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Três passos para Dilma derrotar o Golpe e evitar um rio de lágrimas





  • Primeiro: Informar ao Povo que está - como desde sempre, igual fez durante a ditadura - defendendo a democracia -, mas hoje felizmente não está sendo fisicamente torturada.
  • Segundo: Quebrar seus sigilos e cobrar que os líderes do golpe quebrem os deles
  • Terceiro: Anunciar que desde já, Lula é seu candidato a presidente em 2018.
***
É necessário ter aprendido pelo menos algumas coisas para revelar outras que muita gente não sabe.

Joel Neto

Renato Janine Ribeiro

E se nosso ponto de partida estiver errado?

Um principio básico da ciência e que, quando uma hipótese não explica os fenômenos, devemos procurar outra que de melhor conta deles. Este principio me ocorreu ha poucos dias. Afinal, quase todos os analistas, eu inclusive, temos criticado a presidente da Republica por seu estilo de pouca negociação. Ate ficamos espantados: como sobe a presidência alguém que ignora princípios tão elementares? Mas ai parei. Nunca e bom apostar na ignorância ou inépcia daquele a quem criticamos. Pode ser que Dilma Rousseff erre sim ao não negociar, ao não fazer politica. Só que...

Se isso não for obvio? Se nosso ponto de partida estiver errado?

Durante milênios, os homens acreditaram que os astros, inclusive o sol, giram em torno da Terra. Só que, desse jeito, alguns astros têm um movimento estranho, irregular, e ate mesmo retrogradam. Já com a astronomia moderna, heliocêntrica, os movimentos dos planetas - inclusive a Terra - em torno do Sol descrevem orbitas mais regulares. Essa, a lipao cientifica: se os resultados soam absurdos, devemos questionar a hipótese de que partimos. No caso, em vez de pensar que Dilma ignora o mais elementar da razão e da politica, indagar o que ela efetivamente pretende.

Da para governar bem e ser honesto no Brasil?

No seu primeiro ano de governo, Dilma demitiu todos os auxiliares acusados de corrupção. Foi aplaudida. Mas logo começaram a questiona-la: por que não fazia alianças? Porque não gostava dos políticos? ou, sei lá, da própria politica? Só que, num Pais em que tantos políticos importantes são suspeitos de corrupção, negociar com eles o que significa? Podemos ter decência no exercício do poder e, ao mesmo tempo, transito livre pelo mundo dos políticos?

Essa e a realidade atual, que precisa mudar, mas isso não será fácil. E se Dilma for representativa de nosso desejo difuso de uma politica competente e sem corrupção? Ela se irrita, sim, com quem esta a sua volta, o que politicamente e inábil, mas isso porque cobra eficiência. E isolou a família da politica. Nem ela nem os familiares despertam suspeitas de favorecimento pessoal. Pode ate governar mal, só que detestando a corrupção e a ineficiência. Mas basta detesta-las para supera-las?

A hipótese passa a ser: e se o "momentum" Dilma for exatamente a tragédia mais representativa daquilo que desejamos? Se o problema não estiver nela, mas em nos? Em nos, analistas da politica e cidadãos, que pretendemos o melhor de dois mundos: eficiência e honestidade.

Pode haver governabilidade, no Brasil de hoje, sem corrupção? Podemos ter governabilidade sem negociações e alianças, que vão ao limite de nossa irresponsabilidade?

Para não ficarmos num só partido, lembremos a rebelião do PCC em São Paulo em 2006, quando a quadrilha paralisou a cidade por alguns dias. A situação só foi resolvida quando 0 governo estadual - que e do PSDB - negociou com 0 PCC e cedeu. Meticulosamente, deletamos este passado (embora ainda presente) de nossa memoria.

E ouvi de Dráuzio Varella que desde o massacre do Carandiru em 1992, ocorrido no governo do PMDB, a policia não entra nos presídios do Estado. São geridos pelo crime. Isso e inadmissível. Mas assim baixa a violência nas cadeias e mesmo 0 crime fora delas.

Essa mistura de bem e mal, de resultados positivos e meios obscuros para consegui-los, merece atenção. Porque lavamos as mãos. Denunciamos a corrupção e queremos que as leis passem no Congresso. Mesmo na ditadura, isto e, num regime em que 0 Congresso pouco decidia, 0 assessor presidencial Heitor de Aquino dizia, quando ia negociar a aprovação de decretos-leis pelos parlamentares, que ia abrir o "barril de peixe podre". Imagina-se 0 odor. Fingimos que ele não existe, ou que nasceu ontem.

Uma vez, estive na antessala de uma pessoa com certo poder. Faltava agua no seu prédio. Ouvi a secretaria telefonar a alguém: "Não quero saber como, mas você terá que resolver 0 problema em duas horas". Pensei que era uma forma de exigir eficiência e presteza. Mas depois entendi que esse bordão serve para colocar 0 encarregado a margem da lei. Vire-se. Se violar a lei, viole. Mas eu lavo as mãos. "Não quero nem saber!"

E se Dilma tiver a mesma convicção que 0 povo brasileiro? Se também quiser 0 fim da corrupção e, ao mesmo tempo, um governo eficiente? Se sua aversão aos políticos for porque não ere na sua honestidade, nem competência? Neste caso, não a estaremos condenando, exatamente porque tem os mesmos propósitos da maioria da sociedade?

Esta e uma hipótese. Não justifica a presidente, no sentido de aprova-la e apoia-la. Ela deveria dialogar, se não com a categoria politica, certamente com a sociedade. Mas a hipótese talvez explique os fenômenos, isto e, a ação - e inação - de Dilma, melhor do que a suposição de que ela e inepta politicamente. E cabe perguntar se a psicanalise não ajuda a entender 0 ódio crescente a ela. Ódio ao outro e projeção de ódio a si mesmo (simplifico, claro). Talvez ela cause tanta rejeição porque nos mostra, as escancaras, um dilema que queremos esconder de nos. Queremos a honestidade sem pagar 0 prego por ela. Pensamos que a honestidade dos políticos, quando vier, vai nos cumular de bênçãos. O dinheiro que e roubado da sociedade vira a nos como as fontes de leite e mel da Terra Prometida. Esquecemos que chegar a isso da trabalho, e que também terão que acabar muitas condutas nossas, "informais" dizemos as vezes, imorais ou ilegais. Mas, sobretudo, esquecemos que reformar a politica não e só dos políticos. Demanda esforço de quem os elege, e esse esforço não se resume em raiva, menos ainda, insultos.




Renato Janine Ribeiro e professor titular de ética e filosofia politica na Universidade de São Paulo. Escreve as segundas-feiras

E-mail: rjanine@usp.br

Lula e Dilma foram moldados em realidades distintas

Por Juliano Santos
Nassif, já que voce entrou no campo de análise de personalidade dos presidentes, faltou algo fundamental. A formação política da Dilma. Se pegarmos ela e o Lula, no campo da esquerda, não poderia ter personagens mais diferentes.
Não só o fato de Lula ter sido retirante, sem educação formal e etc, e ela, de classe média alta com todos os benefícios daí originados. Mas principalmente como ambos se formaram politicamente, como forjaram sua prática política.
Os dois começaram na política na luta contra a exploração capitalista. Mas a partir daí, só diferenças. Dilma se trancava em aparelhos, enquanto Lula sentava à mesa com empresários, equilibrando entre não ser um simples pelego, mas não radical o suficiente para que mantendo suas convicções intactas, detona-se qualquer possibildade de benefício para o trabalhador. Lula ali exercitava a arte de conseguir o "melhor possível".
Claro que não foi na mesma época, em 68 não havia brecha alguma para o pragmatismo do Lula. Mas de qualquer forma Dilma formou-se no tudo ou nada. O confronto, ou eles, ou eu. Essa desconfiança que ela nutre pelos outros, até que provem ser confiáveis, é típico de quem vivia acuada em aparelhos.
Bom, temos o Dirceu e o Genoino que também foram da guerrilha e depois viraram grandes negociadores políticos. Mas Dirceu antes da luta armada fazia política no movimento estudantil, é um animal político. E Genoino veio de uma família pobre do nordeste, onde se aprende a se adaptar às circunstâncias da vida. Dilma, pelo que sabe saiu direto da unversidade e de uma família abastada de Minas para o confronto aberto e direto. Dureza. E para uma mulher de classe média sobreviver nessa realidade, só sendo dura como uma pedra.

Um discurso para presidente Roussef

O que a presidente não disse

por  Mauro Santayanna

panela
Mauro Santayanna, que reproduzo abaixo, explica – mais didático, só desenhando – o que tem faltado no discurso adotado pelo Governo e pela Presidenta Dilma Rousseff.
Aquilo que Malba Tahan dizia pela boca de seu "Homem que Calculava":medir, senhora, é comparar.
Porque as pessoas só podem avaliar corretamente a situação do país, em meio ao trem-fantasma que a mídia constrói, todos os dia em torno delas, se buscarem referências naquilo que já viveram.
A realidade – passada e presente – é sempre melhor ponto de partida para a comunicação que as intenções.

O que a presidente não disse

Mauro Santayanna

Em pleno bombardeio institucional – Dilma Roussef foi vaiada em uma feira de construção em São Paulo, apesar de seu governo ter financiado a edificação de dois milhões de casas populares – e às vésperas da realização de manifestações pedindo o impeachment da Presidente da República, sua assessoria preparou um discurso, para a sua estréia em Rede Nacional de Rádio e Televisão, no segundo mandato, rico em lero lero e pobre em informações.
O grande dado econômico dos "anos PT", não são os 370 bilhões de dólares de reservas monetárias, que deveriam, sim, ter sido mencionados, ao lado do fato de que eles substituem, hoje, os 18 bilhões que havia no final do governo FHC, exclusivamente, por obra e graça de um empréstimo de 40 bilhões do FMI, que foi pago em 2005 pelo governo Lula.
Nem mesmo a condição que o Brasil ocupa, agora, segundo o próprio site oficial do tesouro norte-americano, de quarto maior credor individual externo dos Estados Unidos. Mas o fato de que o PIB, apesar de ter ficado praticamente estagnado em 2014, saiu de 504 bilhões de dólares em 2002, para 2 trilhões e 300 bilhões de dólares, em 2013, com um crescimento de mais de 400% em 11 anos, performance que talvez só tenha sido ultrapassada, nesse período, pela China.
E, isso, conforme, não, o IPTE – como está sendo apelidado o IBGE pelos hitlernautas de plantão nas redes sociais – mas segundo estatísticas da série histórica do site oficial do Banco Mundial.
Faltou também dizer que não houve troca de dívida pública externa por interna, já que, no período, a dívida pública líquida caiu de quase 60% do PIB, em 2002, para aproximadamente 35%, agora, depois de ter praticamente duplicado no governo Fernando Henrique, com relação ao final do governo Itamar Franco.
Há outros dados que poderiam negar a tese de que o país inviabilizou-se, econômicamente, nos últimos anos, como o aumento do salário mínimo de 50 para mais de 250 dólares em menos de 12 anos, ou a produção de grãos e de automóveis ter praticamente duplicado no período. É claro que o PT cometeu erros graves, como estimular a venda de carros sem garantir a existência de fontes nacionais de combustíveis, gastando bilhões de dólares no exterior na compra de gasolina, quando poderia ter subsidiado, em reais, a venda de etanol nacional no mercado interno, diminuindo a oferta de açucar no mercado internacional, enxugando a disponibilidade e aumentando os ganhos com a exportação do produto.
Ou o de dar início a grandes obras de infra-estrutura – de resto absolutamente necessárias – sem se assegurar, antes, por meio de rigoroso planejamento e negociação, que elas não seriam interrompidas dezenas de vezes, como foram. Quem quiser, pode encontrar outros equívocos, que ocorreram nestes anos, e que poderiam ter sido corrigidos com a participação de outros partidos, até mesmo da base "aliada", se sua "colaboração" não se limitasse ao interesse mútuo na época das campanhas eleitorais, e à chantagem e ao jogo de pressões propiciados pelos vícios de um sistema político que precisa ser urgente e efetivamente reformado.
Mas o anti-petismo prefere se apoiar, como Goebbels, na evangelização de parte da opinião pública com mentiras, a apontar os erros reais que foram cometidos, e debruçar-se na apresentação de alternativas que partam do patamar em que o país se encontra historicamente, agora.
Soluções que extrapolem a surrada e permanente promoção de receitas neoliberais que se mostraram abjetas, nefastas e indefensáveis no passado, e a apologia da entrega, direta e indireta, do país e de nossas empresas, aos interesses e ditames estrangeiros. No discurso do governo – súbita e tardiamente levado a reagir, atabalhoadamente, pela pressão das circunstâncias – continua sobrando nhenhenhém e faltando dados, principalmente aqueles que podem ser respaldados com a citação de fontes internacionais, teoricamente acima de qualquer suspeita, do ponto de vista dos "analistas" do "mercado". Isso, quando o seu conteúdo – em benefício, principalmente, do debate – deveria ser exatamente o contrário.

Sou petista. Mas, não sou masoquista

Amanhece e vou assistir um telejornal da manhã, vem a primeira reportagem sobre o governo federal - Dilma/PT - e logo após jornalistas fazem comentários, mais ou menos assim:

  • O governo federal errou porque disse que não negociaria com o Congresso
  • O governo federal errou porque o Congresso disse que não negociaria com ele
  • O governo federal errou porque negociou com o Congresso
Como veem, não tem jeito. Faça o que fizer o governo Dilma está errado.

Mas, eis que vem os comerciais e tchan, tchan, tchan...haja propaganda do governo federal.

Vá gostar assim de apanhar.

Só mesmo sendo masoquista.

Pior que com nosso suado dinheirinho.

Por isso, deixo bem claro: Sou petista. Mas, não sou masoquista!

Marcos Coimbra

Sobre popularidade



Analisar a evolução da popularidade de Fernando Henrique Cardoso ao longo de seu segundo mandato contribui para a discussão das perspectivas da relação entre Dilma Rousseff e a opinião pública até o fim de 2018. A razão é simples: apesar das grandes diferenças entre os presidentes e seus governos, há semelhanças entre eles.
O elemento comum fundamental, do ponto de vista da opinião pública, é que os dois iniciaram o segundo governo frustrando expectativas da sociedade. Cada um a seu modo, FHC e Dilma prometeram algo que não conseguiram entregar.
O compromisso do tucano em sua campanha estava expresso em aforismo enxuto: “O homem que derrotou a inflação vai derrotar o desemprego”. A frase era boa e soou verdadeira, pois os eleitores acreditavam que a inflação fora vencida com o Plano Real. Quando veio a crise cambial em janeiro de 1999 e a inflação foi multiplicada por dez, ficaram perplexos com o tamanho da mentira engolida. De quebra, perceberam que o compromisso com o fim próximo do desemprego era outra balela.
Para a vasta maioria dos eleitores de Dilma em outubro passado, a ideia de continuidade com mudança foi decisiva. A petista, acreditou a maioria do eleitorado, era a garantia de que não haveria retrocesso nos avanços sociais iniciados por Lula em 2003 e que o edifício de políticas públicas favoráveis aos mais pobres seria mantido. E aceitaram sua promessa de estar disposta a responder às novas demandas de participação e transparência.
Ninguém imagina que o discurso de um presidente em campanha seja de franqueza total, nem na identificação dos problemas do País nem na formulação de promessas factíveis. O cidadão comum nem sequer presta atenção nos números que embalam os diagnósticos ou no porte das obras prometidas. Mas há algumas (poucas) expectativas fundamentais cujo descumprimento é pecado grave.
Para a maioria que reelegeu FHC e Dilma (aliás, de tamanho quase idêntico, pois ele teve 53% dos votos e ela 52% e é irrelevante se no primeiro ou no segundo turno), a frustração terá sido grande. O efeito é o mesmo para quem não votou neles, mas saiu da eleição sem mágoas, como costumam sair os cidadãos comuns.
No gráfico abaixo podemos ver a oscilação da desaprovação a FHC até o fim de seu governo. Ela começa com dados de dezembro de 1998. A campanha havia sido benéfica para o tucano. Ela elevou sua avaliação positiva em quase 20 pontos porcentuais entre maio e novembro , índice semelhante ao obtido por Dilma depois do início da propaganda eleitoral no ano passado.
Ou seja: o governante vai para a televisão com amplo tempo de exposição, consegue lustrar sua imagem, convence o eleitorado e vence a eleição. Fica, no entanto, mais exposto à crítica caso surjam problemas no início do segundo mandato.
A avaliação negativa de FHC teve uma forte elevação durante 1999, ultrapassou 65% na soma de “ruim” e “péssimo” em setembro, mas arrefeceu em 2000. Em setembro daquele ano, no período da eleição municipal, retrocedeu a 39%, nível acima, mas não muito, do que havia sido típico do primeiro mandato, ainda sob influência do lançamento do real.
Em abril de 2001,  FHC parecia haver resolvido seus problemas de imagem. Com 28% de avaliação negativa (e 33% de positiva), não era impossível que viesse a terminar bem, depois dos tropeços do começo. Mas aí aconteceu o apagão elétrico, que funcionou como um atestado de radical incompetência para um governo cuja imagem ainda estava em recuperação. Com o racionamento, o tucano tornou-se o que é.
À medida que os eleitores se desinteressaram de FHC e o desejo de mudança aumentava, a eleição de 2002 ficou cada dia mais distante do PSDB.
Começar com problemas de popularidade é ruim, mas não fatal para Dilma e seu governo. O tempo é seu aliado, aceita a premissa de que ela não vai repetir os muitos erros que o tucano cometeu.
Gráfico

Dilma, o combate a corrupção e a "governabilidade"

Quando, ainda na campanha eleitoral a presidente Dilma Roussef - candidata a reeleição -, afirmou: 

"Vamos seguir no combate sem trégua à corrupção, doa a quem doer. Esse governo não varre corrupção para debaixo do tapete. E o combate a ela tem de ser sem trégua."

Os envolvidos na Operação lava jato - aliados e da oposição - não levaram a sério, acharam que era conversa pra boi dormir. 

Agora quando o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, entregou a lista com nome de políticos ao STF, pedindo abertura de inquéritos, caciques do Pmdb, do Psdb e demais partidos - inclusive o PT -, citados por Janot, estão "magoados" com a presidente, queriam que ela tivesse pressionado o Procurador para "aliviar". Quebraram a cara.

Sobre a punição de envolvidos em roubalheiras - seja na Petrobras ou qualquer outra empresa, estatal ou privada - a presidente disse a interlocutores de absoluta confiança:

Quem for forte - inocente -, se aguente. Quem for fraco - culpado -, se arrebente!

Quanto a possíveis retaliações políticas, Dilma acredita que na hora H o Parlamento defenderá os interesses do seu eleitor. E a sensibilidade dos parlamentares já captou que a sociedade não suporta mais conviver com a corrupção e a impunidade.

"Será o Povo pressionando, cobrando sem trégua o combate a corrupção e a punição de corruptos e corruptores, que garantirá a governabilidade", afirmou Dilma Roussef.

Dilma não é Obama

Incrível: a Dilma vai aprovar tudo o que quer (Ela não é Obama)
Por Wong
Para o Jornal GGN
Está na hora de "Pensar fora da Caixa" e, entender que o Brasil está inserido nos mesmos Problemas do Mundo.
Estou lendo o "Signals" da Pippa Malmgren.
Ela dá um belo Panorama sobre Crises, Reformas, Programas de Austeridade e,... Manifestações Populares, Mundo afora.
O conteúdo e análises parecem ter sido desenvolvidos sob medida para o Brasil:
Ou seja, o Brasil, ainda, pertence ao Mundo. E, a mesma Crise (e Remédios) atravessa todos os Países.
Isso não dá desculpas à nossa Dilminha, apenas alerta os Analistas de que o problema é mais abrangente do que discutir Temer/FHC/Serra/Cunha (que Pobreza...).


Mas parece que a Dilma está indo em Frente com seu Programa de Governo (O Nassif deve rir: Que Programa? Que Governo? - Calma...)
Analisemos, por partes, o Primeiro Parágrafo do Artigo do Nassif:
"...Na quinta-feira, seu Ministro da Fazenda Joaquim Levy bateu duramente na política de desoneração da folha, filha direta de Dilma...":
Qual seria a Alternativa para a Dilminha?
Fazer um Discurso de Rancor e "Cobrar" dos Empresários que receberam a Desoneração de terem embolsado este Incentivo na forma de Lucro?
Falar que "magoou" e que não brinca mais com Empresários Rentistas e Acomodados que não se aproveitaram da Desoneração para Investir, Contratar e Ganhar Mercados?
Além do mais, nunca vi nenhum Político (ou Comandante de Avião) dizer que "errou"...
A própria Pippa constata: "Negue, Negue, Negue,...".
Coube ao Levy, em seus minutos de Glória, usando as tais "palavras tóxicas" mencionadas por Josias no UOL ("Brincadeira" e "Grosseiro") decretar que se estava virando a página.
O Resultado é visível:
Até o Sardenberg da CBN disse que a "Desoneração custou R$ 20 Bi, e não funcionou".
Portanto, a Mídia, e por consequência o Congresso, vai aprovar as Medidas, assim como o Primeiro Pacote de "Maldades"...
"...Lula saiu a campo para acalmar o PMDB criticando sua exclusão do núcleo estratégico do Palácio, decisão de Dilma...."
Outra Estratégia Maquiavélica de Dilma.
Primeiro ela (fingiu) escolher os "seus meninos" para o seu time...
Só os "meninos" da turminha (PT).
Agora, atendendo à "choradeira" do PMDB, inclui o Temer...
Se não fosse assim, o PMDB faria o maior "cu doce" para participar (e se comprometer) com as Decisões de Governo...
"...Dois Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) romperam o silêncio para criticar a demora de Dilma em preencher a vaga do tribunal...."
Nesta Dilma foi Brilhante foi brilhante...
Se tivesse substituído o JB de afogadilho, estariam acusando-a de "pressa em aparelhar o STF com Juízes Petistas, às vésperas do Lava-Jato".
Agora, atendendo ao "clamor" dos "Decanos" do STF, ela define o tal ministro.
A Mídia fica esvaziada em suas Manchetes (que já estavam prontas) de Aparelhamento...
"...O que se tem é uma presidente aturdida, na véspera de um conjunto de episódios políticos relevantes - a lista dos políticos da Lava Jato e as manifestações pelo seu impeachment....".
A tal Presidenta Aturdida, está "aturdida" desde quando revisou, pessoalmente, a "Notinha" da Graça Foster sobre Pasadena.
Neste instante, condenado pelo Nassif e Petistas, ela tirou o "Macaquinho" das costas.
Meses se passaram, e, nada pareceu contra ela.
Ela, em mais um Golpe de "Ingenuidade", "tentou" até consultar o MPF/Janot sobre a Lista dos incluídos no Lava-Jato, antes de nomear seus Novos Ministros...
Agora, às vésperas da Denúncia do Janot, o risco é o Aécio e Tucanos aparecerem na tal Lista...
Vamos Medir os Resultados deste "aturdimento" da Dilma?
- Basta acompanhar as Manchetes sobre o Envolvimento da Dilma em Corrupção.
- Basta verificar que, agora, até o PSDB diz que não faz sentido um Impeachment, e isso, mesmo, depois dos "Sólidos" Argumentos Jurídicos a favor do Impeachment encomendado pelo FHC ao Dr. Gandra...
- Basta verificar que todos os Atores do Impeachment estão em "On Hold", aguardando que as Manifestações do dia 13/03 sejam um Fiasco e as de 15/03 sejam um Sucesso.
Enquanto isso a Dilminha vai "emplacando" os Ajustes "que foram propostos pelo Aécio".
Os Combustíveis aumentaram;
A Energia ainda está aumentando;
As Contas Públicas em Janeiro já foram melhores, mesmo sem efeitos dos Ajustes.
Já se sente o esvaziamento do Lockout dos Caminhoneiros;
O Apagão fica distante de 2015;
E, até o sentimento espalhado pela Mídia de que "A Coisa vai ser preta em 2015" dá a sua força para domar a Inflação, mesmo com tantos aumentos...
Dilma deixa escapar que também tem a tal Agenda Positiva no Bolso.
Não são coincidências as menções à Retomada das Concessões e o "Bem Mais Simples".
A Retomada se dará pelos Investimentos em Infraestrutura e Pequenas e Médias Empresas.
Tudo isso conforme a Dra. Pippa escreve em seu Livro.
E, é a Dilma que está "aturdida"?



Rodrigo Vianna - A direita piscou

Medo de Lula e do ronco das ruas?


lula79_04[1]
por Rodrigo Vianna

O movimento foi tratado de forma discreta pela mídia tucana. Mas Miguel do Rosário deu o primeiro alerta:os tucanos amarelaram diante da possibilidade de um confronto aberto e total, que saia das redes sociais e ganhe as ruas nas próximas semanas
Reunidos em São Paulo, na última sexta-feira, os grão-tucanos (FHC, Aécio, Serra, Aloysio, Cunha Lima e Tasso Jereissati) decidiram que o partido não vai mergulhar de cabeça nas manifestações de rua para pedir o impeachment de Dilma. A avaliação do PSDB: o país está sobre um barril de pólvora, e os tucanos não ganhariam nada com a queda de Dilma (o poder provavelmente ficaria nas mãos do PMDB).
Eles são muito corajosos…
A decisão tucana vem logo depois de Lula dizer que vai pra rua enfrentar o golpe, com uma frase que não deixa margem a dúvidas: “Quero paz e Democracia. Mas se eles não querem, nós sabemos brigar também.”Lula deu o recado no Rio, na terça da semana passada, num ato em defesa da Petrobrás (leia mais aqui).
Os tucanos não pagaram pra ver. E a decisão já ecoa entre aqueles que colocam suas penas a serviço do PSDB na imprensa.
Na “Folha”, o colunista Demetrio Magnoli (ex-trotskista, hoje direitista assanhado), disse o óbvio nesse sábado: impeachment – sem provas – faria o Brasil virar “um imenso Paraguai”.
Hum…
É como se ele dissesse: “peraí, pessoal, sigamos a odiar o PT, mas não vamos fazer besteira se não queimamos o nosso filme”.
Um tal Igor Gielow, articulista do mesmo jornal, reclama de Lula. Diz que o petista resolveu “incitar as células dormentes do MST e da CUT” (ops, esse aí teve formação na escola Costa e Silva de jornalismo – “células dormentes”, ui!!), e afirma (zeloso em cuidar de Dilma): “tudo que o governo não precisa agora é disso”.
Não, Igor. De fato. O governo precisa só dos caminhoneiros democratas, do Ives Gandra e de colunistas espertos como você… A Dilma deve estar emocionada com a preocupação do Igor.
Ah, ele também reclama da “guerra cultural” promovida pelo petismo. Ahn?! Tudo que o PT não fez em 12 anos foi enfrentar a guerra cultural promovida pela direita midiática no Brasil. Talvez a guerra venha agora – com ou sem PT…
O Clube Militar (que reúne velhotes reacionários de pijama) também chiou. Disse que Lula assumiu postura de “um agitador de rua”. Sim, caros senhores da reserva, as ruas devem ficar abertas apenas para os golpistas. Agitação de rua é só pra incitar os tresloucados contra o PT. Isso mesmo.
Claro, a decisão do PSDB (amplificada por seus sócios na mídia) tem algo de malandra. Não se compromete com manifestações que podem degenerar em balbúrdia no dia 15. Mas também não acha ruim que elas prossigam…
Aliás, não pensem que os textos de colunistas e comentaristas chamando para certa “contenção” não fazem parte de um jogo combinado. Essa turma tem coordenação, tem agenda comum, decide temas a serem tocados.
A decisão agora parece ser: não vale a pena fazer o confronto total. Por vários motivos. Um é prático: nesse momento, não há qualquer garantia de que o confronto aberto favoreça o tucanato. Lula segue com muita força. Pode colocar mais gente na rua.
Além disso, a esquerda pós-petista mostra sinais de alguma força. O MTST colocou mais de 10 mil pessoas em frente ao Palácio dos Bandeirantes, para protestar contra falta de água. Cercou Alckmin.
No Paraná, o tucano Richa enfrenta uma sublevação popular.
Ou seja: o clima de esfola e mata insuflado por amplos setores midiáticos pode, sim, levar o governo Dilma e o PT de roldão. Mas não há garantia de que tucanos e seus governos estaduais não sejam levados juntos no redemoinho. A situação é confusa.
O fato é que a direita piscou. E não falo da direita levyana, instalada dentro do governo petista; mas da direita que (mesmo com os recuos de Dilma, e a aparente rendição a uma agenda liberal) quer esmagar o que sobrou do lulismo – porque teme que logo à frente ele possa se fortalecer de novo.
A direita piscou. Mas não significa que vá recuar. Ao contrário. Significa que ainda teme Lula. Por isso, estancou a ofensiva às portas de Leningrado. Até porque Lula prometeu um combate casa a casa, porta a porta (e os tucanos não são lá muito corajosos pra essas coisas, preferem terceirizar o golpe pela Globo/Veja).
Um movimento muito acintoso de golpe paraguaio, além de afundar o país numa crise gravíssima e arrastar governos do PSDB, poderia unificar a esquerda. Imaginem se a velha geração de Lula, Stédile (com a CUT e outros movimento sociais) conseguir unificar discurso e ações de rua com os novos movimento sociais?
Dilma e o PT já estão desgastados. Mas Lula mostrou as garras. Os próximos movimentos serão para emparedar o líder que assusta demétrios, aécios, mervais, marinhos e os velhotes do clube militar.
Lula foi às bases e, ao mesmo tempo, foi ao PMDB – que pode ser tudo, mas não é bobo a ponto de entregar o governo para os tucanos na hora em que o peemedebismo se torna cada vez mais poderosos no Congresso.
Lula faz o que Dilma deveria ter feito: usa a força que se move nas ruas para assustar o lado de lá, e assim negociar com o centro – numa posição de mais força (ou de menos fraqueza).
A direita piscou. Vai esperar o dia 13 (com a esquerda na rua), e o dia 15 (com os celerados golpistas na rua), para avaliar se é hora de avançar de novo as tropas. Ou de promover mais ataques de artilharia midiática contra Lula. E vai, sobretudo, esperar a lista de Janot e a CPI do HSBC.
Antes de brigar na rua, os tucanos precisam cuidar de contas e processos.
A fala de Lula significou algo parecido com a frase de Brizola em 1961: “dessa vez, não vão dar o golpe pelo telefone”.
Ou seja: se querem brincar de golpe, preparem-se. Não será um passeio na avenida Paulista.

Luis Nassif - Dilma é a responsavel pela integridade da Petrobras





A AGU (Advocacia Geral da União) tenta negociar com o TCU (Tribunal de Contas da União) um acordo de leniência com as empresas envolvidas no Lava Jato, com a intenção de preservá-las, sem prejuízo das ações penais contra executivos e controladores. Procuradores da Lava Jato respondem que, por não conhecer os detalhes dos inquéritos (sigilosos) a AGU poderá estar fazendo o jogo dos malfeitores.
Por seu lado a CGU (Controladoria Geral da União) também critica a eventualidade de um acordo, com receio de que possa aliviar as punições.
***
Tudo isso demonstra que há uma notável assimetria nas informações sobre a Lava Jato.
Se a intenção dos órgãos de controle (MPF e CGU) for apenas a de punir os criminosos e não a de inviabilizar a economia; se a intenção da AGU for a de apenas preservar a economia e não a de livrar a cara dos criminosos, é evidente que a questão demanda uma mediação, uma autoridade maior que junte as partes, troque as informações e, sem prejuízo do sigilo das operações, ajude a chegar a um meio termo, que preserve a economia sem comprometer as punições.
***
Em circunstâncias normais, o mediador dessa história seria o Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. Pelo seu histórico de indecisões, é claro que lhe falta dimensão pública e pessoal para essa tarefa.
Em circunstâncias normais, a presidente da República substituiria Cardozo por um novo Ministro, em condições de montar esse quebra-cabeça. Nas atuais circunstâncias, a presidente está imobilizada, incapaz de uma atitude pró-ativa em qualquer frente.
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Então, como fica?
É injusto atribuir aos grupos de mídia a responsabilidade pela preservação da Petrobras. Eles contribuem com louvores à encomenda que receberam de destruir a empresa.
O mesmo ocorre com a oposição. Em um dos telegramas da Wikileaks, o então candidato à presidência da República José Serra aparece negociando com um operador de petroleiras internacionais, prometendo acabar com o sistema de partilha no pré-sal, se eleito.
É igualmente injusto criar uma teoria conspiratória nova para explicar o papel das petroleiras. Afinal, trata-se de um método secular, inaugurado há mais de cem anos pelo primeiro Rockefeller. O setor apenas segue sua natureza.
Também é injusto responsabilizar o Procurador Geral da República e o Ministério Público pelo desmonte da empresa. Eles cumprem com sua missão, que é apenas a de investigar suspeitos e punir criminosos.
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Se cada grupo cumpre com sua missão, de quem é a responsabilidade pelo furacão que ameaça a Petrobras e toda a cadeia de petróleo e gás? É a presidente da República Dilma Rousseff.
O que tem a fazer é simples;
  1. Indicar um interlocutor para se reunir com a AGU, TCU e PGR com a missão explícita de preservar a Petrobras e a cadeia do petróleo e gás. Não vale alguém que esconda a reunião na agenda oficial.
  2. Junto com esses interlocutores, analisar objetivamente quais os limites à punição e até ao fechamento das empreiteiras, sem prejudicar o setor.
  3. Destravar o mais rapidamente possível a pauta Petrobras e começar a trabalhar o segundo governo.
Se não fizer, arriscará a entrar na história pela porta dos fundos.