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Por que temos tanto problema em ficar sozinhos?

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Eu vivo sozinha. Tenho vivido sozinha por mais de 20 anos. Não quero dizer somente que estou solteira – eu vivo o que para muitas pessoas está mais para “isolamento” que simplesmente para “solitude”.
Minha casa fica em uma região da Escócia com uma das densidades populacionais mais baixas da Europa, e eu vivo em uma de suas regiões mais vazias: a densidade populacional média do Reino Unido é de 674 pessoas por milha quadrada (246 por quilômetro quadrado); em meu vale, temos (em média) mais de três milhas quadradas para cada um.
A loja mais próxima fica a 10 milhas de distância e o supermercado mais próximo a mais de 20. Não há conexão de celular e há pouquíssimo tráfego na estrada de pista única que passa a um quarto de milha abaixo de minha casa. Às vezes não vejo uma pessoa o dia inteiro. Eu amo isso.
Mas há um problema, um problema cultural sério, em relação à solitude. Ser sozinho em nossa sociedade atual suscita uma questão importante sobre identidade e bem estar. Em primeiro lugar, a questão precisa ser perguntada urgentemente. E aí – possivelmente, cautelosamente, depois de um longo período de tempo – precisamos tentar respondê-la.
A própria questão é um pouco escorregadia, mas é mais ou menos assim: como nós chegamos, ao menos no relativamente próspero mundo desenvolvido, em um momento cultural que, mais do que nunca, valoriza autonomia, liberdade pessoal, realização, direitos humanos e, acima de tudo, individualismo, enquanto ao mesmo tempo aqueles que são autônomos, livres e autorrealizados têm medo de ficar a sós consigo mesmos?
Aparentemente, acreditamos que somos donos de nossos corpos e deveríamos poder fazer com eles mais ou menos qualquer coisa que escolhêssemos, de eutanásia a implantes de silicone; mas nós não queremos estar sozinhos com essas preciosas posses. Vivemos em uma sociedade que enxerga a auto-estima elevada como uma prova de bem estar, mas não queremos ficar íntimos dessa pessoa admirável e desejável.
Vemos convenções morais e sociais como inibições de nossas liberdades pessoais, entretanto tememos quem quer que se afaste da multidão e desenvolva hábitos “excêntricos”.
Acreditamos que todos possuem uma “voz” própria singular e, além disso, inquestionavelmente criativa; mas tratamos com suspeitas sombrias quem quer que use um dos métodos mais claramente estabelecidos de desenvolver essa criatividade – a solitude. Pensamos que somos únicos, especiais e merecedores da felicidade, mas temos pavor de ficar sozinhos.
Afirmamos que liberdade pessoal e autonomia são tanto um direito quanto um benefício, mas pensamos que quem exerce essa liberdade autonomamente é “triste, louco ou mau”. Ou os três de uma vez.
“Em 1980, o censo dos EUA mostrou que 6% dos homens acima de 40 anos nunca se casaram”, escreveu Vicky Ward em 2008 no tablóide London Evening Standard. “Agora, 16% estão nessa posição… ‘solteirões masculinos’’ – um apelido que significa, na melhor das hipóteses, que esses homens têm “problemas”, e, na pior das hipóteses, que eles são sociopatas.
“Teme-se por estes homens, da mesma forma que a sociedade tradicionalmente temeu as mulheres solteiras. Eles não podem ver quão solitários serão. Mas, a tempo de aliviar minha ansiedade, um amigo britânico veio à cidade… ‘Eu quero me casar,’ disse ele. Finalmente, um homem de valor.”
Na idade média, a palavra “solteirona” era um elogio. Uma “solteirona” era alguém, normalmente uma mulher, boa em fiar lã; uma mulher boa em fiar a lã era financeiramente autossuficiente – essa era uma das pouquíssimas formas pela qual uma mulher medieval poderia conquistar independência financeira. A palavra foi generosamente aplicada a todas as mulheres em idade para casar como uma forma de dizer que elas entraram livremente no relacionamento: por escolha pessoal, não por desespero financeiro. Agora é um insulto, porque nós tememos “por” tais mulheres – e agora também pelos homens.
Ser solteiro, ser sozinho – junto com fumar – é uma das poucas coisas que completos estranhos se sentem livres para comentar rudemente: é um estado tão desagradável (e provavelmente, assim como fumar, é sua culpa) que as exigências sociais de comportamento e tolerância são suplantadas.
Normalmente, nós somos delicados, até mesmo delicados demais, ao falar sobre coisas que consideramos tristes. Não nos permitimos comentar nada sobre muitos acontecimentos tristes. Damos voltas enormes para não falarmos sobre morte, não ter filhos, deformidades e doenças terminais.
Não seria aceitável perguntar a uma pessoa num jantar por que ela é deficiente ou desfigurada. É de se imaginar, eu suponho, que uma pessoa feliz em seu relacionamento acha que qualquer um que esteja sozinho está sofrendo tragicamente. Mas é mais complicado: o tom de Ward não é simplesmente compassivo.

280 covarde e pusilâmes

A Câmara dos Deputados protagonizou dois atos na noite de hoje (12.fev.2014). Primeiro, cassou o mandato de Natan Donadon. Ao mesmo tempo, provou que ali dentro estão 280 deputados covardes e pusilânimes.
Infelizmente, jamais saberemos quem são eles.
Em agosto do ano passado, com votação secreta, 131 deputados votaram contra a cassação de Donadon. Outros 41 se abstiveram na ocasião. Havia 4 em obstrução e 104 estavam ausentes. Total dos que ajudaram a Donadon ser um deputado presidiário desde junho até hoje: 280.
Agora, tudo mudou. Com o voto aberto, os defensores do deputado presidiário votaram para cassá-lo. Participaram da votação 468 deputados e 467 foram a favor da perda de mandato de Donadon.
Nenhum deputado votou a favor. O deputado Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) se absteve –o que, na prática, significa que estava a favor de Donadon. Talvez Bentes tenha sido o único coerente ali dentro entre os que são a favor de ter um réu condenado dentro do Congresso.
É claro que a Câmara tomou a decisão correta hoje ao cassar o mandato de um deputado que foi condenado em definitivo pelo Supremo Tribunal Federal e cumpria pena na penitenciária da Papuda, em Brasília. Mas os políticos protagonizaram também uma cena triste: demonstraram que muitos ali adoram esconder o que pensam e são tomados de um forte espírito de corpo quando estão em condição de enganar aos seus eleitores.
Só alguns gatos pingados admitiram em agosto passado ter votado a favor de Donadon. Como hoje houve quase unanimidade contra o deputado presidiário, nota-se que mais da metade da Câmara mentiu meses atrás.
Algum dia o Congresso vai melhorar sua imagem. Mas esse dia parece que ainda está longe no horizonte, o que é péssimo para a democracia.
O único fato positivo da sessão de hoje (cassar Donadon foi só uma obrigação com anos de atraso) foi o fato de o voto aberto ter entrado para valer em vigor quando se trata de cassar mandatos.

Ninguém é perfeito

Só precisamos aprender a compreender os erros dos outros se queremos que eles compreendem (e aceitem) os nossos. Falar parece tão fácil, eu bem sei. Na prática o negócio encrespa. Mas é fundamental tentar viver em paz, gastar energia no que merece e interessa. Sei que a gente vai perdendo a cor, a pureza, a magia. Também sei que sempre vão surgir vendavais. Eles nos mostram o quanto suportamos, trazem à tona a nossa força e mostram que a vida é mesmo frágil.

por Claudia Diniz Teixeira

Fernando Brito - nunca fui petista, nem o sou mas vou contribuir com José Dirceu

Gilmar Mendes vai dizer que "vaquinha" é lavagem de dinheiro? Então o UOL tá lavando dinheiro faz tempo.

no Tijolaço
O ex-ministro José Dirceu iniciou hoje a coleta de contribuições para pagar a multa de R$ 971 mil que lhe foi imposta pelo Supremo Tribunal Federal na ação penal 470.
Notem que é uma multa, não uma devolução de dinheiro que supostamente teria sido desviado por ele, porque quanto a isso não há uma prova sequer de que ele o tenha feito.
Algo, aliás, que a própria Ministra Rosa Weber admitiu em seu voto, ao dizer que “não tenho prova cabal contra ele (Dirceu), mas a literatura jurídica me permite condená-lo”
Estive com José Dirceu algumas vezes, a primeira delas na campanha presidencial de 1989, no segundo turno.
Dirceu, mais do que Lula, sempre foi um homem de partido, muito mais do que um líder político, embora lhe sobre capacidade política para isso.
O PT ergueu-se com Dirceu como seu engenheiro e Lula, a sua face popular. Mais: seu cordão umbilical com as massas.
Nunca fui petista, nem o sou.
Mas respeito e admiro profundamente a trajetória de José Dirceu e vou, modestamente, contribuir para o pagamento desta multa.
Se não fosse por acreditar na sua inocência das acusações que lhe imputam de corrupção e vantagens pessoais, seria também por homenagem a uma vida dedicada e sacrificada à transformação do Brasil, desde a sua juventude, com o exílio e a clandestinidade.
São coisas que o Ministro Gilmar Mendes não será capaz de compreender, já no seu mundo mental  se dá e  se recebe dinheiro por alguma vantagem, daí ele ter lançado, sem qualquer motivo concreto, suspeitas de lavagem de dinheiro aos que ajudaram os demais condenados a cumprir a pena pecuniária que lhes foi imposta.
Nas penas físicas, já se vê nas decisões de Joaquim Barbosa, ninguém pode ajudá-los sequer dando-lhes um trabalho, como a lei permite e estimula.
O Ministro Mendes não alcança a palavra solidariedade.
Talvez porque seja algo elevado demais para para a pequenez de sua alma.

Danço

Ao sentir a suavidade e a leveza do teu toque, danço
Como bailarina preparo-me para rodopiar ao som de letras repetidas 
E gravadas na minha mente tocadas pela tua voz que me embriaga 
E me carrega a um mundo mágico 
Onde a sedução exala por todos os poros e sentidos.

Poema da poetisa 
Leônia Teixeira


#TrincheraDaResistência

Quem banca o advogado do "suspeito" de ter acendido o rojão que vitimou Santiago?

Um pobre ajudante de serviços gerais pagando advogado particular?
Tem caroço nesse angu...muito caroço que ainda não apareceu...
Para começar, na minha opinião estas fotos não são da mesma pessoa.

Para começar bem a noite, um conto de fadas


Chapeuzinho vermelho estava andando na floresta, quando aparece o Lobo Mau e diz:
- Chapeuzinho, agora vou comer uma coisa sua, que ninguém nunca comeu!
Chapeuzinho com um olhar malicioso responde ao Lobo:

Homenagem a Dominguinhos

Nascido em Garanhuns - Pernambuco dia 12 de Fevereiro de 1941
por 

Diego Escosteguy: a essência do escorpião

Desde o ano passado a mídia oposicionista e líderes políticos de partidos apoiados por ela, incentivam manifestações e apoiaram os black block e anonymus, todo mundo sabe disso - e temos o Google para provar -. Aí, infelizmente acontece uma tragédia e...Jorna-lista com um texto muito bem escrito - reconheço - e lá pelas tantas acusa que o Governo Federal era quem apoiava os dois grupos. Gente dessa laia não tem nenhum escrúpulo. 

 Diego Escosteguy
A trágica morte do cinegrafista Santiago Andrade não foi uma mera fatalidade. O rojão que o matou fora aceso há meses. Coube aos dois mascarados apenas acabar o serviço. Quando o rojão finalmente explodiu, é possível que ele não estivesse apontado intencionalmente a Santiago. Mas isso não interessa.
Não interessa porque, numa República, não há vidas mais importantes do que outras. A vida de Santiago era tão preciosa quanto a vida de qualquer cidadão. Qualquer jornalista. Qualquer Policial Militar. Qualquer Black Bloc. Em suma, de qualquer um que pudesse estar no caminho do rojão naquela tarde de quinta-feira na praça Duque de Caxias.
Num país em que se reduz todo ato de barbárie a uma fatalidade, seja matar um jornalista ou trancar um adolescente pelo pescoço a um poste, tudo é permitido. E, num país de fatalidades, ninguém é responsável por nada. A morte de Santiago não poderia ser exceção.
Uma fatalidade? Diga isso a Arlita Andrade, viúva de Santiago, e aos seus quatro filhos. Diga a ela que não havia como ser diferente. Que a dor dela era inevitável. “Minha família foi destruída”, disse Arlita, como dizem tantas viúvas da violência que define nosso país.

Família do cinegrafista Santiago Andrade. Foto: Reprodução
 A família de Arlita foi destruída pelos dois mascarados - que, como acontece numa democracia, terão direito à ampla defesa e serão julgados pelo o que fizeram. Mas a família de Arlita não foi destruída apenas pelo que fizeram ambos os suspeitos. Os atos dos dois não surgiram no éter. Sobrevieram num momento de ascensão, no Brasil, de um discurso de intolerância, de ódio mesmo, em relação às principais instituições que dão sentido ao país. 
Abaixo a canalhice

o Briguilino: #ApoioZéDirceu

o Briguilino: #ApoioZéDirceu: Olá Companheir@s, É chegada a hora e a vez da militância petista mostrar novamente sua  Força  e  Solidariedade .

Mulher de Pizzolato desmascara a máfia do judiciário brasileiro

E por ironia do destino...na Itália

Leiam com atenção a entrevista que Andréa Haas, deu ao jornalista Wilson Tosta, abaixo:

Como está o seu marido?
Ele está bem. Não está feliz, mas estamos enfrentando tudo isso. Foram encaminhados para o advogado documentos do processo no STF.

Pizzolato se sente abandonado pelo PT?
Ele... Todos os réus foram injustiçados. O PT não tem posição. São pessoas do partido que falam.

Que documentos foram encaminhados ao advogado?
O regulamento do Fundo Visanet, o Laudo 2828 da Polícia Federal, as auditorias no fundo e outros. Estão sendo traduzidos.

O que diz o regulamento do Fundo que favoreceria a defesa de Pizzolato?
Diz que o dinheiro era da Visanet, um fundo de marketing. Mostra que não é um fundo de investimento. Quando foi feita a denúncia em 2006, o procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza escreveu que o Visanet era um fundo de investimento. Qual foi o documento em que Antonio Fernando se baseou para dizer que o Visanet era um fundo de investimento? Desde quando a Visa tinha fundo de investimento? Ela não era credenciada para isso... Dizer que o Visanet era um fundo de marketing é uma mentira. E o procurador que sucedeu a Antonio Fernando, Roberto Gurgel, manteve isso.

E quanto ao Laudo 2828 da PF?
Está muito claro. Tem até uma tabelinha, dizendo quem eram os responsáveis por gerir os recursos da Visanet. Esse laudo era do conhecimento do procurador Antonio Fernando e do ministro Joaquim Barbosa. Já sabiam em 2007, antes da aceitação da denúncia pelo STF. Eles colocaram esse laudo em um inquérito paralelo, o 2474. Esconderam esse laudo no Inquérito 2474, para que não aparecesse para os advogados. Ocultaram uma prova. Dois dias depois da publicação da decisão de levar os acusados a julgamento, o procurador Antonio Fernando tirou o laudo 2828 e o colocou na já Ação Penal 470, com uma carta de apresentação. O que diz essa carta? O procurador escreve o seguinte: conforme o laudo 2828 demonstra, a denúncia estava correta. Aponta que Henrique Pizzolato e Luis Gushiken foram responsáveis. É um documento de 59 páginas; os nomes de Pizzolato e de Gushiken não aparecem no laudo...

#ApoioZéDirceu

Olá Companheir@s,
É chegada a hora e a vez da militância petista mostrar novamente sua Força e Solidariedade.  O ex-ministro José Dirceu tem que pagar a multa R$ 971.128,92 (Novecentos e setenta e um mil, cento e vinte oito reais e noventa e dois centavos) imposta pela justiça no processo da AP 470. 
Por isso, companheiros, contamos com a colaboração de todos para que juntos consigamos arrecadar através das doações, o montante necessário para que possamos quitar a multa junto à justiça.
Use sempre a tag #ApoioZéDirceu no facebook e twitter.
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Amigos e apoiadores de José Dirceu lançaram hoje um site de solidariedade ao ex-ministro para ajudar a pagar a injusta multa imposta a ele pelo Supremo Tribunal Federal, no valor de R$ 971.128,92.
“É chegada a hora de reparar injustiças e mostrar que a solidariedade é capaz de mudar a história. A ajuda para pagar a multa quase milionária imposta pelo Supremo é um protesto coletivo contra as arbitrariedades e violações do julgamento da AP 470. A contribuição de cada um representa muito mais do que um gesto financeiro. Representa antes de tudo um gesto humano e político”, afirma o site Apoio Zé Dirceu.
O site dá o passo a passo para fazer a colaboração. É preciso fazer um depósito identificado ou transferência bancária identificada com CPF e depois preencher um rápido formulário com os dados do colaborador e o comprovante de depósito. A página ainda explica que é preciso declarar a doação no imposto de renda. Existe um documento no site mostrando como isso funciona.
O valor arrecadado será atualizado constantemente na página.
Contamos com sua colaboração!
Um forte abraço.
Acompanhe o site do MobilizaçãoBR. Curta, siga, compartilhe!

Suspeitas sobre o suspeito de causar a morte do cinegrafista

Você acha que é a mesma pessoa?
Para mim não!

Quem não tem respeito, não pode ser desrespeitado

A toga do 1%

por Paulo Nogueira no Diário do Cento do Mundo

Eu não seria cínico o suficiente para dizer que não gostei do braço erguido do deputado petista André Vargas diante de Joaquim Barbosa no Congresso.
Foi infantilidade? Foi. Foi desabafo? Foi. Foi desrespeito? Não. Por que não? Porque JB mereceu.
Não é desrespeitado quem merece ser desrespeitado.
Mesmo para um não petista como eu, ele simboliza o que existe de mais atrasado e retrógrado no Brasil. É a toga do 1%. Se eu me sinto assim, imagine o que sentem militantes e simpatizantes do PT, como Vargas.
O gesto de Vargas não feriu ninguém. Mas as ações de JB ferem.
Agora mesmo: faz sentido ele revogar uma decisão de Lewandowski apenas para punir Dirceu e impedi-lo de trabalhar quanto antes?
Ah, mas Lewandowski desautorizou Barbosa antes.
Mas entre as duas desautorizações vai uma distância formidável.
JB colocou Dirceu na geladeira por causa de uma nota – isto, uma nota – da Folha de S. Paulo.
Conhecemos todos a precisão da Folha. No obituário do jornalista Renato Pompeu, na segunda feira, a homenagem foi para Renato Pompeu de Toledo.
A nota falava de um telefonema que Dirceu trocara com um secretário do governo da Bahia. Dirceu negou, o secretário negou, o presídio – depois de uma investigação – negou.
Mas JB permaneceu acreditando na veracidade da nota, como uma velhinha de Taubaté ao contrário.
Isto – a fé cega numa mídia cujos interesses são conhecidos — mostra muita coisa. Grande parte das alegadas evidências do Mensalão derivou de “denúncias” da mídia.
Num voto louvado por colunistas no Mensalão, um juiz se declarou indignado porque todo dia, ao abrir os jornais, via um escândalo.
Não passava pela cabeça do ministro, aparentemente, que as denúncias pudessem ser, simplesmente, infundadas. Ele tomava as coisas que lia como verdade inquestionáveis, como um muçulmano diante do Alcorão.

Que esse capitão-do-mato aproveite seus 15 minutos de fama

Triste é macular o STF dessa maneira 
Recomendo a leitura: Justiça do Absurdo

A lei só vale para os outros

por Neno Cavalcante na Coluna É no Diário do Nordeste
Por vezes comentei que não adianta ficarmos apenas demonizando os condenados do "mensalão do PT" e acusados do "mensalão tucano" e os que usaram dinheiro público para comprar deputados e senadores na aprovação da reeleição de Fernando Henrique Cardoso se, do lado de cá, não cumprimos o nosso dever de cidadãos. A lista de descumprimentos das normas mínimas de honestidade e decência é vasta e começa com a ocupação de vagas de estacionamento destinadas a idosos e portadores de deficiência.

Redes sociais

Twitter testa novo design inspirado no G+1 e Facebook
do Olhar Digital
Alguns usuários do Twitter receberam uma surpresa quando abriram seu perfil na rede social e descobriram que a página havia sido completamente redesenhada, com inspiração clara no modelo de perfil dos rivais Facebook e o Google+.

A empresa está realizando alguns testes, com poucos usuários, para avaliar a aceitação da nova interface. Um dos selecionados foi Matt Petronzio, editor do Mashable, que divulgou o novo layout em seu site.
Reprodução

É possível notar a diferença claramente, com uma imagem de capa bem grande e a foto de capa e bio do perfil deslocadas para a esquerda. Abaixo da foto de capa, agora há uma nova categoria de contagem de fotos e vídeos. Aliás, as imagens parecem ter ganhado um peso maior no feed.

Segundo o Mashable, aqueles que receberam o novo perfil também podem visualizar as páginas de outras pessoas com o novo desenho, também, mesmo que elas não tenham sido selecionadas para o teste.

Médicos brasileiros são maioria esmagadora dos que abandonaram o programa Mais Médicos

Mas, lendo as notícias no GAFE - Globo, Abril, Folha, Estadão - a gente tem certeza que 4 médicos cubanos valem por 80 brasileiros e demais nacionalidades
O ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira que 89 profissionais inscritos no programa Mais Médicos não estão comparecendo ao trabalho. Por isso, serão publicados no Diário Oficial desta quarta-feira os nomes desses médicos para que eles se apresentem, em até 48 horas, e justifiquem a ausência. Do contrário, serão cortados do programa.

A notícia do cubano Ortelio Guerra, que deixou o país neste domingo e foi para os Estados Unidos, logo depois que sua compatriota Ramona Rodriguez pediu refúgio no Brasil, fez com que os olhos se voltassem para a evasão dos cubanos do programa.
Porém, os números mostram que a maioria dos profissionais que abandonam o projeto são brasileiros. Dos 89 profissionais "sumidos", 80 são nascidos no Brasil, quatro são de diferentes países, uma é brasileira que tirou o diploma fora do Brasil e outros quatro são cubanos. Além de Guerra e Rodriguez, mais outros dois cubanos deixaram o programa nesta terça-feira.
Até agora, desde que o programa começou, em novembro do ano passado, dos 5.400 cubanos que vieram ao Brasil pelo Mais Médicos, 22 deixaram o programa oficialmente, e voltaram para Cuba.

Batman e a musiquinha da Globo num estranho baile de máscaras carioca

por Rodrigo Vianna (via @brsamba – Bruno Ribeiro)
A dica chegou pelo twitter. Ao ver as imagens, fiquei na dúvida se devia rir ou chorar.
No vídeo, aparece aquele mesmo Batman que foi destroçado pelo cineasta numa rua da zona sul carioca. E aparece um monte de manifestante sorridente, cantando a musiquinha de fim de ano da Globo: “hoje é um novo dia, de um novo tempo…” Lá pelas tantas, vem a sacada genial dos manifestantes de butique: “hoje a rua é sua, hoje a rua é nossa…”
Rua no lugar de festa. A “festa” das ruas. Sacaram?
É um simulacro de protesto. E tudo muito bem produzido e coreografado: um “vídeo institucional” dos manifestantes – alguns mascarados, anônimos.
Freud talvez explique: para se sentir importante, o manifestante canta a música que vê na TV. Alguns até carregam cartazes (“Globo é o caralho”), mas na verdade não há qualquer afronta ao verdadeiro poder. Há a vontade de ser não ator de mudanças, mas “artista” de uma rua transformada em palco.
Simulacro de rua. Simulacro de protesto.
Será que estou sendo muito duro? Quem sou eu pra “julgar” o protesto dos outros. De fato. Vamos nessa. Vale tudo.
Mas me permito observar que o “poder” a ser combatido, na cabeça de tantos que vejo e ouço por aí, é apenas o “governo”. O poder não é o capital, a mídia. As relações de dominação viram um simulacro. Basta protestar contra o “governo”. 
Desde 2009, 2010, muita gente dizia que a despolitização do lulismo cobraria um preço. Esse é o preço. Batman e “um novo tempo, um novo dia”. Ou não.
Santa ingenuidade.
Impressionantes também são os comentários no vídeo postado no Youtube:
- “Emocionante!!!É de arrepiar.Acompanhei a gravação ,não imaginei que ficaria essa belezura.O Presidente de Penélope Charmosa…
- Parabéns a todos !!!Que Deus os abençoe, proteja e ilumine hoje e sempre!!!”
-  “ESSE É FOI O MELHOR SHOW DE TODOS OS TEMPOS.”
De fato. É show!!!
E mais: acabam de me avisar que a tal Sininho (amiga do Freixo e que teria ligado pro primo da tia do estagiário do advogado do black block) aparece no vídeo.
Ou seja: falta só o Capitão Gancho…
Leia outros textos de Palavra Minha

STF: metade canalha, metade covarde

Lewamdovski feito sanduíche
 por Paulo Moreira Leite na Istoé
Decisão de Barbosa é tão absurda que impede o réu José Dirceu cumprir sua pena na forma da lei
No dia 24 de janeiro, o ministro Ricardo Lewandovski deu parecer favorável ao pedido de José Dirceu, que pretende exercer o direito legal de trabalhar fora da Papuda, para onde foi encaminhado no cinematográfico voo de 15 de novembro. Embora fosse uma decisão de um ministro do STF, o juiz Bruno Ribeiro, da Vara de Execuções Penais, não deu encaminhamento imediato, permitindo que Dirceu ficasse preso, em regime fechado, num prazo absurdo que completará 90 dias na semana que vem.

Ontem, de volta aos trabalhos,  Joaquim Barbosa revogou a decisão de Lewandosvski.

O direito de Dirceu trabalhar é legalmente indiscutível. Foi questionado depois que surgiu a versão, nascida numa conversa ouvida por um repórter na mesa ao lado de um restaurante de Salvador, de que um secretario de Jacques Wagner, governador da Bahia, havia conseguido falar com o ex-ministro através de um aparelho celular.

Comprovou-se, em investigação oficial no presídio, que a história era uma pura cascata do secretário — conhecido entre colegas de governo por um comportamento falastrão – que foi divulgada sem o devido cuidado. No dia em que isso teria acontecido, sequer houve visitas na Papuda. O próprio Dirceu nem saiu da cela. Embora a investigação já tivesse se encerrado, tão banal que foi possível terminar antes do prazo, o juiz Bruno Ribeiro não deu curso a liminar de Lewandovski, alegando que havia tempo para novas apurações. Essa decisão permitiu que Barbosa retornasse do recesso e revogasse a liminar. Detalhe: Barbosa fez isso contrariando parecer da procuradora da República Márcia Milhomens Corrêa se manifestou favoravelmente ao pedido de trabalho de José Dirceu. Sexta-feira passada Milhomem deu parecer favorável.

A decisão criou uma situação nova no STF. Não se compreende por que razão o juiz Bruno descumpriu a decisão de Lewandovski, que falava em nome da mais alta corte do país.

Também não se compreende por que Joaquim Barbosa não deixou que o plenário do STF tomasse a decisão, como é recomendável em situações desse tipo. Embora já tenham ocorrido antecedentes, existe a interpretação de que o regimento interno do STF diz que só o juiz que prolatou a decisão tem direito de revogá-la.

A única forma de compreender a situação criada pela decisão do presidente do STF é política, traço principal do julgamento da AP 470, concluído com penas fortes para provas fracas.

Para ouvir uma opinião fundamentada a respeito, entrevistei o professor de Direito Luiz Moreira, doutor em direito pela UFMG, membro do Conselho Nacional do Ministério Público e um dos principais críticos da
“judicialização,” aquele processo em que os tribunais ocupavam espaços que os regimes democráticos reservam a luta política. 

Ser menos insubstituível

Há muito tempo, em uma galáxia muito distante, a Outra Significativa (minha companheira) era uma pessoa-que-trabalhava-em-prédio. Um pouco insolente, ela vivia pedindo aumento. um dia, a chefa olhou para ela e disse:
"olha aqui, menina, o seu trabalho eu arrumo vinte que fazem igual. ninguém é insubstituível!".
Aquilo calou fundo. a chefa estava coberta de razão.

Análise eleitoral do genial estrategista da oposição midiasmatica, Cesar Maia

Ele é o mesmo que em 2010 previu a vitória de José Serra no 1º turno

EM 2014 LULA NÃO VAI MAIS TRANSFERIR VOTOS COMO EM 2010! QUAL A EQUAÇÃO DE 2014?
            
1. Quem olha para 2010 pensando que 2014 será igual se equivoca redondamente. Lula, sentado na cadeira presidencial, tinha a mobilidade que queria. Com a economia crescendo 7,5%, tirava o tema do discurso da oposição. Seu carisma retirante tirou o Nordeste dos sonhos da oposição. Contava com Eduardo Campos absoluto em Pernambuco e a oposição não tinha a Bahia. No Rio Grande do Sul vencia com Tarso. Tinha Cabral, um candidato praticamente nomeado a governador do Rio com o PT a tiracolo.

Empreenderapesar

George Koukis acredita estarmos carentes de liderança ética – afirmação que tem meu total apoio. Nosso sistema sócio-econômico atual é uma britadeira, perfurando incessantemente. Empreenderapesar dessas circunstâncias é colocar seus valores em cheque dia após dia.
Se você é empresário ou aspira se tornar um, esse papo é imperdível.
As fortes e bem embasadas opiniões, o vozeirão de barítono e o inglês com sotaque grego tornam Koukis uma figura e tanto.
Empresário e dono da Temenos, referência global no ramo de softwares bancários, hoje ele se dedica à plataforma “Dream for the World“, cujo foco é a formação de jovens lideranças íntegras ao redor do mundo. Sua história foi narrada em livro de mesmo nome, já traduzido para o português.
No Brasil trabalha em parceria com a Intento, que realiza “uma experiência de imersão transformadora para quem deseja identificar seus talentos e colocá-los a serviço da sociedade, impactando positivamente o meio em que vive”. Infelizmente as inscrições para a próxima edição estão fechadas. Recomendo ficarem atentos às próximas.
Em fevereiro de 2012, estive no seminário “Integridade em ação: empreender com ética e propósito“, no qual Koukis foi um dos palestrantes. Naquele mesmo dia, à tarde, conseguimos vinte minutos de sua agenda, graças ao intermédio de Anna Aranha e Marcelo Campanér (obrigado!).
Esse papo foi gravado em meio a barulho e condições adversas de luz, com a Luiza fazendo milagres. A tradução foi feita pela Myla Fonseca e revisada por mim.

As perguntas:

0:54.0 – George, poderia descrever o projeto Dream for the World para nós?
4:27.0 – Algumas pessoas dizem que você escolhe criar um empresa ética ou uma de sucesso. Em sua opinião, o que torna uma empresa ética?
9:03.0 – Via de regra, as empresas colocam toda sua energia em crescer, crescer e crescer – de maneira obsessiva. E tal crescimento traz consigo grandes desafios éticos. No entanto, se todos seguirem focados em maximizar os lucros indefinidamente, o próprio sistema e a competição desenfreada, o próprio sistema e a competição desenfreada acabam por induzir a tomada de decisões pouco ou nada éticas.
E se fosse possível construir uma empresa próspera, que cresça num ritmo mais orgânico ou mesmo, em certo ponto, abdique da necessidade de crescimento? O que teria a dizer sobre isso?
16:49.0 – Sobre legado, como gostaria de ser lembrado?
* * *
Caso esteja apressado, não deixe de escutar a resposta da terceira – ela inspirou o próprio título desse artigo:
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Para se aprofundar, sugiro ler esse texto sobre crescementismo de Umair Haque, autor da Harvard Business Review. E também esse outro, “Sobre outras possibilidades de empresas e negócios“.
Tenho me interessado bastante por explorar maneiras de tornar empresas espaços de real desenvolvimento humano; criar negócios que não se pareçam com negócios. Conversas assim me deixam pra lá de empolgado. Penso inclusive em gravar mais papos como esse, ao longo do ano.
Bom, curioso para escutar as impressões de vocês nos comentários.
Guilherme Nascimento Valadares


Interessado em boas conversas, redes e novos modelos de trabalho e negócios. Na interseção desses pilares, surgiram o PdH, o Escribas e o lugar. Formado em Comunicação, atuou alguns anos como estrategista digital.

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