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Domenico De Masi - "Meu otimismo com o Brasil se baseia nas estatísticas"
Bolsa Esmola - Editorial do PSDB
Para um governo comandado por um partido que historicamente se fortaleceu sob a bandeira da redenção dos pobres de todo o país, o balanço das políticas federais de inclusão social tem sido profundamente desapontador.
O programa Fome Zero, eixo central do discurso de campanha do então candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, sofre de inanição desde a sua festejada criação e atabalhoada execução. Para superar as deficiências congênitas, o governo, sensatamente, uniu-o ao Bolsa Escola, formando o Bolsa Família – em resumo, a unificação de vários programas assistenciais, a maioria já existente na gestão de Fernando Henrique Cardoso, como o Bolsa Alimentação, o Cartão Alimentação e o Auxílio Gás. O que parecia uma saudável correção de rota tem sido enxovalhado pela evidência de que o governo deixou de fiscalizar, por exemplo, a freqüência em sala de aula dos alunos beneficiados pelo Bolsa Família.
O principal programa social petista reduziu-se, enfim, a um projeto assistencialista. Resignou-se a um populismo rasteiro. Limitou-se a uma simples distribuição de dinheiro, sem a contrapartida do comparecimento à escola, condição fundamental para que populações excluídas tenham maiores possibilidades de emprego no futuro, com elevação da renda de maneira produtiva. A ausência de controle também deixa o programa vulnerável a desvios e pouco propício à avaliação de resultados e correção de rumos. Uma expressão do senador Cristovam Buarque (PT-DF) resume o problema:
"O Bolsa Escola virou Bolsa Esmola".
Exposta a crise, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou, no fim da semana passada, que o chefe da Casa Civil, José Dirceu, assumirá o comando das discussões internas para resolver as falhas na execução do programa. Presidente da Câmara de Política Social, da Câmara de Desenvolvimento Econômico e de outros 19 grupos coletivos dedicados a reuniões na Esplanada dos Ministérios, Dirceu convocará os ministros Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), Humberto Costa (Saúde) e Tarso Genro (Educação) com o objetivo de encontrar uma solução conjunta para a falta de controle. Deseja-se que novos rumos não sejam turvados pelo hábito palaciano de perder-se em extensos e contraproducentes debates internos.
Três exigências seriam originalmente necessárias para as famílias que recebem o benefício do Bolsa Escola: freqüência escolar, vacinação e acompanhamento de gestantes.
A última checagem, admitiu o governo, é de 10 meses atrás. (Tais falhas, convém lembrar, vêm desde a gestão de FHC). Enquanto isso, os três ministérios envolvidos com o programa seguem batendo cabeça sobre as atribuições de cada um no controle das contrapartidas.
Trata-se de um símbolo tristonho da negligência governamental para aquela que seria prioridade absoluta da atual gestão. Os entraves dos programas sociais do governo federal são a evidência clara de uma política embotada pelo apego a números que podem render dividendos políticos musculosos, porém com eficácia social bastante questionável. São 4,5 milhões de famílias beneficiadas, orgulha-se o Palácio do Planalto.
O risco é que, ao fim do mandato petista, boa parte delas continue à espera da esmola presidencial.
O públicoPSDB não entende nem de povo, nem de rede, por Luis Nassif
A atitude do deputado Antonio Imbassahy (PSDB-Ba), um dos braços armados de José Serra na Câmara, de impedir o decreto de regulamentação da participação popular nas políticas públicas, mostra a enorme dificuldade do PSDB em entender de povo. Do alto de seu enorme conhecimento sobre o povo, Imbassahy foi definitivo: "Esse tipo de medida está fora de sintonia com o que a sociedade deseja".
Não adianta! Desde junho de 2013 havia uma bola quicando na área da política, conforme cansei de apontar: o aprofundamento da democracia direta, de outras formas de participação.
Nada tinha a ver com a tomada da Bastilha ou a substituição do Congresso pelo povo. Consistia apenas em aprofundar mecanismos criados pela Constituição de 1988, aprofundados nos anos 2000 e deixados de lado nos últimos anos.
A bandeira estava solta, para quem quisesse empunhá-la. O governo andou a passos de cágado; a oposição não andou. O governo dava chutão na área; a oposição não dava nem chutinho, A própria bandeira Marina da Silva já tinha entendido esse conceito desde as eleições de 2010, falando de redes sociais e de trabalho colaborativo.
A única contribuição do PSDB às ferramentas de redes sociais foi o esquema de baixarias e de ataques pessoais montado na campanha de Serra em 2010.
Uso das redes para discutir políticas públicas, para ouvir as bases do partido, para abrir as portas da executiva para novas ideias? Desistam! A cara do partido é Imbassahy.
Decadência sem nenhuma elegância
Agora é moda. Artista esquecido pela mídia, em baixa com com o público, distante do sucesso, encontraram uma boa maneira para chamar atenção e ganhar espaço na programação da globo e patrocínio da Natura e banco Itaú.
As três grandes corporações estão em campanha aberta contra Lula/Dilma/PT.
Melhor assim.
Eduardo Campos apanha em casa
Pesquisa Ibope em Pernambuco, divulgada há pouco, e que misteriosamente quase não circulou pelas redes sociais, mostra a situação cada vez mais difícil de Eduardo Campos no próprio Nordeste, onde ele contava ter uma grande votação.
Ele perde feio na Bahia, Ceará e em Alagoas, como eu mostrei num post no Tijolaço publicado neste final de semana.
E agora, em Pernambuco, sua terra natal, onde era governador até pouco tempo, Campos também já começa a ficar para trás.
Na pesquisa espontânea, ele já está apanhando dentro de casa. Dilma tem 24%, contra 17% de Campos. Aécio tem míseros 2%.
Na estimulada, a presidenta já encosta no ex-governador. Ela tem 39%, contra 40% de Campos.
O Ibope deu uma colher de chá. Não perguntou ao entrevistado se ele continuaria votando em Campos se soubesse que Lula apoia Dilma.
Os candidatos de Campos para o governo do estado e senado estão perdendo feio para os nomes da base de Dilma. Quando os eleitores são informados quem são os apoiadores dos candidatos, a surra de Campos é ainda maior. Os candidatos da base de Dilma são: Armando Monteiro (PTB), para o governo; e João Paulo (PT), para o senado.
Eduardo Campos apanha em casa
Pesquisa Ibope em Pernambuco, divulgada há pouco, e que misteriosamente quase não circulou pelas redes sociais, mostra a situação cada vez mais difícil de Eduardo Campos no próprio Nordeste, onde ele contava ter uma grande votação.
Ele perde feio na Bahia, Ceará e em Alagoas, como eu mostrei num post no Tijolaço publicado neste final de semana.
E agora, em Pernambuco, sua terra natal, onde era governador até pouco tempo, Campos também já começa a ficar para trás.
Na pesquisa espontânea, ele já está apanhando dentro de casa. Dilma tem 24%, contra 17% de Campos. Aécio tem míseros 2%.
Na estimulada, a presidenta já encosta no ex-governador. Ela tem 39%, contra 40% de Campos.
O Ibope deu uma colher de chá. Não perguntou ao entrevistado se ele continuaria votando em Campos se soubesse que Lula apoia Dilma.
Os candidatos de Campos para o governo do estado e senado estão perdendo feio para os nomes da base de Dilma. Quando os eleitores são informados quem são os apoiadores dos candidatos, a surra de Campos é ainda maior. Os candidatos da base de Dilma são: Armando Monteiro (PTB), para o governo; e João Paulo (PT), para o senado.
O sertão vai virar mar
Considerada uma das 50 maiores obras hídricas do mundo, o Projeto de Integração do Rio São Francisco, não é só motivo de orgulho e de esperança para os mais de 12 milhões de brasileiros que hoje precisam de água. |
Shakira, Copa e glamourização
FÁBIO RODRIGUES
Receita da oposição
Semideuses, poderosos e intocáveis
A vitaliciedade dos cargos nas cortes superiores não é uma regra geral no mundo ocidental. Os membros dos tribunais constitucionais europeus exercem mandatos por tempo certo, como é o caso de Portugal, Alemanha, Espanha e Itália. Nas cortes da Alemanha e na sul-africana os ministros têm os maiores mandatos, doze anos; na italiana e na espanhola, nove; na Colômbia e no Chile, oito anos; e em Portugal, seis anos com direito a uma recondução.