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MST

[...] programa cem invasões
Silvia Amorim, O Globo
Com o objetivo de aumentar a pressão sobre o governo Dilma Rousseff, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) programa para este mês cerca de cem invasões de propriedades por todo o país.
A Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária, popularmente apelidada de "Abril Vermelho", começou no fim de semana, tendo a Bahia como foco. No sul do estado, três fazendas foram invadidas entre sexta-feira e ontem. 
Sem diálogo com o governo Dilma nesses primeiros três meses de gestão, o movimento cobra para este mês a abertura de negociações.

— Já fizemos pedido de reunião com a presidente, mas não houve nenhuma resposta. Esperamos ser recebidos, ao menos, por ministros agora — afirma um dos integrantes da direção nacional do MST, Gilmar Mauro.
Além de invasões de terra, o MST promete para abril ocupações e protestos em órgãos públicos e marchas de trabalhadores em alguns estados. As ações estão sendo articuladas pelas coordenações regionais da entidade.
— Desde o fim da eleição, o tema reforma agrária sumiu da pauta, e precisamos que ele seja retomado. Garantimos que a pressão social vai aumentar— afirmou Mauro.
O auge do "Abril Vermelho" está previsto para o dia 17, quando o massacre de sem-terra de Eldorado dos Carajás (PA) completa 15 anos. O episódio entrou para a História como um dos mais sangrentos embates pela posse de terra no país. Dezoito sem-terra foram assassinados por policiais no confronto.
A pauta de reivindicações do movimento é ambiciosa. Os sem-terra exigem o assentamento de cem mil famílias em 2011. Também é exigido aumento dos recursos para obtenção de terras.
Segundo Mauro, o corte no orçamento deste ano fez cair de R$ 600 milhões para R$ 380 milhões os recursos para esse fim. Outra demanda é a melhoria dos assentamentos já realizados pelo governo. O MST diz que muitos deles estão em situação precária e sem infraestrutura básica.

Ficha perdida da Folhinha

Patética a última pegadinha da Folha. Vejam o que escreveram: "Ex-ministra da Casa Civil gera desconfiança entre os sem-terra, que não apoiarão formalmente nenhum candidato no primeiro turno". Não, meus caros, não são os sem terra que disseram ou querem o que está escrito acima, na chamada da matéria da Folha de S.Paulo de hoje.

Quem quer isso é o próprio jornal. Gostaria de ter o apoio de todos e dos movimentos sociais ao seu candidato, José Serra. Como não tem, nem há possibilidade de obter... É o velho jogo sujo do folhetim a serviço da oposição, o Folhão. O jornal é que quer que seus leitores acreditem nisso.

Vale lembrar que o Abril Vermelho acontece todo ano, tenha eleição ou não. Quem pode esquecer as escandalosas manchetes sobre "Abril Vermelho" que esses jornalões fazem antes, durante e depois de abril, todo ano?

Inclusive, em entrevista ao Viomundo , blog do jornalista Luiz Carlos Azenha, João Pedro Stedile, um dos principais dirigentes do MST  diz claramente que o jornal "acredita que pode alterar a luta de classes com factóides. Investe em fofocas para tentar criar contradições vazias entre o nosso movimento e o governo federal".

O MST tem lado. Como o Folhão também tem

A Folha pode tirar o cavalinho da chuva: toda militância do MST vai fazer campanha contra Serra sim. E num 2º turno - se houver - evidentemente vai apoiar Dilma Rousseff. Por quê? Stédile explica: "FHC tentou cooptar (o MST), isolar e criou condições para a repressão física, que resultou nos massacres de Corumbiara (RO) e Carajás (PA). Já no governo Lula há mais diálogo. Nunca houve repressão por parte do governo federal".

O MST têm lado sim, como a Folha também tem. O Movimento sabe quem são seus aliados e os adversários. É conhecimento adquirido na luta, na batalha contra a mídia que os demoniza sempre que pode. Sabe de que lado a Folha está e sempre esteve. Sabe também de que lado a candidata do presidente Lula, Dilma Rousseff está e sempre esteve: ao lado deles, dos mais humildes, dos deserdados de todo mundo, dos sem terra e dos sem teto, dos trabalhadores.