Por Gabriel Priolli
Semanas de campanha, construída dia a dia. Um comentário aqui, um parecer jurídico ali, um artigo acolá, uma sucessão de depoimentos à imprensa, manchetes especulativas, pronunciamentos parlamentares – e a ideia do impeachment já estava se instalando.
Para mero “debate”, evidentemente, e não com ânimo golpista – asseguravam próceres do movimento, uns democratas inarredáveis…
Eis que, então, do principal adutor do humor nacional – o Ceará – vem a reação imprevista ao “debate” que não ousa dizer o verdadeiro nome.
Uma única frase, enfiada de “contrabando” por papagaios de pirata em reportagem de afiliada da Globo, viraliza nas redes sociais e vira a febre do Carnaval 2015. Uma avalanche de piadas sepulta no ridículo a trama para derrubar Dilma.
O grande equívoco dos donos da voz no Brasil é achar que podem ganhar no berro, porque conseguem dominar todos os ouvidos para a sua pregação monocórdia. Esquecem que o povo enxerga.
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