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Matar com míssil tudo bem

Mas, míssil não mata igual? por Fernando Brito 
John Reed, em seu fantástico “México Rebelde” conta que Pancho Villa, durante a Revolução Mexicana, no início do século 20, foi informado por um oficial norte-americano de que convenções internacionais proibiam o uso de balas de ponta oca (as dum-dum, criadas pelos ingleses para conter rebeliões na Índia) .
 Villa, espantado, perguntou: mas qual é a diferença, se as outras matam do mesmo jeito?
O “ataque humanitário” dos EUA a Síria, conquanto tenha causado menos danos do que seria de esperar, dada a presença de baterias antimísseis russas ao redor de damasco e outras cidades, lembra essa perplexidade de Villa.
Não se viram ataques nem sequer parecido quando a Síria tinha se tornado quase “quintal” do Exército Islâmico (apoiado pela Arábia Saudita, aliada dos EUA) ou de rebeldes financiados e armados pelo Ocidente. Agora, que o Governo de Bashar al Assad retomou o controle do país, invoca-se um misterioso uso de armas químicas para justificar o disparo de 103 misseis de cruzeiro e toneladas de bombas de fragmentação sobre território sírio.
Antes de tudo, como reconheceu, mesmo antes  o insuspeito comentarista internacional da Globonews, Guga Chacra, “não tem lógica” que Assad, a um passo de ganhar a guerra, apelaria para algo que, por óbvio, traria uma crise com potências ocidentais:
Para quê, aos 45 do segundo tempo, o líder sírio ordenaria um ataque químico cujo único resultado seria provocar os EUA, correndo o risco de ser bombardeado? Não tem lógica.

Putin deu outro banho nos EUA



isis

Outro dia escrevi aqui que os resultados alcançados pelos ataques russos contra os terroristas do “Estado Islâmico” (passo a usar aspas, porque não são um Estado e é ofensivo ao Islã chama-los assim) tinham, em poucos dias, superado de longe todos os resultados obtidos pelas ações dos EUA e seus aliados da OTAN no combate ao terrorismo na Síria.

Hoje, isso virou confissão.

“O governo Obama  abandonou, nesta sexta-feira, seu esforço para organizar  uma força rebelde dentro da Síria para combater o Estado Islâmico, reconhecendo o fracasso de sua campanha de US$ 500 milhões para treinar milhares de combatentes e  para fornecer ajuda letal (leia-se armas)  para grupos já engajados na batalha” diz o The New York Times.
A razão do fracasso é simplesmente o fato de que boa parte dos aliados americanos na Síria são, de fato, aliados do Isis. “Muitos dos grupos rebeldes eram mais focados em uma campanha contra a presidente sírio, Bashar al-Assad”, diz uma alta fonte da Casa Branca ao jornal.
Quatro senadores –  Christopher S. Murphy, democrata de Connecticut; Joe Manchin III, democrata de West Virginia; Tom Udall, democrata do Novo México; e Mike Lee, republicano de Utah – enviaram carta a Barack Obama dizendo que a ação dos EUA na Síria era pior que “jogar fora” o dinheiro do contribuinte, porque estava armando as forças que dizia  combater.
No mesmo dia, a Rússia anunciou uma estimativa de ter destruído cerca de 40% da estrutura do “Estado Islâmico”, em cinco dias de operação.  Tanto que já há notícias de que dois governos alinhados com os americanos, o do Iraque e o do Afeganistão, já esticam os olhos para uma eventual ajuda russa no desmonte  do terrorismo do Isis.
Ano após ano, os norte-americanos acumulam erros em sua política para o Oriente e, desde que financiaram grupos irregulares no Afeganistão – há mais de 30 anos, para derrubar o então presidente Babrak Karmal -um deles liderado  por um então rapaz de longas barbas chamado Osama Bin Laden.

Ataque irresponsável dos EUA à Síria poderá levar à 3ª Guerra

 
Fiquei meio desapontado ao ver as imagens dos protestos pelo país neste 7 de setembro e não entendi por que esses manifestantes não acrescentaram à sua agenda os dois acontecimentos mais brutais que agridem a humanidade como um todo, inclusive à Rocinha do Amarildo: a programação de bombardeiros destruidores contra a Síria e a espionagem cibernética que fez do Brasil uma república bananeira, com indicativos de respostas que poderão levar a uma terceira guerra mundial.

Não vi alusões nem nos atos dessa nova geração de inconformistas, nem nos promovidos por organizações e partidos mais vividos. Aliás, tem sido um rotina de pernas curtas a ação pela ação, o confronto pelo confronto, como se o sacrifício físico nas ruas falasse por si.

Ataque yanque na Síria será seletivo

Presidente Barak Obama anunciou ataque a Síria. Ele destacou que a ação terá escopo e e duração limitados, além de ser usada uma tecnologia inédita.

" Bombardeio será dirigido apenas aos soldados que tiveram o perfil espionado no Tumblr, Twitter, G+1 e Facebook. Nenhum inocente será atingido, garantiu o presidente Obama".

Ele falou ta falado.

Acredito piamente que os EUA tem provas que o exército sírio usou armas químicas contra a população civil. É tão verdade quanto foi verdade que o ditador iraquiano Sadam Husseim, tinha armas de destruição em massa.

Nada como a humanidade poder contar com os EUA democrático e defensor dos fracos e oprimidos.

O que seria do universo não fosse o espírito de paz que moldou esta nação de homens bons e de bens.

Viva os EUA! Viva!!!! 

José Dirceu - O cinismo do presidente Barack Obama não tem limites

Ontem, ele disse que os EUA ainda não decidiram o que fazer em relação à guerra na Síria, mas afirmou que não vai enviar tropas para o país. E acrescentou que avalia uma série de opções para a Síria: “Não podemos aceitar um mundo no qual mulheres e crianças são vítimas de gás”.
Obama diz que não pode aceitar um mundo no qual o gás é uma arma, mas promove ações criminosas e ilegais, além de assassinar quem bem decide em todo o mundo. Institui uma justiça universal via espionagem e uso dos drones, decide invadir países ou apoiar rebeliões segundo os interesses geopolíticos, econômicos e comerciais dos Estados Unidos.
Tudo sempre em nome da democracia e dos direitos humanos, sem  a chancela da ONU e da comunidade internacional. Por cima das eleis internacionais e da própria carta das Nações Unidas.
Quem deu esse direito aos Estados Unidos? A força militar e econômica que detém, única e exclusivamente, acima dos governos, nações e leis internacionais.

EUA - com licença para matar

Os terroristas do EUA forneceram gás sarin para Sadam Hussein usar contra os curdos.
Quando foi do interesse deles o que fizeram? Enforcaram o "Ditador".
Agora vão derrubar o "Ditador" Sírio.
Pergunto: Quem forneceu armas químicas ao governo Sírio?
Quando os "homens de bem", atacarem o país e matarem centenas, milhares de inocentes indefesos, existirão pelo menos imagens tão chocante quanto esta para a humanidade ver?

Na moda

Figurino 

Foram eles

Que fizeram isso em Hiroshima
Foram eles que fizeram isso no Vietnã
Não me surpreendo se tiverem sido eles que fizeram isso na Síria

Síria: o caldo entornando


Corpo de voluntários russo-ucraniano irá combater na Síriaexército, soldados

Primeiro o Governo Russo envia modernos misseis Yakhont e S-300 e agora (simultaneamente) "voluntários" russos e ucranianos se preparam para se juntar às tropas de Assad .
Vários milhares de homens já se inscreveram no corpo voluntário russo-ucraniano que está sendo formado para prestar ajuda ao presidente Assad, declarou o iniciador da formação do corpo, coronel reformado Serguei Razumovsky que encabeça a União Ucraniana de Oficiais Sem Casa.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2013_05_28/corpo-de-voluntarios-russo-ucraniano-ira-a-siria-para-combater-6523/

A influência dos terroristas da Cia na Síria


   
Estados Unidos, por meio da CIA, age meticulosamente dentro da complexa conformação das forças oposicionistas
Destruição na cidade de Aleppo localizada a 310 quilômetros da capital da Síria, Damasco - Foto: freehalab.wordpress.com
Para ganhar as eleições, Barack Obama vestiu a camisa do “não-intervencionismo”, enquanto a CIA explorou o período eleitoral para fortalecer os setores da oposição armada que sustentam a linha política dos Estados Unidos no âmbito do Comando Conjunto do Exército Livre da Síria (ELS).           
Consequentemente, o coronel Abdel Jabbar al-Okeidi se tornou o líder mais importante do ESL no momento em que seus homens, a partir da fronteira jordaniana, controlavam as regiões por onde passavam os caminhões com os carregamentos de armas made in USA.  
Esse fato, com a intensificação dos ataques aéreos e terrestres do exército sírio, modificou o equilíbrio no seio do ELS. Agora, somente os grupos ligados ao coronel Abdel Jabbar al-Okeidi recebem os novos batalhões formados com voluntários iraquianos, assim como novos lança- foguetes para derrubar tanques, helicópteros e até aviões (foguetes terra-terra e terra-ar). 

Israel inícia o projeto: Irã é o alvo


Pela primeira vez em quase 40 anos, desde a Guerra do Yom Kipur, em 1973, Israel lançou um míssil antitanques (o novíssimo modelo Tamuz) contra solo sírio depois de ser atingido, pela quarta vez em uma semana, por projéteis lançados do país árabe contra as Colinas de Golã. 
A troca de hostilidades tem o potencial de incendiar o Oriente Médio, principalmente se for acompanhada de bombardeios mútuos também na fronteira entre Síria e Turquia. 

OTAN está se desmanchando

O Afeganistão e a Líbia mostraram as vergonhas da OTAN. Se no país asiático levaram-se anos para colocar ordem e disciplina na confusão existente, na Líbia bastaram 11 semanas para que muitos aliados comecem a ficar com pouca munição. E não só isso. Estas campanhas mostraram que há uma aliança de duas velocidades, com parceiros dispostos a suportar custos e outros que só pensam em como tirar proveito dela. Mas essa história vai acabar, porque nos Estados Unidos está chegando ao poder uma nova geração sem sensibilidade para a defesa da Europa. Assim, ou a Europa contribui para a sua própria segurança, ou ficará sem o apoio dos EUA. "O futuro da aliança transatlântica é escuro, se não for negro", previu, ontem, em Bruxelas, Robert Gates, Secretário de Defesa dos EUA, em um discurso de despedida em que não poupou ninguém.

Os europeus não querem investir na defesa e apenas cinco dos 28 parceiros da OTAN (EUA, Reino Unido, França, Grécia e Albânia) superam os 2% do PIB comprometidos com essa questão. Em tempos de grave crise financeira, diz Gates, o que se tem que fazer é, se não gastar tanto, gastar melhor, à procura de capacidades especializadas que sejam de interesse comum. Identificou como exemplos a Noruega e a Dinamarca, que somente com 12% das aeronaves na Líbia, atacaram cerca de um terço dos objetivos, e também valorizou a Bélgica e o Canadá. "Esses exemplos são exceções", disse, sem querer reeditar em público as críticas realizadas na quarta-feira em relação a países como Espanha, Países Baixos ou a Turquia, por não contribuírem tanto como poderiam para o esforço comum.

O Secretário de Defesa assinalou que nos anos da Guerra Fria, Washington contribuía com metade do orçamento aliado. Hoje, sua participação supera 75%. "Vai-se acabar o desejo e a paciência do Congresso em gastar cada vez mais fundos preciosos em nome de alguns países que não parecem dispostos a dedicar os recursos necessários para sua própria defesa", previu Gates. "O futuro da aliança transatlântica é escuro, se não for negro", previu. Mas esse fim não é inevitável, apontou: “Faz falta a liderança de dirigentes políticos e da classe política desse continente". Uma solução que, por enquanto, parece distante.

Nada além do petróleo

Hipocrisia no discurso e na ação
Alinhada, para não dizer, à mercê dos interesses norte-americanos, a União Europeia aumenta as pressões financeiras sobre o Irã para obrigá-lo a abandonar seu programa nuclear. Foram incluídas mais 100 empresas e entidades na lista negra do Conselho Europeu composta pelos que tiveram seus vistos recusados, ativos congelados ou sofreram punições financeiras. 
A UE retalia o Irã sob o pretexto da "falta de progresso nas negociações sobre o programa nuclear iraniano". Teerã, por sua vez, garante que seus projetos não têm fins militares, mas científicos. Seriam, inclusive, voltados à medicina do país. A política europeia permanece irredutível e segue a cartilha norte-americana: bombardeia Trípoli (Líbia) e pressiona Teerã (Irã). 

É bom lembrar, no entanto, que, na Síria, o governo mata impunemente manifestantes e opositores do presidente Bashar Assad. Com forte apoio europeu e americano, os regimes ditatoriais no Iêmen de Ali Abdullah Saleh (há 32 anos no poder) e em Bahrein da família Al Khalifa (230 anos) continuam sem serem fustigados.  Já na Arábia Saudita, as mulheres são presas por dirigir carros. É o caso da ativista Manal al-Sherif, detida pela polícia religiosa do país por conduzir seu automóvel. Ela ficará presa por cinco dias, acusada de atentar contra a ordem pública. 


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Nesse regime, até a dona Hillary Clinton será presa quando for à Arábia Saudita e dirigir seu próprio carro - como fazem as mulheres no Brasil, nos EUA, na Europa. Ainda assim, seguirá com a sua política de sustentação à ditadura monárquica e teocrática no país que apoia os Estados Unidos e garante os interesses norte-americanos na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). No fundo, o discurso libertário dos norte-americanos se esvanece frente aos seus interesses geopolíticos. Na região, obviamente, a questão em pauta é o petróleo. Nada mais. Direitos Humanos só servem, nestes exemplos, para encobrir as razões, de fato.

por Cesar Maia

[...] OS SALAFISTAS E O MUNDO ÁRABE!
                
1. Na Síria, os Salafistas estão sendo acusados por el-Assad de estarem por detrás das manifestações populares de protesto. No Egito, foram inculpados de promoverem há uns dias o massacre de cristãos coptas reunidos na igreja de San Menas, no Cairo. Os Salafistas consideram que a única e verdadeira interpretação do Islã é a seguida pelas primeiras três gerações de seus líderes. Qualquer desvio no ritual ou na interpretação da fé, ocorrido desde então, é denunciado como uma inovação que atenta contra o Islã.
                
2. Esteve esse movimento à frente do extremismo islâmico contra as lideranças políticas árabes nos anos 70 e 80. Adquiriu maior projeção recentemente, quando a ele aderiram Osama Bin Laden e seus seguidores de Al Qaeda.  No Egito, a maioria de seus adeptos não está envolvida na prática de violência, mas apenas segue uma interpretação da fé semelhante à praticada na Arábia Saudita pelos waabitas.
                
3. Porém, alguns são intolerantes para com outras tendências islâmicas e outras religiões. São seus alvos principais os cristãos coptas (10% da população total do Egito) e também os muçulmanos sufistas, cuja veneração pelos santos é considerada uma heresia pelos salafistas.  Há o justo temor de que, nas eleições parlamentares egípcias de setembro próximo, os Salafistas venham a ganhar maior poder político, que sempre lhes foi negado por Mubarak, que os acusava de serem os autores do atentado contra a vida de seu predecessor, Sadat. Isso poderá ter perigosas repercussões não apenas no Egito, mas em outros países da região, notadamente na Síria e na Arábia Saudita.

por Brizola Neto

Jornalistas visitam casa onde morreram filho e netos da Khadaffi; uma bomba não detonada aparece entre os escombros
A nota da OTAN lamentando a morte do filho mais novo e de três netos de Mummar Khadaffi é de um cinismo poucas vezes visto. Não é crível que Khadaffi deixasse seu filho e seus netos numa instalação militar, ainda mais depois de um mês de pesados bombardeios à capital, Trípoli. Foi, sim, um ataque a uma casa, num bairro residencial, com o deliberado intuito de atingir o líder líbio.
Goste-se dele ou não, não é esse o mandato da ONU para a Líbia. Ao contrário, a autorização de uso de força militar é para proteger civis, não para assassinar Khadaffi e muito menos seus filhos e netos.

Mais cruel ainda é que o ataque se deu poucas horas depois de ele ter anunciado publicamente, na televisão, que estava disposto a negociar com a OTAN em troca de um cessar-fogo.

Fica claro que a ação militar não tem como objetivo criar uma saída humanitária para a crise daquele país. Pretende sim a deposição de um regime e o aniquilamento de pessoas que o lideram, pela via do assassinato – porque não é possível considerar que matar com bombas seja menos que um assassinato a bala, sem defesa.
Aliás, é pior, porque para tentar atingir a TV onde estaria Khadaffi  a Sociedade Líbia da Síndrome de Down também foi bombardeada nos ataques da Otan na madrugada de ontem.
Não é para isso a ONU. Os Brics – Brasil entre eles – devem usar o poder que adquiriram na comunidade internacional para exigir um cessar-fogo imediato e o envio de observadores internacionais para zelar por seu cumprimento. A comunidade das nações não pode, mesmo indiretamente, patrocinar ataques de “execução pessoal”. Não deveriam patrocinar ataque algum, mas estes, de deliberada e dirigida ação homicida são intoleráveis.

por Zé Dirceu

A hipocrisia e o cinismo sem fim dos EUA
Através de um porta-voz da Casa branca, lá vem os Estados Unidos de novo com a história de que estudam impor sanções contra o governo da Síria, em resposta aos "ataques brutais" contra as manifestações de opositores do regime do presidente-ditador Bashar al Assad, no poder há 11 anos (desde 2000).
A justificativa, mais uma vez vem embalada no pretexto de defesa da vida de civis. Grupos de direitos humanos dizem que as forças de segurança - na verdade, pistoleiros da repressão comandada por Assad - mataram mais de 350 civis desde o início dos protestos em Deraa, no dia 18 de março pp.

Pelo menos 1/3 destas vítimas, aliás, morreu nos últimos 4 dias, com o recrudescimento da rebelião que se alastrou para a Capital, Damasco, e por todo o país, e que o ditador, agora,  passou a combater, com tanques de guerra.

Os EUA nunca tiveram antes a preocupação com os direitos humanos dos opositores, ou de "salvá-los" nos 11 anos em que Assad governa com mão de ferro o país, nem nos 30 anos (1970-2000) em que seu pai Hafez al-Assad foi ditador na Síria.

Ambos conduziram regimes que, se não eram aliados e nem amigos próximos dos EUA, também não eram opositores que incomodavam. Como se vê, então, o comportamento dos Estados Unidos e da Europa - esta, também, indiferente à sorte dos sírios até agora - não passa de um atestado contundente de que ambos só estão interessados nos seus negócios e aliados estratégicos (vejam nota).

Guantánamo

[...] uma das maiores derrotas de presidente Barak Obama

ublicado em 25-Abr-2011
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Barack Obama
Enquanto a imprensa internacional repercute o escândalo divulgado pelo Wikileaks, dos prisioneiros ilegais mantidos em Guantánamo (uma baía de Cuba ocupada desde 1903 pelos EUA) pelo governo dos Estados Unidos, numa violação inédita e permanente dos direitos humanos mais elementares, no Afeganistão quase 500 presos, a maioria vinculada aos Talibãs, fogem de uma prisão em Kandahar.

O que os EUA fazem em Guantánamo lembra os regimes fascistas. Está aí uma prova da ineficácia da política norte-americana que viola permanentemente as leis e tratados internacionais e a sua própria legislação penal.

A manutenção da situação em Guantánamo, para o presidente Barack Obama, é uma de suas piores derrotas. Embora durante a sua campanha eleitoral (2008) acenasse com a possibilidade de desativar a prisão, já se passou mais da metade de seu mandato e ele até já se lançou candidato à reeleição (2012).

Uma vergonha mundial


O presidente Barack Obama não foi capaz, no entanto, de cumprir seu compromisso de campanha e fechar a prisão, um símbolo da violação dos direitos humanos pelos EUA e uma vergonha mundial.

O Wikileaks publica, agora, a ficha de mais de 700 presos e gráficos da prisão - aliás, um segredo de polichinelo. Uma vergonha, repito, e uma desmoralização de todo o discurso pró-direitos humanos dos EUA. Tudo uma farsa.

Como, aliás, é a intervenção na Líbia e o silêncio sobre a Síria, onde o povo é metralhado todos os dias e barbaramente assassinado por pistoleiros do regime, desde que há mais de um mês a onda de rebeliões nos países arábes chegou a Damasco.

Massacre na Síria

Pelo menos 300 manifestantes já morreram em protestos antigoverno

Um dia após o governo ter decretado o fim do estado de emergência, forças do ditador sírio, Bashar Assad, atiraram em manifestantes e mataram mais de 80, segundo relato de ativistas. Foi o dia mais violento desde o início da onda de protestos, em 15 de março.

Vídeos veiculados pela rede Al Jazeera mostram opositores sem armas sendo fuzilados em Homs (oeste)

Testemunhas relataram que em Hama, no centro do país, atiradores em telhados miravam quem protestavam.

Desde o início dos protestos, contando com o dia de ontem, a estimativa é a de que a ditadura da Síria tenha matado mais de 300 adversários.


Por que a ONU, americanos, ingleses, franceses etc não apoiam e armam os manifestantes pró democracia lá na Síria como estão fazendo lá na Líbia?... 

Síria

[...] Forças de segurança da Síria abriram fogo contra manifestantes que realizavam em Deraa um protesto contra o Partido Baath, que governa o país.
De acordo com fontes médicas, testemunhas e ativistas dos direitos humanos, ao menos 25 pessoas morreram na ação repressora do governo. Segundo ativistas, um total de 32 manifestantes foram mortos ao redor do país [ontem].
Uma TV síria exibiu imagens de homens mascarados abrindo fogo contra a multidão em Deraa e até contra policiais. A TV estatal síria informou que 19 policiais e membros das forças de segurança foram mortos.
- Eu vi poças de sangue e três corpos sendo retirados por parentes na região de Mahatta - disse uma testemunha.
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