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Creme promete restaurar virgindade


da BBC Brasil
Uma companhia da Índia lançou o que promete ser o primeiro creme para "estreitar a vagina", chamado "18 Again" (18 de novo), e que faria a mulher se sentir ''como uma virgem'' novamente.
Fabricante do produto, a empresa Ultratech  diz que  o "18 Again" dá poder às mulheres, mas os críticos dizem que ele faz exatamente o contrário. O comercial do creme mostra uma indiana cantando e dançando, como em um filme de Bollywood.
''Eu me sinto como uma virgem'', diz a personagem na publicidade, ainda que o anúncio deixe claro que ela não o é. Seus sogros, chocados, a observam. Logo seu marido se junta a ela, dançando salsa. 
''Me sinto como se fosse a primeiríssima vez'', ela afirma, enquanto dança. A sogra faz uma expressão de desgosto ao observá-la, mas ao final do anúncio até ela cede e compra o produto pela internet, diante do olhar animado do marido.
Sexo pré-nupcial ainda é tabu
Reprodução
Lançamento do produto gerou críticas de médicos, grupos feministas e usuários de redes sociais
A Ultratech, fabricante do "18 Again" baseada em Mumbai, diz que o produto é o primeiro no gênero em toda a Índia (cremes semelhantes existem em outras partes do mundo, como os Estados Unidos).
O proprietário da Ultratech, Rishi Bhatia, afirma que o creme, que está sendo vendido por US$ 44 (cerca de R$ 90), contém ingredientes naturais, como pó de ouro, aloe vera, amêndoa e romã, e foi clinicamente testado.
''É um produto único e revolucionário, que também contribui para aumentar a autoconfiança de uma mulher e seu amor próprio'', explica Bhatia, que acrescenta ainda que o objetivo do produto é dar mais poder às mulheres.
Ele enfatiza que o produto não se propõe a restaurar a virgindade de uma mulher, mas sim resgatar as emoções de ser uma virgem. ''Estamos apenas dizendo, 'sinta-se como uma virgem'. É uma metáfora. Ele tenta retomar a sensação que uma pessoa tem aos 18 anos de idade", esclarece. 
Mas a estratégia de marketing da empresa gerou críticas de médicos, grupos feministas e usuários de redes sociais. Os críticos afirmam que o produto reforça a visão amplamente difundidade na Índia de que o sexo pré-nupcial é algo recriminável, um tabu considerado até pecaminoso por muitos.