Análise eleitoral do genial estrategista da oposição midiasmatica, Cesar Maia

Ele é o mesmo que em 2010 previu a vitória de José Serra no 1º turno

EM 2014 LULA NÃO VAI MAIS TRANSFERIR VOTOS COMO EM 2010! QUAL A EQUAÇÃO DE 2014?
            
1. Quem olha para 2010 pensando que 2014 será igual se equivoca redondamente. Lula, sentado na cadeira presidencial, tinha a mobilidade que queria. Com a economia crescendo 7,5%, tirava o tema do discurso da oposição. Seu carisma retirante tirou o Nordeste dos sonhos da oposição. Contava com Eduardo Campos absoluto em Pernambuco e a oposição não tinha a Bahia. No Rio Grande do Sul vencia com Tarso. Tinha Cabral, um candidato praticamente nomeado a governador do Rio com o PT a tiracolo.

            
2. Dilma era como se fosse ele: continuidade garantida. E ainda se deu ao luxo de fazer campanha pessoal contra os candidatos a senador da oposição. Tirou do jogo Artur Virgílio, Heráclito Fortes, Tasso Jereissati, Marco Maciel, Efraim Filho, Cesar Maia, etc.
            
3. O quadro hoje é muito diferente para ele. No Rio é um imbróglio que ele vai transformar em inserções na TV com o mínimo de presença física. No Rio Grande do Sul a senadora do PP é favorita. Terá que dar tempo integral a seu governador de SP, carregando a impopularidade do prefeito da Capital. Eduardo Campos é candidato da oposição. A economia cresce 2%, nível do crescimento da população. Juros voltaram a subir. Inflação –que em 2010 estava em 4,5%- agora se acomoda em 6,5% para 2014, sangrando os bolsos das pessoas. Juros lá em cima.
            
4. As ruas não são mais da CUT e do movimento social associado. As manifestações incluíram Dilma e o PT entre seus alvos. Mensalão concluiu com a cúpula próxima a Lula na cadeia. No Nordeste, Eduardo Campos veio para a oposição. Na Bahia, o DEM volta a ter hegemonia. Cabral desintegrou. Lula vai ter que entrar disfarçado para assistir jogos da Copa do Mundo ou ver em casa, o que é mais provável. 
            
5. Com quanto Lula contribuiu para a eleição de Dilma e dos deputados do PT e aliados? 10% do total? Ou mais? Fiquemos com estes 10%. Dilma teve 43%, e viria para 39%. A base aliada perderia uns 30 deputados federais e uns 4 senadores. 
            
6. Dilma teve, no primeiro turno, 47,6 milhões de votos. Os demais candidatos tiveram 53,8 milhões de votos (incluindo os 19,6 milhões de Marina e 33,1 milhões de Serra). Aplicando o redutor de 10%, Dilma deverá ter 43 milhões de votos. Dessa forma, a equação eleitoral de 2014 será o quanto desta perda de Dilma irá para abstenção, brancos e nulos e quanto irá para a oposição.