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Beltrame: 'Um tiro em Copacabana é uma coisa. Na Favela da Coréia é outra'. OAB critica diferenciamento

O secretário falou simplesmente a verdade.

A OAB vir com demagogia barata não engana ninguém.

Para demolir a manipulação que a entidade tenta fazer das declarações do secretário, basta lembrar aos engomadinhos e engravatadinhos que:

Quando ocorre algum problema em qualquer favela ou bairro da periferia conta-se nos dedos de uma mão (ainda sobre dedos).

Quando o problema é na zona sul, no bairro de Copacabana, Ipanema, Leblon etc...para cada indivíduo detido, tem um monte de advogados para defender - desde que o cidadão seja rico -.

Tenho dito e firinrinfororó

Artigo semanal de José Serra

A reunião deste fim de semana do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores trouxe um fato inédito . A rotina desses encontros é culpar a oposição por todas as mazelas do país, como se os petistas não mandassem no seu próprio governo. Mas desta vez foi diferente.
Ao analisar o quadro político e as dificuldades da administração Dilma Rousseff - mais evidentes após as grandes manifestações de junho e a queda livre nas pesquisas - o PT pôs a culpa não na oposição, mas nos aliados!
Assim, os males do Brasil seriam devidos ao fato de os petistas não conseguirem governar sozinhos, sendo obrigados a composições com os “conservadores”, santo eufemismo. Tais alianças estariam a impedir os avanços que o governo tanto deseja realizar.
Será? O PT já domina completamente o Executivo em Brasília: Presidência, Casa Civil, Fazenda, Planejamento, Saúde, Educação, Justiça, todos os principais órgãos e ministérios são controlados pelo partido. Além das pastas responsáveis pelos temas que fizeram as ruas explodir de insatisfação, estão nas mãos deles todas as estatais relevantes.
Proveitoso seria, hoje, que fizessem autocrítica, e perguntassem “onde foi que nós erramos?" Mas essa atitude não combina com o DNA autoritário, de quem se julga portador de uma verdade histórica tão inquestionável quanto o teorema de Pitágoras.
Um exemplo de autocrítica possível seria o da forma perversa das alianças: baseadas não em programas mas sim no rateio dos benefícios do poder.
Assim, somos obrigados a assistir o filme da fuga para adiante - "fuite en avant", para lembrar a expressão de Ignacy Sachs. Ou seja, após três mandatos, o PT pede mais para ele mesmo, demanda o poder absoluto para fazer o que não conseguiu realizar em mais de uma década de hegemonia.
Eis a origem do tal plebiscito sobre reforma política. O objetivo é um só: como não consegue passar de 20% nos votos para o Legislativo, o PT quer mudar as regras para que a minoria nas urnas se transforme em maioria no Congresso, minimizando a necessidade de aliar-se a outros partidos. Por isso defende a lista fechada para a eleição de deputados e o financiamento exclusivamente público das campanhas eleitorais.
O PT tem cerca de 20% da preferencia popular. Como a maioria do eleitorado não se identifica com nenhum partido, se o voto for na lista partidária e não em candidatos, acreditam poder transformar os 20% nas urnas em pelo menos 40% do Congresso.
Esse propósito seria bastante fortalecido pelo financiamento público das campanhas, que beneficiaria o PT de duas maneiras. Sendo o maior partido saído das últimas eleições, disporia automaticamente de mais recursos para disputar votos. Além disso, como o PT domina a poderosa máquina federal e numerosas entidades sindicais e ONGs especiais (de fato, Organizações Neogovernamentais), que têm expertise em fazer campanha eleitoral com recursos públicos, a proibição do financiamento privado legal o favoreceria.
Uma vez que Congresso Nacional, com todos seus imensos defeitos, não é composto de suicidas, o PT enfrenta forte resistência a esses projetos. O caminho normal, democrático, seria então fazer das suas teses bandeiras eleitorais e buscar a maioria no Congresso para elas. Mas como as relações entre o PT e a democracia são nebulosas, preferem tentar emparedar os adversários e os aliados, usando para isso o tal plebiscito.
O Tribunal Superior Eleitoral já esclareceu que precisa de 70 dias para organizar um plebiscito nacional. Ou seja, não há tempo hábil para combinar quatro coisas: (1) votar nas duas casas do Congresso a lei que convoca o plebiscito; (2) realizar o plebiscito, com tempo para horário "gratuito" de TV e rádio; (3) promover o necessário trabalho congressual para regulamentar as decisões e (4) que elas valham já em 2014, respeitando o princípio constitucional da anualidade.
A presidente Dilma Rousseff continua insistindo no tal plebiscito para valer já nas eleições de 2014, e até persegue o deputado Cândido Vacarezza, petista histórico, que reconheceu publicamente a falta de tempo hábil. Ela deve saber que é inviável porém insiste. Por quê? Para alimentar um impasse e, depois, culpar o Congresso por “não ter ouvido as ruas".
Enquanto isso, passaria à população a idéia de que está empenhada e trabalhando por algo coerente, desviando o foco dos problemas verdadeiros: economia sob estagflação e dominada por expectativas ruins, consumo e emprego desacelerando, serviços públicos aquém das expectativas.
Escrevi dias atrás que o Brasil precisa de governo. Não obrigatoriamente um bom governo, mas pelo menos algum governo. É o que mais nos faz falta hoje. Talvez ainda houvesse tempo de a presidente encontrar um rumo, corrigir rotas tresloucadas que a fazem se chocar, dia após dia, com a realidade dos fatos.
Infelizmente, a inclinação parece ser a de dobrar a dose do remédio que não dá certo. O exemplo mais emblemático é a tentativa satanizar os médicos brasileiros, para dar a impressão de que está se fazendo algo pelo presente e o futuro da Saúde.
Já esgotou-se, por sorte, a velha fórmula de produzir factoides que depois serão embalados publicitariamente - e veiculados em caríssimas campanhas para induzir o povo a acreditar que o governo funciona. Isso é o que foi feito, por exemplo, com o PAC, as campanhas anticrack, os buracos de estradas, o Pronasci da segurança, etc. Esse expediente já era.
O Brasil quer governo que tenha rumo, fale menos, antecipe-se aos acontecimentos, enfrente os problemas, planeje as ações, dê exemplo de boa conduta aos cidadãos e consiga entregar a eles os benefícios mínimos que reclamam. Tão simples quanto isso.
Já passou da hora de o PT e o governo abrirem o olho. O Brasil é uma democracia sólida, o povo amadureceu e as eleições vem aí. Certos desvios e atalhos, felizmente, repousam nos livros de História para, se Deus quiser, deles não sairem nunca mais.

A oposição seguiu meu conselho

Recordando: 
Fosse a oposição tucademo menos incompetente se uniria e [contraditóriamente] lançaria dois candidatos a presidência. Pelo PSDB [Aécio Neves], pelo DEM [José Serra}. Perderiam a eleição do mesmo jeito, tanto faz que o candidato seja Dilma,Lula ou qualquer outro candidato(a) do governo PT. Mas, pelo menos nos daria o prazer de disputar. Ganhar fácil não tem gosto é insosso, sem sabor.

E o que os colunistas andam escrevendo:
Ilimar Franco, O Globo
O tucano José Serra, segundo aliados, vai concorrer ao Planalto em 2014. Ele não lutará para conquistar o PSDB, já comprometido com Aécio Neves. Sua intenção é se lançar com o apoio de PPS, PV e PTB.
Ele tem dito que as eleições estão abertas, como as de 1989, que teve dez candidatos viáveis. Pelas suas contas, para ser competitivo, ele precisa sair de São Paulo com oito milhões de votos.

Pesquisa Ibope divulgada esta tarde

Avaliação do governo Dilma:
• Popularidade da Presidente Dilma 31%
- Aprovação da maneira de governar e confiança na presidente 45%
• Áreas que o governo tem melhor desempenho: Habitação; Combate à fome e a miséria; e Capacitação Profissional
• Áreas que o governo tem o pior desempenho: Saúde; Segurança pública; e Educação.
• Prioridades para o governo federal: Melhorar os serviços de saúde; Combater a violência e a criminalidade; Combater a corrupção; e Melhorar a qualidade da educação.
Avaliação de governos estaduais
• Governadores mais populares são os dos estados de Pernambuco, Paraná, Ceará e Minas Gerais.
• Governadores menos populares são os dos estados do Rio de Janeiro, Goiás e São Paulo.
• Governadores mais populares são reconhecidos pelas políticas e ações em Educação, Desenvolvimento e crescimento do estado, Geração de empregos, estradas e rodovias.
Manifestações populares
• Apenas 9% dos entrevistados participaram das manifestações e 6% tinham um residente do domicilio que participou.
• 89% dos entrevistados são a favor das manifestações
• As respostas dos governantes e do Congresso Nacional não foram vistas de maneira positiva pela população. Mais de 30% dos entrevistados reprovaram totalmente essas respostas.
• 34% dos entrevistados pretendem participar de novas manifestações.
• As principais reivindicações são: Maiores investimentos em saúde, Contra a corrupção e Mais segurança pública.
Qualidade dos serviços públicos
• De 13 tipos de serviços, nove foram considerados de baixa ou muito baixa qualidade pela maioria da população.
- O piores avaliados são: Segurança pública; Postos de saúde e hospitais;Transporte público; e Educação fundamental e ensino médio.
• De um modo geral, a população identifica a responsabilidade da cada nível de governo no suprimento dos serviços públicos, mas parcela significativa defende que todos são igualmente responsáveis ou devem ser igualmente cobrados.
Tributação, disponibilidade e uso de recursos públicos
• 53% da população respondem que a maior parte dos impostos vão para o governo federal
• 51% acreditam que o governo estadual precisa da ajuda do governo federal para prover serviços públicos adequados
- No Rio Grande do Sul, Ceará e Santa Catarina esse percentual é de: 73%, 67% e 58%, respectivamente.
- No Rio de Janeiro, 60% da população acreditam que o estado tem dinheiro suficiente.
• 62% da população acreditam que a prefeitura precisa da ajuda dos governos federal e estadual para prover serviços públicos adequados
• 85% da população reconhecem que o governo federal ajuda os governos estaduais e municipais, mas cerca de 70% acham que ajuda menos que deveria
• 74% da população acreditam que a presidente e seus ministros, bem como os governadores e seus secretários utilizam mal ou muito mal os recursos públicos
- No caso dos prefeitos e seus secretários esse percentual é de 70%.
• 87% da população concordam total ou parcialmente com a afirmação de que “o governo já arrecada muito e não precisa aumentar mais os impostos para melhorar os serviços públicos”
• 82% concordam total ou parcialmente que “a baixa qualidade dos serviços públicos deve-se mais à má-utilização dos recursos públicos do que à falta deles”
• 89% discordam total ou parcialmente que “para melhorar os serviços públicos é preciso aumentar os impostos”
• 91% acham que os impostos no Brasil são elevados ou muito elevados
• O imposto que mais afeta o orçamento familiar é o *ICMS, opção escolhida por 32% dos entrevistados 
• São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, são os estados com o maior percentual de residentes que consideram o ICMS do estado mais elevados que o dos demais estados do Brasil.

Mensagem da tarde

2.552 municípios estão inscritos no Programa Mais Médicos

O Brasil e seus inimigos
O número representa cerca de 46% das cidades brasileiras, com maior concentração na Região Nordeste. O prazo para inscrição termina hoje (25) à meia-noite.  
Do total de municípios inscritos, 867 estão na Região Nordeste, 652 no Sudeste, 620 no Sul, 207 no Norte e 206 no Centro-Oeste. Os dados são do último balanço do Ministério da Saúde que contabiliza as inscrições feitas até ontem (24). Todos os municípios do país podem participar do programa indicando as unidades básicas de saúde de suas regiões em que há falta de médicos.Leia mais »

Só há um motivo para não aceitar o o termo Presidenta Machismo

NÃO ACEITAR O TERMO PRESIDENTA É PURO PRECONCEITO DE UMA NAÇÃO MACHISTA DE SE INCOMODAR TER UMA MULHER NO PODER!
Se quisesse seguir a lei com um rigor, digamos, ortodoxo para seus hábitos, o brasileiro teria de oficialmente referir-se a Dilma Rousseff como "presidenta". Sim, a lei federal 2.749, de 1956, do senador Mozart Lago (1889-1974), determina o uso oficial da forma feminina para designar cargos públicos ocupados por mulheres. Era letra morta. Até o país escolher sua primeira mulher à Presidência da República.

Criada num pós-guerra em que os países incorporaram direitos em resposta a movimentos sociais, a lei condiciona o uso flexionado ao que for admitido pela gramática. O que daria vez à forma "presidente". O problema é que não há consenso linguístico que justifique opção contrária à lei. Em novembro, muitos professores, gramáticos e dicionaristas se apressaram em dizer que tanto "a presidente" como "presidenta" são legítimas. Mas número equivalente tomou "presidenta" como neologismo avesso ao sistema da língua.

Em comunicado, a equipe do Lexikon, que atualiza o dicionário Aulete, avalia que os substantivos e adjetivos de dois gêneros terminados em -ente não apresentam flexão de gênero terminado em -a . Por isso, não dizemos "gerenta", "pacienta", "clienta" etc. Caso fosse "presidenta", por coerência, diríamos "a presidenta está contenta" e "o presidente está contento", exemplifica o grupo.

Professor e presidente da Vestcon, Ernani Pimentel diz que "presidenta" pertence às palavras "andróginas, hermafroditas ou bissexuadas", como "pianista", "jovem", "colega", comuns de dois gêneros. Terminadas em -nte (amante, constante, docente, poluente, ouvinte...), não usam o / a para indicar gênero. O fator linguístico a limitar essa "androginia", tornando a palavra só masculina ou feminina, é o artigo ( o amante, a amante); o substantivo ( líquido ou água poluente); o pronome a ela ligado ( nosso ou nossa contribuinte). Ao oficializar "presidenta", diz Pimentel, arrisca-se a "despender energia", criando "amanta", "constanta", "docenta", "poluenta", "ouvinta"...

Consagrada
Linguistas de instituições como USP ponderam. Marcelo Módolo informa que, embora pareça recente, "presidenta" é termo antigo. Ao menos desde o dicionário de Cândido de Figueiredo (1899):

"Presidenta, f. (neol.) mulher que preside; mulher de um presidente. (Fem. de presidente.)"

- "Presidenta" já está consignado no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp), no Houaiss; por isso, para mim, é indiferente o uso - diz Módolo.
Sua colega, Elis Cardoso de Almeida, concorda.

- Tanto faz qualquer uma das formas. O dicionário as aceita, embora se saiba que substantivos formados por -nte são comuns de dois gêneros, invariáveis, portanto: (o,a) estudante, assistente, etc. Por essa lógica, deveríamos ter (o,a) presidente.

Na prática, é improvável que a questão cause crises, e é esperado que a preferência se resolva nas situações comunicativas.

- Prefiro "a presidente" com base em outros vocábulos, como "a gerente", "a atendente", "a pretendente" etc. Todavia, quem quer falar "a presidenta", "a gerenta" ou "a atendenta", que fale. Não gosto, mas quem sou para condenar? - diz John Robert Schmitz, professor da Unicamp.

Confusão
O uso coletivo deve determinar predileção ou confirmar as duas formas. Para o gramático Ataliba de Castilho, nada impede que um termo até chegue a substituir o anterior.

- O uso é o senhor da língua. Vejamos como, daqui a alguns anos, as pessoas se referirão a esse cargo quando ocupado por uma mulher.

Os limites de uso seguem, muitas vezes, interesses específicos. Há "soldada", "sargenta", "coronela", "capitã" e "generala". Mas o Exército, ele mesmo, evita adotá-las.

"Presidenta" parece sofrer outra ordem de influências. Embora as variações sejam aceitas, o tipo de adoção de cada uma parece dividir intuições e usos - não tanto no campo da morfologia, mas no da semântica e até da ideologia. O professor Módolo concorda que a forma "presidenta" é a preferida por quem a simbologia de uma mulher no poder é fato relevante, talvez até orgulho.

- Fica mais expressivo usar "presidenta", pois se trata da primeira brasileira no cargo - diz ele.

Mas duvida que a insistência em "presidente" denotaria alguém preocupado em, ao evitar a flexão, assinalar sua resistência à eleita.

- Não acredito na hipótese. Essa situação precisaria ser testada no português brasileiro, pois é fato novo histórico e linguístico. Simplesmente, creio que usam "presidente" porque é corriqueiro. Sempre foram homens a ocupar o posto.

Ênfases
Se é incerto afirmar que, ao se usar um termo, haja deliberada tomada de posição, há quem a chame "presidente eleita" ou "a presidente" com ênfase que ultrapassa a do uso corriqueiro.Ao manter invariável o gênero, sinalizaria a tentativa de neutralizar qualquer peso semântico que dê relevo à palavra. Ataliba explica a pouca variação de gênero em palavras terminadas em -nte .

- As palavras que têm vogal temática -e , aí incluídas as que derivaram do particípio presente -nte , integram uma classe pouco produtiva, quando comparada às da classe em -o (menino) e -a (casa). Talvez por isso, a extensão a essa classe do morfema de feminino [-a] seja tão irregular. Algumas não admitem feminino de forma alguma, como "agente". Outras já o admitem, como "parenta" - diz o gramático.

Para ele, "presidente" foi apanhada por essa irregularidade.

- É o que explica que o uso com ou sem o morfema de feminino seja ressignificado. "Presidente" remeteria a um cargo tipicamente preenchido por homens. "Presidenta" explicita que foi ocupado por mulher - diz.

Para Elis, a diferença passaria pela ênfase que o falante intui dar ao enunciar a ocupante do cargo.

- É aí que entra a questão política. A mulher começa a ocupar cargos antes só masculinos. É preciso que se marque isso de alguma forma. A desinência -a de feminino passa a cumprir esse papel.

Política
A professora acredita que há conotação dupla em "presidenta": o vocábulo serviria tanto à valorização (no sentido de "forte", "feminina") quanto ao sentido caricato ("mandona", "implacável").

- Algumas vezes, o feminino ganha ar pejorativo. Por isso "chefa" nunca pegou, embora o dicionário registre! Usar "presidente" não é desmerecer a mulher, é usar forma comum de dois gêneros. "Presidenta" pode valorizar a mulher, mas também pode transferir a ela uma certa visão de "mulher durona".

Associar às mulheres qualidades consideradas femininas (sensibilidade, instinto maternal, ternura acolhedora etc.), é tão indevido quanto ver como masculinas as incorporadas por esforço e inteligência. Tal "divisão sexual" de qualidades é artificial. Aplicada a Dilma Rousseff, serviu a preconceitos eleitorais que, agora, o uso de "presidente" ou "presidenta" pode ou não reforçar.





Agora não faltava mais nada, em um país soberano como o Brasil um monte de brasileiro com sindrome de vira latas, expondo um monte de gente de países que estão na merda por ai, que só este ano o visto para trabalhar no Brasi aumentou 360% e que tem histórias imundas, que nunca nos metemos em seus problemas darem opinião sobre nossos problemas, como eles tivessem alguma vóz.
Temos problemas sim , mais atualmente muito menos que eles, e só quem pode requisitar resposta em nosso país somos nós Brasileiros.A soberania de um país, em linhas gerais, diz respeito à sua autonomia, ao poder político e de decisão dentro de seu respectivo território nacional, principalmente no tocante à defesa dos interesses nacionais. Nesse sentido, cabe ao Estado nacional (ao governo, propriamente dito) o direito de sua autodeterminação em nome de uma nação, de um povo.

Clara Gentil

A reconciliação da Igreja Católica com o Brasil, através dos jovens, passa necessariamente pela necessidade do Vaticano fazer as pazes com D. Helder Câmara


Joaquim Falcão
O silêncio é gritante.
D. Helder, que com certeza teria sido Prêmio Nobel da Paz se não tivesse sido vítima da aliança do regime militar com João Paulo II e Dom Dedé, o arcebispo quase anônimo que lhe substituiu na prestigiosa até então Arquidiocese de Olinda e Recife, talvez hoje estivesse se não entre os papáveis, pelo menos entre os santificáveis da Igreja.
Para que o Vaticano se reconcilie com os pobres brasileiros, é prudente pedir perdão aos próprios brasileiros pela censura eclesiástica que impôs a D. Helder e à Teologia da Libertação, ao ostracismo que D. Helder aceitou na sua desilusão calada e sofrida.
Enquanto isso João Paulo II fazia ostensivamente política ocidental capitalista em sua terra natal para derrubar o regime comunista polonês, amordaçava os padres e fiéis brasileiros, muitos torturados, que também queriam implantar a democracia no Brasil. E conseguiram, sem auxílio do Vaticano.


Hoje, o Papa Francisco corre atrás do prejuízo. Vamos saudá-lo e ajudá-lo. O elitismo político religioso de João Paulo II abriu as largas avenidas da fé e da esperança, não para o catolicismo, mas para as demais religiões, não tradicionais ao Brasil, como a dos evangélicos. Estes ocuparam o vácuo do desprezo e do medo das massas experimentado pelos cardeais e papas de Roma. Agora a Igreja Católica amarga uma perda de mais de 30% de seus fiéis para os evangélicos.
O Vaticano europeizado em sua distância, aprisionado pelos esquemas mentais da guerra fria – ou comunismo ou capitalismo – não foi capaz de ver D. Helder com a singularidade da esperança. Estigmatizou-o. Não percebeu que a Igreja Católica tinha sido, em nossa história, “o cimento de nossa nacionalidade”, como disse certa feita Gilberto Freyre.
Não me espantaria se um separatismo religioso se instaurasse progressivamente no Brasil com a expansão dos evangélicos. O que é um direito deles, sem dúvida.
Será possível que o Papa Francisco, que prega como pregava D. Helder, com simplicidade, a favor da pobreza, contra os ouros dos altares e os veludos carmim, vá silenciar, nesta longa viagem, sobre D. Helder? Não vá lhe estender a mão?
O quarto de D. Helder, em sua pequena casa no Recife, e não no palácio do Arcebispado a que tinha direito, era mais despojado do que este quarto, difundido no mundo todo, que o Papa Francisco tanto recomenda como simbolismo de expiação dos pecados da elite religiosa diante dos pobres. Já é algo em comum.

Crônica semanal de Luis Fernando Veríssimo

Heróis e História
Velha questão: são os homens providenciais que fazem a História ou é a História que os providencia? Estou pensando no Mandela. Ele sem dúvida fez história, mas o apartheid teria se mantido mesmo sem a resistência dramatizada na sua prisão e no seu sacrifício? Provavelmente não.
Martin Luther King simbolizou a luta pelos direitos dos negros nos Estados Unidos, empolgou e inspirou muita gente, mas a injustiça flagrante da segregação racial estaria condenada mesmo sem seus discursos e seu exemplo.
Frequentei uma high school americana durante três anos e todos os dias, antes de começarem as aulas, botava a mão sobre o coração e prometia lealdade à bandeira aos Estados Unidos da América a à republica que ela representava, com liberdade e justiça para todos, e certamente não era só eu que completava, em silêncio, o juramento: “...exceto para os negros.”
Durante anos a democracia americana conviveu com imagens de discriminação racista, linchamentos e outra violência contra negros no Sul do país. Variava apenas o grau de consciência em cada um da hipocrisia desta convivência cega.
O que Martin Luther King fez foi tornar a consciência universal e a hipocrisia visível, e insuportável. Mas a justiça para todos viria — ou virá, ou tomara que venha, numa América ainda dividida pela questão racial, como mostra a revolta pela absolvição recente do assassino daquele garoto negro na Florida — mesmo sem a sua retórica.
Gandhi liderou o movimento de resistência pacifica que ajudou a liberar a Índia do domínio inglês. Há figuras como Gandhi — mais ou menos pacificas — em quase todas as histórias de liberação do jugo colonialista. Mas, por mais atraente que seja a ideia de heróis emancipadores derrotando impérios, a verdade é que eles serviram uma inevitabilidade histórica, independentemente da sua bravura, do seu discurso ou, como Gandhi, do seu apelo espiritual.
O poder da História de fazer acontecer o necessário, à revelia da iniciativa humana, soa como ortodoxia marxista, eu sei, mas consolemo-nos com a ideia de que a História pode nos ignorar, mas está do nosso lado.
E dito tudo isto é preciso dizer que poucas coisas na vida me emocionaram tanto quanto a aparição do Mandela antes do jogo final da Copa do Mundo na África do Sul, ovacionado pela multidão. Consequente ou não, ali estava um herói.

O Brasil necessita de uma oposição responsável e consistente

No Brasil não existe lugar para o liberalismo econômico na política. Qualquer partido ou movimento oposicionista que o defenda está fadado ao fracasso. A questão não é privatizar os serviços públicos, mas  estatizar as funções do Estado, assim consideradas pela grande maioria dos brasileiros: transporte coletivo, educação, saúde, etc.
Nós, os brasileiros médios, jamais abraçamos a chamada ética protestante do trabalho, mesmo entre os evangélicos. A nossa linha de pensamento é divergente. Ao mesmo tempo que queremos liberdade política desejamos a presença estatal atendendo as demandas sociais. Jamais a maioria do eleitorado irá apoiar um candidato que transmita a ideia do cada um por si conforme as suas potencialidades, mesmo que por suposição. Corremos sim o risco do aprofundamento do controle do aparelho estatal pelos que prometem atender a todas as necessidades.
Conservadorismo moral e liberalismo econômico podem andar de mãos dadas em outros países, porém aqui, sob pena de exclusão da política partidária, devem ser separados. Existe lugar para a criação de um partido conservador forte e competitivo eleitoralmente, desde que no campo social abrace a fraternidade. Ridicularizar e combater programas como o bolsa família ou o Prouni apenas transfere votos para o petismo, em sentido amplo, embora a maioria desses eleitores não apoie os demais pontos da agenda igualitarista.
As manifestações que estão ocorrendo praticamente não atingiram a imagem do ex-presidente Lula, caso seja candidato em 2014 é o favorito absoluto para retornar à presidência da república. Isto porque possui méritos na visão de praticamente metade do eleitorado. Sendo que a sua maioria não é formada por petistas. Para estes o que importa é a sensação que o progresso material irá continuar em suas vidas. Seja uma casa mais confortável ou um carro novo. Aqui existe a lógica, a melhora nos padrões da subsistência é a primeira prioridade do homem. O resto fica para ser decidido depois.
O principal nome da oposição é o tucano Aécio Neves, a Marina é uma dissidente do regime. O quê pode ser dito dele? A única coisa real é que não possui biografia para suportar quinze minutos de debate com qualquer outro candidato disposto à vitória. Suas realizações políticas não atravessam as montanhas de Minas, a sua vida pessoal é um descalabro e as suas ideias sobre os assuntos moralmente polêmicos possuem a consistência de gelatina. Mais um indicado para a derrota.
Desde a redemocratização os políticos brasileiros que não se filiam explicitamente à esquerda foram pautados pela mídia. Assumiram como popular o sentimento das redações. As suas falas são voltadas para a repercussão que terão na imprensa, não entre o povo. Todos foram cooptados pelo progressismo. Qualquer posicionamento passível de ser rotulado como conservador ou reacionário, pelos cosmopolitas que controlam a difusão das notícias, foi indevidamente abandonado em busca dos aplausos dos deformadores de opinião.
No Brasil de hoje somente a situação possui discurso. A oposição vaga em busca de um.
Do Vermelhos Não

Joaquim Barbosa: o cínico

A questão do efetivo funcionamento da corporação aberta por Barbosa nos EUA é fundamental para fins de moralidade, que tem relevância jurídica.
Se nos EUA, corporações podem ser abertas e manter todos os direitos concedidos, mesmo na hipótese de não funcionar na realidade, isso seria uma intermediação ilegítima, uma burla da finalidade da lei.
A lei não existe para que pessoas físicas abram corporações (na terminologia da lei americana) apenas para evitar pagamentos de impostos em alíquotas maiores. Isso seria uma lei sem sentido. Ganharia no início, mas perderia no final, uma vez que, segundo informações iniciais, os gastos com a aquisição do imóvel seriam supostamente maiores com a compra e venda sendo realizada por uma pessoa jurídica do que com uma pessoa física (os sites brasileiros usam a palavra "empresa" para se referir à corporação aberta por Barbosa na Flórida).
No entanto, é relevante a informação sobre como os impostos cobrados na hora da transmissão da propriedade para os herdeiros incidiriam, se sobre o valor do imóvel ou se sobre a valorização do imóvel. A informação é relevante para apurar a real e verdadeira finalidade com que se fez o negócio da compra e venda via pessoa jurídica. Tudo indica que é sobre o valor do imóvel e não apenas da valorização obtida desde a data da aquisição.
Por outro lado, se os dez dólares registrados no documento forem o preço de venda do imóvel e se o valor do imóvel for considerado base de cálculo dos impostos devidos na hora de transmissão da propriedade, ter registrado o preço da compra muito abaixo do valor pago indica apenas uma tentativa de baixar os valores a serem recolhidos futuramente.
Mas a situação pode ser mais grave do que essa. Os termos usados no documento (intitulado warranty deed, ver aqui: http://ocafezinho.com/wp-content/uploads/2013/07/ScreenHunter_2132-Jul.-...) indicam que se tratou, ao menos oficialmente e na documentação levada ao registro, de uma espécie de contrato de doação (grantor egrantee seriam termos sinônimos de doador e donatário, respectivamente).
Se ficar provado que não houve doação, aí é que o negócio é ainda mais grave. Seria o caso de se falar em falsidade ideológica.
Registraram uma doação quando o que houve foi uma compra e venda de imóvel. Mas isso teria que ficar provado, apesar de que não faz nem sentido imaginar que a dona do apartamento iria doá-lo para uma corporação recém aberta. Neste caso, o ônus seria de Barbosa provar que realmente houve uma doação e por que ela teria ocorrido, isto é, por que uma cidadã americana da Florida teria doado um apartamento para ele, por intermédio de uma corporação que ele abriu em seu nome.
A fraude está evidenciada se ficar confirmado que houve uma simulação de doação.
Barbosa tem que exibir todos os documentos da negociação (contrato celebrado com a proprietária do imóvel, formas de pagamento, contrato do escritório advocatício contactado para intermediar o negócio, extratos de suas contas bancárias e comprovantes de TODAS as demais operações financeiras, realizadas no Brasil e nos EUA, declarações de imposto de renda e etc), por uma questão de transparência. Se se negar a exibi-los ou a prestar os esclarecimentos, deve ser investigado com todo o rigor e, com o recebimento da denúncia por parte do Senado, possivelmente deve sofrer impeachment (afastado do cargo). Menos do que isso não pode ser admitido. É o presidente do STF e ele deve dar o exemplo. Existem suspeitas de que ilegalidades foram praticadas. Ele deve sim explicações, ainda mais enquanto presidente do STF.
Creio que ele está em maus lençóis. O caso é mais grave do que eu supunha. Desconhecia esse detalhe de uma suposta doação, que parece ter sido o formato jurídico com que o negócio foi feito.
Alessandre de Argolo

Carta aberta de Carlos Moura para Ricardo Noblat

Noblat

Quem é você para decidir pelo Brasil (e pela História) quem é grande ou quem deixa de ser? Quem lhe deu a procuração? O Globo? A Veja? O Estadão? A Folha?

Apresento-me: sou um brasileiro. Não sou do PT, nunca fui. Isso ajuda, porque do contrário você me desclassificaria,  jogando-me na lata de lixo como uma bolinha de papel. Sou de sua geração. Nossa diferença é que minha educação formal foi pífia, a sua acadêmica. Não pude sequer estudar num dos melhores colégios secundários que o Brasil tinha na época (o Colégio de Cataguases, MG, onde eu morava) porque era só para ricos. Nas cidades pequenas, no início dos sessenta, sequer existiam colégios públicos. Frequentar uma universidade, como a Católica de Pernambuco em que você se formou, nem utopia era, era um delírio.

Informo só para deixar claro que entre nós existe uma pedra no meio do caminho. Minha origem é tipicamente "brasileira", da gente cabralina que nasceu falando empedrado. A sua não. Isto não nos torna piores ou melhores do que ninguém, só nos faz diferentes. A mesma diferença que tem Luis Inácio em relação ao patriciado de anel, abotoadura & mestrado. Patronato que tomou conta da loja desde a época imperial.

O que você e uma vasta geração de serviçais jornalísticos passaram oito anos sem sequer tentar entender é que Lula não pertence à ortodoxia política. Foi o mesmo erro que a esquerda cometeu quando ele apareceu como líder sindical. Vamos dizer que esta equipe furiosa, sustentada por quatro famílias que formam o oligopólio da informação no eixo Rio-S.Paulo – uma delas, a do Globo, controlando também a maior  rede de TV do país – não esteja movida pelo rancor. Coisa natural quando um feudo começa a  dividir com o resto da nação as malas repletas de cédulas alopradas que a União lhe entrega em forma de publicidade. Daí a ira natural, pois aqui em Minas se diz que homem só briga por duas coisas: barra de saia ou barra de ouro.

O que me espanta é que, movidos pela repulsa, tenham deixado de perceber que o brasileiro não é dançarino de valsa, é passista de samba. O patuá que vocês querem enfiar em Lula é o do negrinho do pastoreio, obrigado a abaixar a cabeça quando ameaçado pelo relho. O sotaque que vocês gostam é o nhém-nhém-nhém grã-fino de FHC, o da simulação, da dissimulação, da bata paramentada por láureas universitárias. Não importa se o conteúdo é grosseiro, inoportuno ou hipócrita  ("esqueçam o que eu escrevi", " tenho um pé na senzala" "o resultado foi um trabalho de Deus"). O que vale é a forma, o estilo envernizado.

As pessoas com quem converso não falam assim – falam como Lula. Elas também xingam quando são injustiçadas. Elas gritam quando não são ouvidas, esperneiam quando querem lhe tapar a boca.  A uma imprensa desacostumada ao direito de resposta e viciada em montar manchetes falsas   e armações ilimitadas (seu jornal chegou ao ponto de, há poucos dias, "manchetar"  a "queda" de Dilma nas pesquisas, quando ela saiu do primeiro turno com 47% e já entrou no segundo com 53 ) ficou impossível falar com candura. Ao operário no poder vocês exigem a "liturgia"  do cargo. Ao togado basta o cinismo.

Se houve erro nas falas de Lula isto não o faz menor, como você disse, imitando o Aécio. Gritos apaixonados durante uma disputa sórdida não diminuem a importância histórica de um governo que fez a maior revolução social de nossa História.  E ainda querem que, no final de mandato, o presidente aguente calado a campanha eleitoral mais baixa, desqualificada e mesquinha desde que Collor levou a ex-mulher de Lula à TV.

Sordidez que foi iniciada por um vendaval apócrifo de ultrajes contra Dilma na internet, seguida das subterrâneas ações de Índio da Costa junto a igrejas e da covarde declaração de Monica Serra sobre a "matança de criancinhas", enfiando o manto de Herodes em Dilma. Esse cambapé de uma candidata a primeira dama – que teve o desplante de viajar ao seu país paramentada de beata de procissão, carregando uma réplica da padroeira só para explorar o drama dos mineiros chilenos no horário eleitoral – passou em branco nos editoriais. Ela é "acadêmica".

A esta senhora e ao seu marido você deveria também exigir "caráter, nobreza de ânimo, sentimento, generosidade".

Você não vai "decidir" que Lula ficou menor, não. A História não está sendo mais escrita só por essa súcia  de jornais e televisões à qual você pertence. Há centenas de pessoas que, de graça,  sem soldos de marinhos, mesquitas, frias ou civitas, estão mostrando ao país o outro lado,  a face oculta da lua. Se não houvesse a democracia da internet vocês continuariam ladrando sozinhos nas terras brasileiras, segurando nas rédeas o medo e o silêncio dos carneiros.

Carlos Torres Moura

Além Paraíba-MG

Educação em Cuba: um exemplo para ser seguido

A educação é um assunto de primeira ordem para todas as nações. Então por que no Brasil ela ainda carece tanto de recursos e estrutura? Para Roberta Traspadini, professora da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), a atual falência do modelo brasileiro de educação está diretamente relacionada à vitória do capital transnacional, uma herança da década de 1990.


Ao comparar o Brasil com Cuba, a pesquisadora avaliou que "o modelo educacional brasileiro é oposto de Cuba. O cotidiano manifesta, por si só, o fracasso da universalidade, gratuidade e supremacia do público no sistema educativo brasileiro, sendo oposto ao modelo cubano".

Segundo ele, relatório mundial da Unesco sobre educação em 2011, fez uma radiografia do sistema cubano e explicitou porque este país é um exemplo concreto para o mundo de uma educação exitosa.

"O artigo 205 da constituição cubana garante a educação pública, gratuita e de qualidade para todos os seus cidadãos, independente da posição socioeconômica na qual se encontram. Mas é o artigo 39 o que chama mais atenção, quando afirma três princípios básicos revolucionários de uma educação de qualidade: a. Garantia de avanço na ciência e na tecnologia; b. Referencial marxista e martiano de ser social que se pretende formar; c. Demarcação da tradição pedagógica progressista cubana e universal", esquadrinhou a pesquisadora.

Ainda segundo dados da Unesco, a população cubana é de 11.247.925, sendo que 2.193.312 matriculados nas respectivas faixas etárias educativas, 9.673 escolas públicas, 298.508 professores, 170 mil bolsistas, e 908 mil estudantes em escolas semi-internas. Entre 2010 e 2011, formaram-se 85.757 cubanos, 23,4% em cursos técnicos, 31,4% em ciências médicas, 14,9% em pedagogia, 9.9% em economia e 20,4% em outras áreas.

Roberta Traspadini explica que esses dados são r3esultado de um investimento que gira em torno de 30% do PIB cubano, que é de U$60 bilhões, com educação, saúde e garantias sociais.

E o caso brasileiro?

A pesquisadora aponta que, no caso do Brasil, o orçamento público de 2011 foi de aproximadamente R$1,5 trilhões. Deste total, 45% foram gastos com o pagamento de dívidas e amortizações e 3% foram gastos com educação, seja ela pública ou em parceria privada, segundo a auditoria cidadã da dívida.

"A educação pública virou um grande negócio. Cantinas terceirizadas, venda de uniformes e de materiais escolares, sucateamento da merenda escolar. Isto, somado à falta de recursos para a qualificação profissional e às péssimas condições da superexploração da força de trabalho, mostra a real face mercantil da educação pública brasileira", refletiu Roberta Traspadini.

 http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=219459&id_secao=1

BLOG DO ANDRÉ VARGAS

BLOG DO ANDRÉ VARGAS


Ministro das Comunicações quer urgência para marco civil da internet

Posted: 24 Jul 2013 10:57 AM PDT

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta terça-feira (23) que solicitou à Casa Civil e à Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República que peçam urgência constitucional para a votação da proposta de marco civil da internet (PL 2126/11) no Congresso. Caso o pedido seja acatado e a mensagem de urgência seja de fato encaminhada pelo governo, o prazo será de 45 dias para a votação em cada uma das Casas legislativas.
Mesmo sem o pedido de urgência, o relator, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), estima que a proposta deva ser votada pelo Plenário da Câmara até a segunda semana de agosto. Ele avalia que a aprovação do marco civil possa ser uma resposta do Congresso às recentes denúncias de monitoramento de e-mails e de telefonemas de empresas e cidadãos brasileiros pelo governo dos Estados Unidos.

Molon ressalta que hoje não existe lei que impeça as empresas de telefonia de guardarem os dados de navegação do usuário e eventualmente venderem esses dados. Segundo ele, com o marco civil, isso passará a ser proibido. "Não é admissível que os mais de 80 milhões de brasileiros que usem a internet frequentemente fiquem desprotegidos, sem uma lei que garanta sua segurança na rede, quando o projeto já está pronto para a votação há mais de um ano", afirmou.

Pontos polêmicos
Segundo o relator, os pontos polêmicos, que vêm adiando a votação, continuam sendo a proteção à privacidade do internauta e a garantia da neutralidade de rede – princípio segundo o qual os provedores de conexão devem tratar todos os dados de forma igual, não podendo privilegiar determinados sites ou conteúdos em detrimento de outros. "As empresas de telefonia, que nos vendem conexão para a internet, ainda resistem a esses pontos, porque entendem que isso diminuiria seus lucros", salientou.


Molon não admite mexer no que chama "princípios basilares" do projeto: a proteção à privacidade, a neutralidade de rede e a garantia da liberdade de expressão. "Se houver qualquer mudança de texto que não afete esses três princípios e que permita a aprovação do projeto, vamos discutir com os parlamentares e com o governo", disse.

Fonte: Agência Câmara