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"Amigo" de Lula doou muito dinheiro para os inimigos do ex-presidente

247 - A Polícia Federal encontrou, em São Paulo, há três semanas, uma agenda de Natalino Bertin, parceiro de negócios do pecuarista José Carlos Bumlai, os nomes de alguns de políticos associados a valores doados na eleição de 2010. Aparecem o vice-presidente Michel Temer (PMDB), o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), e os senadores Aloysio Nunes (PSDB) e Ronaldo Caiado (DEM).

Os investigadores ainda irão analisar as informações para descobrir se os recursos foram, de fato, repassados aos políticos. O passo seguinte será descobrir se as doações foram registradas na Justiça Eleitoral ou se foram realizadas por meio de caixa dois. Na maioria das anotações, o empresário registra "valores combinados" com os políticos, parcelas pagas e as respectivas datas em que cada valor foi entregue, e ainda especifica se o dinheiro foi pago "em reais".

Um dos primeiros nomes a surgir na agenda do dono do Grupo Bertin é o do vice-presidente Michel Temer (PMDB), que teria recebido R$ 2 milhões na campanha de 2010. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), é citado como beneficiário de R$ 1 milhão. Os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) e Ronaldo Caiado (DEM) são citados como beneficiários de R$ 500 mil cada um. A senadora gaúcha Ana Amélia Lemos (PP) teria recebido R$ 100 mil.

A lista de políticos é extensa, chegando a quase 30 nomes de candidatos dos mais diferentes estados, entre deputados estaduais e federais, candidatos a governos estaduais e, claro, candidatos à Câmara e ao Senado. Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva teria recebido R$ 650 mil; Nelson Trad Filho, prefeito de Campo Grande, é citado como beneficiário de R$ 500 mil. Candidato ao Senado por São Paulo, em 2010, o cantor Netinho teria recebido R$ 500 mil; o ex-deputado Candido Vaccarezza, aparece com R$ 600 mil.

Os investigadores da Operação Lava Jato apreenderam o material durante a operação "Passe Livre", que levou para a prisão o pecuarista José Carlos Bumlai.

Os políticos citados apresentaram versões divergentes sobre as anotações de Natalino Bertin. Edinho Silva negou ter recebido qualquer recurso do empresário. "O Grupo Bertin nunca foi doador de minhas campanhas a prefeito de Araraquara ou deputado estadual; tampouco foi doador do PT estadual paulista, quando da minha gestão como presidente".

O senador Aloysio Nunes afirma que não recebeu dinheiro de campanha do Grupo Bertin, de empresas relacionadas ou do Natalino Bertin nas eleições de 2010.

A senadora Ana Amélia confirma que recebeu a doação.

O vice-presidente, Michel Temer, confirmou o recebimento de 1,5 milhão de reais em três parcelas de 500.000 reais, o que confere com parte das anotações de Natalino Bertin. Foi o próprio vice que pediu a Natalino Bertin a doação, posteriormente declarada na prestação de contas do Diretório Nacional do PMDB. Eduardo Cunha também confirmou ter recebido a doação do empresário.

SEM IMPEACHMENT - Para Leonardo Boff, Dilma e o PT sairão da crise melhores e mais fortes

São Paulo -
Para o teólogo Leonardo Boff, a turbulência política que ameaça o mandato presidencial de Dilma Rousseff passará e deixará à presidenta e ao PT a lição de que é preciso governar segundo a plataforma que fez sua campanha eleitoral vitoriosa. “Dilma vai sair fortificada e, possivelmente, essa crise vai ter um efeito positivo e purificar o PT, que terá que voltar às bases e se refazer nos seus ideais, com transparência”, avaliou, em entrevista à repórter Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.
Boff não acredita que o processo de impeachment terá seguimento no Congresso, e diz que os perdedores da eleição do 2014 ainda não se conformaram com a derrota e procuram sem cessar um pretexto sustentável para desfazer o resultado legitimamente conquistado. “É um pretexto para tirarem a Dilma do poder e isso significa um golpe de Estado. Antigamente se dava o golpe militar. Agora, o impeachment substitui esse golpe para tirar uma que foi eleita pela maioria do povo brasileiro”, afirmou.
Para o teólogo, essa tentativa de impeachment contra a presidenta é uma manipulação, liderada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. “Ele é um bandido político, eticamente desqualificado, e está levando esse processo não no sentido do Direito, mas no sentido da vingança. e colocar os interesses pessoais dele acima da nação. É alguém que não está interessado na ordem e só quer encobrir seus mal feitos. Como teólogo, posso dizer que ele é um blasfêmia, ele criou uma empresa com o nome de Jesus. É um falso cristão.”
Ele também comenta o papel de direita no Brasil nesse processo de impeachment. “A direita está em ascensão, mas só se articula entre eles e não tem base popular. Eles podem explorar que essas políticas de austeridade e ajuste possam prejudicar a política de Lula, e muitos voltariam ao estado de pobreza. Mas eu creio que como o PSDB e a oposição não tem uma vinculação orgânica com essas bases, não sabem manejá-las.”




Para o teólogo, a crise está despertando a militância do PT e das esquerdas para tomar as ruas novamente e não aceitar o golpe. “Eu creio que terá um sentido de escutar o povo, a rua vai colocar pressão no parlamento. E como os deputados são medíocres e só pensam na reeleição, vão votar contra o impeachment.”
“A decisão vai se dar em dois níveis: os níveis da consciência mais crítica, mais jurídica, dos apoios dos movimentos sociais, que vão deslegitimar esse processo. E o segundo vai se dar nas ruas, e o PT está reconquistando as ruas. O PSDB, cuja base social é a classe média, que vai pra rua aos domingos, para passear, não para protestar”, conclui.
Redação RBA

Frase do dia

"Não é nenhuma novidade. Não é possível que os jornalistas aqui presentes tenham ficado surpresos. Aliás, a base do pedido [do impeachment] e das propostas do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (Pmdb-RJ), é o Psdb, sempre foi. Ou alguém aqui desconhece fato? Porque senão fica uma coisa um pouco hipócrita da nossa parte, nós fingirmos que não sabemos disso." 

Dilma Rousseff - Presidente da República do Brasil até 31 de Janeiro de 2019

Se Temer traiu a Dilma por que será fiel aos amigos da ocasião?

por Kiko Nogueira
Assim como os pássaros nasceram para voar e a PM para bater, conspiradores nasceram para conspirar. Se Michel Temer faz o que faz agora, em plena luz do dia, o que o impediria de trair seus novos aliados do golpe?
Eduardo Cunha será preso cedo ou tarde, mas conta com o compadre Michel na presidência. O ex-vice decorativo adquiriu uma desenvoltura invejável. Além da pregação ininterrupta  da necessidade de um governo de “união nacional” — sob sua tutela —, Temer tem conversado com governadores que são contra o impeachment.
Na sexta, 11, deu uma palestra no IDP (Instituto de Direito Público), em São Paulo, com Gilmar Mendes. Falou que “as forças motrizes do desenvolvimento decorrem da conjugação do capital e do trabalho. Se estiverem harmonizados, colaboram com o país e com o governo, por isso toda iniciativa governamental deve priorizar a iniciativa privada”. Mencionou, ainda, a esperança de instaurar o que chamou de “semiparlamentarismo”.
Gilmar o elogiou: “Temer é um excelente nome para as funções que exerce. Seria um ótimo presidente do Brasil.”
O PSDB fechou questão a favor do impeachment numa reunião com a presença de FHC. José Serra virou articulador político de olho num ministério, Geraldo Alckmin abandonou a costumeira cautela, Aécio parece ter sossegado o facho com relação à convocação de novas eleições em 2016.
O acordo dos tucanos em torno de Temer envolve seu compromisso de conduzir o país até 2018 e, chegando lá, entregar a encomenda e ir para casa.
Ainda que Temer esteja prometendo isso e seja conveniente ao pessoal acreditar, ficou mais clara do que nunca sua índole. Depois das cenas absurdas a que estamos assistindo de iniquidade institucional, seus colegas jamais poderão se surpreender quando MT mudar de ideia daqui a três anos e se candidatar.
O PMDB tem planos, Temer tem 75 anos e está com sangue nos olhos. “Se é verdade que as conspirações são, por vezes, montadas por pessoas de espírito, são, contudo, executadas por animais ferozes”, disse o escritor francês Antoine de Rivarol.
Estamos cercados de animais ferozes loucos para se devorar uns aos outros, e o chefe da matilha é autor de cartas constrangedoras e autovazáveis.
no Diário do Centro do Mundo

Decisão do STF mudará o cenário do impeachment para Dilma

por Cíntia Alves
Se o impeachment de Dilma Rousseff for pautado pela lei 1079/1950, basta - não que seja fácil - a oposição angariar dois terços de votos da Câmara (342 de 513, portanto) para afastar imediatamente a presidente do poder. Só depois o processo por crime de responsabilidade fiscal seria enviado ao Senado, onde outros dois terços de votos definiriam o destino final de Dilma.
Mas se a Constituição de 1988 prevalecer sobre a lei de 1950, Dilma, em eventual derrota na Câmara, terá uma segunda chance no Senado, pois o afastamento só seria determinado após apreciação, pelos senadores, do que foi determinado pela Casa comandada por Eduardo Cunha.
Esse é o teor da ação que está nas mãos do ministro Luiz Edson Fachin, que suspendeu a tramitação do impeachment até a próxima quarta (16), quando afirma que levará ao plenário do Supremo Tribunal Federal uma espécie de roteiro legal para o processo de impedimento de Dilma, por solicitação do PCdoB.
Fachin afirmou à imprensa essa semana que estuda o impeachment de Fernando Collor e as leis que tratam do processo para esboçar o rito certeiro. Outro ministro, Marco Aurélio Mello, disse que o plenário do STF não vai "legislar" sobre o impeachment, mas apenas dizer se prevalece o que foi estabelecido pela lei de 1950, pela Constituição ou ainda pelo regimento interno da Câmara.
Duas liminares concedidas pelos ministros Teori Zavascki e Carmén Lúcia já indicam que o regimento interno da Casa - usado por Cunha para escrever um manual do impeachment a pedido da oposição - não é a melhor norma para nortear a discussão. Restam, conforme apontado na ação do PCdoB, a Constituição e a lei 1079.

Meme do dia

#Impitimanémeuzovo


Foto de Partido dos Trabalhadores.
MANIFESTO PLURAL
A luta contra o golpe teve mais uma importante adesão.
"Artistas, intelectuais, pessoas ligadas à cultura que vivemos direta e indiretamente sob um regime de ditadura militar; que sofremos censura, restrições e variadas formas de opressão; que dedicamos nossos esforços de forma obstinada, junto a outros setores da sociedade, para restabelecer o Estado de Direito, não aceitaremos qualquer retrocesso nas conquistas históricas que obtivemos", diz o documento.
Leia mais na Agência ‪#‎PT‬ de Notícias http://goo.gl/B0nEet

Charge do dia