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Economia

A carne bovina de 2ª esta custando em média 29 reais. O leite integral de caixinha 7,50 sete reais e cinquenta centavos. Mas, Bolsonaro cita como exemplo de reforma tributária a isenção de impostos de jet ski que custava 90 mil reais e agora esta custando apenas 80 mil. Parabéns bolsominions, as prioridades deste governo são exemplares... SQÑ

A reforma tributária de Bolsonaro

Pitaco do Briguilino: Sinceramente... eu não consigo compreender como um pobre apoia e vota nesse sujeito. A imagem que me vem a mente é um inseto pedindo, implorando por inseticida. Nam

Para Bolsonaro, dificultar aposentadoria de pobre é combater privilégios, por Tatiana Melim

A proposta de reforma da Previdência de Jair Bolsonaro (PSL) não combate as desigualdades nem acaba com privilégios. O principal alvo da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 006/2019), a chamada PEC da reforma, são os trabalhadores e trabalhadoras da iniciativa privada que ganham menos, passam longos períodos desempregados ou com empregos precários, sem carteira assinada e, portanto, sem condições de contribuir com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Mais de 92% dos benefícios previdenciários pagos pelo governo são de até três salários mínimos (R$ 2.294,00) e 80% dos trabalhadores que se aposentam por idade ganham apenas um salário mínimo (R$ 998,00). A reforma de Bolsonaro quer obrigar esses trabalhadores a contribuírem mais cinco anos para receberem menos de aposentadoria.
Atualmente, os trabalhadores e trabalhadoras do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) podem optar por uma das duas formas de aposentadoria: por idade e por tempo de contribuição. A aposentadoria por idade exige 15 anos de contribuição e idade mínima de 60 anos (mulheres) e 65 anos (homens). O valor médio dos benefícios é de R$ 1.051,93.
Já a aposentadoria por tempo de contribuição não tem exigência de idade mínima. As mulheres precisam contribuir por 30 anos e os homens, 35 anos. É possível se aposentar também pela fórmula 86/96. O valor médio das aposentadorias nesse modelo, que alcança a população de renda um pouco mais alta e que consegue se manter em um emprego formal por mais tempo, é de R$ 2.264,74.
Para Bolsonaro, esses trabalhadores, que não chegam a receber o salário mínimo ideal calculado pelo Dieese para sustentar uma família de quatro pessoas (R$ 3.960,57), são considerados privilegiados. Por isso, ele quer acabar com a modalidade de aposentadoria por tempo de contribuição, aumentar o tempo mínimo de contribuição de 15 para 20 anos e estabelecer a idade mínima de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres.
Se a proposta do governo for aprovada, o trabalhador que conseguir se aposentar pelas novas regras, só receberá 60% do valor do benefício. Para receber o valor integral, terá de contribuir por pelo menos 40 anos. Ou seja, será preciso contribuir por mais tempo para receber menos de aposentadoria.
Para o ex-ministro da Previdência Social do governo Lula, Ricardo Berzoini, se o Congresso aprovar a PEC da Reforma, a queda da cobertura previdenciária e o rebaixamento do valor dos benefícios podem causar sérios prejuízos para a economia, sobretudo dos municípios que dependem das aposentadorias para girar o comércio e a economia local.
“A crise econômica poderá se agravar mais e o peso de tudo recairá nas costas da classe trabalhadora brasileira”
– Ricardo Berzoini

Reforma tributária já

O povo brasileiro tem demonstrado claramente, e de forma democrática, pelo voto, o que ele quer: a continuidade dos governos do Lula e da Dilma. No entanto, o governo sente dificuldades para dar continuidade a esses governos, aprofundando e estendendo as transformações da década passada.

Temos de fazer mais pelo Real


ImageO câmbio vai continuar se valorizando, os juros permanecerão altos e a liquidez persistirá no mundo. O mesmo vale para as políticas cambiais e de juros administradas nos Estados Unidos e China – ou seja, as guerras comercial e cambial seguirão o seu curso.

Devemos e podemos fazer mais para impedir uma valorização maior do real. Mas, enquanto não mudarmos nossa política monetária, não haverá solução no curto prazo. Ela só é possível no médio prazo, com menos impostos e dinheiro mais barato, melhor infraestrutura e logística, mais educação e, principalmente, inovação tecnológica.

Já é hora de o governo e de todo país priorizar - de fato - a educação e a inovação. Temos de fazer a reforma tributária, implantar a nova fase da política industrial e evitar todo tipo de dumping e fraude comercial, como, por exemplo, as famosas triangulações via MERCOSUL. E, inclusive, fazer avançar a integração regional. Isso significa dar um salto no próprio bloco comercial do continente (leia mais neste blog). E, como sabemos, nada disso se dá no curto prazo.

Taxas imbatíveis


Daí, a urgência de uma mudança na política de juros, que hoje paga quase 6% de juros reais. Com a taxa Selic a 12,50% e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a 6,71%, no acumulado de 12 meses até junho, os juros reais no Brasil tornam-se praticamente "imbatíveis", segundo analisa boa parte dos estrategistas do mercado financeiro.

Com essa taxa, não há câmbio que se sustente! A título de exemplo, a Índia, um país emergente e do grupo dos BRICS como o Brasil, com seus 9,44% de inflação anuais tem juros de 8%, ou seja, negativos. Por outro lado, como o Brasil está crescendo, oferece oportunidades de investimento, garantia e segurança jurídica - fundamentos razoáveis no mundo de hoje - o capital, como ave de rapina, não tem dúvidas: ruma para cá.

Basta ver que nosso país saltou do 15º lugar para o 5º, na lista mundial do investimento direto estrangeiro, o famoso IDE, levantado pela UNCTAD, a agência da ONU para o comércio e o desenvolvimento.

Não deveríamos ter permitido a venda da Repsol


Por aqui, o IDE aumentou 84,6% em 2010 na comparação com o ano anterior, totalizando US$ 48,4 bi, de acordo com esse estudo da UNCTAD chamado Investimento no Mundo 2011. E, mesmo que US$ 7 bi contabilizados neste ranking sejam resultantes da venda da filial brasileira da Repsol espanhola para a chinesa Sinopec - o que nunca deveríamos ter permitido, comprando nós a Repsol - o grosso dos valores do IDE representa investimentos voltados à produção.

Esse volume de IDE veio, portanto, para a criação de fábricas e para diversas operações empresariais internacionais, como fusões e aquisições, compra de participações acionárias, empréstimos para filiais e reinvestimento dos lucros. Ainda bem.
Zé Dirceu

Economia

As mudanças no planejamento público

Há mudanças em curso na maneira de analisar e acompanhar o planejamento público.
À opinião pública interessa conhecer o planejamento, as metas e os resultados de programas objetivos e de utilização dos recursos orçamentários. Mas a forma de apresentar os dados sempre foi complexa, hermética, muito mais linguagem de contador do que de gerente.

Criada pela Constituição de 1988, a ferramenta básica é o PPA (Plano Plurianual) – tanto para o governo federal quanto para os estaduais. Nela, são definidas as prioridades e o orçamento para os próximos quatro anos. Depois, essas prioridades são desdobradas em ações anuais, através da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).
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Ainda no governo Lula, decidiu-se dotar o PPA de maior flexibilidade, aproximando-o mais das prioridades de governo e com atualização mais amiúde. Por exemplo, em 2003, o Prouni (o programa de bolsas de estudos para universidades privadas) não constava do PPA inicial, mas se tornou prioridade importante. Então foi incluído no PPA.
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O desafio agora, explica a Ministra do Planejamento Mirian Belchior, é transformar o PPA em ferramenta gerencial de fato para os Ministérios e para o governo como um todo.
Hoje em dia existem mais de 300 programas em andamento. Apenas para crianças existem 15 programas simultâneos. O primeiro desafio será criar uma camada superior, um programa-mãe que junte os demais. A ideia é se ter 50 programas superiores.
O modelo de monitoramento será o mesmo utilizado no PAC.
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Depois, definir um modelo de apresentação dos programas que seja muito próximo do planejamento gerencial, utilizando indicadores e linguagem que seja compreendida pelo público leigo.

No PPA, por exemplo, existe a Categoria Programa. Debaixo dela abriu-se a Categoria Nível Tático, desdobrado em duas subcategorias: Objetivos e Iniciativas. Na primeira, as metas, a métrica; na segunda, as ações para alcançar os objetivos propostos.
O novo PPA será muito mais parecido com um plano setorial do que com uma peça orçamentária.
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Nesse modelo, o Ministério que fizer a lição de casa preencherá facilmente o PPA. Por lição de casa entenda-se ter uma perspectiva de planejamento (com objetivos e metas) e ações setoriais claras.

De acordo com Lúcia Falcón, Secretária de Planejamento e Investimento do Planejamento, nessa nova estrutura as ações poderão ser medidas de duas maneiras:


1. Para cada programa, será definido um indicador, descrito o algoritmo (a forma de cálculo), a unidade de medida e o índice de referência (por exemplo, um determinado mês inicial). Um programa de agricultura irrigada definirá como medida o percentual da área colhida que já aplica técnicas de irrigação e drenagem. Depois, metas em cima dessa métrica. Com isso, a opinião pública terá elementos para acompanhar o programa e saber se ele está transformando ou não a realidade.


2. No PPA existem indicadores de mais longo prazo. No novo modelo, será possível acompanhar os indicadores ano a ano e cobrar resultados. Toda a medição dos programas será em cima de indicadores de impactos, de resultados objetivos para o país e para os cidadãos.


Produção industrial avança 0,5% em março
A produção industrial brasileira subiu 0,5% entre fevereiro e março na série livre de influências sazonais, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com o resultado, o crescimento acumulado em três meses chega a 2,8%. O patamar de produção de março de 2011 atingiu o ponto mais elevado desde o início da série histórica. O avanço no comparativo mensal foi observado em 13 dos 27 setores pesquisados, e em dois dos segmentos pesquisados.

Surto de inflação é maior entre emergentes, diz Mantega
O "surto de inflação" é visto com mais intensidade entre os países emergentes, uma vez que seu ritmo de crescimento é maior ante o observado em outras nações, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Em audiência realizada no Senado, Mantega destacou que, embora a pressão inflacionária seja maior nos países emergentes, o problema é mundial. Além disso, pontuou que os ajustes necessários para manter o crescimento sustentável passam por medidas fiscais e reversão dos estímulos econômicos.

Emplacamento de veículos cresce 5,54% em abril
A quantidade de veículos novos emplacados subiu 5,54% em abril, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Apenas no quarto mês deste ano, foram emplacadas 289.213 unidades. Na comparação com 2010, houve aumento de 4,10% nos emplacamentos de veículos comerciais leves, caminhões e ônibus. No ano, foram vendidas 1,114 milhão de unidades, alta de 4,56% frente ao volume comercializado no mesmo período do ano passado.

FMI: América Latina tem pressão por superaquecimento econômico
O Fundo Monetário Internacional (FMI) diz que existem pressões de superaquecimento econômico emergindo na América Latina. Em relatório, a entidade diz que o aumento do superaquecimento econômico torna imperativo o aperto das políticas monetária e fiscal. "Os altos preços das commodities e as condições de financiamento externo fáceis, somadas às políticas macroeconômicas ainda acomodatícias, estão elevando a atividade econômica acima do seu nível potencial”.

Déficit da Argentina com o Brasil dispara a 125,9%
O déficit comercial da Argentina com o Brasil cresceu 125,9% nos primeiros quatro meses deste ano, segundo a consultoria Abeceb, usando dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Entre janeiro e abril, o déficit chegou a US$ 1,326 bilhão, ante os US$ 588 milhões verificados em 2010. Segundo a consultoria, apenas no mês de abril o déficit com o Brasil cresceu 83,2%, chegando a US$ 265 milhões - em comparação aos US$ 144,6 milhões de abril de 2010.

Governo pode adotar mais medidas para conter valorização do real
Autoridades não descartam o uso de novas medidas para conter a valorização excessiva do Real. Entretanto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, diz que não se pode antecipar como o governo vai agir para evitar que o mercado procure brechas entre as medidas. “Os mercados são muito criativos para ganhar dinheiro e, nessas situações, a surpresa é muito importante. Essa é uma matéria que exige muita criatividade”, disse o ministro.

Reforma Tributária

[...] Proposta para reforma tributária é oportuna e realista
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As reformas política e tributária são os dois compromissos mais importantes assumidos pela presidenta Dilma Rousseff na campanha (à parte a luta contra a pobreza, que faz parte de nossa própria identidade). Os quatro pontos anunciados pelo secretário executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, vão ao centro do problema e têm a vantagem de serem realistas, podem e devem ser aprovados pelo Congresso Nacional. A proposta de simplificação do ICMS, com a unificação da legislação e a criação do IVA, já está no parlamento. Reduz os custos, simplifica, racionaliza, põe fim a guerra fiscal, faz justiça fiscal regional. Só não foi aprovada pela obstrução tucana, mais especificamente de José Serra e Aécio Neves.

Da mesma forma, a restituição do PIS/Cofins obrigatória e em curto prazo reduz o custo financeiro das empresas, que são obrigadas a tomar empréstimos para substituir os recursos retidos. Já a desoneração da folha de pagamento e a elevação do teto do Simples são um reforço extraordinário de redução dos custos para os micros e pequenos empresários e para os exportadores.

Considero a escolha dos quatro itens oportuna e realista, com grandes condições de aprovação, já que a aposição não tem como se opor as medidas, algumas, aliás, reclamadas por todos os setores econômicos e sociais. É uma oportunidade para por em pratica o diálogo tão alardeado por Aécio Neves em seu discurso, ainda que o governo e sua base tenham dado demonstrações de maioria para aprovação de medidas indispensáveis para enfrentar o atual momento de crise mundial com reflexos no Brasil, como na crise de 2008-09.

Afora esses quatro itens, Barbosa, que defende uma política econômica gradualista, que ajuste a inflação sem grandes choques ou guinadas, considera prioritários para o Ministério da Fazenda a aprovação do projeto de lei do Novo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), aprovado pelo Senado em dezembro e que retornou à Câmara. Também aponta como prioridade a medida provisória do cadastro positivo, editada pelo ex-presidente Lula em dezembro; a proposta que institui o regime de previdência complementar para os servidores públicos federais titulares de cargo efetivo, que foi encaminhado pelo ex-presidente Lula ao Congresso em 2007 e, por último, mas não menos importante, o projeto de lei que cria o Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica (Pronatec), anunciado em março pela presidente.

Reforma tributária, urgente


Corre na internet uma campanha em prol da Reforma Tributária e Financeira no Brasil, já. Como exemplo do descalabro em que se tornou nosso sistema fiscal e tributário, é exposto o seguinte axioma: supondo que um correntista houvesse depositado em poupança o valor de R$ 100,00 (cem reais) em 01/07/1994 (data de lançamento do Plano Real) teria hoje a "fantástica" quantia de R$ 374,00 (trezentos e setenta e quatro reais). Se o mesmo correntista tivesse sacado R$ 100,00 (cem reais) no cheque especial, na mesma data, teria hoje uma "pequena" dívida de R$ 139.259,00 (cento e trinta e nome mil, duzentos e cinquenta e nova reais) no mesmo banco. E conclui: não é à toa que o Banco Itaú teve R$ 13.000.000.000,00 (treze bilhões de reais) de lucro em 2010, seguido de perto pelo Banco do Brasil e Bradesco. Esse é o nosso Brasil varonil.


Alberto de Sousa Bezerril 
NATAL - RN 

Correção tributária

Dilma Rousseff se aproximou das lideranças sindicais concordando com negociações destinadas a assegurar o estabelecimento de normas sobre a correção da tabela do imposto de renda até 2015. Antes, ela não se mostrara simpática à ideia, dispondo-se a corrigir a tabela em 4,5% até 2011. Dentro de tal linha, suas lideranças no Congresso atuavam para conter os ânimos daqueles que defendiam a correção da tabela a médio e longo prazo. Diante da mudança de posição da presidente, o governo parece inclinado a concluir uma negociação com as lideranças das centrais sindicais prevendo que os reajustes futuros, como o de 2011, levarão em conta o centro da meta da inflação.
Tarcísio Holanda

Ceará - Vem aí nova redução tributária

Brevemente a Secretaria da Fazenda do Ceará anunciará mais um pacote de bondade, via redução tributária. 

O secretário Mauro Benevides Filho não cita os setores da atividade econômica a serem beneficiados - "notícia boa quem transmite é o governador Cid Gomes", diz. 

"Ampliaremos a base de contribuintes para aumentar a receita", antecipa.

O presidente Lula responde

Fiorindo Fracaro, 72 anos, aposentado de Erechim (RS) - O senhor não acha que é urgente uma reforma tributária no Brasil? O senhor não acha que o Brasil cresceria mais e haveria menos sonegação fiscal?


Presidente Lula - Eu acho fundamental a realização da Reforma Tributária. Tanto que em 2003, menos de quatro meses depois de tomar posse, fui ao Congresso juntamente com os 27 governadores para entregar uma proposta de reforma. Alguns itens foram aprovados, como o aumento do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que passou de 22,5% para 23,5% do total arrecadado do IPI e do IR, a divisão da Cide para estados e municípios e a criação do Super Simples para as micro e pequenas empresas. Mas parou por aí. Mais tarde, após nova rodada de debates com os partidos e líderes partidários, entidades sindicais nacionais, governadores e todos os segmentos empresariais, o Ministério da Fazenda encaminhou outra proposta ao Congresso e nos deixou muito confiantes. Em vão. A coisa também não andou e a razão é cada força política ter uma posição sobre o assunto, cada congressista, cada governador ter na cabeça uma reforma diferente. Nós fizemos tudo o que podíamos e o andamento agora depende dos parlamentares. Depois que deixar a Presidência, este é um assunto que eu quero tratar, através do meu partido e em parceira com outros partidos aliados.

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Dilma - ajuste fiscal não tem relação com o câmbio

Eu considero que o ajuste fiscal não tem uma relação direta com o câmbio. 
A questão do câmbio diz respeito, no caso dos Estados Unidos e dos países desenvolvidos, ao fato de eles ainda estarem numa crise profunda. 
Essa crise profunda não vai ser resolvida por ajuste fiscal. 
Agora, o que nós vamos ter de fazer é aumentar a competitividade da indústria brasileira, tanto através de uma reforma tributária quanto através de uma melhoria do endividamento público. 
Nós sabemos que quando chegamos ao governo era de 60% a dívida pública. Hoje chegou a 40%.
 Isso vai permitir que a gente reduza os juros e, com isso a relação com o câmbio vai melhorar. Mas é necessário esse processo de redução (da dívida). 

Setor têxtil quer o fim da guerra fiscal

Aguinaldo Diniz Filho, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil, refletindo a opinião das lideranças estaduais do setor, transmite informações importantes. 
  • o setor têxtil nacional fatura US$ 46 bilhões anuais, emprega 1,65 milhão de pessoas
  •  representa 5,5% do PIB da indústria brasileira de transformação e 17% do total de seus empregos
  •  Seus investimentos em 2010 fecharão o exercício na casa de US$ 1,5 bilhão. 
Estes números seriam melhores, segundo Diniz, se não fossem alguns graves obstáculos enfrentados no próprio País. Esses obstáculos foram listados em documento assinado também pela indústria de calçados e entregue aos candidatos à Presidência da República. Entre as reivindicações da ABIT, incluem-se os seguintes: 
  • redução do custo tributário dos investimentos produtivos, com permissão de crédito imediato de ICMS, PIS/Pasep, IPI e Cofins nas aquisições de bens de capital 
  • inclusão dos Estados no drawback integrado, viabilizando, assim, a suspensão da cobrança do ICMS na compra de insumos nacionais que serão transformados e exportados
  • adoção de medidas capazes de impedir os Estados de criar ou manter programas de incentivo à importação baseados na redução e/ou diferimento de impostos. 
Aguinaldo Diniz engrossa a voz e diz o que deseja: 
"É preciso conter a guerra fiscal"! 
Ótimo, mas só depois que sair a Reforma Tributária.
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Quando a esperteza é grande demais...ela engole o dono

Acaciana, para  dizer o mínimo, a afirmação do presidenciável José Serra (PSDB-DEM-PPS) sobre a reforma tributária. Em palestra-debate com empresários promovida pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) Serra disse que defende uma reforma tributária que mantenha o crescimento econômico, e cresça a arrecadação (por óbvio!) sem que haja elevação de impostos. ´"É a única forma de reduzir a carga tributária no país", concluiu.

Descobriu a pólvora - ou a roda! Se cresce a economia, por decorrência aumenta a arrecadação e caem o peso dos impostos naquela equação PIB/carga tributária do país. Nada mais acaciano (do Conselheiro Acácio, 'rei" do óbvio como personagem do romance "O Primo Basílio" de Eça de Queirós), desde que haja mesmo o crescimento, não sejam criados mais impostos e nem aumentadas alíquotas. 

O problema é que a única reforma que está pronta para ser votada não anda porque Serra e seu partido (PSDB) não deixam. É uma proposta de reforma do ICMS muito bem elaborada, que cria o Imposto sobre Valor Agregado (IVA); contempla com receita os Estados de origem e de destino de consumo dos produtos; acaba com a guerra fiscal; simplifica e diminui o custo administrativo para as empresas.

Além disso, racionaliza e reduz o número de alíquotas no país - o Brasil hoje tem 27 no mínimo, uma legislação tributária por Estado. Também acaba com a burocracia e cobra o imposto no destino e não na origem, favorecendo os Estados mais pobres. Continua>>>
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Dilma no Roda Viva

 Eu não acho que esteja havendo no Brasil uma desindustrialização. Um exemplo disso é a indústria naval. 
Acho que é importante fazer uma reforma tributária.  
Acredito na desoneração dos investimentos. Acredito na uniformização do ICMS. Tem hoje no Brasil um efeito muito pernicioso no país inteiro. Sou a favor da devolução imediata dos créditos tributários. Na maioria dos estados, o tempo de devolução é altíssimo.
Liberdade de imprensa não tem de ter controle. Quanto a isso não tem de ter controle. Se querem discutir um novo marco regulatório é outra questão. Aí não é controle social, é controle público.

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A mãe de todas as reformas

Para a maioria dos parlamentares, a perspectiva da renovação ou não dos mandatos nas eleições de 2010 é lembrança constante. 

Convém observar esse estado de espírito da maioria quando se avaliam as chances de votação das reformas política e tributária. 

Todos concordam que o principal item, a mudança do sistema eleitoral, é uma hipótese em que não se pode nem pensar. 

A maioria não admite essa mudança. 

O governo está pressionando suas lideranças para apressar a votação da reforma tributária, mas encontra todo tipo de dificuldade. 

Os governadores não vêem com bons olhos a proposta do Planalto, uma vez que persistem as divergências entre o poder central e os estados. 

No entanto, as duas reformas são fundamentais para a modernização do Brasil. 

A reforma política foi chamada de mãe de todas as reformas, pois o País precisa de um sistema político coerente e disciplinado, não a caricatura que temos hoje, que faz com que o presidente da República barganhe cargos e verbas para ganhar maioria parlamentar.