Um blog comum, igual a todos, diferente de cada um
Deve ser brincadeira
Em uma de sua primeira visita a uma escola Lula não teve o menor incômodo de dizer que tinha uma preguiça “disgramada” de ler.
Nada me convence que num tempo tão breve tenha adquirido o hábito da leitura.
Esta semana, ainda de férias, o presidente Lula sancionou, entre outras, a lei que institui o dia 12 de outubro como o Dia Nacional da Leitura e a "Semana Nacional de Literatura", proposta pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
Certamente a proposta do senador explique a tão inusitada lei do presidente Lula.
Bom Negócios da Família Lua da Silva
Por Jorge Serrão
O mais bem informado apedeuta do mundo global recebeu ontem, em plenas férias em Aratu, uma das informações que aguardava com ansiedade. O chefão Lula da Silva comemorou o anúncio de que a Oi adquiriu, finalmente, o controle acionário da Brasil Telecom Participações e da Brasil Telecom S.A.. O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, lhe comunicou a boa notícia pelo celular via satélite.
O negócio fechado fez a alegria de gente muito próxima e familiar a Lula. Faturou alto quem tinha ações pulverizadas da empresa comprada (a BrT). Sorte de quem acrescentou alguns milhões à sua fortuna pessoal em franco crescimento. Também vibrou com o negócio o investidor Daniel Valente Dantas. Até a conclusão de toda a operação, DVD deve faturar cerca de R$ 1 bilhão ao se desfazer das ações da BrT.
A Oi informou que, no prazo de 30 dias, submeterá à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) os requerimentos de registro para uma oferta pública de aquisição de ações com direito a voto de propriedade dos acionistas minoritários da Brasil Telecom Participações e da Brasil Telecom. Nesta fase, os amigos do Planalto vão ganhar mais dinheiro.
A Oi projeta que, com as ofertas públicas para adquirir as ações em circulação no mercado, o valor total do negócio pode chegar a algo em torno de R$ 13 bilhões de reais. Número mais cabalístico - e de sorte para os ganhadores da operação - impossível. Ontem, a Oi finalmente acertou a transação de fusão com a BrT ao efetuar o pagamento de R$ 5,371 bilhões de reais.
O valor equivale ao preço acordado no contrato de compra e venda, de R$ 5,863 bilhões de reais, atualizado pela variação da taxa média do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), deduzido da dívida líquida da Invitel S.A. (R$ 998 milhões de reais). A Invitel é uma das empresas da cadeia societária da Brasil Telecom.
Na transação realizada ontem, a Oi tornou-se titular, indiretamente, de 81.092.986 ações ordinárias de emissão da Brasil Telecom Participações. Isto representa 61,2 por cento do capital votante da empresa. O preço pago por ação foi de R$ 77,04 reais.
Negócio futuro
Nada impede que a tele nacional resultante da compra da Brasil Telecom pela Oi seja vendida a estrangeiros após sua constituição.
Nem o decreto presidencial que permitiu o negócio nem os acordos de acionistas proíbem que um grupo estrangeiro de fora da telefonia fixa do País adquira a nova empresa.
É só esperar a poeira do negócio baixar para, daqui a um ou alguns anos, o negócio se formalizar.
Quase estatal
A BNDESPar - braço de participações do BNDES - deterá 34% da nova empresa Oi-BrT.
Seus controladores são os grupos La Fonte e Andrade Gutierres, junto com o BNDES.
A formação da supertele um terço estatal, que fica prontinha para ser assimilada por uma transnacional, só foi possível depois da aprovação do novo Plano Geral de Outorgas (PGO), que permitiu a atuação de uma mesma empresa em duas regiões.
O decreto presidencial com a nova legislação foi publicado em 21 de novembro.
[Toda a origem do negócio foi um investimento feito pela TELEMAR – atual OI – na GAMECORPS, empresa de fundo de quintal, de propriedade do Lulinha, o filjo dileto do senhor Lula.
A empresa a época do investimento já era uma merreca e agora implodiu – foi criada para uma determinada finalidade e esta foi alcançada.
Para que manter?
Os negócios do fenomenal Lulinha – o pai, o presidente Lula, o considera um fenômeno – agora estão voltados para aquisição de fazendas – a mais recente custou 48 milhões]
Gigante
A supertele, que atuará no Distrito Federal e em 25 estados, terá receita líquida anual de R$ 30 bilhões.
Conforme números fornecidos pela Oi, a nova empresa vai ter cerca de 22,3 milhões de usuários de telefones fixos e 20,2 milhões de clientes de telefonia móvel.
Os assinantes de banda larga chegam a 3,2 milhões de clientes e os de TV por assinatura giram em torno de 600 mil.[se a nova empresa mantiver a péssima qualidade dos serviços de banda larga, especialmente os prestados no DF, o número de assinantes pode sofrer substancial redução.]
Mais champagne
Lula terá mais um negócio grandioso para comemorar logo mais.
O Banco do Brasil deve anunciar hoje a compra de 49% do capital do Banco Votorantim, da família Ermírio de Moraes.
Em novembro, graças a um bom acordo com o tucano José Serra, o BB já faturou a Nossa Caixa do governo paulista.
Viva o governo que faz bons negócios e acertos...
Nova Empresa Estatal
- O companhiera Dilma, eu não sabia (nunca sabe de nada mesmo) da criação desta nova estatal de contrução civil. Esta é mais uma boa idéia sua. Vai ser, sabe, uma empresa tão grande quanto a Petrobras?
- Que estatal o senhor está falando companheiro Lula?
- Ora cumpanheira, sabe, esta Emobras.
- Senhor presidente. Não é Emobras a placa diz Em Obras.
Faz sentido
- Que é que está acontecendo ai dentro?
- Jesus está operando irmão!
E o bêbado:
- Esse cara não usa anestesia não?
Desiderata
Os Gansos
BB - Votorantim: Mais tranparência
Nesse negócio é preciso mais transparência. E já! A nação, os brasileiros, o Congresso Nacional precisam ser informados das condições nas quais o Banco do Brasil (BB) está comprando o Banco Votorantim, o que numa análise objetiva, e falando com todas as letras, nada mais é do que uma ajuda ao grupo Votorantim em dificuldades.
Ao invés de dar R$ 4,2 bilhões (via BB) pelo Votorantim (cujo patrimônio é de R$ 6,45 bilhões), comprar 50% do banco da família Ermírio de Moraes, e compartilhar sua gestão, melhor é ajudar o banco a buscar uma solução (via banca) privada.
Essa compra não parece uma saída aceitável e nem republicana porque, por enquanto, pelo que se tem, trata-se de uma história mal contada.
Por que nenhum banco privado se interessou pelo Votorantim?
Os contribuintes, os eleitores e o PT deveriam ser os primeiros a questionar a operação, porque tem o direito de saber: o que aconteceu no Votorantim e em suas operações de derivativos; em suas relações com a Aracruz (do mesmo grupo); qual é a real situação do banco e do grupo Votorantim; e quais as razões para o BB comprar a parte da família Ermírio de Moraes.
Outro questionamento a ser feito urgente - ou o BB pode antecipar-se e explicar - é com que objetivo faz essa aquisição, já que acabou de comprar a Nossa Caixa (do governo de São Paulo) e está para comprar, também, os bancos Regional de Brasília (BRB), e caminha para adquirir o Banco Regional do Estado Espírito Santo (BANESPES).
É bom que se diga, ainda, que o Votorantim tinha, em julho de 2008, uma carteira de financiamento de carros usados de R$ 17,9 bilhões, o que pode ser agora um problema e tanto. E atenção: a pergunta que se faz, e a mais enigmática no negócio, é uma só: por que nenhum banco privado se interessou pelo Votorantim?
Foto: Elza Fiúza/ABr
Mais torce que age
- "Fala sério" , disse mais ou menos Henrique Meirelles a Marcio Cypriano, presidente do Bradesco, que reclamava dos juros altos do Banco Central na reunião de lideranças empresariais com a cúpula econômica do governo, anteontem. Foi "incrível, fantástico, extraordinário", como dizia um velho samba da Portela, um banqueiro do porte de Cypriano, falando pela Febraban, pleitear em público a redução emergencial da Selic. Mais divertido ainda foi que Meirelles cobriu a aposta de Cypriano: disse que o problema não era a Selic, mas o "spread" bancário, a diferença entre a taxa de juros cobrada do público e o custo de captação de fundos pelos bancos. Desde outubro, o "spread" de fato passou a flutuar em camadas ainda mais altas e rarefeitas da estratosfera. Os juros "básicos" na praça, em termos reais, caíram para o piso histórico, a uns 7%.
Estamos diante de um Proer disfarçado. O Banco Votorantim não ia bem e o governo teve de ajudá-lo. O BB compra 49% das ações e o grupo Votorantim, com 51%, continua a ser o titular do banco. Futuramente, a Votorantim comprará a parte oficial e continuará a deter 100% das ações. É uma ajuda disfarçada. Os donos da Votorantim nunca quiseram ser banqueiros. Em certa época, foi-lhes oferecido o grupo Itaú de Minas, cimento e banco. Só compraram as fábricas de cimento, sendo a parte financeira comprada pela família Setúbal e sócios. Perderam a chance de se tornarem proprietários do Itaú. Depois, resolveram entrar no ramo bancário com o Planinbank. Também não deu certo porque houve uma queda na bolsa motivada pelo processo contra Naji Nahas, que seria um dos futuros clientes do grupo. Agora, com a reabilitação promovida pelo governo, talvez o grupo comece a se adaptar à área financeira. Para nós, leigos, parece fácil ser banqueiro. Na realidade, não é bem assim.
10 de Janeiro de 2009 11:50