Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

Briguilinks da terça de Carnaval

Só pode ser piada... JB comprou apartamento nos EUA burlando as leis vigentes do País, o qual era a maior autoridade jurídica; empregou seu filho na Globo, uma das maiores sonegadora do País; engavetou todas as roubalheiras da quadrilha tucana; tem amigo mafioso e fugitivo em Miami; mora em um apartamento funcional, que deveria ter entregado quando saiu - pela porta dos fundos, diga-se - do STF.
O Ministro da Justiça - José Eduardo Cardozo - virou alvo da oposição. Foi à alça de mira do PSDB, do DEM e do PPS depois que se reuniu com advogados de empreiteiros presos na Operação Lava . Ciente que cumpriu sua obrigação de atender qualquer advogado, o Ministro se dispôs a comparecer ao parlamento na hora e dia quer for convidado. Não será necessário prisão coercitiva para que ele compareça
Existe um mau-caráter chamado Felipe Moura Brasil, que ajuda a aumentar a imundície da Veja, que me faz perder o comportamento civilizado e recomendar que, se acaso passar perto de mim, guarde distância.Publicou, naquele pântano moral, uma nota dizendo que a mulher de Alexandre Padilha teve "atendimento vip" numa clínica do SUS onde fez o parto de sua filha.O "atendimento vip
É triste ver se perderem homens de quem se imaginava poder esperar gestos e atos responsáveis. As vítimas, como sempre, são as pessoas puras e inocentes que vão sendo enganadas. É tão forte nesse momento o sentimento golpista que mesmo um homem como Ives Gandra se expõe dessa forma absurda. A pedido de Fernando Henrique Cardoso, o advogado Ives Gandra fez um
Por Ronaldo Souza Há cerca de 22 anos ouvi de um professor a frase que dá título a esse texto e jamais a esqueci. Não tenho nenhuma dúvida de que ele a ouvira em algum lugar e adotou. Somente algum tempo depois percebemos, eu e mais três colegas, que ele próprio foi um dos grandes canalhas com quem tivemos oportunidade de conviver mais de perto por algum tempo. Sem saber, ao dizer aquela
 - Depois que o Ministro José Eduardo Cardozo recebeu dois dos advogados ligados às empresas envolvidas na delação premiada da Lava Jato, o mundo todo veio abaixo. Barbosa encilhou o manto da moralidade e exigiu a demissão do ministro, os grandes jornais se indignaram nas manchetes e as redes sociais viraram um 'ai meus sais' sem fim. Em que pese uma lista imensa de bons
Semanas de campanha, construída dia a dia. Um comentário aqui, um parecer jurídico ali, um artigo acolá, uma sucessão de depoimentos à imprensa, manchetes especulativas, pronunciamentos parlamentares – e a ideia do impeachment já estava se instalando.Para mero "debate", evidentemente, e não com ânimo golpista – asseguravam próceres do movimento, uns democratas inarredáveis…Eis

Adhemar de Barros levou para casa as urnas marajoaras do museu. Ernesto Geisel, os vasos chineses presenteados por autoridades estrangeiras em visita oficial. Exemplos daquele patrimonialismo que o ministro Levy parece desconhecer. Mas há formas piores.O presidente da Petrobras aos tempos da ditadura do acima citado Geisel, Shigeaki Ueki, foi o primeiro grão-mestre da corrupção na empresa
Balzac (1799-1850) foi o romancista entre os romancistas. O maior de todos. Com sua Comédia Humana, composta de 88 volumes independentes mas entrelaçados, Balzac praticamente inventou o romance como gênero literário. Balzac foi um caso raro de trabalhador árduo entre os franceses, culturalmente acostumados a cultivar o ócio acima do trabalho, algo que encontra sua tradução imortal na expressão "
No último depoimento do doleiro Alberto Youssef, no I.P. da Lava a Jato, ficou registrado que o esquema de corrupção com as empreiteiras teria começado no governo de FHC-PSDB. A mídia parece ter feito um acerto para esconder essa informação da audiência brasileira.O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na entrevista que concedeu, em seguida, ao jornal O Globo sinalizou que a
Não tem jeito, somos ensinados que amor de verdade é estar junto faça chuva ou faça sol, sacrificar, não querer mais ninguém, esquecer do mundo, descobrir "a" pessoa que vai nos fazer feliz até o fim dos dias após nossas almas se encontrarem num lindo pôr do sol ao som de uma trilha melosa.O amor romântico não é necessariamente ruim. É importante, entretanto, entendermos que se trata de uma

Emanoel Messias - jb você é desonesto


Só pode ser piada... JB comprou apartamento nos EUA burlando as leis vigentes do País, o qual era a maior autoridade jurídica; empregou seu filho na Globo, uma das maiores sonegadora do País; engavetou todas as roubalheiras da quadrilha tucana; tem amigo mafioso e fugitivo em Miami; mora em um apartamento funcional, que deveria ter entregado quando saiu - pela porta dos fundos, diga-se - do STF... e, cinicamente, vem falar de "brasileiros honestos"? Vai às favas, capitão do mato!

Governo faz questão que oposição convoque o Ministro da Justiça

O Ministro da Justiça - José Eduardo Cardozo - virou alvo da oposição. Foi à alça de mira do PSDB, do DEM e do PPS depois que se reuniu com advogados de empreiteiros presos na Operação Lava .

Ciente que cumpriu sua obrigação de atender qualquer advogado, o Ministro se dispôs a comparecer ao parlamento na hora e dia quer for convidado. Não será necessário prisão coercitiva para que ele compareça, afirmou um assessor.

Só um imoral é capaz disso

padilha

Existe um mau-caráter chamado Felipe Moura Brasil, que ajuda a aumentar a imundície da Veja, que me faz perder o comportamento civilizado e recomendar que, se acaso passar perto de mim, guarde distância.

Publicou, naquele pântano moral, uma nota dizendo que a mulher de Alexandre Padilha teve "atendimento vip" numa clínica do SUS onde fez o parto de sua filha.

O "atendimento vip" foi, na verdade, a emergência de um parto prematuro, com ocorrência de pré-eclâmpsia da mãe.

Se este desclassificado não sabe, muitas mulheres e crianças morrem por isso.

Entre eles, aquele que seria meu primeiro neto, há um ano.

E não foi no SUS, mas num conceituado hospital de São Paulo, pago com recursos dele.

Felizmente, no caso da mulher de Padilha, houve diagnóstico prévio e o pior pôde ser evitado.

Há um limite para o mau-caratismo, senhor Felipe.

Os seus colegas de atrofia moral de uma página de médicos (!?) criada para combater o "Mais Médicos" mostraram, ao divulgar comunicações entre os médicos ou pessoal médico da unidade, que tipo de formação têm.

E se Padilha tivesse ou tiver chamado amigos ou conhecidos médicos – afinal, ele é médico e deve tê-los – teria feito o que qualquer um faria.

Quando Brizola teve um infarto, dentro do Hospital São Lucas, eu pessoalmente liguei – sem o menor constrangimento para ninguém – para o Dr. Adib Jatene, que se prontificou a tomar um avião para o Rio mas me informou que – após conversar com os médicos do hospital, a quem levei o telefone celular dentro do centro cirúrgico – que não havia o que pudesse ser feito.

Muitos dos leitores talvez já tenham acompanhado ou vivido a angústia do nascimento de um prematuro e de complicações para a mãe.

É um sofrimento alucinante, muito maior do que aquele que se tem nas nossas próprias crises de saúde, porque já vivemos a vida, afinal.

Fazer o que este energúmeno faz não tem justificativa.

Louvo a serenidade do avô da menina, Anivaldo Padilha, que lhe respondeu com uma civilidade que eu não teria, através de declarações que reproduzo abaixo:

"Estamos indignados, é falta de ética querer usar um parto para atacar o SUS. É mentira dizer que residentes foram tirados da sala ou que minha neta foi para um hospital privado e tudo o mais que alega esta página do Facebook de médicos sem ética alguma"

"É lamentável que páginas como esta sejam amplificadas nas matérias de jornal. Isso não é liberdade de expressão, não tiveram responsabilidade ética ao publicar isso e os médicos desta postagem não tem ética médica. Não posso acreditar! Estamos falando de um hospital-maternidade  de referência, é muita irresponsabilidade dessas pessoas"

Eu não tenho plano de saúde também, não tenho nada contra os que têm, mas é uma escolha consciente de nossa família que tanto lutou e luta pela Saúde Pública. Eu uso SUS, Padilha usa o SUS. Se não usasse seria atacado, quando usa é atacado. É impossível dialogar com este grupo sem ética que já falsificaram até diploma para atacar meu filho."

Por acaso, sem que ele soubesse quem eu era, tive oportunidade de acompanhar o trato gentilíssimo de Alexandre Padilha com as pessoas, pois morei no mesmo apart-hotel que ele, quando ministro.

Não precisa que eu tome suas dores, escrevo pelas minhas, mesmo.

A desmoralização de um jurista reduzido a parecerista

Por Ronaldo Souza

É triste ver se perderem homens de quem se imaginava poder esperar gestos e atos responsáveis.

As vítimas, como sempre, são as pessoas puras e inocentes que vão sendo enganadas.

É tão forte nesse momento o sentimento golpista que mesmo um homem como Ives Gandra se expõe dessa forma absurda.

A pedido de Fernando Henrique Cardoso, o advogado Ives Gandra fez um parecer jurídico dizendo que existem "elementos jurídicos" suficientes para o impeachment de Dilma.

Em primeiro lugar, importaria saber quem pagou pelo parecer. Não se tem essa resposta.

Cada parecer de Ives Gandra custa entre 100 e 150 mil reais.

Ainda que se saiba que FHC pode pagar, afinal um homem aposentado como professor aos 37 anos e ex-presidente que comprou um apartamento na Avenue Foch em Paris, por 11 MILHÕES DE EUROS, segundo noticiado pela imprensa, não deve ter dificuldades financeiras.

FHC pode pagar.

Mas não parece provável.

Teria sido o Instituto Fernando Henrique Cardoso?

Teria sido o PSDB?

Teria sido alguma empresa que contribui com doações ao PSDB, claro que todas elas lícitas?

Talvez induzido pelo desespero do momento atual de se promover o impeachment da presidenta, ao fabricar esse documento o advogado Gandra se esqueceu de que há 1 mês, vou repetir, há 1 mês antes de emitir o seu parecer, ele tinha dito em entrevista justamente o contrário, isto é, que não há elementos que justifiquem o impedimento da presidenta..

Na sua sabedoria, o povo costuma dizer que muitas vezes o homem tropeça nas próprias pernas.

Mas um jurista renomado tropeçar nas próprias pernas de maneira tão grotesca aos 80 anos só pode ser por algo que esteja acima da sua razão.

Algo que vem de dentro do ser e que muitas vezes o faz ficar cego.

Como o amor e o ódio.

Fora de controle, ambos são mortais.

Qual teria sido o sentimento que se apossou do jurista?

Não foi à toa que inúmeros juristas, perplexos por se tratar de um advogado renomado e pela fragilidade do seu parecer, registraram repúdio à tentativa canhestra de Ives Gandra produzir uma peça jurídica para respaldar o pedido de impeachment.

Ives Gandra acusou a pancada. Não se dispôs a se explicar.

Sumiu.

É um jogo pesado.

Muito pesado.

Os canalhas também envelhecem


Há cerca de 22 anos ouvi de um professor a frase que dá título a esse texto e jamais a esqueci.

Não tenho nenhuma dúvida de que ele a ouvira em algum lugar e adotou.

Somente algum tempo depois percebemos, eu e mais três colegas, que ele próprio foi um dos grandes canalhas com quem tivemos oportunidade de conviver mais de perto por algum tempo.

Sem saber, ao dizer aquela frase, que até hoje nunca ouvi de outra boca, ele me ajudou a entender melhor gente como ele.

Vejo na imprensa a seguinte declaração de Fernando Henrique Cardoso:

"No passado, seriam golpes militares. Não é o caso, não é desejável nem se veem sinais. Resta, portanto, a Justiça. Que ela leve adiante a purga; que não se ponham obstáculos insuperáveis ao juiz, aos procuradores, delegados ou à mídia. Que tenham a ousadia de chegar até aos mais altos hierarcas".

Em uma matéria do Brasil 247, lê-se:

"Bem ao seu estilo de não comprometer-se diretamente com seus próprios atos – até hoje FHC não admite que teve qualquer responsabilidade no apagão energético ocorrido em seu governo -, Fernando Henrique não admitiu, inicialmente, que o pedido do parecer tivesse sido uma iniciativa de um funcionário do Instituto FHC. Mas foi descoberto".

A matéria se reporta ao parecer do advogado tributarista Ives Gandra em que ele diz que "existem elementos jurídicos para o impeachment de Dilma Rousseff".

Quem poderia esperar um parecer jurídico de tamanha leviandade de um advogado renomado aos 80 anos?

Importou-lhe saber que o seu parecer representa tão somente uma peça que se pretende incorporar ao planejamento do golpe do impeachment da presidenta que tomou posse há apenas 1 mês e sobre cuja integridade não paira nenhuma dúvida?

Ele sabe que o seu parecer tem somente esse objetivo.

Não lhe incomodou sequer a possibilidade de chamuscar a sua credibilidade pela contestação do seu parecer por outros profissionais, como já o fizeram vários advogados, entre os quais Fabio de Sá e Silva, Percival Maricato  e Tarso Violin, que definiu como 'mais uma mácula no currículo do advogado', não apenas por ser frágil, mas por não ter respaldo jurídico?

Justifica-o o valor pago, segundo a imprensa entre 100 e 150 mil reais, valor de cada parecer emitido por ele?

Descobriu-se, para espanto de todos, que foi o advogado de Fernando Henrique Cardoso, José Oliveira Costa, quem pediu o parecer ao advogado tributarista Ives Gandra.

O homem que, ao comprar votos de parlamentares, episódio denunciado pela imprensa à época, alterou a Constituição Brasileira para conseguir a reeleição.

O homem que promoveu a maior venda do patrimônio do povo brasileiro no episódio que ficou conhecido como "A Privataria Tucana", sobre o qual também é farta a documentação que comprova a ilicitude das negociações.

O homem que quebrou o país 3 vezes e 3 vezes foi ao FMI de pires na mão.

O homem sob cujo governo o país sofreu o maior apagão de energia da sua história, com enormes prejuízos para a nação...

Deu para trabalhar de forma dissimulada e cínica contra a estabilidade democrática do país, a mesma pela qual imaginávamos que um dia ele lutou.

Sabe-se de há muito da corrosão de FHC pela vaidade e inveja, mas agora o ex-professor, ex-sociólogo, ex-presidente, ex-tudo, extrapolou.

Fernando Henrique Cardoso também envelheceu.



Joaquim Bó

by
Jornal GGN - Depois que o Ministro José Eduardo Cardozo recebeu dois dos advogados ligados às empresas envolvidas na delação premiada da Lava Jato, o mundo todo veio abaixo. Barbosa encilhou o manto da moralidade e exigiu a demissão do ministro, os grandes jornais se indignaram nas manchetes e as redes sociais viraram um 'ai meus sais' sem fim. Em que pese uma lista imensa de bons motivos para o afastamento de Cardozo do cargo de ministro, ter recebido os advogados não é o motivo ideal. Leia a nota da OAB Nacional, divulgada por sua diretoria, que trata exatamente da prerrogativa de os advogados serem recebidos por autoridades de quaisquer poderes para tratar da defesa dos interesses de seus clientes.
Nota da OAB Nacional
 
O advogado possui o direito de ser recebido por autoridades de quaisquer dos poderes para tratar de assuntos relativos a defesa do interesse de seus clientes.  Essa prerrogativa do advogado é essencial para o exercício do amplo direito de defesa. Não é admissível criminalizar o exercício da profissão.
 
A autoridade que recebe advogado, antes de cometer ato ilícito, em verdade cumpre com a sua obrigação de respeitar uma das prerrogativas do advogado. A OAB sempre lutou e permanecerá lutando para que o advogado seja recebido em audiência por autoridades e servidores públicos.
 
Diretoria da OAB Nacional
Marcus Vinicius Furtado Coêlho - Presidente
Claudio Lamachia - Vice-presidente
Cláudio Pereira de Souza Neto - Secretário-geral
Cláudio Stábile - Secretário-geral Adjunto
Antonio Oneildo Ferreira - Diretor Tesoureiro



Impítiman, tua tumba

Semanas de campanha, construída dia a dia. Um comentário aqui, um parecer jurídico ali, um artigo acolá, uma sucessão de depoimentos à imprensa, manchetes especulativas, pronunciamentos parlamentares – e a ideia do impeachment já estava se instalando.
Para mero “debate”, evidentemente, e não com ânimo golpista – asseguravam próceres do movimento, uns democratas inarredáveis…
Eis que, então, do principal adutor do humor nacional – o Ceará – vem a reação imprevista ao “debate” que não ousa dizer o verdadeiro nome.
Uma única frase, enfiada de “contrabando” por papagaios de pirata em reportagem de afiliada da Globo, viraliza nas redes sociais e vira a febre do Carnaval 2015. Uma avalanche de piadas sepulta no ridículo a trama para derrubar Dilma.
O grande equívoco dos donos da voz no Brasil é achar que podem ganhar no berro, porque conseguem dominar todos os ouvidos para a sua pregação monocórdia. Esquecem que o povo enxerga.



Briguilinks




Os pecados de Dilma, por Mino Carta



Adhemar de Barros levou para casa as urnas marajoaras do museu. Ernesto Geisel, os vasos chineses presenteados por autoridades estrangeiras em visita oficial. Exemplos daquele patrimonialismo que o ministro Levy parece desconhecer. Mas há formas piores.
O presidente da Petrobras aos tempos da ditadura do acima citado Geisel, Shigeaki Ueki, foi o primeiro grão-mestre da corrupção na empresa criada por Getúlio Vargas. Certo Barusco de quem muito se fala é destacado executivo da Petrobras desde meados dos anos 90, aquele período abençoado pela mídia deliciada, em que reinou Fernando Henrique, quando ainda não havia comprado os votos para conseguir no Congresso o seu segundo mandato, debaixo dos aplausos midiáticos.
A corrupção é endêmica no Brasil porque muitos políticos enxergam o poder alcançado pelo voto como de sua propriedade privada, assim como se dá com servidores do Estado, nomeados, os Barusco, os Duque, os Costa, os Cerveró e companhia. Mas, a bem da sacrossanta verdade, o espírito nacional tende, frequente e naturalmente, à tramoia, ao passa-moleque, à falcatrua, ao comércio do gato por lebre.
É também do conhecimento do mundo mineral que este é o país da impunidade. A quantidade de imponentes corruptos que vivem, ou viveram à larga antes de passar à outra vida, é infinda, além de certa e sabida, assim como acontece que rico não vá para a cadeia. Há mais de duas décadas, paira por trás dos lances mais duvidosos, quando não francamente criminosos, a marcarem a vida do poder à brasileira, a figura, fugidia e ao mesmo tempo de nitidez implacável, do banqueiro Daniel Dantas. Desde a privatização das comunicações, a maior bandalheira da história pátria, até os chamados mensalões e a Operação Satiagraha.
Não falta lenha para a fogueira da corrupção brasileira, cada vez mais abundante e de todas as procedências. Há quem escape, porém, na visão e no uso do poder, ao andamento comum. Em primeiro lugar, neste momento, Dilma Rousseff. O resultado da recente pesquisa Datafolha, pela qual 47% dos brasileiros acreditam que a presidenta está envolvida em corrupção, representa um equívoco clamoroso, adubado pelas ferozes interpretações do jornalismo nativo.
O que não há como pôr em dúvida é a honestidade de Dilma. Pode-se alegar sua ingenuidade diante do engano de que foi vítima, urdido por quem lhe era tão próximo. Pode-se alegar falta de experiência para lida complexa, ou da desejável vigilância. A presidenta, além de cultivar as melhores intenções, não daquelas que pavimentam o caminho do inferno, é moralmente inatacável. Ao contrário de Fernando Henrique, por exemplo.
As falhas de Dilma são de outra natureza e dizem respeito à prática da política. Ela não é mestra na matéria, embora saiba bastante de economia. Infensa à negociação, comunica-se com transparente dificuldade. Daí as relações difíceis com o Congresso e com o empresariado. Grave, deste ponto de vista, o afastamento de Lula, imbatível no trato político, mestre no assunto. Por mais compreensível que seja o propósito de se afirmar por conta própria, a presidenta errou ao se distanciar de quem seria seu melhor conselheiro.
Raros os momentos de aproximação, e sempre por mérito do ex-presidente, preocupado com as dificuldades da sucessora. Se ele estivesse nas imediações, é certo de que a presidenta não se rodearia de colaboradores nota 10 em incompetência, de efeitos deletérios tanto mais em tempos de crise gravíssima. Outros seriam os comportamentos dos parlamentares, enquanto os empresários teriam mantido um resquício de esperança.
As causas da crise têm origens diversas e Dilma não é, certamente, a responsável número 1. Muito antes do que ela e seus erros, surgem as consequências do neoliberalismo globalizado, a debacle do PT, a corrupção desenfreada dentro da maior empresa brasileira no quadro de um mal crônico, emblema da predação como característica inata. E a empáfia tucana, e a costumeira, irreversível prepotência da casa-grande, amparada pela desonestidade orgânica da mídia nativa. Mas Dilma, sinto muito, tem suas culpas em cartório. Nada a compartilhar, está claro, com a culpa alegada por Ives Gandra Martins na sua peça de delírio onírico confeccionada a mando tucano para demonstrar a viabilidade do impeachment. A todos aconselha-se a simples leitura da Constituição.



Analisando os movimentos da oposição na fala de Joaquim Barbosa

POR J.BERLANGE 

No último depoimento do doleiro Alberto Youssef, no I.P. da Lava a Jato, ficou registrado que o esquema de corrupção com as empreiteiras teria começado no governo de FHC-PSDB. 

A mídia parece ter feito um acerto para esconder essa informação da audiência brasileira.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na entrevista que concedeu, em seguida, ao jornal O Globo sinalizou que a Lava a Jato atinge a todos os partidos competitivos, sem exceção.

Nota publicada na coluna do jornalista Ilimar Franco, em O Globo, veio com o título que denota medo: "Apreensão.  Os tucanos não sabem o que vem pela frente, na carona da Operação Lava-Jato. Diante de recente entrevista do ministro José Eduardo Cardozo, eles não sabem se o ministro tem bala na agulha ou está só blefando. As insinuações de possível envolvimento de tucanos no caso Petrobras os deixa inquietos."

Advogados de réus da "Operação Lava a Jato" pediram audiência para denunciar, em esfera de proteção de direitos humanos lesados na fase do Inquérito Policial, o que eles interpretariam como tortura ou maus tratos executados com o fim de obter confissão ou delação premiada.

Em nota divulgada neste sábado, José Eduardo Cardozo declarou que recebe advogados sempre na agenda oficial e que todos têm o direito de relatar eventuais violações de direitos: "Advogados têm o direito de serem recebidos por autoridades públicas". Correlativamente a esse direito, "o ministro da Justiça e os servidores do Ministério têm o dever legal de recebê-los".

Em seguida, Joaquim Barbosa entra em cena, atuando no interesse dos medrosos protegidos pela mídia oposicionista: 

É mais um esforço de manipulação. Primeiro, porque só se exige direitos mediante a provocação da ação do Poder Judiciário.  O Ministério da Justiça, como está claro, é um órgão subordinado à Presidência da República.

Joaquim Barbosa foi chamado a fazer esse pronunciamento com base numa suposta ¹ingenuidade do povo e eventual ²medo de José Cardoso. Sua postagem tem, claramente, um sentido de propaganda e de ameaça; toma carona no rastro da campanha midiática que, desde 2013, vem prolongando - através de recorrentes 'novas fases' - a marketagem que tem por fim colar no PT e na esquerda a imagem de corruptos. É para isso se identifica como "honesto" e se inclui no rol dos moralistas autoritários.

José Cardoso, na posição de Ministro da Justiça, não parece ter praticado nenhuma imoralidade ou ilegalidade.  Pelo contrário, terá apenas cumprido seu dever de autoridade do Poder Executivo.  E é aqui que entra mais uma ponta tática da manipulação: a maioria do povo pensa que o Ministério da Justiça tem alguma conexão hierárquica ou funcional com o Poder Judiciário e com o Ministério Público.  Assim, a postagem usa a personagem justiceira Joaquim Barbosa para 'dar discurso' de justificação: será usado para contestar eventual inclusão de políticos do PSDB na lista de corruptos da Lava a Jato: o juiz, o Tribunal ou o Ministério Público Federal, 'estariam sendo submissos às imposições do Ministro da Justiça', ou seja, ao 'chefe da Justiça'.

Estamos, culturalmente, muito distantes da última ditadura.  Não existe a menor possibilidade de um ministério ligado à Presidência da República exercer esse tipo de influência na autonomia, na liberdade e na independência dos membros de outros poderes no ambiente republicando do Estado Democrático de Direito.

O personagem Joaquim Barbosa, espertamente – do mesmo modo que escondeu as provas naquele IP 2474 –, não exibiu os motivos que justificariam a demissão imediata do ministro da Justiça.  José Eduardo Cardoso citou os dispositivos de lei que alega lhe darem autorização para receber qualquer advogado que seja portador de denúncia sobre o trabalho da Polícia Federal, esta sim, subordinada administrativamente ao Ministério da Justiça.  Judicialmente, está subordinada ao presidente do Processo Penal.

Consulta no Google será útil para julgar facilmente quem está com a razão:  digitar "Lei Nº 10.683, Art. 27, Inciso XIV" e conhecer os assuntos que constituem áreas de competência do Ministério da Justiça.  Digitar "OAB Lei Nº 8.906, Art. 7º" e conferir especialmente os incisos I, VI (e alíneas), VII, VIII e XI.