Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

Cinismo tucano


Image

Levantamento publicado pela Folha de S.Paulo no fim de semana (domingo) prova que no repasse de verbas para as 52 cidades paulistas com mais de 100 mil eleitores no ano passado e nos três primeiros meses deste ano, o governo tucano do Estado discrimina as prefeituras do PT e privilegia seu partido, o PSDB.

Dos 10 municípios que mais receberam recursos, cinco tem prefeitos tucanos. Dos outros cinco municípios dentre estes 10 campeões no recebimento de dinheiro, três são prefeituras do PSB, PMDB e PSD, partidos aliados no Estado ao Palácio dos Bandeirantes. Pelos dados publicados pelo jornal estas 52 maiores cidades paulistas concentram quase 70% do eleitorado do Estado.

Delas, o nosso partido governa um número muito maior - 17, contra nove administradas pelo PSDB. Mas, pelo levantamento, entre as que menos receberam recursos dentre estas 52, seis são comandadas por prefeitos petistas. Os prefeitos do PT, como o de Guarulhos, por exemplo, contam que apresentam projetos, mas o dinheiro não é liberado pelo governo Geraldo Alckmin.

Para prefeitos do PSDB tudo; para os da oposição, a lei e olhe lá

A reportagem da Folha mostra, também, que os deputados tucanos foram os principais beneficiados pelo governo Alckmin com a assinatura de convênios entre o Estado e prefeituras a partir de indicações e emendas parlamentares no ano passado. Segundo o jornal, dos cerca de R$ 163 milhões em parcerias dessa natureza em 2011, R$ 51 milhões contemplavam pedidos de deputados tucanos.

Da mesma forma que prova o que sempre escrevemos aqui quanto a discriminação tucana contra a oposição, os dados publicados pelo Folhão agora só comprovam o cinismo e a hipocrisia das críticas sobre um suposto aparelhamento do Estado pelo PT, feitas pelo ex-governador José Serra e o senador Aécio Neves (PSDB-MG). O primeiro é , agora, de novo candidato a prefeito de São Paulo e ambos são pré-candidatos a presidente da República em 2014.

José Serra governou o Estado de São Paulo (janeiro de 2007-abril de 2010) e Aécio, Minas em dois mandatos (2003-2010) dessa forma. Tucanos governam com mapa político-eleitoral nas mãos, com discriminação, pela qual para o PSDB tudo, para a oposição nada, pão e água. A lei e olhe lá.
por Zé Dirceu

Depois de algum tempo


Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante com a graça de um adulto, e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vôo. Depois de um tempo, você aprende que até o sol queima se você ficar exposto por muito tempo. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... Que realmente é forte e que realmente tem valor..." 
                                                                                      
                                                                                                               (William Shakespeare) 

Nós e as angústias

 
Nós e as angústias

Artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo do dia 31/3/2012:

Por óticas diferentes, a frágil condição humana é abordada em três filmes em cartaz: "Shame", "Habemus Papam" e "W.E. - O Romance do Século".

Os dois primeiros mereceram um brilhante artigo de João Pereira Coutinho nesta Folha ("Ilustrada", 27/3). Em "Shame", a angústia aplacada pelo sexo é o foco. Em "Habemus Papam", é a angústia da responsabilidade e, em "W.E.", da diretora Madonna, a das diferentes prisões femininas. Sofremos e tentamos resolver nossas fragilidades com as limitações que temos.

Muito já foi escrito sobre homens viciados em sexo. O tema me faz recordar uma pesquisa feita por um grande estudioso da sexualidade humana, Alfred Kinsey. Quando questionadas sobre sexualidade, as pessoas respondem que o normal é o que praticam. A prática diferente é considerada patológica.

"Shame" é a história de um homem que pratica sexo sem hora e sem local. Seja na internet, seja com prostitutas, seja se masturbando à exaustão. Só não consegue desempenhar quando sai com uma colega que lhe interessa, portanto havendo possibilidade de um elo.

Michael Fassbender faz a magistral interpretação do obcecado que, quanto mais angustiado fica, mais procura aplacar o desespero no vazio de um contato sem nome. A situação piora quando sua irmã dependente, vulnerável e promíscua vai morar com ele. Sua busca de afeto lhe é insuportável.

Fiquei pensando que diferença faria um divã! Enquanto isso, vemos a que a incapacidade de conter e elaborar emoções, além do que nosso aparelho psíquico tolera, pode levar. Viciado em sexo? A questão é outra.

"Habemus Papam", aparentemente uma crítica à igreja, talvez seja uma ode à fragilidade humana. Um papa eleito não se acha em condição de enfrentar a responsabilidade e decide abdicar. Antes, vaga pela cidade, conversa com gente de teatro, lembra de suas frustrações e toma coragem para não ser o que crê um equívoco.

É tudo muito fora da realidade, menos o desamparo e a solidão humana. Michel Piccoli, com excepcional interpretação, consegue nossa identificação e solidariedade com um papa humano na sua angústia.

"W.E." é um filme feito por mulher e uma das grandes do nosso tempo. Madonna fala de jaulas douradas e rompimentos possíveis ou não.

Para tal, alterna a vida de uma mal casada jovem contemporânea chamada Wally com a vida de Wallis Simpson -a protagonista do romance do século. Uma consegue romper os grilhões e a outra diz: "Ele (o rei) escapou de sua jaula e eu entrei na minha". Pois é, não dá para deixar um rei abdicar por amor e depois se aborrecer e sair.

Como diz Madonna, toda criação é autobiográfica. Existem todos os tipos de jaula. Madonna está tendo a oportunidade de elaborar a sua.

por Marta Suplicy



Síndrme de Savant intriga e fascina ciêntistas


Kim Peek [foto] hoje com 55 aos decorou mais de 7.500 livros


kim Peek
Os portadores de Síndrome de Savant são um mistério que fascina e intriga a ciência. Donos de uma memória extraordinária – são capazes de decorar livros inteiros depois de uma única leitura ou tocar uma música com perfeição após a primeira audição –, eles possuem ao mesmo tempo sérios défices de desenvolvimento, como uma grande dificuldade para falar e se relacionar socialmente. É assim que começa um texto da edição on-line do jornal O Globo, de quem Ciência Hoje recebeu autorização expressa para citar e reproduzir parcialmente.

Ainda segundo O Globo, a síndrome costuma aparecer em dez por cento dos autistas e também dois por cento das pessoas que sofrem algum tipo de dano no cérebro, provocado por acidente ou doenças. O mais famoso savant do mundo, o americano Kim Peek, que inspirou o director Barry Levinson a fazer o filme Rain Man, aprendeu a ler aos 2 anos e hoje, aos 55, sabe de cor mais de 7.500 livros.



«Rain Man»: a história de Kim Peek
«Rain Man»: a história de Kim Peek
«Eles desenvolvem habilidades excepcionais numa determinada área, mas mal conseguem comunicar-se e relacionar-se com as outras pessoas. Costumamos dizer que são como ilhas de excelência num mar de deficiências», conta a O Globo o psiquiatra Estêvão Valdaz, coordenador do Projecto Autismo do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.



Quem primeiro descreveu o savantismo foi o médico Langdon Down – que ficou famoso por ter identificado a síndrome de Down (vulgo mongolismo). Em 1887, Down apresentou à sociedade médica de Londres a história de dez pacientes que ele chamou, na época, de "idiots savants" ou sábios idiotas. De lá para cá, pouco se avançou no sentido de se descobrir as causas que levam essas pessoas a terem uma memória extraordinária. Muitos cientistas acreditam que a síndrome está relacionada a algum tipo de dano no hemisfério esquerdo do cérebro que forçaria o lado direito a compensar essa falha. Isto porque as habilidades desenvolvidas pelos portadores da síndrome, normalmente nas áreas de música, pintura, desenho e cálculo são todas relacionadas com esse hemisfério. Já as funções ligadas ao lado esquerdo, como a linguagem e a fala tendem a ser pouco desenvolvidas.



O uso de aparelhos que permitem «scanear» o cérebro, como a tomografia e a ressonância magnética, vem reforçando ainda mais essa teoria. O jornal O Globo refere ainda um estudo coordenado pelo americano Bruce Miller, da Universidade da Califórnia: mostrou que idosos que desenvolveram uma espectacular habilidade para a pintura depois de passarem a sofrer da doença de Alzheimer estavam com o lado esquerdo do cérebro danificado.



O psiquiatra Estêvão Valdaz conta ainda àquele jornal brasileiro que no hospital das clínicas onde trabalha, dos 1.500 pacientes autistas cerca de 150 são portadores da síndrome. A maioria tem uma incrível habilidade com os números, muitos fazem contas complicadíssimas em décimos de segundos – tão rápidos quanto uma máquina. Também são expert em calendários, conseguem calcular rapidamente, por exemplo, em que dia da semana vai cair uma determinada data, mesmo que seja um dia qualquer do próximo século.


«Apesar de possuíram uma memória espectacular, essas pessoas não sabem o que fazer com tudo aquilo o que aprendem. Não sabem como aplicar esse conhecimento na sua vida quotidiana. São, na verdade, grandes decorebas», avalia o psiquiatra nas suas declarações a O Globo.



A Síndrome de Savant, que é quatro vezes mais frequente entre os homens, pode ser congênita ou adquirida após algum tipo de dano cerebral. Não é uma doença de diagnóstico fácil. Principalmente, quando surge em consequência do autismo, que costuma se manifestar na infância. Estêvão Valdaz diz que a maioria dos pais costuma ficar tão maravilhada com as habilidades do filho que custa a crer que na verdade a criança tenha algum problema.
Ciência Hoje

A quem interessa Demóstenes Cachoeira renunciar?

O presidente da OAB, Ophir Cavalcante [Jacobino] vem a público defender a renúncia do senador, dizendo: " O que a sociedade é um ato dele para renunciar o mandato e não expor o parlamento"...

Nada disso Ophir Catão , o que a sociedade que é que o senador bote a boca no trombone e revele os nomes de outros impolutos senhores acima de qualquer suspeita, paladinos da moral e ética que o dito cujo tão bem representou com apoio incondicional do pig. E que você Ofhir devolva aos cofres públicos o que mamou durante 13 anos.

O que a sociedade que mesmo é que o senador Demóstenes Torres revele os nomes do seus cúmplices na imprensa, no empresariado, na política , no judiciário, na polícia e demais setores onde eles estejam.

Abre o bico senador. Jorra Cachoeira os nomes dos que fazem parte da turxma.

A sociedade agradece.

O consumidor espezinhado no país do 1 de abril o ano inteiro

Comparação de duas leis mostra indulgência com grandes conglomeradose pressão sobre os cidadãos


"POEMEU EFEMÉRICO
Viva o Brasil
Onde o ano inteiro
É primeiro de abril"
Millôr Fernandes

Porque é primeiro de abril, passei em revista toda essa mentirada que reina o ano inteiro. A pujança da hipocrisia quase me abateu. Toda a vida parece sob a nefasta influência de uma corrida embalada pelas falsidades e pela teatralização do comportamento. Daí, aliás, o sucesso do que chamam de shows da realidade.
 
Poderia falar de tudo, mas preferi avaliar a simulação de certas leis, cuja eficácia varia de acordo com os alvos. Escolhi duas: o Código do Consumidor, de 11 de setembro de 1990, praticamente caducou.
 
Hoje, há violências acentuadas contra os direitos do consumidor, que, por sua vez, faz um vôo cego nos ares do consumismo, motivado por todo tipo de truques de um sistema em que cada um quer ter o que é oferecido, mesmo que eventualmente não esteja ao seu alcance.
 
A Lei 8078/90 foi sancionada quando não se comprava pela internet , quando a relação dos vendedores não era blindada pelos "calls centers", quando o cartão de crédito não era enviado automaticamente aos correntistas dos bancos, quando construtoras não deitavam e rolavam na propaganda enganosa dos seus empreendimentos, quando não havia essa febre de telefones celulares, quando os bancos não se serviam de expedientes estranhos na relação com seus clientes e quando o caos na prestação dos serviços públicos não tinha virado rotina, levando ao desespero multidões de usuários de trens, metrôs, barcas, sem falar nos custos astronômicos da luz, da água, do gás e das mensalidades escolares.

Decorridos 22 anos que, nesse caso valem por um século, o Código quase nada mudou. E quando sofreu alguma emenda esta teve efeito simbólico. Hoje, as empresas são obrigadas a atender ao telefone em 4 minutos, mas isso elas resolvem com gravações e não há nada mais dramático do que tentar resolver qualquer coisa com uma concessionária de celulares sem ter que ir na sua loja.

Não se mexe nesse Código porque isso significaria alcançar poderosos interesses não apenas dos varejistas, que têm na internet as suas maiores lojas, empregando pouca mão de obra. Há interesses "sagrados" pela fartura de propinas que prostram as autoridades, determinando inclusive as políticas de transportes públicos, suas prioridades, ou alimentando a farra das construtoras, que não se limitam a ganhar dinheiro na venda de imóveis: através de artifícios, continuam explorando os compradores dos, com o controle dos condomínios, e para os quais deixam muitas vezes bombas de efeito retardado.

Em compensação, a Lei Seca, de junho de 2008, Já está sendo objeto de uma outra lei, tornando-a ainda mais rígida, embora não se possa dizer que a aplicação dessa Lei tenha produzido os resultados esperados, como afirmou em reportagem divulgada no seu terceiro aniversário.

"Apesar do número de apreensões e atuações ter aumentado com a implantação da Lei Seca há exatos três anos, no dia 19 de junho de 2008, o número de mortes e acidentes não seguiu a mesma tendência em oito das maiores capitais brasileiras, segundo levantamento feito pela reportagem do portal Terra. O Brasil ocupa o quinto lugar no ranking mundial de países recordistas em acidentes de trânsito, com 38 mil mortes por ano, atrás de nações como a Índia, China, EUA e Rússia".

Por que essa diferença de tratamento? Neste caso, a Lei Seca se aplica sobre cada cidadão e vem dando muito Ibope, pegando de vez em quando uma celebridade. Ouso comparar: se os objetos da punição fossem poderosos conglomerados econômicos, essa Lei iria devagar, quase parando, no limite dos seus efeitos espetaculosos.

Espero que você acompanhe o meu raciocínio que bem poderia se aplicar a outras situações, como no caso do Imposto de Renda, onde a pessoa física não tem escapadela da tributação, enquanto grandes empresas, inclusive bancos, sempre encontram fórmulas contábeis que reduzem suas obrigações com o fisco.

A hipocrisia das leis é o tema do nosso encontro no You Tube. Com minhas palavras, espero deixar um ponto de reflexão e oferecer uma contribuição para que retomemos um posicionamento consciente em relação aos nossos direitos, entre os quais um dos mais espezinhados é o direito do comprador, seja de um eletrônico, ou de sua casa própria.

Clique aqui e participe deste novo encontro.


Titanic: 100 anos

Toda lenda tem um início, algo real, por trás de tudo o que é fascinante e emblemático. E não se pode negar que, embora se trate de uma tragédia, o Titanic fascina gerações. Este ano, em 14 de abril, completar-se-ão 100 anos do famoso naufrágio, apesar da crença, a época, de se tratar de uma embarcação inafundável.

E, como não poderia deixar de ser, devido ao centenário, teremos ótimos documentários para contar a verdadeira história por trás da tragédia. Um deles é hoje, às 21h no Discovery Channel, o: Por Dentro do Titanic. E no dia 8 de abril, mais documentários: Cem Anos de Titanic, às 20h30; Titanic: O Legado, às 22h10; e Titanic: A Verdadeira História, às 23h, todos no NATGEO.  Haverá também a minissérie Titanic, dias 17 a 20, terça a sexta, 23h15, também no canal NATGEO. 

Além disso, terá a reestreia - lançamento aqui no Brasil, mundialmente já teve -  do filme vencedor de 11 Oscars, dia 6 abril, na versão em 3D. Bem, aqui cabe uma observação pessoal, se você não é fã da tecnologia 3D, ou se já viu que filme originalmente gravado em 2D, não fica lá essas coisas em 3D, não gaste seu dinheiro à toa. Mais interessante ver aos documentários no aconchego do lar. E, eis aí a prova de que o naufrágio mais famoso, além de emblemático, persiste a fascinar gerações. E, de que, ainda há programas interessantes de ser ver na TV, o que infelizmente, é coisa cada vez mais rara.

Fonte: Revista Monet