar o universo de criação da artista plástica e orientadora de arte, Denise Saboia, nos deparamos com a transformação e a reutilização requintada da natureza. Afinal, do barro chega-se à cerâmica e de chifres, ossos e cocos obtêm-se pastilhas para decoração. "O barro cozido se transforma em cerâmica. Muitos pensam que é só modelar", explica. Isso porque, como detalha, o trabalho não acaba após a peça moldada. Em seguida, há ainda o processo de esmaltação, também chamado de vitrificação.

Ele consiste no acabamento do objeto com esmalte, que pode variar em até 78 cores, além de serem acetinados, foscos ou translúcidos. Fora isso, soma-se aos tons da argila que, só no Brasil, existem 360 diferentes.

"Até a posição em que se coloca a peça crua no forno muda a cor, podendo ficar mais clara ou escura. A umidade do ar também interfere. Por isso, nunca uma obra é igual a outra e não depende do seu tempo, mas do tempo da peça", ensina.

Assim, com a cerâmica, relógios, vasos, xícaras, copos, pires, bules, tigelas, copos e fruteiras, porta-lápis, entre outros, ganham formas, tornando-se charmosos adornos e, melhor, com utilidade.

"É interessante quando se pega a matéria-prima bruta e damos uma forma, uma função. É o poder que a cerâmica dá". Outra especialidade de Denise é reaproveitar materiais. Como exemplo, a artista cita a técnica das pastilhas, em que cocos, ossos ou chifres são transformados em adornos.

Todo essa relação com a arte não foi acaso. Conforme Denise, desde pequena, acompanhava o trabalho do avô, que era restaurador de igrejas no Rio de Janeiro.

Tanto que fez cursos de pintura em tela, porcelana, dentre outros, até se decidir. Quando saiu do Rio e veio morar em Fortaleza, há 24 anos, não deu outra. Logo montou o ateliê para ensinar a criar e transformar a natureza.No próximo dia 1º de maio, entraremos no Ateliê de vidros.

Fique por dentro
Opções para decorar

O caderno Eva continua, hoje, a série de reportagens "Visita ao Ateliê". Há 15 dias, revelamos as diversas opções de luminárias, colchas e almofadas para decoração produzidas no Atlelier João e Hélia Ellery. Desta vez, conhecemos o espaço de criação da artista plástica Denise Saboia que, a partir do aproveitamento de elementos naturais, cria verdadeiras obras de arte. Quinzenalmente, o Eva apresentará o resultado das visitas realizadas a 10 ateliês, na Capital. Em cada edição, as peças, a matéria-prima e as histórias dos artistas serão desvendadas para os leitores.

MAIS INFORMAÇÕES

Atelier Vila Arte:

Rua Sabino Pires, 53, Aldeota
Telefone: (85) 3261.4061

JANINE MAIA

Cordel Encantado

Clipe de lançamento

Reforma política

Lula comandará bloco aliados
Quatro meses depois de deixar o governo e se dedicar a viagens internacionais e palestras remuneradas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começa hoje a colocar a "mão na massa" da política nacional.
Ele se reúne à tarde em São Paulo com parlamentares e dirigentes do PT para definir sua participação na reforma política. O papel do ex-presidente seria articular partidos aliados em torno das propostas petistas e costurar a mobilização das centrais sindicais.
Como Lula é respeitado não só na Central Única dos Trabalhadores como na Força Sindical, uma campanha pela reforma política poderia unir as centrais, hoje em rota de colisão.

A preocupação

“A preocupação é como a cadeira de balanço: mantém você ocupado, porém, não o leva a lugar algum.”

Conta-se que um doente de um hospital psiquiátrico permanecia com o ouvido encostado na parede. A enfermeira, um dia, perguntou-lhe: que você está fazendo aí?

Silêncio! Cochichou o doente, acenando para que a enfermeira também encostasse o ouvido na parede. A enfermeira concordou e permaneceu ali durante uns minutos, prestando atenção:

Não estou ouvindo nada, ela disse.

Eu também não, replicou o doente com a testa franzida. É assim o dia inteiro!

As pessoas que se preocupam com cada detalhe de sua vida são como este paciente. Umas se preocupam com o que poderia ter sido dito, outras com o que foi dito. Algumas se preocupam com o que poderia acontecer. Outras com o que não aconteceu, mas deveria ter acontecido. Há ainda as que se preocupam com o futuro.

Com quem será que vou me casar? Até que idade vou viver? Será que um dia meu marido (ou esposa) me trairá? Outras se afligem com o que fizeram no passado e com as conseqüências disto.

Deus não nos criou para termos uma vida que é um fardo, Ele quer que tenhamos vida abundante, tanto na mente, como no corpo e no espírito. Assim como uma flor, fomos criados para florescer, e não para murchar na videira.

por Brizola Neto

Um sistema autofágico ameaça os EUA. E o mundo.


Mais cedo ou mais tarde, isso ia acontecer. E aconteceu, hoje, com o rebaixamento para “negativa” pela agência Standard & Poor’s  da classificação de risco dos títulos do Tesouro dos EUA.
É, como dizia uma velha música de Geraldo Vandré, “a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar”.
Os EUA praticam tudo ao inverso do que ditam como regra aos países em desenvolvimento: déficit orçamentário, déficit comercial e taxas de juros muito baixas. E se financiam emitindo papéis em sua própria moeda , o dólar. Por que? Porque o dólar, desde a Conferência de Breton Woods, no final da 2ª Guerra, tornou-se o padrão internacional de valor, substituindo o ouro e a libra esterlina, referências até antes de o conflito mundial detonar a ordem econômica do início do século.
E quem compra os papéis do Tesouro americano, com seus juros baixinhos, em troca da segurança que oferecem? Ora, ora, ora… Nós, os países em desenvolvimento, que precisamos capitalizar nossas reservas em segurança, porque não podemos imprimir “dinheiro mundial”, como eles.
A China é  principal detentora da dívida americana, somando  quase  US$  1 trilhão em Treasuries Bonds. O Japão, é o segundo maior credor dos Estados Unidos, logo abaixo da China. Depois vêm os ingleses, o conjunto de países árabes e, em quinto, o Brasil, que segue uma trajetória inversa á dos demais Brics:  aumentou o total investido em dívida do Tesouro americano em 8 %, para US$ 197,6 bilhões, nos três meses até janeiro deste, enquanto a Rússia reduziu em 21 % e a China em 1,8 %.
O efeito de um rebaixamento do “rating” dos títulos da dívida pública americana, se for seguido pelos demais classificadores do mercado, pode ser devastador.Ontem, o ex-presidente do Fed (uma espécie de presidente eterno, para os analistas) grito pelo aumento de impostos internos, pedindo que voltem aos níveis do Governo Clinton, depois dos cortes tributários promovidos por Bush.
Mas  os perigos não apenas para os Estados Unidos, que não vêem, no curto prazo, uma perspectiva de desvalorização de suas letras como aconteceu na crise de 2008. São para todo o mundo, porque o melhor remédio para captar recursos com títulos do Tesouro dos EUA é a chamada “aversão ao risco”, que ocorre em meio às crises globais da economia.É um movimento que leva os capitais para os EUA e valoriza a moeda americana.
O movimento, nos últimos tempos, tem sido o inverso, com os juros baixos dos EUA fazendo o mundo inundar-se de dólares. Mas uma crise pode virar isso, como fez em 2008.
E crise é como incêndio em palha seca, numa economia presa a alavancagens absurdas de capital, onde o lastro em valor real é várias vezes menor do que o capital “virtual” que governa as relações econômicas.

Você é rica ou pobre?

Você é uma pessoa que se considera rica ou pobre? Como você mensura a riqueza? Pelo tamanho da mansão? Pelo carro do ano? Pelas roupas importadas? Pela possibilidade de viagens internacionais de longo período?

Ou você é daqueles que considera a saúde, a harmonia no lar como itens de imensa riqueza?

Certa vez, um pai de família muito rico resolveu levar seu filho em uma viagem para o interior. O seu propósito era mostrar quanto as pessoas podiam ser pobres.

Consequentemente, como eles eram ricos.
Planejou tudo com cuidado e escolheu a fazenda de uma família que ele considerava muito pobre. Passaram um dia e uma noite com eles.

No retorno da viagem, em um carro último tipo, brilhante, motor poderoso, o pai orgulhoso pergunta ao filho:
Como foi a viagem?
Muito boa, papai!
Você viu como as pessoas podem ser pobres? Continuou a perguntar o pai.

Sim, respondeu o garoto.
Ante respostas tão curtas, o pai finalmente questionou:
Mas, afinal, o que você aprendeu?
Agora, com entusiasmo, respondeu o menino:

Muita coisa, pai. Eu aprendi que nós só temos um cachorro de pelo lustroso, gordo e orgulhoso, como nós, que fica olhando os que chegam como se fossem de outro mundo, com ar de superioridade.

Mas eles têm quatro cachorros, super amigos. Mal cheguei e já estavam rolando comigo pelo chão, correndo atrás de mim, me fazendo subir em árvores e pular cercas.

Recebem os amigos dos seus donos abanando a cauda, latindo festivos e lambendo as mãos.

Nós temos uma piscina enorme, que vai até o meio do jardim. E que permanece a maior parte do tempo vazia porque selecionamos demais aqueles que devem entrar nela ou ficar ao redor dela, brincando.

Mas eles, aqueles meninos, têm um riacho de água corrente que não tem fim. A água é cristalina, corre por entre pedras, inventa mil curvas pelo caminho e ainda tem peixes.

Nós temos uma varanda coberta e iluminada com luz, com cadeiras especiais, mesas e adornos.

Eles têm a lua e as estrelas. Deitam no tapete aveludado da grama e por mais que fiquem contando os astros no céu, não conseguem terminar a conta.

Além do que, a lua e as estrelas deles iluminam a estrada, todo o caminho que outros tantos também passam.

O nosso quintal, pai, vai até o portão de entrada e está protegido com muros, grades fortes e altas. Eles têm uma floresta inteira, cheia de animais diferentes e de surpresas.

Quando entram nela, não sabem se toparão com um veado assustado, uma coruja sonolenta ou pássaros cantantes.

E ante o assombro do pai, ainda arrematou:

Obrigado, pai, por me mostrar o quanto nós somos pobres!

Existem tesouros inumeráveis, no mundo, que desfrutamos sem sequer nos mostrarmos agradecidos ao dono de tudo que é Deus.

Subimos serras, entramos no mar e nos maravilhamos com as suas cores, seu vigor, a riqueza das flores e dos animais.

Viajamos através de estradas respirando o ar puro das árvores que se ergueram há séculos e sustentam o frescor do verde da primavera que apenas despertou.

Refrescamo-nos nos rios de água cristalina, saciamos a sede em fontes naturais, límpidas, desfrutamos do sol, do ar.

É um mundo grandioso de tesouros que se sucede, sem parar.

Somos verdadeiramente pessoas muito ricas. Para completar a nossa riqueza, somente nos falta a virtude da gratidão de erguer o coração em prece e louvar ao Pai de todos nós, pela distribuição farta que nos oferece todos os dias.

por Ricardo Noblat

A encruzilhada de Aécio

É dura a vida de um homem público. Qualquer deslize pode estragar sua biografia. Um grave deslize pode ser fatal para suas ambições.
O que ocorreu ontem de madrugada no Rio, com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), deveria lhe servir de dura advertência.
Ele foi detido por policiais dirigindo seu carro com a carteira de motorista vencida. E convidado a se submeter ao teste do bafômetro, recusou-se.
Um homem público da estatura dele tem obrigação de circular com documentos em dia.
Pior foi a recusa em ser testado para comprovar ou não que bebera além da conta.
Se estivesse sóbrio não se recusaria.
Aécio aspira ser candidato a presidente da República. Tentou ser no ano passado - não deu.
Tentará em 2014. Se perder, no problem. É jovem. Seu mandato de senador só terminará em 2018. Novamente poderá tentar se eleger.
Mas para ser candidato daqui a quatro ou oito anos, Aécio terá de mudar seu estilo particular de vida.
Muitas vezes ele se comporta como um adolescente. E, em algumas ocasiões, como um adolescente afoito que desconhece limites.
Aécio diz e repete para amigos que não sacrificará seus prazeres para chegar à presidência da República.
Sinto muito: caso insista em continuar flertando com o perigo, jamais chegará lá.
A política é cruel.
Uma campanha é crudelíssima.
Aécio sabe disso.

Chocolate

Ele pode ser ao leite, meio amargo, crocante ou branco. Derrete na boca e tem um aroma característico que deixa qualquer um salivando de vontade. Quer coisa melhor do que saborear um bom pedaço de chocolate? Apesar de a procura pelo produto ter um aumento na Páscoa devido à tradição que representa, não há data certa para se deliciar com a iguaria. Toda hora é hora, e difícil conseguir resistir.

A relação com o chocolate vai além do prazer e da afetividade e, segundo a professora do curso de ciências da nutrição da Universidade de Fortaleza (Unifor), Sara Moreira, se consumido com moderação, é capaz de promover vários benefícios à saúde.Composto basicamente por pasta e manteiga de cacau, leite, açúcar, aromatizantes e ingredientes como castanha, amendoim e frutas secas, é um alimento altamente nutritivo. "Nele encontramos carboidratos, proteínas, lipídios e uma importante quantidade de sódio", explica a nutricionista. O chocolate também é fonte de minerais como magnésio, manganês, potássio, ferro, cobre e das vitaminas B e E; o cálcio é outra fonte de nutrientes do chocolate ao leite.

O doce apresenta ainda duas substâncias estimulantes: a teobromina e a cafeína. Conforme Sara Moreira, a primeira favorece à atividade mental e estimula o sistema muscular, enquanto a segunda contribui para melhorar a atividade do sistema nervoso central, aumentando a concentração e o raciocínio.

O chocolate também é rico em flavonoides e polifenóis, substâncias antioxidantes relacionadas ao controle dos níveis de colesterol no sangue e prevenindo contra doenças cardiovasculares.Atua como modulador da função imunológica e inflamatória, estimula a produção de serotonina - neurotransmissor relacionado à sensação de bem-estar - e ajuda a combater a ansiedade e a depressão, pois contém substâncias que fornecem energia e melhoram o humor. "Fonte de arginina, aminoácido com função vasodilatadora, também pode auxiliar na redução da pressão arterial", enfatiza a nutricionista da rede Mundo Verde, Bruna Murta.

Prefira o escuro

Esses efeitos benéficos são atribuídos ao chocolate amargo, que contém uma concentração maior de cacau associada à menores teores de açúcar e de gordura. "O ideal é optar produtos com mais 70% de cacau, pois eles têm maior quantidade de polifenóis como o resveratrol, que é um ótimo protetor cardiovascular", diz Bruna Murta.

Quanto mais escuro for o chocolate, mais benefícios ele pode trazer para o organismo. Os chocolates ao leite, portanto, já têm menor teor de pasta de cacau e maior quantidade de leite, o que faz com que apresentem elevados teores de colesterol e sejam mais calóricos.

O consumo de chocolate branco, por exemplo, deve ser mais restrito, pois, conforme Bruna Murta, não oferece benefícios à saúde por não levar massa de cacau, mas apenas a manteiga acrescida de leite e açúcar. É o mais calórico dos chocolates.

Sem excessos

Se os benefícios são inúmeros, o chocolate também tem seu lado vilão. A diferença depende sempre da quantidade ingerida. Com o aumento da oferta na Páscoa, o exagero pode parecer inevitável, porém, segundo Bruna Murta, com algumas medidas, podemos degustá-lo sem culpa.

O consumo de chocolate pode ser diário, entretanto, por ser um alimento calórico, a recomendação é de que não ultrapasse 30 gramas. Caso seja maior, a redução das calorias em outras refeições ou a inserção de práticas esportivas pode ajudar a não perder a linha. Especialistas recomendam a ingestão do chocolate, de preferência, pela manhã ou no início da tarde, quando o corpo precisa de energia e as calorias serão melhor aproveitadas pelo organismo.Há casos, no entanto, em que o consumo do chocolate é restringido ou mesmo proibido. Como fazer,então, para não deixar de aproveitar essa delícia?

Atualmente, há no mercado diversas opções de produtos para pessoas que têm necessidades especiais. "Para os celíacos e intolerantes à lactose, existem as opções de chocolates amargos à base de soja ou de alfarroba, uma espécie de vagem empregada como substituta do cacau. Para os diabéticos há também os chocolates diet, sem adição de açúcar", completa a nutricionista do Munco Verde.

Com tantas opções, aproveitar os benefícios do chocolate ficou bem mais fácil. A relação afetiva que estabelecemos com ele, seja ao presentear nossos entes queridos ou simplesmente ao desfrutarmos da sensação de bem-estar que ele pode proporcionar faz parte de um conceito mais amplo, o das "confort foods".

CONFLITO
"Alguns alimentos têm a capacidade de substituir faltas; são consolo emocional"
Veruska Fernandes, Neuropsicóloga, psicoterapeuta, Profa. da UNIFOR

Que país é este do Sardenberg

Li o artigo abaixo e me perguntei, Em que país estou vivendo mesmo?..
E você vive onde?..


A herança maldita de Dilma
Considerem os problemas com os quais o governo Dilma lida neste momento: inflação e juros altos; aeroportos e infraestrutura da Copa, tudo atrasado; entrada excessiva de dólares e real muito valorizado; comércio desequilibrado com a China.
São heranças do governo Lula. Claro que toda administração deixa coisas inacabadas para seu sucessor, mas trata-se aqui de algo mais. Em seu mandato, Lula não avançou um passo sequer no aperfeiçoamento do modelo econômico. E não foi capaz de ou não teve interesse em alterar as regras institucionais e o modelo de gestão que emperram as obras públicas no País.
Curioso: Lula não aceitou as propostas econômicas mais à esquerda, mas também não embarcou totalmente na ortodoxia. Foi tocando uma coisa mista, deixando correr.
Poderia ter avançado - este é o ponto. Nos momentos de crescimento e com sua popularidade, o ex-presidente poderia ter ido à luta. Daria problema, é claro. Precisaria enfrentar interesses, mas deixaria um legado precioso. Preferiu, porém, apenas surfar na onda fácil.
Tome-se o modelo econômico. Lula tocou com o que recebeu de FHC, regime de metas, superávit primário, câmbio flutuante. O sistema funcionou para domar a inflação e trazer os juros reais para algo entre 5% e 6% ao ano. Considerando que vieram de níveis absurdos (20%), o resultado é mais do que positivo.
Mas já passou da hora de avançar e houve condições para isso. Poderia ter sido iniciado um processo de redução de meta de inflação, que Lula recebeu com 4,5% ao ano e entregou assim mesmo.
Nos países emergentes, essa meta está em torno de 3% e o Brasil precisa caminhar para lá. Só assim se poderia fazer uma reforma para eliminar o que resta de indexação na economia brasileira, aquele processo de correção automática de preços que joga para o futuro a inflação do passado.
Leia a íntegra do artigo Aqui

Facebook

O Orkut ainda reina no Brasil – com relação a isso, ninguém discorda. Mas também é inegável que o Facebook vem ganhando espaço, e a passos largos, em nosso país. Segundo dados da Comscore, a rede social de Mark Zuckerberg cresceu 257% por aqui nos últimos 12 meses, contra 31% do Orkut. 

A mesma Comscore diz que, se não fosse o Brasil, o Orkut já não existiria mais e algumas agências já arriscam dizer que o Facebook deve ultrapassar o Orkut no Brasil ainda em 2011. Será? 

Bom... Pelo sim ou pelo não, resolvemos fazer um Olhar na Web especial, focado na rede social de Mark Zuckerberg. Se você ainda não se acostumou com ela, vai ver que existem muitas ferramentas interessantes e se você já faz parte desse mundo, vai descobrir que existem coisas que você nem imaginava. 

  • Veja só! A primeira ferramenta que a gente apresenta é o MigraKut. Se você tem várias fotos na rede social do Google, não quer deixá-las abandonadas por lá e tem vontade de migrá-las para a sua conta do Facebook, é só clicar neste aplicativo e permitir o acesso nas duas redes. Daí, selecione os álbums que quer copiar e aguarde o término do processo. Fácil, né? 
  • Um detalhe que muita gente reclama do Facebook é a ausência de comunidades. Mas elas existem, sim, nessa rede social. Só que aqui, o nome delas é “Fan Page”, ou “Grupo”. Ao contrário das comunidades do Orkut, o administrador consegue ter um monte de informações referentes à movimentação desse grupo, como a quantidade de interações diárias e mensais, a porcentagem de usuários femininos e masculinos, o número de publicações visualizadas... enfim, várias informações que ajudam a definir e entender as publicações. Para criar uma “fan page” para a sua empresa, banda ou qualquer coisa que você queira que seus amigos conheçam é fácil. Basta clicar neste link. 
  • Uma das funções que o Orkut não oferece, mas que é possível brincar no Facebook, é a possibilidade de colocar um vídeo no lugar da sua foto do perfil. São só dois passos: primeiro escolha o browser que você está utilizando, e depois suba o vídeo. Pode ser direto da webcam, ou um arquivo de no máximo 10 mega. 
  • Também é possível publicar mensagens de voz no lugar das tradicionais mensagens de texto. O limite é de 20 segundos, de forma gratuita. Para isso, é só instalar esse aplicativo aqui. Gostou das dicas? 
Agora é só acessar o olhardigital.com.br, clicar nos links para os aplicativos mostrados aqui e deixar a sua página do Facebook ainda mais divertida. Aproveite!

Mármore e granito

Empreendimentos produtivos são raros no Ceará. Dessa maneira, quando surgem iniciativas capazes de alargar sua geração, elas devem ser acolhidas com entusiasmo. Afinal, são novos negócios em perspectivas para a circulação de riquezas, a dinamização da economia e a abertura de postos de trabalho. A construção de um Centro de Comercialização e Prestação de Serviços de Rochas Ornamentais é a nova proposta prevista para operar na região metropolitana.

O governo do Estado disponibilizou R$ 1,8 milhão no planejamento financeiro para a cobertura dos programas prioritários destinados a sua viabilização. Fomentando essa atividade industrial, ele pretende reunir todas as empresas atuantes na área das rochas ornamentais e estimular as exportações de uma riqueza ainda muito pouco explorada no Ceará, por razões tecnológicas e de mercado.

A primeira iniciativa nesse segmento não logrou os resultados esperados. Faltaram tecnologia, experiência e instrumentos para assegurar a sobrevivência da incipiente indústria de mármore e granito, diante do elevado poder de competividade e dos avanços em tecnologia alcançados pelo Estado do Espírito Santo, onde essa atividade domina a economia regional. A indústria nascente não dimensionou a força do concorrente, nem as dificuldades mercadológicas para sobreviver.

Algumas décadas passadas serviram para o amadurecimento desse ramo industrial. Agora, a tendência se volta para a formação de um polo, congregando todas as empresas apoiadas nesse Centro de Comercialização e Prestação de Serviços, com a redução de custos operacionais e maior penetração no mercado internacional, sem as improvisações de outrora e depois de corrigidas as distorções.

Matéria-prima não falta. O Ceará é detentor de um tipo de granito branco, único no gênero. Até aí a natureza foi generosa. Mas faltavam, em última análise, capital e capacidade empreendedora para transformar essa riqueza enterrada num negócio rentável, como ocorre em outras praças. A concorrência será enfrentada com a qualidade das rochas, a beleza, o preço e a logística de transporte para o exterior.

Idealizado pela Agência de Desenvolvimento do Ceará, o Centro deverá ser localizado em Caucaia, numa gleba de 30 hectares, às margens da BR-222, próxima do traçado da Ferrovia Transnordestina, viabilizando as exportações pelo Porto do Pecém. O terreno será oferecido pelo município beneficiado, como uma contrapartida por sua implantação. Quanto mais rápido for liberada a base física, mais cedo começará a construção de sua estrutura física.

Na primeira tentativa de comercializar rochas ornamentais no mercado externo, o Ceará passou a exportar blocos de granito e de mármore. Agora, deverá haver uma mudança significativa no trato industrial da matéria-prima, agregando valor com seu beneficiamento. Os contatos realizados na Itália e em Portugal por delegações do Ceará encontraram receptividade para a empreitada, sendo possível até que empresas com largo domínio da tecnologia das pedras ornamentais se instalem no Ceará. Atrativos não lhes faltam.
do DN

por Leonardo Boff

A doença chamada homem

Esta frase é de F. Nietzsche e quer dizer: o ser humano é um ser paradoxal, são e doente: nele vivem o santo e o assassino. Bioantropólogos, cosmólogos e outros afirmam: o ser humano é, ao mesmo tempo, sapiente e demente, anjo e demônio, dia-bólico e sim-bólico.

Freud dirá que nele vigoram dois instintos básicos: um de vida que ama e enriquece a vida e outro de morte que busca a destruição e deseja matar. Importa enfatizar: nele coexistem simultaneamente as duas forças.
Por isso, nossa existência não é simples mas complexa e dramática. Ora predomina a vontade de viver e então tudo irradia e cresce. Noutro momento, ganha a partida a vontade de matar e então irrompem violências e crimes como aquele que ocorreu recentemente.
Podemos superar esta dilaceração no humano? Foi a pergunta que A. Einstein colocou numa carta de 30 de julho de 1932 a S. Freud: “Existe a possibilidade de dirigir a evolução psíquica a ponto de tornar os seres humanos mais capazes de resistir à psicose do ódio e da destruição”?
Freud respondeu realisticamente: “Não existe esperança de suprimir de modo direto a agressividade humana. O que podemos é percorrer vias indiretas, reforçando o princípio de vida (Eros) contra o princípio de morte (Tanatos). E termina com uma frase resignada: “esfaimados pensamos no moinho que tão lentamente mói que poderemos morrer de fome antes de receber a farinha”. Será este o nosso destino?
Por que escrevo isso tudo? É em razão do tresloucado que no dia 7 abril numa escola de um bairro do Rio de Janeiro matou à bala 12 inocentes estudantes entre 13-15 anos e deixou 12 feridos.
Já se fizeram um sem número de análises, foram sugeridas inúmeras medidas como a da restrição da venda de armas, de montar esquemas de segurança policial em cada escola e outras. Tudo isso tem seu sentido. Mas não se vai ao fundo da questão.
A dimensão assassina, sejamos concretos e humildes, habita em cada um de nós. Temos instintos de agredir e de matar. É da condição humana, pouco importam as interpretações que lhe dermos. A sublimação e a negação desta anti-realidade não nos ajuda. Importa assumi-la e buscar formas de mantê-la sob controle e impedir que inunde a consciência, recalque o instinto de vida e assuma as rédeas da situação.
Freud bem sugeria: tudo o que faz criar laços emotivos entre os seres humanos, tudo o que civiliza, toda a educação, toda arte e toda competição pelo melhor, trabalha contra a agressão e a morte.

Alimentação

Brincando com a comida

Em criança, ensinam-nos que não devemos brincar com a comida. A fotógrafa brasileira Vanessa Ackel Dualib contrariou essa regra e criou um delicioso mundo imaginário de alimentos com vida própria.
comida alimentos Vanessa Ackel Dualib
comida alimentos Vanessa Ackel Dualib
comida alimentos Vanessa Ackel Dualib
comida alimentos Vanessa Ackel Dualib
comida alimentos Vanessa Ackel Dualib




Visite o site da autora Aqui e também veja: Estas

Cuba

Um país com chance de decidir seu futuro
Com o VI Congresso do Partido Comunista (PCC) aberto no fim de semana, Cuba está de novo frente ao futuro e a seu destino, à sua vocação inarredável de sobreviver - apesar do Império -  e de não voltar a ser uma colônia dos Estados Unidos.

O Congresso (leiam o post, Cuba: a última chance de mudanças) dá ao país a chance - e ele não vai desperdiçá-la - de não se converter em uma república independente apenas na aparência, como era até a Revolução em 1959.

Mas, para sobreviver autonônoma, independente, respeitada em sua soberania, o tempo corre contra seus dirigentes e seu povo. E as reformas não podem esperar, já que a economia como está organizada hoje garante a sobrevivência do país, mas não dá sua coesão social e política, nem o bem-estar de sua juventude, que não pode e nem quer esperar mais.

As decisões finais deste VI Congresso e a renovação da direção do PCC darão o tom das mudanças, bem como indicarão se elas trarão resultados imediatos. Indicarão as possibilidades reais das mudanças vigorarem e surtirem os efeitos desejados já a curto prazo, como exige o momento histórico.

Do crack ao oxi

[...] Em São Luís, a droga que tomou conta dos estados da Região Norte faz vítimas entre os menores da capital do Maranhão. Não é difícil encontrar na periferia crianças com 12 anos consumindo o produto, intercalado com crack, merla e cocaína.
Quando não há oxi, os dependentes recorrem a chás feitos com pilha alcalina e chapas de raio-x cortadas em pedaços pequenos, consumidos para conter crises de abstinência. Os usuários ainda inalam gás de cozinha e cheiram gasolina.
Há seis anos estudando a evolução das drogas entre crianças e jovens de São Luís, a pesquisadora Selma Marques, da Universidade Federal do Maranhão, faz um alerta:
— Antes, o consumo era de maconha e cocaína. Éramos felizes e não sabíamos. Por serem de fácil acesso e baratos, crack e oxi ganharam espaço. São consumidores de famílias vulneráveis e alguns com pais dependentes.
Pesquisa feita por Selma com 125 jovens relata que o consumo está relacionado a roubos ou furtos. E, segundo Selma, em São Luís não há unidades públicas que reúnam tratamento psicológico e acompanhamento médico.

O aquecimento global

[...] está devorando as costas do Ártico, onde erosões de até 10 m ao ano estão afetando comunidades e ameaçando a sobrevivência de espécies de plantas e animais locais. Esta é a principal conclusão de um duplo estudo publicado neste domingo por um consórcio de 30 cientistas de 10 países que analisou a situação de 100 mil km de costa, equivalente às fronteiras terrestres dos oito países que fazem fronteira ao norte com o oceano Ártico.
"Parece que a erosão do litoral do Ártico está acelerando de forma dramática. O corte médio é de meio metro ao ano, mas em algumas zonas chega a ser de 10 m ao ano", diz Volker Rachold, investigador do Instituto Alfred Wegener de Potsdam, na Alemanha.

As áreas mais afetadas são, segundo o relatório científico, o mar de Laptev e o leste da Sibéria, ambos na Rússia, e o mar de Beaufort, que faz fronteira com as costas do Canadá e Alasca, nos Estados Unidos. O estudo alerta que, como as costas do Ártico representam um terço do total do litoral do planeta, "a erosão pode chegar a afetar áreas enormes no futuro".

Tal retrocesso do litoral é consequência, sem dúvida, do aquecimento global, um problema que se agrava no Círculo Polar Ártico, onde os incrementos dobram o aumento térmico meio global, explica o investigador alemão.
O processo climatológico está descongelando parte do permafrost litorâneo, a camada de gelo permanente dos níveis superficiais do solo própria das regiões muito frias. "Vemos rápidas mudanças em uma situação que permaneceu estável durante milênios", denuncia o estudo, o primeiro de caráter compreensivo que analisa as consequências físicas (geológicas e químicas), ecológicas e humanas da erosão do litoral ártico.
Seu impacto é "substancial" para os ecossistemas árticos litorâneos e para a população humana assentada nessas regiões, aponta o documento "Estado do litoral Ártica 2010", de 170 páginas e disponível na internet. Os mais afetados pelas mudanças são os animais selvagens que habitam nessas regiões, especialmente os extensos rebanhos de renas, e os frágeis ecossistemas dos lagos de água doce próximos à costa.
O homem também se vê afetado por este grave processo erosivo, mas dada a pouca população no litoral mais setentrional do planeta, o estudo retrata mais como incentivo que como vítima neste problema meio ambiental.