Ontem, ele disse que os EUA ainda não decidiram o que fazer em relação à guerra na Síria, mas afirmou que não vai enviar tropas para o país. E acrescentou que avalia uma série de opções para a Síria: “Não podemos aceitar um mundo no qual mulheres e crianças são vítimas de gás”.
Obama diz que não pode aceitar um mundo no qual o gás é uma arma, mas promove ações criminosas e ilegais, além de assassinar quem bem decide em todo o mundo. Institui uma justiça universal via espionagem e uso dos drones, decide invadir países ou apoiar rebeliões segundo os interesses geopolíticos, econômicos e comerciais dos Estados Unidos.
Tudo sempre em nome da democracia e dos direitos humanos, sem a chancela da ONU e da comunidade internacional. Por cima das eleis internacionais e da própria carta das Nações Unidas.
Quem deu esse direito aos Estados Unidos? A força militar e econômica que detém, única e exclusivamente, acima dos governos, nações e leis internacionais.
Quem deve investigar, julgar e condenar ou não o governo sírio é a ONU, que exclusivamente deve aplicar e executar a pena e a decisão de seu Conselho de Segurança. Fora da lei, caminhamos para a barbárie a que assistimos, fruto inclusive das invasões e intervenções dos EUA e da OTAN, cada vez mais frequentes e comum.
A história recente ensina que não se conquista a paz por esse caminho. Pelo contrário, é a guerra sempre e cada vez mais cruel em sua pior versão, à custa de vidas humanas e com violência contra a população civil, que se impõe como lei dos mais fortes.
Repúdio da UNASUL
Ontem, reunida no Suriname, a UNASUL (União das Nações Sul-Americanas) condenou “intervenções externas que sejam incompatíveis com a Carta das Nações Unidas”. O texto reforça o repúdio que vários países da região, incluindo o Brasil, vinham fazendo à possível intervenção.
O documento diz que o uso de armas químicas é crime de guerra e defende que o tema seja tratado dentro do direito internacional. A UNASUL também pede “o fim imediato da violência, suspensão do envio de todo tipo de armamento para o território sírio, o respeito ao direito internacional humanitário e o início de diálogo entre as partes”.
PT expressa “crescente apreensão”
O PT também divulgou nota sobre a Síria na qual diz que acompanha a situação com “crescente apreensão”.
“Desde o início dos conflitos naquele país, a nossa posição é de que cabe unicamente ao povo sírio encontrar uma solução pacífica e política para as suas diferenças”, afirma a nota.
“O PT condena com total veemência qualquer forma de violência contra civis e rechaça qualquer tipo de ingerência externa.”
“Há exemplos recentes confirmando que ações militares patrocinadas por potências estrangeiras não ajudam a paz, a democracia e o bem estar, causando mais destruição e perda de vidas humanas.”
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